O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 23
Capítulo 22 - O primeiro dia tranquilo


Notas iniciais do capítulo

DEMOREI MAS CHEGUEI!
Psé meus leitores, desculpem estar muito ausente e desculpem-me pelo cocô de capítulo que vocês vão ler, é que estou sem ideias, e hoje foi um dia tranquilo para nossos queridos personagens ;D
AH, e para quem sentiu falta de Tio Setrákus, segura a onda, pois esse capítulo será narrado somente por... #SPOILER#. U_U
Espero que gostem o/



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Olho para o teto de madeira e vejo algumas poucas teias de aranhas nos cantos. A casa é grande pelo que posso perceber, mas só tem um andar. Três quartos, uma suíte, uma sala, uma cozinha e dois banheiros. A sala contém três sofás, duas poltronas e uma tv antiga. Seis e Nove discutem no corredor que leva para a cozinha. Oito, Marina e Malcolm estão na cozinha, enquanto Sam e Ella estão andando pelo extenso jardim ao lado da casa.



Ando até o corredor e penso em apartar a discussão, mas continuo ouvindo o que os dois estão falando.





– Você não tem noção do perigo que John corre sem nós para ajuda-lo! E você ainda fica beijando e namorando ao invés de ser útil para alguma coisa! – Seis grita.





– Ah pelo amor de Deus, Seis! A primeira coisa que você fez ao chegar em Vegas foi dar uns belos beijos em Quatro! – Nove retruca. Sinto seu coração bater mais forte e seu rosto ficar rígido. O sangue fervendo em seu corpo, que está se segurando para não fazer alguma loucura.





Seis fica sem palavras e abre a porta do quarto que estava atrás dela. Eu passo entre os dois, que entram no quarto e continuam “conversando”, enquanto eu sigo para a cozinha.





Assim que entro no cômodo, me deparo com um espaço de no mínimo 25 m². Na parte da esquerda vejo um fogão, uma geladeira pequena e um pia. Uma porta pequena de aço encontra-se no final da parede, provavelmente levando para o lado de trás da casa. Na parte da direita, dois armários de madeira antigos, que combinam com o assoalho do chão. Uma mesa grande de mogno está no centro de tudo. Ela é comprida e redonda nas pontas. Oito cadeiras estão ao redor dela, sendo que três delas estão ocupadas. Arrasto uma cadeira e sento-me ao lado de Marina. Apoio meus braços na mesa e jogo a cabeça em cima dos mesmos. Tenho a intenção de dormir, mas não consigo, minha mente está muito perturbada para isso. Olho para cima e Malcolm sorri para mim.





– Que tal prepararmos um jantar? – Marina sugere.





– Olha, seria interessante... – Pisco para ela e me levanto, espreguiçando-me. – Mas primeiro precisamos comprar algumas coisas, ou vocês já compraram?





– Não, ainda não. Pensamos em parar para comprar pelo menos escovas de dente, alguma comida e água, mas Nove estava com pressa. E a comida que trouxemos daquela lanchonete acabou... – Ela franze a testa e pensa no que poderíamos fazer.





Ella e Sam, entrando na cozinha pela porta de aço de mãos dadas seguem direto para a sala. No trajeto, sorrio para Sam e ele retribui o sorriso, empolgado. Ella para e cochicha algo no ouvido de Marina, que concorda com a cabeça.





Eles saem da cozinha e ouço a porta da casa se fechando. O motor do carro ligar e ele partir. Aponto para o corredor e olho para Marina, um pouco curiosa.





– Ella disse que iriam fazer alguma coisa no centro, e eu permiti. – Ela dá de ombros, assim como eu. – Espero que não façam nenhuma besteira...





Sorrimos e Marina se levanta. Malcolm e Oito continuam conversando enquanto caminhamos para a sala. A noite paira no ar e as luzes da estrada silenciosa começam a se acender. Marina me conta como era o orfanato e se emociona quando comenta sobre sua cepân. Ela também não se esquece de como conheceu Ella e fica orgulhosa da menina que ela é hoje, porém se preocupa do porque de seus legados ainda não aparecerem.





– Sabe Marina, vocês são como irmãs, e sinceramente acho isso muito legal. Mas quando John disse que cuidaria dela como se fosse seu cepân eu estranhei... Você não estranhou? –





– Olha, estranhei sim... Estranhei muito, mas senti que Ella estava segura quando John disse isso. Soou como se ele fosse pai dela...





