O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 25
Capítulo 24 - Hope


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeey guys o/ Peço desculpas pelo capítulo não estar lá essas coisas, mas espero que gostem o/
Enjoy it :3



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Estou parado em meio a uma guerra. Vejo corpos no chão, sangue e fogo por todos os lados, ouço gritos de dor e horror, vejo mulheres e crianças correrem e serem mortas no mesmo instante, homens lutando, casas desmoronando, famílias sendo destruídas. Vejo um casal lutando junto por sua vida. O homem defende a mulher, e vice-versa.

Vejo nove crianças sendo levadas para a pista de decolagem, porém uma fica para trás. Ela olha em minha direção e sorri. Eu sorrio de volta, e logo, o casal que estava lutando para sobreviver, aparece atrás do menininho. O homem apoia uma das mãos em seu ombro esquerdo, enquanto a mulher abraça o homem.

Imagino que esses sejam seus pais. Ou melhor, meus pais... Uma lágrima escorre por meu rosto quando o menino me encara. A lágrima também surge no rosto do “pequeno Quatro” e eu me abaixo em sua direção, para tentar enxuga-la. Mas, quando estou prestes a fazer isso, uma espada perfura o estômago do menininho e ele grita de dor. A espada é puxada por trás e o menino cai em meu colo. Eu o seguro como um bebê em meus braços e ele chora. Tento estancar sangue, mas é tarde. Seus olhos se fecham, sua respiração sessa, seu coração para.

Olho para cima e vejo Setrákus com a espada, ele me encara e sorri. Sinto uma dor insuportável no estômago, como se tivesse sido atingido. Caio para trás, jogando o corpo inerte do menino para o alto e gemo de dor. Coloco as mãos em minha barriga e me encolho. Fico sem ar e passo uma mão na testa. O suor pinga e quando olha para a mão, ela está invisível. Não consigo vê-la. Nem meu braço. Agora a invisibilidade consume meu corpo. A dor não sessa nenhum minuto e sinto que vou morrer.

– Acredito Quatro, esse sempre foi seu destino. – Diz Setrákus, enfiando a espada em meu estômago e sorrindo. Grito de dor e fecho os olhos.

Abro os olhos novamente e sinto o suor escorrendo da testa até minha boca. Vejo minhas mãos em cima da barriga e sorrio. Foi só um sonho John, só isso...

Estou em uma cela de tamanho médio, feita de tijolos e provavelmente a mais antiga, pelo jeito. Uma única lâmpada ilumina o local sujo e empoeirado, fazendo-o mais sombrio ainda. Levanto-me da cama de concreto e ando até a luz. Olho em volta e vejo os extremos do “cômodo”. Somente o meio é iluminado, deixando os lados em uma escuridão que eu temo tentar desafiar.

Respiro fundo e penso no que fazer. Fugir ou esperar ser resgatado? Se depender de Nove, vou morrer aqui, mas não porque os mogs me mataram, morrerei de tanto esperar.

Ouço alguém tossindo no meu lado direito e viro-me rapidamente. Fico pronto para qualquer tipo de situação. Desde Setrákus à um mog qualquer. A pessoa tosse novamente e olho para chão, que contém alguns pingos de sangue. Me aproximo um pouco e tento enxergar, o que é impossível. Tento acender meu lúmen, mas sinto uma dor terrível percorrendo meu corpo, que cai ao chão. Ouço passos se aproximarem e tento voltar a cama. Quando a porta da cela se abre, três mogs aparecem. Eles me pegam pelos braços e me jogam na cama, quase quebrando minhas costelas. Injetam um líquido preto em mim porém não faço nada. Não me importo mais. Dane-se tudo. Não espero que, quando voltarmos a Lorien, eles não invadam nosso planeta de novo.

Mas o líquido não é injetado por completo. A “tosse” ataca os dois mogs que injetam o líquido em mim, quebrando seus braços e pernas e depois ataca o mog que vigiava a porta, acertando uma pequena faca em suas costas e abrindo-o por trás. Cinzas cobrem minha roupa e o chão, dando-me esperanças que podemos vencer essa guerra. Desculpe-me Pittacus, eu sei que tenho que me importar, tenho que contra-atacar, mas as vezes cansa...

