Yondaime Ninpocho escrita por X-RYU


Capítulo 2
Capitulo II - O Teste Gennin e o Time Jiraya




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O dia havia nascido limpo... A nevoa corria pelos campos da terra do fogo. Era um grande dia! Mesmo com um começo tão natural... Naturalidade era o perfil do jovem que acabara de acordar.

O cabelo loiro e bagunçado... Nada que uma mexida com a mão não resolvesse. E a calça que lhe chegava até a canela, da cor preta... Ataduras para mãos e pés. A bolsa de kunais e shurikens, a camiseta branca de espiral laranja no centro.

 

- Pronto! – Disse o mesmo empolgado. – Agora... Chamar o sensei!

 

Saiu correndo de seu quarto, passou os corredores e desceu a escada, procurou no quarto do sennin... Mas como sempre, nada de Sensei no próprio quarto.

Subiu e desceu as escadas procurando e chamando pelo mesmo... Então finalmente procurou no tapete da sala.

 

- Ah... Sensei! – Disse surpreso. – Olha só onde cê foi dormir hoje. Eu não acredito nisso.

 

Jiraya roncava como um sapo... Era engraçado ver o homem dormindo, Tsunade tinha bons motivos de não se relacionar com aquele Sannin.

 

- Mochi, mochi! Sensei! Acorda. – Minato o chacoalhava de lado a outro, mas isso não resolvia de maneira alguma. – AAAAH! Sennin pervertido, tem uma loirona chegando aí na...

 

Antes de dizer Minato tomou um golpe que o fez voar para trás do sofá na parede ao lado da escada.

 

- Itê... Itê... – Gemia de dor o pobre moleque. – Neh! Sensei Você tem que ser menos cavalo quando acorda.

 

- Loiras! Eu amo loiras! – Dizia delirantemente o homem procurando na janela.

 

Uma gota desceu da testa de Minato enquanto ele observava o próprio mestre necessitado procurando a falsa mulher, na janela de casa.

 

- Você só acorda desse jeito... – Resmungou o loiro cruzando os braços.

 

- Ah... Como sempre era mentira sua né? Seu moleque!?

 

Minato estava aprendendo que quando se convive com uma pessoa, você tem que lhe dar com os defeitos dela, e respeitá-los como são. Só assim quem sabe ela aprenda a mudar.

 

- Eu não tenho culpa se é assim, só assim que você acorda! Seu sapo tarado! – Bradou o menino que fora surpreendido com Jiraya que apareceu atrás do mesmo.

 

- Jamais me chame assim novamente, ta me ouvindo! – Jiraya chutou Minato e este parou ao lado do sofá batendo a cabeça.

 

Jiraya é a típica pessoa que não muda nunca... Outra coisa que Minato teria que aprender: Existem pessoas que nunca mudam, mas evoluem.

 

- Muito bem mocinho, você tem que estar lá antes de mim, portanto está atrasado!

 

- O que?! Então eu te acordei a toa, foi? – Perguntou espantado, realmente devia ter saído sem atrapalhar o sono do sensei.

 

- Exato! – Afirmou Jiraya. – vá logo!

 

Minato correu pra porta, mas o Sannin apareceu bloqueando-o

 

- Não esqueceu de nada não? – Perguntou cruzando os braços.

 

- Ehr... Esquecer? – Reperguntou Minato.

 

Jiraya também estava aprendendo, que filhos têm a mente pequena, e sem molde. E a memória fraca em alguns casos, mas que ele teria que moldar essa mente se quisesse ver produtividade, e reforçar a memória dele. Talvez com peixe... Ouviu dizer que faz bem pra cabeça.

 

- Sim... Não sente um peso a menos na cabeça? – Perguntou o Sannin num resmungo clássico.

 

- Ehr... Ah! A Bandana! Putz como eu sou burro... Vou lá pegar. – Minato novamente subiu as escadas para o andar á cima.

 

- Que bom que ele sabe e admite que seja burro... – Resmungou novamente.

