De Uma Luiza Para O Mundo escrita por LBeyond


Capítulo 9
Canadá - Capitulo Único


Notas iniciais do capítulo

Bem essa historia na verdade é o meu trabalho de Redação.
E eu não a fiz sozinha a base foi feita pelo meu grupo e eu. Eu só fiz digitar e por detalhes e vida a essa base.
AVISO= É uma historia yaoi! Ou seja tem romance gay. Se não gosta por favor evite constrangimentos e se retire!
AVISO 2= Como dito antes é YAOI, tem cenas de TORTURA, mas o resto é S2 e ♥ pra todo mundo!
Agradecimento antecipado aos que me ajudaram a fazer essa curta historia:
João Victor,
Lucas Eduardo,
Pedro Anibal,
Vitoria Mendonça,
Matheus e Letícia que me ajudaram a construir essa historia;
E a linda professora Renata que passou esse maravilhoso trabalho.



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Parecia mais um dia normal para Richard River.

Acordou com os bipes do despertador, fez sua higiene matinal, vestiu-se, comeu seu desjejum de sempre: capuchino com creme e pão recheado de mel. Após comer saiu tranquilamente de seu apartamento, desceu de elevador os quatorzes andares costumeiros, foi até a vaga de seu carro no estacionamento, saiu da garagem e dirigiu até o trabalho, onde teria mais um dia tranquilo de trabalho entre os simpáticos colegas de trabalho.

Que nada!

Acordou atrasado com um forte ruído vindo da rua, pois ele tinha se esquecido que a sua atual ex-namorada havia quebrado seu despertador enquanto atirava coisas aleatórias nele durante a briga da noite anterior.

Vestiu seu terno as pressas, saiu correndo de seu apartamento, chegando ao elevador avistou uma enorme placa pendurada: “QUEBRADO”.

Teve que descer todos os quatorze andares praticamente voando pelas escadas. No caminho para a garagem, ouviu-se uma grade movimentação vinda da rua, olhou rápido pela janela e viu a razão dele ter acordado. Para a sua sorte e azar havia ocorrido um enorme acidente na rua, grande o suficiente para tirar seu sono, um caminhão e três carros colidiram bem em frente ao seu prédio, a policia havia fechado a rua que havia se tornado intransitável.

“Droga!” proferia mentalmente River, ir de carro estava fora de cogitação, teria que pegar o metrô “Desse jeito eu vou chegar atrasado para a reunião!”.

Correu até a estação de metrô perto de seu prédio, para melhorar o belo dia de River, seu metrô atrasou. Quinze minutos de lá até a estação perto de seu trabalho, o teriam sido dez minutos normalmente e seis de carro. A porta do vagão se abriu e River saiu desenfreado durante duas quatro quadras. Entrou voando no prédio a tempo de ver um homem alto, de cabelo castanho, terno e casaca marrom entrar no elevador.

- Espera! Segura o elevador! – gritou River, o homem que acabava de apertar o botão de seu andar segurou a porta a tempo de River entrar.

Para melhorar seu dia, o homem do elevador não podia ser ninguém menos que o cara que ele mais odiava na empresa: Akise Amane.

River rosnou um “Bom dia” mal humorado, o qual Amane não respondeu.

“Mal educado!” pensou River “Como eu odeio esse cara! Chegou aqui não tem nem dois messes e já está num posto alto agindo como se fosse muito mais superior que nos. Arrogante, é isso que ele é!” seu pensamento foi interrompido pela voz de Amane:

- Vai para a reunião do balance geral, contador? – perguntou com ar de superior.

- Eu tenho nome! É Richard River. E eu não sou o único contador dessa empresa para você me chamar assim. E sim! Eu vou para a reunião. – respondeu seco e ríspido.

- Hum! Como se seu nome me interessasse. – disse carrancudo – Você devia dar uma passada no banheiro antes da reunião, precisa melhorar essa cara, está péssima!

- E me atrasar para a reunião? Nem pensar!

- Você é quem sabe. – a porta do elevador abriu no ultimo andar onde ficava a sala do diretor e dono da empresa Sr. Ralvard e as salas de reuniões.

Caminharam juntos até a sala numero um onde ocorreria a reunião. Foram os primeiros a chegar à sala para espanto de River, que achava está mais do que atrasado. Sentaram-se em seus lugares, que para desgosto de River, era ao lado de Amane, já que naquela empresa, contabilidade e gestão ficavam juntos.

Ficaram em silencio durante alguns minutos, quando ouviu-se as vozes do Sr. Ralvard próximo a sala, River se levantou para receber ele de pé, em sinal de respeito, Amane também se levantou, mas não para receber o diretor, mas sim para fazer algo que River nunca pensaria: Amane o jogou em cima da mesa e o beijou a força.

Isso mesmo! O beijou! De modo que quando a porta se abriu revelando a figura solene e sorridente do diretor e a chocante cena dos dois, logo aquela figura se transformou em uma de ar de ira e seriedade.

- Para a minha sala Sr. River. Agora! E quanto a você Sr. Amane, nós conversamos depois! – disse frio após River ter conseguido se soltar de Amane ainda ofegante e despenteado.

