O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 21
Capítulo 20 - I'll Protect You.


Notas iniciais do capítulo

Hey guys! Tudo bom com vocês?
Bom, eu não tenho nenhum recado hoje, então...
Boa leitura!



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Tento me lembrar do que acabou de acontecer. Estou deitado no chão e sinto o sangue em minha boca. Uma camada grossa de poeira preta cobre minha camiseta e minha calça. Olho para o lado e vejo Sarah, que está inconsciente, mas respira. Seis e Nove começam a se levantar para contra-atacar os mogs que nos cercam e atiram. Oito se transforma novamente em seu lobo três vezes maior que o normal e cauda pontiaguda. Fecho os olhos novamente.

Entramos do restaurante, que está completamente cheio. O garçom vem até nós, e nos indica uma mesa. Seguro a mão de Seis e começo a andar em direção a mesa. Puxo a cadeira para ela se sentar, e logo em seguida sento-me ao seu lado. Oito faz o mesmo com Marina, assim como Sam faz com Ella. Nove e Sarah olham os quadros na entrada enquanto olhamos o cardápio. Malcolm, que está ao lado de Sam, começa a pedir. Ele pede macarronada com queijo, o mesmo que eu, Sam e Oito. Marina, Ella e Seis, que conversam entre si, pedem salada e uma porção de frango frito.

Nove e Sarah chegam exatamente quando o garçom vai embora, o que nos faz ter que chama-lo novamente.

– John... – Seis me chama. – Assim que acabarmos de almoçar, precisamos comprar algumas coisas, como computador e celulares.

– Tudo bem. – Digo, sorrindo. Ela beija minha bochecha e voltamos a conversar.

Sam e Ella conversam apaixonadamente. O mesmo jeito quando ele conversou com Emily, ele conversa agora com Ella. Aí sim, Sam.

Oito e Marina também conversam assim. Mas com certo tom de timidez nos dois. Sarah e Nove estão quase engolindo um ao outro, de tanto que se beijam. Sério mesmo?

Pedimos algo para beber enquanto a comida não chega. Sam, Malcolm e Oito pedem água e o resto de nós, suco, que vem em uma jarra de vidro. Os garçons começam a arrumar os talheres e pratos, o que me deixa animado, já que logo comerei algo delicioso.

Assim que está tudo pronto e o cheiro de comida invade meus pulmões, sinto o chão tremer. O lustre da entrada vibra, assim como a jarra de nossa mesa. Pessoas se seguram às cadeiras e alguns copos caem. Os talheres começam a se mover e a água do copo de Sam cai um pouco. A explosão acontece e nós somos jogados para o lado. Metade de meu corpo está em chamas e a maioria de nós, inconsciente.

Abro meus olhos novamente e vejo outros dois olhando para mim. São cinzas e mudam de cor constantemente.

– John! John acorda! – A pessoa me dá alguns tapas na bochecha e volta a gritar. – John! Levanta, agora!

Meus olhos tornam a queimar e sinto-os ficarem escuros novamente. Levanto-me rapidamente e olho para todos os lados, tentando não aceitar o que vejo. Só pode ser um sonho... Mas não. Não é.

Sarah ainda está inconsciente e Marina tenta acordá-la. Sam e Malcolm se escondem atrás de uma pilastra branca. Uma das únicas que restaram. Mogs e agentes se aproximam, como um exército. Eles cercam a antiga parede – que se transformou em buraco, após a explosão – o que torna impossível o simples fato de sair daqui. Seis ainda me encara, enquanto olho ao redor. Ela puxa meu braço e eu acordo do transe. Ficamos atrás de uma mesa, assim como Nove. Ele pega uma arma qualquer e atira raramente. Use seus legados, idiota! Com minha telecinesia, retiro as armas dos agentes e puxo-as para mim. Jogo duas para Sam e Malcolm e uma para Ella. Seguro uma K-47 e atiro contra tudo o que vejo.

Agentes são perfurados no mínimo seis vezes antes de cair. Ódio e raiva percorrem meu corpo e me deixa ainda mais com sede de vingança. Mal posso esperar por você, Setrákus.

Um sorriso forma em meu rosto enquanto atiro e Seis, ainda encostada na mesa, se questiona o porquê disso. Ella atira também, porém acertando alguns poucos mogs. Ella, está me ouvindo?

Sim, John. Pode falar.