 

Minato saiu de casa, agora com a bandana, ia para a área de treinamento.

Correndo, apressado ele subia em telhados de casas, terraços de prédio... Meio desengonçado ele passava pela multidão que já estava em pé.

 

- Bom dia Sakumo! – Passou rapidamente por Hatake Sakumo, ainda jovem.

 

- Ah... Minato-kun! – nem dera tempo do jovem Hatake cumprimentá-lo, Minato já estava lá na frente. – Hahaha! Que rapazinho mais apressado.

 

Chegou finalmente ao campo de treinamento onde geralmente era feito o teste de admissão Genin.

Parecia não ter chegado ninguém até aquela hora, fechou a  cara achando que tinham se atrasado.

 

- Está atrasado, demônio dourado! – Disse lá de longe um rapaz.

 

Era alto pra sua idade... Tinha cabelos longos, lisos e negros... Orbes grandes e da mesma cor em seus olhos, pele pálida. Tudo indicava ser um Uchiha. Inclusive as roupas de gola alta e cores, preta e azul marinho. Tinha o símbolo dos Uchiha estampado no peito. O orgulho comum nos membros de seu clã, nos olhos.

Junto a ele uma menina, cabelos ruivos e olhos castanhos... Eram belos olhos os quais lembravam os de uma raposa, esta andava com as mãos na nuca de um jeito bem masculino... Não tinha um aspecto feminino fora o longo cabelo vermelho.

 

- Ah! Bom dia a vocês dois. – Cumprimentou. – Kushina, Eiji!

 

- Aff... Você nunca se irrita? – Perguntou o Uchiha fechando os olhos irritado.

 

- E por que deveria? – Perguntou olhando com cara de quem não entendesse o que seria uma irritação.

 

- Grr... Deixa. – Uchiha Eiji explodia de raiva ao ver que nunca conseguia irritar o loiro.

 

O trio ali era formado por Uzumaki Kushina, Namikaze Minato e Uchiha Eiji... Time 7 ou pra ser mais preciso: Time Jiraya.

Só faltava um membro pra completar o time... Este era:

 

- O Sensei ta atrasado... – Resmungou Kushina. – Será que isso é tradição?

 

- Não me faça perguntas difíceis, Kushina... – Respondeu rispidamente o Uchiha, pivete, porém orgulhoso.

 

Uma nuvem de fumaça explodiu na frente deles e então o sensei apareceu, e o contorno de mais seis coisinhas estranhas materializou-se na cortina de fumaça.

Jiraya assumiu uma pose estranha e começou uma espécie de dança, enquanto sete sapos com tambores de Taikko tocavam um batuque sem ritmo nenhum.

 

- YOOOO! Eu sou o mais poderoso sensei dessa vila, cronista, escritor, poéta e shinobi! O invencível Jiraya! – Os tambores pararam, e os sapos foram embora, a fumaça abaixou. – Obrigado, obrigado...

 

Enquanto ele reverenciava, os três se olharam...

 

- Esse é mesmo nosso Sensei? – Perguntou Eiji para Kushina.

 

- Sei não... Mas parece que não vamos ter lá muitos problemas. – Respondeu a menina e olhou para Minato.

 

- Eu não acredito que moro com isso... – Disse pasmo com o que viu.

 

Depois do longo sermão ouvido do sensei graças a rejeição de seu número esquizofrênico ele introduziu a primeira missão.

 

- É uma tradição, passada de sensei para sensei... O Grande Sandaime Hokage, meu sensei me passou e agora passarei a vocês, cabe a vocês passarem para seus discípulos! – Jiraya mostrou dois sinos para os três... – Bom como vocês vêem são três sinos...

 

- Jiraya-sensei... – Chamou Kushina

 

- NÃO ME INTERROMPA. – Gritou o homem. – São três sinos aqui... E...

 

- Ehr... Jiraya-sensei... – Dessa vez foi Minato.