– É, também senti isso... E falando sobre os legados dela, não acham que deveriam voltar a treinar? – Ouço gritos de Seis com Nove, e eles não param. Tento esquecer que eles discutem, mas é inevitável. É capaz deles acabarem se matando lá dentro...





– Sim, eu estava pensando na mesma coisa... Mas treinaríamos aqui mesmo? – Ela indaga.





– Claro! – Respondo empolgada por ela me incluir nesse treinamento. – Olhou o espaço que temos lá trás? É enorme e fica escondido pela casa! Ninguém iria ver, afinal, estamos bem distantes da cidade e depois desse terreno que temos aqui, é um morro altíssimo. Acho que ninguém viria bisbilhotar...





– É tem razão. – Ela assente com a cabeça e olha pela janela. Ouvimos o motor de um carro e uma moto se aproximando. Marina desliga a luz da casa com sua telecinesia e corre para a porta. Não ouço mais os gritos de Seis e Nove, o que me tranquiliza. Encosto-me contra a parede e espero que eles invadam nossa casa. Ouvimos risos e uma conversa bem “simpática” bem diferente das dos mogs se aproximando. A porta se abre e duas pessoas entram. Marina não perde tempo e as joga para cima. Eu acendo a luz e Sam e Ella olham assustados para nós.





– Calma Marina! Somos nós! – Ella grita, tentando descer.





– Ella! Sam! Que susto... – Marina desabafa. – Desculpe-me... Eu achava que eram os mogs... – Ela desce os dois que seguram sacolas de supermercados e duas chaves nas mãos. Duas? Porque duas?





– Tudo bem. – Sam diz, se arrumando. Ele veste agora uma jaqueta marrom, jeans e um all-star azul escuro de cano alto. Ella também se arruma. Ela veste um moletom cinza, legging e um all-star preto.





– Onde compraram essas coisas? Com que dinheiro? E porque seguram duas chaves de automóveis? – Oito pergunta, fortemente e curioso.





– Sacamos dinheiro, fomos até um shopping local pequeno e...





– Tá isso eu sei! Eu quero saber que outra chave é essa! – Ele aponta para uma chave que está na mão esquerda de Sam.





– Bom... Achamos que precisaríamos de mais espaço então...





– Então o que? – Oito intimida-o.





– Compramos uma moto! – Ella diz, empolgada.





– O QUE? – Oito grita, fazendo Nove e Seis saírem do quarto apressados.





– Que foi? O que aconteceu? – Nove pergunta.





– Eles acham que tem o direito de comprar uma moto! – Oito exclama, colocando as mãos na testa e andando de um lado pelo outro.





– Mas não podia? – Sam pergunta inocentemente.





– Claro que não! – Oito reponde furiosamente. – Estamos sendo procurados pelo FBI, qualquer compra com nossos dados no momento só iria piorar tudo!





– Mas não usamos nossos nomes... Achei um documento falso na bolsa da Sarah e o peguei. Se não me engana o nome é Madison alguma-coisa. – Ela pisca para mim. Eu assinto com a cabeça, mas quando Oito olha feio para mim, disfarço.





– Deixe eles Oito! – Malcolm protesta. – De algum jeito, precisaríamos de outro veículo mesmo. Eles usam a moto, nós trocamos a placa do carro. Resolvido. – Ele pisca para Marina e se senta na poltrona. – Não é mesmo Sete?





– Sim senhor! – Marina concorda com ele.





Oito desiste da confusão e vai até Sam.





– Já que ficaremos com seu brinquedinho, é bom que saiba usar...





– Bom, eu tentei... – Sam responde. Nós rimos e Oito não acredita no que ouve.





– Pela manhã eu te darei algumas aulas, ok? – Oito bagunça o cabelo de Sam e o abraça. – Enquanto eu dou aulas a Sam e Ella, vocês vão preparar tudo para um bom treino, ouviram?





– Sim senhor! – Nós gritamos. Nove, nada empolgado, volta para o quarto, como se detestasse a ideia de treinar. Seis se senta no sofá, e Marina senta ao lado dela. Penso em me juntar as duas, mas acho que se fizesse isso, Seis poderia não acabar gostando. Sam e Ella seguem para a cozinha, dizendo que vão organizar as coisas para o jantar. Oito e Malcolm se sentam nos outros sofás, e começam a conversar sobre os treinos. Sinto que Malcolm está bem melhor, e sorrio sozinha. Sigo até o quarto onde Nove se encontra e fecho a porta. Acendo a luz e vejo a cama bagunçada. O cheiro de mofo invade meus pulmões, fazendo-me tossir. Nove coloca o travesseiro em cima da cabeça e pede para eu apagar a luz.