Na sala do diretor Ralvard, tentou se explicar, esclarecer a situação, desculpa-se pela falta de respeito à empresa e tudo, mas foi em vão. Tudo o que recebeu foi um duro sermão sobre ética, moral e pudor no locar de trabalho e a sentença final:

- Sr. River, o senhor está demitido! Por favor pegue suas coisas e se retire. O senhor não trabalha mais para essa empresa. – disse duro a figura incrédula de River.

Sem opções fez o que lhe foi ordenado, juntou suas coisas e saiu sem dar mais nenhuma explicação a ninguém. Não podia, não conseguia, estava em estado de choque, ainda incrédulo em tudo o que havia lhe ocorrido desde que acordou atrasado até a sua demissão. E tudo o que conseguia sentir era raiva, ódio, ira daquele que tinha por fim estragado o pior dia que já viveu: Akise Amane.

Chegou em casa, jogou suas coisas em um canto qualquer da sala e se arrastou até o quarto e por fim desabou sentado na cama se perguntando:

“Por que diabos aquele filho da mãe fez isso comigo? Sim, eu não vou com a cara dele e nem ele com a minha, mas... chegar a esse ponto de me beijar só para me prejudicar? Sem contar que isso também o prejudicaria...”

Sua cabeça latejava em buscas de respostas para as questões indecifráveis. Se levantou num salto, pegou seu casaco e saiu novamente, cansou de esperar por respostas, iria tentar esquecer tudo e esperar que no dia seguinte acordasse numa bela manhã de sábado e com o alivio de que tudo aquilo não passara de um pesadelo.

Desceu as escadas preguiçosamente até a rua de onde seguiria a pé para um bar a alguns quarteirões de seu prédio.

No caminho tentava afastar todos os pensamentos de sua cabeça para só se concentrar em nada, fechava os olhos em busca de paz.

Já estava a poucos metros do bar onde costumava a ir quando estava estressado quando sentiu duas mãos por trás de sua cabeça pressionando um lenço contra sua boca e seu nariz o impedindo de gritar, sua visão foi ficando turva e aos poucos perdeu os sentidos.

Tudo o que se lembra depois disso era o objeto afiado que lhe percorria o corpo magro e mal tratado pelas inúmeras torturas a que fora submetido.

Uma faca.

A faca lhe percorria o sentido diagonal de baixo para cima e da direita para a esquerda, com força e desdém, fazendo jorrar o liquido rubro que percorria o seu corpo fraco em um ritmo lento e tardio, devido o efeito das drogas que lhe davam para o manter quieto.

Um dia acordou são, sem estar sobre o efeito das drogas e pela primeira vez se recordando de tudo o que via. O local onde estava tinha um ar frio, úmido e pesado, era um local hostil e sem vida, correntes se espalhavam pela parede e a cor vermelha pintava o chão, vermelho sangue, o seu sangue.

Se desesperou, arrastou-se rápido para uma direção qualquer, sentiu dor, a dor das amaras de ferro que prendiam seu pé a parede e a dor que seu corpo reclamava, dor que durava dias, dias dos quais ele so se lembrava da dor. A dor impregnava o local, assim como o cheiro de morte e sangue, desespero e medo.

Não sabia por que estava ali, de pouca coisa se lembrava, não sabia quem havia feitou aquilo com ele, ou muito menos que poderia desejar aquilo para ele. Merecia isso? Se lembrava vagamente o que havia passado naquele lugar, mas as feridas abertas mostravam o grau das torturas ao qual fora exposto.

Um ruído de metal vindo do outro lado da porta indicava que alguém havia adentrado no cômodo antes desse que ele se encontrava, três vozes eram claras e nítidas, três homens. Duas lhe pareciam familiares. Mas de onde?

Aquela dor novamente, uma dor que já começava a sentir saudades, a dor de cabeça que tinha quando raciocinava muito sobre algo. Uma dor confortável.

River sorriu quando o pensamento de uma dor que antes lhe causava tanto incomodo agora lhe parecesse confortável, passou pela sua cabeça.

Aquelas duas vozes.

- Eu não queria que fosse assim! – dizia triste a voz embargada de choro.

- Foi você que começou tudo isso! – dizia ríspida a outra.

- Mas eu não sabia que isso ia ser assim... Nem eu isso fosse chegar a esse ponto.

- Não vou mais continuar com a minha brincadeira? Poxa! Estava tão legal! – dizia brincalhona a terceira.

- Torturá-lo? – dizia quase chorando aquela voz – Eu não queria que ele ficasse assim... Eu só não queria mais ter que ver ele! – disse soluçando.

“Ter mais que ver ele? Como assim?” pensava River “Essa voz... eu conheço... Amane?!?” assustou-se a reconhecer a primeira voz.

- Você fez e eu o demiti! Como você esperava.

“Demitir? Diretor Ralvard!!!”

- Mas eu não queria que você fizesse isso!!! – gritou Amane em prantos.

- Sim, decidam-se. Eu vou ou não poder brincar com ele hoje? – disse a voz desconhecida.