Tire Sarah, Malcolm e Sam daqui. Roube um carro e nos espere em frente à uma loja, à um quilometro daqui. Se não estivermos lá em uma hora, fuja. Entendido?

Ela me olha, parando de atirar, e balança sua cabeça em sentido negativo. Eu me encosto novamente na mesa e insisto.

Você precisa fazer isso Ella. Por favor...

Algumas lágrimas escorrem por seu rosto e quando está prestes a enxuga-las, meu coração dispara. Ela cai para trás e sangue jorra de seu peito e ombro esquerdo. Marina grita quando vê e Sarah finalmente acorda. Oito e Nove param no mesmo momento e olham a terrível cena. Ella começa a parar de respirar, enquanto Marina encontra forças para não perde-la.

Agora vocês foram longe demais...

Levanto-me e jogo a arma na parede, tornando-a milhares de pedacinhos inúteis de metal. Os seguro no ar e jogo contra os agentes, perfurando-os.

Eles gemem de dor, e eu faço os pedacinhos irem mais fundo ainda. Sinto a carne rasgar por dentro e os órgãos parando de funcionar imediatamente. Olho para trás e vejo Marina chorando em cima de Ella. Suas lágrimas me afetam cada vez mais.

Pulo a mesa e corro até os mogs. Ok, concentre-se John... São trinta no total. Vinte aqui dentro e dez lá fora, esperando mais virem.

Pulo em cima do primeiro mog, que não tem chance alguma contra mim. Vejo meu reflexo em seus olhos e torço seu pescoço, quebrando-o. Ele explode em cinzas imediatamente. Pego sua espada e vou em direção ao próximo. As paredes queimam e o papel que havia nelas deixa um cheiro horrível. Cinco mogs me cercam e eu corto suas barrigas em um movimento giratório. Ouço Seis gritar com Marina e ódio volta a me consumir. A espada perfura o primeiro mog e eu acerto sua cabeça com um chute. Um outro segura minhas costas, levantando-me e deixando minha espada cair. Eles socam meu rosto e minha barriga, deixando-me mais furioso do que nunca. Quando todos eles se aproximam novamente, acendo meu lúmen e controlo o fogo, que vem em nossa direção. Nove e Oito agora estão ao meu lado.

Oito, agora com corpo de leão três ou quatro vezes maior que o normal e uma cabeça de águia, com um bico pontiagudo, esmaga tudo o que vê com suas patas enormes. Nove, com uma arma normal e usando telecinesia, distrai os mogs para que possamos atacar. Quebro algumas pernas e braços, mas não é o suficiente. Vocês machucaram Ella. Agora é minha vez de retribuir.

Pego minha espada e rasgo o mog a minha frente. Consigo ver perfeitamente seu interior sangrando, um sangue escuro e preto, mas depois ele se torna pó. Faço o mesmo com o próximo e, antes que ele possa virar cinzas, chuto seu pescoço e ele voa perto de um agente, que corre na mesma hora. Fracote.

Olho para trás quando restam apenas cinco mogs para lutarmos. Por enquanto.

Oito, termine isso para nós.

Ok.

Vejo Oito dilacerando os mogs e jogando partes de seus corpos pelo restaurante, que agora não está mais em chamas.

Sigo até Ella, pulando entre os corpos esticados no chão e quando chego, vejo o desespero nos olhos de Seis. Abraço-a e olho para o corpo inerte no chão. Ele não se move, não respira. Simplesmente não há mais nada ali. Deixo Seis com Sam e me jogo em cima do corpo. Choro tanto que sinto as lágrimas se esgotarem, por mais que eu tente chorar.

– Sinto muito Ella... – Digo, mesmo sabendo que ela não irá me ouvir – Isso foi culpa minha. Não deveria tê-la distraído.

Busco forças para tentar fazê-la a voltar à vida. Coloco minhas mãos em seu tórax e pressiono-o. Sinto a energia percorrendo meu corpo até a ponta dos dedos. Fico ofegante, mas não paro. Ninguém vai morrer, não hoje.

– Vamos lá Ella, eu sei que você está aí. – Pressiono novamente seu tórax e descarrego uma corrente de energia nela. Sinto que posso desmaiar, mas aguento. Estou fraco e prestes a cair. – Ella! – Finalmente grito, tão forte e alto que sinto um alívio. Sinto sua respiração recomeçar. Seu corpo voltar à vida.