A “tosse” se vira para mim e sorri. Um menino? O menino é um pouco mais baixo que eu, ruivo e forte. Ele usa uma calça jeans totalmente rasgada, uma camiseta preta e tênis esportivo. Olho seu cabelo e estranho a franjinha que cobre seus olhos. Tem que cortar isso aí hein?

– Vai querer me ajudar, ou vai ficar me encarando o tempo todo? – Ele pergunta sarcasticamente. – Prazer, Jake.

– John. – Estendo minha mão e ele me cumprimenta.

Pego a arma mogadoriana no chão e olho para o corredor. Ouço os passos dos mogs se aproximam e meu coração dispara.

– Precisamos sair daqui... – Falo para Jake e ele assente. Ele passa por mim e corre para o lado contrário dos mogs.

– Vem logo! – Ele sussurra para mim e eu o sigo. O corredor é cinza e as luzes brancas piscam constantemente, uma porta prateada se encontra no final dele, mas parece que está há centenas de metros daqui.

Ele corre num passo bem devagar para o nosso estado. Assim que atingimos a porta prateada, ela olha fixo para mim e diz, bem preocupado.

– John, assim que eu abrir essa porta quero que você corra o mais rápido que puder e não pare, nem mesmo se eu pedir ok? – Ele olha para mim assustado com os passos dos mogs que se aproximam ainda mais. Eu assinto com a cabeça, mas não entendo o que ele quer dizer. Olho para trás e vejo o primeiro mog, seguido de no mínimo 30 deles – Pronto?

– Pron... – E a porta se abre.

Vejo um campo de batalha enorme e um portão –também enorme- cinza no final de tudo. Píkens estão por toda a parte e eu começo a correr. Eles percebem a minha nada exagerada corrida até o portão e começam a me seguir. 10, no mínimo, famintos píkens atrás de mim. Mogs fazem uma formação a minha frente e atiram. Atrás da primeira formação, outra formação, e outra, e outra. Sou capturado novamente na terceira formação, sem nenhuma chance de escapar. Jake também é capturado, porém matou muito mais mogs e píkens do que eu.

E mais uma vez, estou na sala branca. Jake me faz companhia, deitado na maca ao meu lado. Dessa vez, nenhum mog nem cientista está presente. Somente eu e Jake.

Ele acorda um pouco depois de eu pronunciar seu nome.

– Bom dia... – Eu digo. – Quer mesmo tentar fugir de novo?

– Nem pensar... – Ele responde, bocejando. – Vamos esperar uma oportunidade.

– É uma boa. – Digo, piscando para ele.

Cinco minutos se passam e o silêncio nos tortura. Finalmente tomo coragem e começo uma conversa digna.

– Por que está aqui? – Pergunto, com medo de ouvir a resposta.

– Pelo mesmo motivo que você... Fui capturado, e espero minha sentença de morte há mais de quatro anos.

– E porque nunca fugiu?

– Nunca tive coragem. Tive medo de que, quando finalmente saísse, voltasse mais uma vez para cá.

– Entendo...

– Não, não entende. Eu sei que não. – Ele me encara e continua, sem retirar os olhos de mim – Meu cepân foi morto a minha frente, fui torturado todos os dias de minha vida nesse inferno por causa de vocês. Eu não disse nada, não tive coragem de dizer. Mas tive vontade.

– Olha Jake me desculp...

– Não, não desculpo! Eu sofria enquanto vocês aproveitavam a vida boa! E ninguém, ninguém, me procurou!

– Mas agora eu te achei. Posso te tirar daqui. Amanhã se quiser, só precisamos nos recuperar. – Digo, estendendo minha mão em sua direção, e tomando coragem para saber se estou fazendo a coisa certa. – Prazer, Número Quatro.

Ele aperta minha mão, e mesmo um pouco emburrado, responde:

– Prazer, Quatro. Pode me chamar de Jake...

Droga! Não acredito que esse idiota não vai mesmo me dizer quem eu penso que ele é... ­Mas meus pensamentos são interrompidos pelas mais maravilhosas palavras que já ouvi:

– Ou de Cinco.


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Notas finais do capítulo

:OOOOOOOOOOOOOOOO Ciiiiiiiiiiiinco *-* que divo!
Espero que tenham gostado o/



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