Internship In Crisis escrita por TNT


Capítulo 6
Primeiro dia de aula?


Notas iniciais do capítulo

Sei que faz tempo que não posto, né? Não me matem, please.



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Todos ainda estavam dormindo, eram exatamente quatro horas da manhã. O alarme soou.

― Ah não acredito nisso – disse Gabie tapando seus ouvidos com o travesseiro.

― Não vou levantar nem fudendo – disse Izza se virando para o lado e dormindo novamente.

Todos voltaram a dormir. Os alunos andavam pelo campus já vestidos e incrivelmente radiantes. O grupo do dia anterior andava ainda mais feliz.

― Faltam dois meses galera! Dois meses e vamos sair daqui – disse Henrique animado.

― Da para ficar quieto um pouco, você fala isso desde que acordou – Ricardo resmungou colocando suas mãos em seus bolsos.

― Que foi? Ficou interessado na Rosada foi? – disse Dougie. O loiro deu um sorriso malicioso fazendo Ricardo rolar os olhos.

― Ficou sim – Yuri disse dando de ombros e dando um sorriso discreto.

― Admita! – Evandro pulou na frente do moreno.

― O que isso vai fazer diferença? – Ricardo encarou o amigo.

― A diferença vai ser de que você não poderá mais sair daqui a dois meses.

Todos se viraram e deram de cara com Pietro. Eles engoliram seco e Ricardo deu um suspiro.

― Aguentamos até agora, por que iriamos vacilar só por causa dessas meninas?

― Mano, eu pesquisei sobre elas e são piores do que imaginamos – disse Pedro que estava sentado no chão com seu notebook.

Ele abriu as guias uma por vez.

― Agora entendi a piada sobre aquela tal de Suyane – Joe falou fitando sua biografia.

― Como eu disse, tome cuidado – disse Pietro com frieza saindo dali.

Todos os alunos estavam na sala, Pietro adentrou a sala e reparou as carteiras vazias.

― Eles não levantaram, não é? – Tayler comentou rindo.

Pietro resmungava indo até o quarto 69. Abriu a porta, viu todos dormindo tranquilamente. Ele deu um sorriso maldoso e saiu do quarto. 

Já eram 9:00 da manhã, todos acordaram com vozes altas no gramado.

― Merda, não posso dormir em paz? – Marcela se aconchegou na cama.

Negão a chutou da cama.

― Levanta dessa porra.

Marcela levantou bufando, sussurrando algo como “Ah se meus bastões estivessem aqui”. Flávia levantou sonolenta e foi até a janela, seus pequenos olhos se arregalaram.

― Acho melhor vocês não virem isso.

― Não ver o que? – Mesquita perguntou já curiosa tentando fazer a morena sair da frente da janela.

― Deixa a gente ver Flá! – Suy pedia com um biquinho. Flávia negou.

Sara tentava pular na morena para ela cair, mas ela não caia. Letícia fazia cosquinhas, mas também não adiantava.

Nishimura deu um suspiro pesado, andou lentamente até a Flávia e quando a morena viu o olhar da japa sussurrou algo indecifrável e recuou deixando a japa ir até a janela.

― Filhos da puta.

Dito isso a japa saiu dali batendo a porta forte, fazendo o quarto estremecer. Negão foi até a janela tirando as meninas que tentavam ver algo.

― Longe demais – disse ele mortalmente também saindo do quarto.

Todas agora se empoleiravam até a janela, os olhos de Letícia estavam lacrimejados. Todas ali pararam, cada uma se segurava para não chorar. Mesquita despencou no chão.

― Como eles tiveram a coragem de fazer isso?

A morena fitava o nada. Flávia deu um suspiro pesado e fitou Lobão, a franja da morena escondia seus olhos. Suyane que era a única ainda em pé, deu um soco na parede.

Amanda Nishimura já estava no gramado vendo todos rindo e se divertindo com aquilo: Suas coisas estavam sendo queimadas. Menos a TNT claro. Seu pequeno corpo tremia. Ela andou até Pietro que encarava a fogueira. Nishimura parou na frente dele e ele abaixou seu olhar, dando um sorriso mais cínico que Nishimura já havia visto.

― O que pensa que esta fazendo?

Pietro apontou para a fogueira como sendo obvio.

― Queimando suas coisas?

― To perguntando o porquê, seu cínico de merda.

― Ah, deixei a baixinha irritada foi?

― Muito. Agora responde.

― O alarme tocou, não levantaram e tem consequências. Foram avisados.

― Tudo isso por causa de uma merda de aula?

Pietro se abaixou ficando cara a cara com a baixinha japonesa.

― Eu avisei sobre as regras. Terão que segui-las, se não sempre terá uma consequência.