– Vamos lá Nove. Você tem que levantar e daqui a pouco eu vou fazer o jantar, não quer vir comigo? – Sugiro, me sentando ao seu lado e retirando o travesseiro de seu rosto. Uma parte dele fica iluminada, e a outra fica escondida pela minha sombra. Ele balança a cabeça em sentido negativo. – Por favor...





Beijo seus lábios e me deito ao seu lado. Ele simplesmente vira de lado e me ignora, usando sua telecinesia para apagar a luz.





– Não tem graça Nove... – Digo, me irritando pela grosseira dele. A lua é nossa única fonte de luz, com ela iluminando meu rosto. – Nove, levanta...





– Não... – Ele enfia a cabeça no travesseiro e tenta dormir novamente.





– Vamos Nove, preciso fazer o jantar e achei que você pudesse me ajudar. –





– Não... Chame Seis ou Marina... – Sua voz abafada mal chega em meus ouvidos, sendo impedida pelo travesseiro.





Levanto-me e puxo as cobertas de seu corpo, ligo a luz e começo a puxar seu braço.





– Hora de levantar, vamos lá!





– Não Sarah! – Ele se irrita e agarra meu braço quando vou tentar retirar seu travesseiro. Meu pulso fica vermelho e sinto o ódio em seus olhos.





– Nove, me solta. – Eu peço, agora séria. Ele não solta e eu tento me livrar, mas ele continua a me encarar. – Nove. Me solta. Agora.





Ele finalmente desperta do transe e me solta. Vejo meu braço, agora vermelho e um pouco roxo e olho para ele. Você é idiota, menino?





Saio do quarto, sem dar nenhuma satisfação a Nove e tentando esquecer o que acabou de acontecer, e vou até a cozinha. Ao entrar, fico meio sem graça e não sei o que fazer. Sam e Ella se beijam apaixonadamente de um lado. Sam está encostado na bancada da pia, segurando a cintura de Ella. Eles se beijam e param regularmente, sorrindo o tempo inteiro. Volto rapidamente para a sala e sento-me ao lado de Marina.





– Como vamos fazer o jantar sem interrompê-los? – Pergunto, apontando para a cozinha e sorrindo.





– Bom, nós poderíamos FAZER O JANTAR e eles virem para cá. – Marina dá ênfase no “fazer o jantar” e percebo que eles escutaram. Eles riem e quando chegam ao corredor, abraçados, os dois mostram a língua para mim





– Ok! Vocês ganharam, podem ir fazer seu jantar! – Ella exclama e quando Nove sai do quarto, ela o olha dos pés a cabeça.





Ele está descalço, vestindo jeans e... Só. Seu cabelo, agora voltado um pouco para cima, quase formando um topete, continua bagunçado.





Faço o mesmo que Ella e, mesmo depois do que aconteceu lá dentro, sinto vontade de beijá-lo. Mas ele simplesmente encara todos e vai em direção a cozinha. Ouço a porta de metal se fechando fortemente e penso que ele foi dar uma volta.





Decido ir fazer o jantar, já que Nove está de mau-humor. Marina e Seis vêm logo atrás de mim. Nós preparamos macarrão e frango frito, já que no almoço nossos pedidos não foram muito “atendidos”. Está tudo pronto em menos de uma hora, e pelo relógio da sala, são 19h46. Chamo Nove para comer, mas ele simplesmente não me escuta, e quando entra em casa, vai direto para nosso quarto. Sentamos, sem ele, e comemos às 20h.





Conversamos sobre nossos treinamentos e como serão nossos dias daqui para frente.





Lavo a louça com a ajuda de Sam, e quando tudo termina, sentamos na sala para conversar. Sento em um sofá, ao lado de Sam e Ella. Oito e Marina sentam em outro, acompanhado de Seis, já Malcolm vai se deitar cedo. Encolho minhas pernas e apoio meus braços em cima dos joelhos, pensando no que Nove fez e ficando preocupada com Quatro. Como posso recuperá-lo?

 

 




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Notas finais do capítulo

Psé, hoje foi somente narrado por Sarah, já que agora as histórias se "dividiram" de novo :P
Se faltou ação e ficou chato, avisem e eu faço um #Final#alternativo o/ hehehe
Eu sei, ficou sem nada, mas PREPAREM-SE. Vem alguns treinamentos ótimos por ai... :D
See ya guys o/



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