 

- EU DISSE PRA NÃO ME IMTERROMPER! OU QUEREM SER REPROVADOS? – Gritou mais uma vez. – São... – Esperou pra ver se não iam interromper novamente. – Três sinos...

 

- Onde está o terceiro, velhote? – Perguntou Eiji impaciente.

 

- Oro...?– Jiraya olhou para a mão e contou apenas dois sinos. – É... Ta faltando o ter... DO QUE VOCÊ ME CHAMOU?

 

Mais alguns minutos de sermão do gande Jiraya e finalmente achou o terceiro sino perdido em seu bolso furado. Tomou fôlego e tentou mais uma vez.

 

- Agora são TRÊS, nem dois, nem um... São TRÊS sinos. Então, se conseguirem pegar esses sinos, vamos treinar e fazer missões... Se os três não pegarem um sino cada um... Estão fora. Não importa se Minato conseguiu, ou Eiji conseguiu... Ou se Kushina pegou os três. Cada um tem de ter em mãos apenas um sino. Caso o contrário, desistam de serem shinobis, isto não é simples brincadeira de criança. E lembrem-se, eu não pegarei leve com nenhum de vocês!

 

- Já podemos começar? – Perguntou Eiji em tom seco e agressivo.

 

- Estão parados ainda por quê? – Reperguntou Jiraya.

 

E imediatamente os vultos se espalharam um pra cada lado... Jiraya enganchou os sinos na faixa da cintura e deu uns paços a frente.

Olhou para os lados procurando o fluxo de chakra de cada um... Diferente dos boatos que Jiraya ouvia por aí sobre Genins geralmente não passarem a missão de teste por individualismo, ele notou que os três estavam juntos.

 

- Muito bem...  Agora que estamos aqui darei as coordenadas, tentem seguir com o máximo de cuidado e calma, tudo bem? – Perguntou Eiji, passando seus orbes negros de um lado para o outro.

 

- Certo! – Disseram os dois com a atenção toda voltada ao Uchiha até então líder.

 

- Primeiro de tudo... Vamos usar aquilo que aprendemos na academia. – Eiji materializou um pergaminho no chão com todo o mapa desenhado, com os pontos indicando os três e o sensei. – Vamos cercar o sensei, daremos uma investida tripla nele. Um de cada vez! Primeiro você Kushina... Se esconda entre as árvores ao redor do velhote... E Minato! Você use as técnicas de disfarce, tente se camuflar mais ou menos na retaguarda dele, assim que der o sinal você o prensa em uma chave. Eu vou surpreendê-lo com um doton e pegar os três sinos pra distribuir um pra cada um!

 

- Doton? Onde você aprendeu Ninjutsu? – Perguntou Minato surpreso, quando ouviu a citação sobre o Doton.

 

- Nós os Uchihas, aprendemos muito mais do que esta brincadeira de criança que se passa na academia. – Disse Eiji arrogante como sempre. – Agora vamos... Boa sorte aos dois!

 

Os três se dividiram novamente... Kushina corria por dentre as copas das grandes árvores, à esquerda, avistou Jiraya andando por ali, então parou.

 

- Kushina já chegou ao ponto. É uma estratégia muito boa... Apenas para pegar genins inexperientes, mas vou poupá-los, estão indo muito bem. – Pensava Jiraya concentrando-se numa contra-estratégia.

 

Minato usou henge e se transformou em uma águia que passava por ali... Levantou vôo e sobrevoou todo o campo por onde fora demarcado.

Kushina ao perceber que era a hora, saltou da árvore para o ar e arremessou duas Kunais e três Shurikens em direção do Sensei, foi certeiro mas ele pode se defender, rebatendo todas elas.

Minato na forma de águia, imponente como a própria subiu para as alturas do céu, num great looping giratório desceu rasgando o vento em direção de Jiraya. Voltou a sua forma humana novamente há uns metros do sensei e foi de encaixe, o prendendo numa chave.

 

- EIJI! – Gritou o rapaz.