Os furos causados pelas balas começam a sumir. Olho-a nos olhos e espero o mais gratificante ato que já esperei por toda minha vida. E finalmente ela os abre.

Ela olha para todos nós e depois para mim. Abraço-a e cochicho em seu ouvido:

– Me desculpa Ella, me desculpa... – Recomeço a chorar e ela retribui o abraço.

– Tudo bem John, tudo bem. – Sinto as lágrimas que caem de seu rosto percorrerem minhas costas, e beijo sua testa.

– Eu não aguentaria continuar sem você Ella. – Eu digo, deixando claro que quero protegê-la de tudo e de todos. – Vou ser seu Cêpan Ella, e não deixarei que nada aconteça com você.

– Obrigada... Sinto-a dizer em um tom não tão confiante.

Nós nos abraçamos e ajudo-a a levantar. Entrego Ella a Sam, e Sam me entrega Seis. Temos que sair daqui, mas não será agora. Mais trinta mogs entram na grande sala e cercam-nos. Espadas brilhantes e canhões apontados para nós indicam que não será fácil sair dessa. Oito volta a sua forma normal e segura a mão de Marina. Eu segura a de Seis, Sam a de Ella e Nove a de Sarah. Formamos um circulo entre nós, olhando para os lados.

Oito, preciso que faça um favor. Tele transporte todos daqui, roube um carro e vá embora. Consegue?

Sim, mas no máximo três de cada vez.

Ok, sem problemas. Quando eu mandar... Pronto?

Pronto.

Agora!

De repente, Oito, Marina, Malcolm e Sam desaparecem e Oito reaparece, ele leva consigo Seis, Nove e Sarah, e não volta mais. Os mogs olham confusos entre si, mas logo partem para o ataque. Assim que eles estão à um metro de mim, eu pulo e voo. Canhões apontam e atiram contra mim, mas eu desvio todos com minha telecinesia. Acendo meu lúmen e aponto para meus pés. 

 Meu corpo pega fogo quase imediatamente, e eu "atiro" as chamas contra os mogs. Eles se contorcem e o cheiro de carne queimada invade o ar. Ouço gritos e grunhidos estranhos, mas não me importo. Isso só alimenta mais meu ódio.

A grande sala agora é um cômodo pintado de vermelho e laranja, com chamas que se movimentam, queimando tudo o que veem. Respiro fundo e desço. Mas antes que eu possa perceber, é tarde demais. Um dos botijões de gás da cozinha fora furado por uma espada que Oito arrancou de um mog e a jogou longe, e quando o fogo o atinge, sou jogado para cima novamente.

Estamos em frente a uma loja enorme de departamentos variados. Lê-se na entrada um banner enorme com letras garrafais: EVERYTHING & CO.

Esperamos dentro de um Volvo 850 T-5R que roubamos e quando olhamos para trás, nossos olhos brilham. Não, eles não brilham por ver John voltando com um sorriso no rosto, e sim por o restaurante e o hotel que estávamos agora estarem em chamas. Destroçados.

Antes que Nove possa acelerar, seguro seu braço. Ele me olha, e consigo sentir seu pensamento martelando em minha mente: Precisamos sair daqui. Assinto com a cabeça e ele acelera.

Vejo o hotel e o restaurante ficando menores cada vez mais, e mais SUVs se aproximando. Mais mogs descem do carro e alguns continuam a seguir, vindo atrás de nós.

Dos mogs que pararam e desceram, oito, no máximo, entram no restaurante. Eles colocam máscaras e correm. Alguns começam a sair, e outros carregam algo consigo.

– Nove, vai devagar! – Eu exclamo.

– Não dá Sarah! Temos que sair daqui! –

Assim que tento ver o que eles tirar de lá, um SUV aparece atrás de nós, não possibilitando minha visão. Droga!

Oito se tele transporta e em forma de lobo novamente, jogo o carro para o lado, que capota. Ele volta para dentro do veículo e peço:

– Nove, pare esse carro agora! – Berro. Ele freia bruscamente, fazendo Marina bater sua cabeça no banco.

– Qual é o problema agora? – Ele pergunta, colocando as mãos em cima do volante, pronto para sair daqui a qualquer momento.

– Eles capturaram John! Esse é o problema!


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Notas finais do capítulo

Hope u like it!
E se ficou muita nada a ver, me avisem e eu faço um final alternativo... ok? Pq eu tbm não gostei muito não... >:
Byee o/



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