- Cala boca Mafh! – gritou Amane.

- Ui estressadinho. Parece que você se importa muito com o tal River. – som de passos – Muito até de mais... – disse quase sussurrando com uma risadinha no final. Amane ficou em silencio.

- Eu não acredito... – disse Ralvard – Você disse que era para prejudicá-lo. Você mentiu!!! – gritou – Você está apaixonado por ele! – o som de um tapa e mais choro – Seu canalha! Quando você entro nessa empresa você não era nada! Eu te dei cargo, suporte, dinheiro, status! E é assim que me agradece? Me traindo com outro homem!!!

Não ouviu mais nenhuma palavra daquela conversa.

“Amane apaixonado... por mim? E fez isso para me proteger?!?” sentiu um luz e uma fagulha de esperança se acender no seu coração, logo o preenchendo por completo com um novo sentimento tão forte como nunca havia sentido antes “Será que eu também o amo?” mas logo esse pensamentos e aquela esperança foi apagada com um forte sopro de desgosto “Não! Depois de tudo que ele fez... E o pior que na não é nem isso. Talvez não seja amor o que eu sinto por ele... Se um homem está a dias no deserto desesperado por água uma miragem irá lhe parecer maravilhoso, né? Tão maravilhoso a ponto dele querer se agarrar a qualquer custo nessa mentira, não é? É, é mesmo. Eu estou certo! E nunca estive tão infeliz por estar certo” ele se encolheu contra a parede fria do cômodo triste e varrido pela desilusão, mas uma semente de amor teimava em nascer naquele terreno árido e infértil de seu coração. Mesmo que fosse mentira se agarraria a qualquer custo nela, acreditaria nessa miragem até o fim, um sorriso tímido interviu nos lábios de River, por um mínimo instante se sentiu feliz novamente, mas logo essa felicidade foi tomada bruscamente pelo rugido da porta ao seu lado...

...

Corria desesperado pelo terreno vazio em busca de socorro, sem força para gritar só fazia correr desesperadamente, ofegante e em prantos.

Aquilo realmente havia acontecido?

O homem que amava realmente tinha se sacrificado para salvar a ele?

Caiu no chão com as pernas doidas e sem mais forças para continuar correndo. Lagrimas escoriam pela face manchada pela fuligem da fumaça que subia e subia, sobre as cinzas do que um dia fora seu cativeiro.

Sua visão foi escurecendo, as pálpebras pesando, não tinha mais forças para manter-las abertas, mas queria, precisava ficar acordado, tinha que ver se ele sairia de lá entre as chamas vivo, proto para lhe aninhar nos braços e recitar palavras doces e traquilizantes, mas nada via nada alem da luz branca que queria lhe envolver a todo custo, mas não queria aquela luz não o podia levar assim, não desse jeito, o som das sirenes se misturava com o da água caindo e aos poucos a luz branca se tornou me escuridão.

- Ele está vivo, rápido me passem o soro! – dizia a voz dentro da luz opaca.

- Rápido preparem a cirurgia... Consegue dizer seu nome? – dizia um home de aparência bondosa e gentil, trajado todo de branco, seria um anjo que veio buscá-lo?

- Rich... Richard... River... – disse com todas as suas forças falhas.

- Rich! Fique com agente tá aquente firme! Aquente firme...

Foram as ultimas palavras que ouviu antes de acordar em um cômodo claro, de ar leve e puro, clamo e tranquilo, de paz e sossego.

Um hospital?

Estava vivo?

Os dias que se passaram foram frios e gélidos.

Principalmente depois que recebera a noticia que daquele incêndio só ele saiu vivo.

Depois do incêndio o diretor Ralvard desapareceu. Não para River, só ele sabia o que realmente havia acontecido.

Quanto a Amane, ninguém deu sua falta, provavelmente era sozinho e não tinha familia igual a ele.

Ninguém lhe visitava fora alguns colegas de trabalho que eram mais próximos, mas não o suficiente para serem amigos.

As cicatrizes que o tal Mafh havia deixado nele estavam bem visíveis, grandes e feias imperfeições na sua superfície que quilos de faixas escondiam.

Sempre que as olhava, lembrava do rosto de seu amado, cheio de compaixão e ternura em quando dava a vida para salva-lo. Serviria como lembrança e a cruz que teria que carregar eternamente.

Era chegado a dia em que saia do hospital. Triste como sempre estava depois daquilo saiu se arrastando desanimadamente, depois disso, seus dias haviam perdido as cores.

Até que um buque de flores com uma certa cor e uma certa carta reacendeu todas as cores de sua vida, consumindo o cinza como se fosse fogo, o Vermelho fogo e a carta de certo alguém junto com uma passagem para um certo lugar fez tudo ter vida novamente.

Saiu correndo arrumou as malas, tratou de tirar todos os documentos necessários e partiu para seu destino: o Canadá, onde seu amor viveria novamente naquele frio de montanha, não importa o estado em que estivese, meu amor, nós viveremos esse amor intensamente, cada dia como se fosse o ultimo


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Notas finais do capítulo

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