 

- Droga... Por essa eu não esperava! – disse Jiraya tentando se livrar de Minato.

 

Do chão, irrompeu Eiji com o braço estendido para pegar o três sinos, mas antes disso, Jiraya explodiu em uma nuvem de fumaça e deu lugar a um tronco. O que fez Minato cair encima de Eiji.

 

- Itê... Maldito seja o Ero-sennin! – Disse Minato ainda jogado encima de Eiji procurando forças para levantar.

 

- Sai logo de cima de mim! – Gritou Eiji zangado.

 

Os dois se levantaram rapidamente e foram para o lado de Kushina, observaram todo o terreno, e então Jiraya apareceu na frente deles.

 

- Vocês foram muito bem nessa estratégia, mas precisam de algo mais pra me pegar! Esses sinos valem o futuro de vocês! Dêem a sua vida para o próprio futuro!  - Disse o mestre secamente.

 

Kushina foi a primeira a dar a investida sozinha... O tom de superioridade de Jiraya a irritava, sua personalidade não muito frágil explodia com muita facilidade.

No caminho fez um selo com a mão.

 

- Bunshin no jutsu! -  Varias ilusões da ruiva foram criadas, e estas trocavam de lugar a cada passo. – Minato, Eiji, façam alguma coisa Dattebayoo!

 

Os dois se entreolharam e acenaram positivamente indo logo atrás dela e de suas copias.

Minato puxou um pergaminho e tirou dele kunais com fubuki amarradas nas extremidades. Estas estavam amarradas também em linhas quase invisíveis, foi então arremessado e cravando-as nos troncos de árvore em volta do Sensei, agora encurralado.

As cópias de Kushina num movimento acrobático, desviaram das linhas das Kunais no Fubuki, mas ao chegarem perto de Jiraya, desapareceram.

 

- Encurralado mais uma vez! – Disse Jiraya suspirando, sentiu algo pontiagudo encostar-se à suas costas, era Kushina, armada de uma kunai.

 

Mas Kushina, sentiu a presença de outro alguém em suas costas...

 

- Pode desistir Uzumaki-chan! – Debochou o Ero-sennin, e o seu clone que desta vez não era mera ilusão, se consumiu em fumaça branca.

 

Mas Kushina sorriu confiante.

 

- Não diria isso, Dattebayoo! – A voz não saiu de sua boca, mesmo sendo a própria voz. A Kushina da frente também consumiu-se em fumaça branca, dando lugar a verdadeira, atrás de Jiraya.

 

- Ka... Kage Bunshin! Como pode? – Perguntou Jiraya se assustando com o desempenho da ruiva.

 

- Não sabe velhote? Ela passou os testes com essa técnica! – Disse Eiji sorrindo. – Mesmo não sendo grande coisa, acho que caí num bom time, afinal. 

 

Jiraya sorriu desdenhosamente observando os dois a sua frente, e sentindo a ponta da Kunai em sua costa.

 

- Vocês sabem quem estão enfrentando não é? – Perguntou Jiraya, com aquele mesmo sorriso.

 

Do chão irromperam-se dois kage bunshin, atrás dos dois garotos. Estes estavam agora presos... Uma solução corria pela cabeça de Minato, mas nada se formava coerentemente.

 

- Agora o jogo começa! – Disse Jiraya. – Os sinos não estão comigo... Argh... Ku... – Kushina cravou sem dó a kunai nas costas do Sannin. – Se não estão com você, é por que você é um bunshin!

 

Outro clone de Jiraya se converteu a fumaça, e imediatamente a ruiva mandou duas Kunais que passaram pelas linhas de fubuki. Uma para cada lado, guiadas pelo vento em direção de Minato e Eiji.

Os dois desviaram e assim a Kunai pegou de surpresa os dois clones, que também foram neutralizados.

 

- Pode sair daí Kushina, esses fubukis são falsos! – Avisou Minato.

 

As linhas foram cortadas por uma kunai e ela finalmente pode sair, correu pra junto dos outros dois.

