Suicide escrita por Ghost Girl


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Reviews?



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"Dear Katherine,

Sabe aquela história sobre príncipe encantado que você houvia quando criança? Que te deixava emocionada e te iludia dizendo que um dia um príncipe te salvaria e casaria com você, te daria um beijo de amor verdadeiro e vocês virariam felizes para sempre?
Eles estavam te enganado. Na vida real, aquele principe lindo na verdade é um cara que só quer transar com você, te iludir e te corromper. Não acredite em contos de fadas, minha doce garota, eles são pra crianças terem esperança que esse mundo é bom, mas eles esqueceram do pequeno detalhe que esse mundo não é bom. As pessoas já não são mais como eram, se algum dia já foram boas. Até os mais puros podem se tornar os mais sombrios. As pessoas arruinam as outras sem pensar nos sentimentos dela. Essa é a vida. Eu nunca tive ninguém, sozinha pelo mundo, achando que eu era a ovelha negra e que só aconteciam coisas ruins comigo, aaah como eu estava enganada. Acontecem coisas ruins com todos. Não deixe isso te desanimar. A vida não é nenhum conto de fadas, eu sei, mas não é por isso que você não pode ser feliz. É só você ter coragem e não deixar que os problemas afetem quem você é! Você sabe que o futuro será melhor se você o dar uma chance, mas como eu disse antes, a vida não é nenhum conto de fadas. As pessoas sofrem muito, cometem erros, acabam fazendo coisas erradas, mas isso é só uma forma de aprendizado. Só não se deixe levar pelas aparências. Nem tudo é o que parece ser. Sabia que no conto original de branca de neve o príncipe era gay? Nada contra gays, mas enfim, as coisas são mais do que aparentam.. O que conto de fadas contam é pra dar falsa esperança para todos.
Com amor, mamãe."

Terminei de ler a carta e olhei pra minha mãe que estava olhando pra janela e tomando comprimidos que não sei pra que eram. Me deitei ao lado dela e disse:

- Mãe, eu ainda tenho fé em finais felizes e nas pessoas. E ainda tenho fé em você.

- Pelo uma de nós tem. - ela disse.

- Pra que todos esses comprimidos mamãe? - eu disse ficando preocupada com ela. Será que ela estava doente?

- Filha.. Eu.. Você quer a mamãe feliz?

- Sim! - eu disse sorrindo pra ela mas ficando um pouco confusa com a pergunta.

- Então deixa a mamãe fazer a dor ir embora?

- Porque está sentindo dor mamãe? - perguntei. Como eu era uma criança ingênua naquela época.

- Filha, o papai não quer mais a gente. - ela me disse com lágrimas nos olhos. Eu olhei pra ela triste e disse que tava tudo bem mas ela continuou dizendo que não estava que ele era a única coisa boa que ela tinha.

- E eu mamãe? Não sou uma coisa boa? - eu perguntei.

- NÃO TENTE FAZER ISSO SOBRE VOCÊ! - ela gritou me assustando.

- Eu não.. - eu comecei a chorar. - Mamãe, você vai me deixar também?

- Filha.. - ela disse com o olhar triste. Mal eu sabia que ela iria mesmo partir para sempre. - Mamãe vai pra um lugar melhor.

- Porque não me leva junto então?

- Porque você ainda é uma criança de 7 anos, pelos deuses! Você não tem nada pra ficar triste ainda.

- Você não precisa partir porque você está triste. Existe esperança mamãe! - eu disse a abrançando, mas ela não me abraçou de volta. Pegou o resto dos comprimidos e tomou tudo de uma vez. Ela começou a ficar estranha e eu comecei a chorar e a abraçar. Ela de repente ficou gelada e fechou os olhos. - MAMÃE? - eu gritei. Liguei para o papai mas ele não me atendeu. Não sabia o número da emergência então fiquei gritando pela minha mãe mas ela não acordava.
A abracei, percebendo que ela não iria acordar. Chorei aos prantos. Titia chegou em casa e quando viu a cena me perguntou o que tinha acontecido.

- Ela disse que o seu pai te largou? Ele morreu a 2 meses! - ela disse como se fosse a coisa mais normal do mundo. Comecei a chorar ainda mais. Papai tinha morrido a dois meses? Mamãe tinha dito que ele tinha viajado a trabalho.

- O-o que? - eu comecei a tremer. Papai e mamãe tinham morrido. Eu.. O que eu fiz pra eles? Comecei a me culpar. Minha mãe não tinha dado a minha guarda pra minha tia, então eu fui pra um orfanato. Não me deram pra minha tia, mas quem gostaria de ter uma filha como eu? Minha mãe se matou! Chorei o resto do dia e me amaldiçoei.

Esse foi o dia que oficialmente aprendi que não existe contos de fadas, esse foi o dia que aprendi que amor não existe. Esse foi o dia em que cresci. Esse foi o dia que eu perdi mamãe e papai. Esse foi o dia em que virei orfã.

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Notas finais do capítulo

:3 geente sério eu estou ficando muito deprimida que vocês não deixam reviews em nenhuma das minhas fics!!!! Sério, eu sou muito sensível gente u.u