Nishimura fechou seus olhos respirando fundo, olhou para a fogueira. O fogo dilacerava as capas dos mangás tão bem cuidadas por Akemi. Ela ainda se lembrava dela quando a conheceu.

“ ― Ei você, ruivinha!

― Que intimidade – Leticia disse resmungando.

Nishimura riu se jogando em cima da ruiva.

― Achei você legal, quer ir à casa da minha amiga?

― Você vai ir à casa da sua amiga, assim do nada? – disse a Ruiva arregalando seus olhos. Japa deu de ombros.

― Mais uma pra quebrar a casa dela não fará diferença, e ela vai te encher de perguntas por que você lê esses mangás também – disse a Japa apontando para o mangá que ela lia antes de ser interrompida.

― Verdade?

Os olhos da ruiva brilhavam. “

Nishimura deu um sorriso discreto ao se lembrar disso, olhou mais um pouco para o lado e viu as roupas de Mesquita ficar distorcidas e pretas. A japonesa sabia o quanto a morena se dedicava a fazer aquelas roupas, o quanto ela a amavam. Os livros de Flávia e Lobão serviam de mais incentivo á fogueira, as folhas se dilacerando. As mãos de cera de Clara derretendo. Até suas pantufas preferidas queimavam. Os cd’s de Souza derretiam.

― Você vai se arrepender disso, muito mesmo Pietro – ela sussurrou mortalmente. Ele ergueu uma de suas sobrancelhas.

Negão havia chegado e agora segurava a japa.

― Vamos Nishi.

Os dois se viraram e iam andar, quando a voz de Pietro preencheu o silêncio.

― Sabe o que eu mais odeio em vocês? Vocês são mimados demais, sempre deixaram vocês fazerem o que querem. Sempre compram as coisas que vocês querem, por não sabe controlar vocês que colocaram aqui. Não querem mais seus filhinhos dando prejuízo a sua fortuna. E ainda tem essa personalidade que se acham os donos da verdade.

Nishimura parou, ela agora tremia. Negão segurou a japonesa mais forte contra si.

― Você tá falando o que seu filho da puta?

Flávia agora via andando firme, passou pelos dois dando um sorriso lindo. A boca de Nishimura estava aberta. Flávia falando palavrão? Ela pensou.

― A verdade, oras.

― Você acha que nos conhece só por que pesquisou sobre nossos “históricos” – disse Flávia fazendo aspas ao pronunciar a palavra. ― Agora me escuta aqui. Você não nos conhece, não sabe dos nossos motivos de fazer isso, sorrir todo dia ou fazer merda. Antes de falar essas merdas, conhece-se nosso passado e nossa história, tudo o que nós passamos antes de falar esse discurso idiota. Não sei como esses projetos de gente perfeita te ouve, francamente. Sabe o que você fez? – ela apontou para o quarto aonde eles dormem. ― Você destruiu nossas coisas mais preciosas, sabe o quanto elas estão se segurando lá em cima para não chorar, seu pau no cú? Até a Lobão está desolada!

― Lobão – Nishimura sussurrou. Nego apertou Nishimura mais contra si, ele não aguentava mais. Soltou-se de Nishimura e deu um soco em Pietro. O fazendo cair sobre o gramado.

― Isso é por fazer minhas meninas sofrerem, seu corno. E olha que estou sendo muito bom em não te bater mais.

Ricardo ia avançar em Negão, mas fora impedido por Felipe.

― Fica na sua.

Pietro levantou com o nariz sangrando.

― E agora, o que tem a dizer para defender esse brutamonte, depois de seu discurso de patricinha?

Flávia ia andar, mas fora impedida por uma mão tremula.

― Vamos pra dentro pessoal.

Flávia se assustou ao ver Izza ali. Seus olhos estavam sem emoção, estavam opacos.

Nishimura abriu os bracinhos e Flávia correu até ela a abraçando, Negão sorriu e andou até elas. Os três saíram, deixando Izza ali.

― Sabe, a gente tinha até armado um plano perfeito para sair daqui, mas agora você deu um motivo pra gente ficar. O que é muito inusitado, parabéns Pietro.

Ela deu um sorriso mais cínico que o dele, fazendo o moreno parar de limpar o sangue que ainda escorria e ficar paralisado.

― Ficou com medo? Que ótimo. Por que tudo o que leu da gente é só o básico que podemos fazer, o pior eles nem sempre arquivam sabe. Acho que deveria ter pesquisado mais.

A ruiva deu uma piscadela e saiu rebolando dali. Ainda de costas falou alto.

― Sua vida vai ser um inferno, se prepare.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se gostaram comentem. Não gostaram? Comentem também -q. Besos da TNT :*



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