 

- Aquele velhote nos pegou de novo… Mas dessa vez ele não escapa! – Bradou o Uchiha zangado. – Vamos! O tempo está acabando…

 

- Será mesmo, Eiji? – Perguntou Jiraya vindo do outro lado do terreno. – Eu creio que vocês estão muito encrencados... Percebi que terei de lutar com vocês com um gral a mais de dificuldade.

 

Minato dessa vez foi quem deu um passo a frente e se manteve em guarda. Com um olhar frio cortante.

 

- Então não fique parado aí... Sennin pervertido! – Disse o loiro quase pegando fogo, pronto pra qualquer coisa, inclusive levar uma surra.

 

Kushina veio em segundo, protegendo o rosto com as mãos, cujo os vãos eram preenchidos por Shurikens, e na sua boca mordia o cabo de uma kunai.

Eiji ficou atrás, mas se posicionou para lutar também, os olhos tomaram a cor rubra de repente, mas nada mais que isso... Mesmo assim a visão de Eiji foi estranhamente aprimorada, percebeu aquilo, mas não deu tanta importância, ou pelo menos não aparentou dar.

 

- Venha sensei! Nós tiraremos estes sinos, de uma vez por todas! – Gritou Minato.

 

E assim Jiraya foi caminhando até eles, calmamente... Minato correu até o Sannin, com a fúria de um trovão tentou atacar com taijutsus, mas cada golpe que tentava desferir era defendido. Um contra ataque foi dado, e ele foi pego pelos pés e arremessado pra longe, no ar ainda ele sorriu, e parou em pé freando no gramado.

 

Kushina veio em seguida, com mais sete bunshins que agarraram o sensei, ela pulou, e arremessou as oito Shurikens e por ultimo a kunai.

Todos os bunshins se anularam em fumaça, juntamente com o Sensei que havia se transformado em um kawarimi. Esta voltou ao chão e correu até onde a Kunai estava cravada. Presa entre ela e a terra estava o sino, que a Ruiva, agora com um sorriso na face pegou.

 

- Agora é com você Eiji! – Disse olhando para o Sensei de costas que reaparecerá para pegar o Uchiha.

 

Eiji encarava sorrindo sarcasticamente o corpo de Jiraya se movendo em passos lentos.

 

- Pode vir, sapo velho! – Os selos se fizeram rapidamente, colocando a mão enfrente a boca. – KATON! GOKAKYOU NO JUTSU!

 

Uma labareda gigante de fogo veio rugindo como um Leão para Sannin, causando uma enorme onda de fumaça, juntamente com o enorme efeito explosivo e flamejante, natural da técnica.

Ao cessar o efeito do ataque, Jiraya não estava mais lá.

 

- Eiji! – apareceu atrás do Uchiha.

 

- Eu não caio nessa duas vezes! – Do chão, na retaguarda do sensei o verdadeiro Uchiha apareceu, num pulo chutou com os dois pés as costas do mestre, e no impulso emendou com um mortal, parando alguns metros distante de Jiraya e este caiu de cara no chão.

 

O tempo chegou ao limite, e avisando o cronômetro deixado na entrada soou.

Eiji satisfeito visualizou o sino em sua mão e olhou para o Sensei, sem dizer nada.

 

- O tempo acabou crianças... – Disse o homem se levantando. – Vocês não me provaram cumprir com seus objetivos. Os sin...

 

Jiraya procurou os sinos enganchados na faixa, mas eles não estavam lá, estranhou o fato de ter certeza de estar com ele.

 

- Oro...? Onde estão os sinos? – Perguntou o homem. – Estavam aqui comigo...

 

- Tem certeza? – Perguntou Eiji mostrando vitorioso o sino em suas mãos.

 

Jiraya virou para Minato e Kushina logo em seguida  pasmo. Viu os dois erguerem o sino ao mesmo tempo no ar, sorrindo.

