O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 1
Capítulo 1 - Ou ele, ou eu.


Notas iniciais do capítulo

Heey! Espero que gostem do primeiro capítulo! Enjoy it. :)



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É como se ele nunca tivesse existido. Como se ele nunca tivesse me encontrado. Nunca tivesse vindo para cá. Já faz cinco anos que John Smith, ou número Quatro me deixou aqui, nessa cidade "Irônica", como ele dizia, à espera dele. Mas não é o que eu quero. Se sair daqui, as chances de nos reencontrarmos serão mínimas, menores que são hoje. Mas se ficar, nunca farei nada da vida. Nunca seguirei meu sonho. E infelizmente terei que escolher. Ou ele, ou eu. Eu sei que quando ele diz uma coisa, ele vai cumprir. Eu o amo, mas esperar mais cinco anos aqui, em Paradise, será difícil.



Todas as noites são um pesadelo, assim como os dias. Ter que levantar de manhã, ir para a escola e dar aula de fotografia é ótimo, pois estou me envolvendo com o que quero. Mas não é o que eu vou fazer pro resto da vida. É sempre a mesma coisa. Os mesmos rostos. Os mesmos boatos sobre a professora esquisita. Ter que aguentar eles falando sobre John, sendo que nada sabem, é dolorido. E não posso fazer nada para defendê-lo. Poderia comprometer sua identidade na Terra.



Penso nele cada segundo de cada dia. Me perco nas memórias, lembrando do dia em que voltei do Colorado. Quando estávamos tão próximos que nada me afetava. Nosso olhos se encontravam, nossos lábios se tocavam, até que Henri entrou em casa. Essa cena sempre me fez rir. Continuo a viajar no tempo até quando um aluno interrompe meus pensamentos com uma pergunta:



– Professora, porque seu namorado é um dos mais procurados do FBI?



Todos na sala riem baixo, e eu tento ignorá-los, mexendo nas fotos que foram tiradas. Mas a pergunta pesa um pouco em minha consciência. Porque John está sendo procurado mesmo pelo FBI? Se ele só quer nos proteger dos mogs, porque tanta implicância com a Garde? Eu não entendo nada, só sei que o governo está no lado errado. Após o que aconteceu lá no Novo México, eu entendo o medo de Quatro. Não é justo eu ir embora de Paradise sem ele me encontrar.



Vou para casa, mas antes passo em frente a uma pizzaria. Decido comer lá, já que não tem nada em casa mesmo. Peço um pedaço só, já que não tenho tanto apetite. Sento-me ao lado da janela, e espero meu pedido chegar. Quando olho para rua, vejo um rosto conhecido. Mark James. O cara durão de Paradise, que anda mais tranquilo que eu. Ele me vê e acena, decidindo entrar e me cumprimentar. Ele parece bem diferente do que era quando namorávamos. Ele deixou a barba crescer um pouco, veste uma camisa simples de gola V e jeans. Óbvio, nunca perdendo o ar de “bonitão”.



Conversamos um pouco e convido-o para comer um pedaço de pizza, já que ele estava lá. Ficamos por lá quase uma hora, o que era pra ser um lanche rápido.



– Foi ótimo ver você, Mark. Tanto tempo sem te ver... Você mudou muito...





– Sarah, foi ótimo te ver. Estava morrendo de saudades...



Pela primeira vez, Mark soou verdadeiro... Mas nada mudava o que ele tinha me feito, nada. Mark interrompe meus pensamentos, dizendo algo que eu nunca pensava que iria ouvir dele.



– Me desculpe. Eu não devia ter feito isso com você. Nem com o John, mesmo ouvindo coisas horríveis sobre ele. Vocês merecem ficar juntos.



Ouvir aquilo me aliviou, como se finalmente alguém entendesse que John não é o cara mau da história.



– Obrigada, Mark. Me acompanha até minha casa?



– Claro.



Lembro-me de John. E sei o que estou fazendo é errado, mas não posso me conter. Mark é só meu amigo. isso. Ao chegar, nos despedimos, e ele sai andando, com a cabeça baixa. Entrando em casa, ouço uma voz em minha mente.



Me desculpe. Não deveria deixá-la sozinha.



A voz lembra a de John. Devo estar louca, ou ele realmente falou comigo? Não é possível, não tenho nenhum legado igual a eles. Provavelmente estou delirando... Ou será que não?



Tomo um banho, penso um pouco na voz que ouvi, e penso que estou assistindo filme demais. Deito-me na cama e penso um pouco em meus pais, como estou com saudades e como eles realmente fazem falta. Tanta falta quanto John. E como poderíamos ser uma família feliz, se ele fosse desse mundo. Penso tanto que logo adormeço, novamente tendo um pesadelo.



Dessa vez estou em um lugar escuro, totalmente escuro. Há um foco de luz em alguém. Um menino, pelo que posso ver. Tento me aproximar, mas sinto que isso não é possível. Não consigo sair de onde estou. O menino se vira, e vejo o rosto de John. Ele olha para mim, com seu doce olhar que não desgruda do meu. Grito o mais alto possível, mas nenhum som sai de minha boca. O que há de errado? Olho para os lados, e quando me viro para frente novamente, vejo Setrákus Ra, o chefe dos mogs, atrás de John. Ele não nota e tento avisá-lo, mas ele não me escuta. Na verdade, nem eu me escuto. Tento gritar o máximo que consigo, mas não tenho êxito. Segundos depois, vejo o “chicote” que me atingiu e atingiu a Ella na luta no Novo México, atravessando o corpo de John e ele virando pó rapidamente. Grito, e finalmente minha voz sai. Choro loucamente, e vejo o sorriso malicioso de Setrákus.



Acordo assustada no meio da noite, estou suada e rouca. O que está acontecendo comigo? Estaria eu desenvolvendo legados? Virando Loriena? Não, isso é impossível... Eu nasci aqui, passei minha infância aqui, meus pais são da Terra, não há explicação para isso acontecer! Preciso encontrar John. Agora.




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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Críticas e Opiniões são sempre bem-vindas :)