Alma Gêmea: O Anjo Da Guarda escrita por Hakume Uchiha


Capítulo 6
O acidente




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7h da manhã. O celular de Dan o despertou com susto, ele xingou um palavrão e jogou o celular longe. Ri dele, pois aquela atitude era típica minha. Mas eu sabia que ele tinha que viajar cedo, a banda fazia quase um show por noite. E eu estaria aonde quer que ele fosse.


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Cap. 6


Cinco dias depois de terem me encarregado a tarefa de ser anjo, eu comecei a me acostumar com tudo. Já conhecia muitos outros anjos, ia e vinha da terra pro céu a hora que quisesse, já tinha visitado quase todos os lugares daquele imenso céu. Mas havia um lugar específico, que ficava no alto da montanha mais alta, onde Diego havia me dito que era um lugar proibido de entrar.



– Mas o que de tão importante tem lá em cima, Diego?
– É o lugar onde Deus faz suas anotações sobre todas as almas do mundo e as regras daqui.
– Que tipo de anotações?
– Hum... sua personalidade, em que família esteve, pra que família irá, suas características físicas, sua alma gêmea...
– Alma gêmea? Isso existe mesmo? – Diego riu de mim.
– Existe sim. Cada um de nós temos uma.
– E nós???
– Como “e nós”, Lucy?
– Nós não temos? Morremos e não a encontramos? Não temos o direito te ter uma? – falei já quase chorando.
– Calma, Lucy, calma!!! Claro que temos uma!!! Mas só será possível encontrá-la agora em nossa próxima vida. Mas vamos encontrá-la. Está no livro.
– Que livro? Ele fica nesse lugar “proibido”? Eu preciso saber...
– LUCY!!! – dessa vez ele parecia com raiva. – Você não me ouviu dizer? É proibido ver!!! P-R-O-I-B-I-D-O!!!!!
– Isso é injusto!!!!!!!!
– Não, Lucy. São as regras. E regras são regras. Aprende!!


Não gostei do jeito que ele falou comigo. Diego nunca tinha sido assim. Como se algo de muito ruim fosse acontecer se lesse esse bendito livro...


Saí de lá emburrada com essa história, e fui visitar a minha família. Às 10 da noite eu já estava em Porto Alegre – RS, para cuidar do Dan durante mais um show. Diego me disse que eu poderia também protegê-lo fisicamente até um certo ponto, então achei melhor passar bem mais tempo ao seu lado.


Quando o show começou, eu me surpreendi. Ele estava tão lindo!!! De camisa polo branca e suas típicas calças meio caídas. Era a roupa que eu mais gostava de vê-lo usando. Dan pulava pelo palco, girava e tentava chegar o mais próximo possível de seus fãs. Eu amava aquilo.


Mas em uma dessas tentativas de chegar próximo aos fãs, Dan se pendurou em uma barra de ferro e jogou o corpo todo pra frente de vez. Só que, o problema era: a barra era fina e não aguentou o peso do corpo dele.


Foi um susto tão grande em mim que naquele segundo eu nem pisquei. A barra soltou, fazendo Dan cair do palco, não tinha fã pra segurá-lo ali na frente e o palco tinha uma altura de cerca de 3 metros. Na velocidade que foi, ele ia cair de cabeça no chão.


Em um milésimo de segundo eu já estava no chão, o esperando cair. Dan veio de cabeça, e como num espasmo uma de minhas mãos conseguiu segurá-la, fazendo com que ele caísse de lado no chão sem bater a cabeça. Eu me virei para ver seu rosto de frente e checar se estava tudo bem. E nessa hora aconteceu uma coisa que não deveria ter acontecido.


Dan olhou nos meus olhos. Um olhar de surpresa e ao mesmo tempo receio, como se tivesse tentando se lembrar de onde me conhecia. Olhei para trás pra ver se era alguém, mas não tinha ninguém. Ele estava olhando pra mim. Mas como ele tinha conseguido me ver?


A equipe de paramédicos chegou rapidamente, deram os primeiros socorros e o levaram para o hospital.

– Mais parece um milagre! – disse o médico depois de receber os exames. – Como alguém pode ter saído de uma queda dessa consciente e sem sequelas? Olha Dan, acho que alguém lá em cima gosta muito de você. – Dan sorriu de canto, e eu também não pude deixar se sorrir.


Passei o tempo todo com ele no hospital. Parece que Dan não conseguia mais me ver. “Foi no susto”, pensei. Agora nunca mais eu sairia de perto dele nesses shows. Confesso que se não tivesse de ver minha família e receber instruções de Pedro e Diego podia ficar 24h por dia com Dan. Algumas vezes já não é mais o bastante.



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