 

- É... Vocês passaram. – Disse, agora abrindo um sorriso sereno no rosto. – Parabéns, time sete! A partir de agora, vocês são oficialmente Genins de Konoha! Acho que peguei muito leve com vocês...

 

- Ou será que nós conseguimos superar suas expectativas? – Perguntou Minato se aproximando, sorrindo satisfeito com o desempenho de seu time.

 

Acho que vocês realmente superaram minhas expectativas! – Pensou o Sennin. – Fico admirado de como essas crianças conseguem quebrar barreiras são sólidas... O mérito vai para aqueles que cultivaram tão bem esta grande árvore... Os frutos desta colheita renderam um futuro muito bonito pela frente!

 

 

- Muito bem... Vocês agora são ninjas! – Jiraya agora estava sentado com os três numa mesa, no Ichikaru. – Mas não pensem vocês que começarão com missões arriscadas, cheias de ação e coisa e tal, vocês farão missões de Ranking D, serviço a comunidade.

 

- É... Nós sabemos, mas se fizermos tudo nos conformes, é mais fácil para pegar as missões C e B, que seriam feitas só depois do exame Chuunin. – Eiji tomou a palavra de seu sensei. – Na academia mesmo os professores fazem a gente decorar tudo isso...

 

- Parece que eles estão sabendo mais que nós. – Resmungou o Sannin mentalmente.

 

- E nós começaremos as missões quando? – Perguntou Kushina. – Vamos começar logo pra chegarmos ao mais interessante.

 

- Começarão amanhã! – Avisou o sannin. – Ah sim... Gostaria de perguntar a vocês, agora que Kushina comentou. O que vocês vêem de tão interessante em uma guerra?

 

Os três calaram-se por um tempo pensando no que poderiam realmente responder. A Guerra não trazia boas coisas, isso era fato, e Jiraya queria saber o que tanto atraia os três de participar de algo tão triste.

 

- Provar o meu valor! – Respondeu o pequeno Uchiha. – Sou de um Clã nobre desta Vila... Tenho que provar o meu valor de ser um Uchiha... Quero ser conhecido pelos meus inimigos pela minha bravura e coragem, eu quero superar o fundador do meu clã. Uchiha Madara.

 

O orgulho que Eiji tinha, realmente era espantoso... Mesmo vindo de um clã tão poderoso e imponente como o dos Uchiha, ele era dotado de uma personalidade muito aguçada. Jiraya o via como um aluno interessante por se mostrar poderoso fazendo o bem, diferente de muitos.

 

- Quero defender aqueles que amo! – Quem dizia aquilo agora era Kushina. – Mesmo que sejam poucos aqueles que me valorizem como poderia ser, eu quero mostrar meu potencial, defendendo as pessoas dessa vila!

 

Jiraya via em Kushina um brilho especial... E por mais que sua feminilidade fosse enrustida naquele jeito tão “garoto” de ser. Via naquele brilho uma futura grande mulher, talvez tão grandiosa como Tsunade. Talvez até menos brutal que a própria. Kushina fora deixada no portão da Vila, dentro de uma sesta... Sendo assim passou a ser criada no orfanato de Konoha... Nunca foi amada a valer, as pessoas que tinham afeto por ela geralmente estavam sempre distantes, como o Sandaime, e até mesmo o próprio Sannin. Outra pessoa a quem ela era muito apegada era a Sakumo, com quem passava a maior parte do tempo quando ele estava livre. Era como um irmão mais velho pra ela.

 

- Não gosto de guerras. – Dizia o pequeno Minato. – Eu... Eu perdi duas pessoas importantes pra mim, e todo dia vejo um corpo ou parte de um chegando à Vila... Pessoas chorando... Vejo a guerra como uma burrice insana onde um mata o outro por um ideal vago. E é por isso que quero me tornar alguém forte, para achar a resposta de como existir uma paz única, sem que ninguém sofra.

 

Jiraya sempre esperara por algo assim… Via em Minato o futuro o qual não alcançaria. Não agora pelo menos.

Ainda que Minato não havia aprendido corretamente os valores da guerra, o Sannin se confortou ao ouvir tais palavras vindas do garoto.

 

- Muito bem... Acho que realmente terão um futuro brilhante pela frente! – Disse o Sennin pervertido sorrindo. – Mas agora vocês podem descansar! Vão, estão dispensados!

 

Os garotos saíram da mesa após comer todo o Ramen. Jiraya pagou a conta ao Ichikaru, que elogiou muito os Alunos do Sannin, dizendo que não pode deixar de ouvir cada palavra vinda dos três recém-shinobis.

 

Jiraya após reportar a conclusão do teste, ia caminhando para casa... Já era tarde e o sol abaixava entre os montes do oeste.

 

- Quer dizer que pegou três pequenos para treinar, Jiraya? – De uma das ruas,  Orochimaru serpeou para perto de Jiraya. Não trazia consigo a maldade tão concentrada como seria futuramente.

 

- É uma experiência muito confortante, ver ramos crescerem nessa árvore. Você devia tentar Orochimaru! Não sei se leva jeito pra isso, mas é muito gratificante. – comentou Jiraya. – A propósito, muitas missões? Onde está Tsunade?

 

- Nawaki... Bom... Nawaki morreu. – Ao dizer aquilo para o Amigo, o mesmo se espantou. – Você sabe, eu não sou bom em consolar as pessoas... Mas eu pude perceber a partir daquele momento, Jiraya...

 

O Sennin das Cobras desviou os olhos fendados e ofídicos...

 

- O ser humano é um ser tão frágil... Ainda mais quando jovem. Somos muito vulneráveis, meu amigo. – Disse. – Estou disposto a resolver esse problema!

 

- Boa sorte! – Disse ao amigo. – Mas Orochimaru... Por favor, me prometa uma coisa.

 

Orochimaru olhou nos olhos de Jiraya agora sérios.

 

- Não venda sua alma por isso... Se a natureza nos fez frágeis, deve existir algum motivo! – Comentou.

 

- Sim, e o motivo é:  Os Fez frágeis para que eu possa aperfeiçoa-los! Até mais Jiraya...

 

Orochimaru caminhou para a direção oposta do Sannin dos Sapos... Jiraya mudou o rumo de sua casa para a casa de Tsunade.

Caminhou em passos rápidos até lá, precisava saber como a mulher estava... Já imaginava seu estado, mas garantir o bem  de Tsunade era algo que ele se prontificara a fazer.

 

Encontrou a casa vazia... Ninguém estava lá, e isso era realmente mal, onde ela poderia estar?

Ele passou o resto da tarde procurando... Já era noite quando passou pelo último dos lugares: O Terraço da Sede do Hokage.

Mas ao chegar lá se deparou não só com tsunade, mas também com Dan, o rapaz qual ela admirava.

Sorriu ao ver que estava bem... Mas por dentro uma enorme pontada no peito lhe foi desferida, ele realmente preferia ter suas seis costelas quebradas novamente do que sentir aquela agonizante pontada.

 

- Mas o que eu estou pensando? – Perguntou-se indo embora de lá. – Foras são a fonte de força de um homem... Afinal, seria muito fácil se não fosse assim.

 

Aquele era o Sannin... Acostumado à rejeição da mulher que sempre admirou. Nem tudo estava perdido, era o que ele pensava... Havia muito tempo pela frente. Era difícil pra ele aceitar, mas que alternativa teria? Pra ele não importava... Não tanto quanto a importância de descobrir o que o seu amanhã lhe traria.

Sentia mesmo era por Nawaki...  Tão novo, tão jovem, ainda nem havia descoberto os verdadeiros prazeres da vida, isso, nem mesmo o Sannin havia descoberto... Lembre-se estamos no prólogo da real história. E no fim do primeiro de muitos capítulos deste mito.

 


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Notas finais do capítulo

Bom... Aqui está o segundo capitulo xD depois de tanto tempo né? Boa leitura, espero reviews o