Desde Que Eu Te Conheci escrita por Lady Lynx


Capítulo 5
Depois de tanto tempo.


Notas iniciais do capítulo

Últipo cap, obrigada as lindas que acompanham desde o começo.



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Naquele dia, ela não queria se levantar.

Rita aceitou o fato dela não querer ir à aula da Sra. Winston, então foi sozinha.

Mas quando voltou viu Sara ainda na cama. Achou que estivesse doente, a obrigou a se levantar e confirmou uma febre muito alta.

Rita passou o resto do dia cuidando dela.

Por mais que ela não quisesse comer nada, o apoio de Susan, que também foi ate lá, preocupada, e a insistência de Rita a fizeram provar um pouco da comida.

Depois que Susan foi embora, Rita resolveu fazer uma sopa bem quente, para ver se ela melhorava. Mas quando chegou ao quarto de Sara com uma bandeja, viu que sua amiga já dormia.

Vendo aquela cena, também se sentiu sonolenta, e foi para o seu quarto descansar.

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Abriu os olhos lentamente. A luz que vinha da janela era muito forte, continuou de olhos fechados.

Ainda deitada na cama se espreguiçou. Olhou para o quarto todo, analisando o lugar. Lembrou se do quarto, dos moveis, seu nome, endereço, idade...

Era como se ela se esquecesse de tudo que sabia enquanto dormia, mas um milésimo de segundo lembrava-se de toda a sua vida.

Sentou-se na cama e esfregou os olhos.

Estralou as costas, esticou os braços, girou o pescoço, e no fim de seus “alongamentos” deixou seu corpo cair. Encostou-se na cabeceira da cama e olhou para o lado. Sobre a mesa de cabeceira havia dois comprimidos e um copo d’água.

Lembrou-se da febre que tivera antes, mas agora já havia passado.

Pegou o copo e desceu as escadas bebendo só a água, ignorou os comprimidos.

Quando chegou a cozinha, viu Rita bebendo com vontade uma xícara inteira de café. Na sua frente havia um prato com alguns farelos e gotas grossas de geleia.

“panquecas”. – pensou.

Quando Rita a viu, deixou a xícara na mesa e sorriu para ela.

RW: Vejo que a minha filha acordou, e não esta mais doente! – sorriu para Sara novamente, recebendo outro de volta.

De fato, Rita havia cuidado de Sara como se fosse mesmo sua filha.

SS: Sim mamãe, e eu agradeço muito. Mas agora... Onde está meu café da manhã?

RW: Faça você mesma, oras, já esta curada! – pegou o prato e xícara levando–os até a pia, fingindo falar sério com Sara. Ela arqueou uma sobrancelha E Rita gargalhou.

RW: Ou você pode comer aquelas panquecas que fiz, caso mais alguém nessa casa quisesse... – usou todo o sarcasmo possível e apontou para o prato.

SS: Você é a melhor amiga-mãe do mundo, sabia!

As duas sorriram e Rita agradeceu por sua amiga estar melhor, e também, mais feliz.

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No ano seguinte, Sara se formou em física. Foi trabalhar com o legista local em San Francisco e se tornou uma CSI.

A partir daí, ela se envolveu com outras pessoas. Apenas dois colegas de trabalho. Um chamado Calvin e o outro Doug. Com Calvin tudo foi mais serio. Já Doug, admitiu que eles só podiam ser amigos. E foram, bons amigos.

Mas o fato de ter se relacionado com outras pessoas não a fez se esquecer daquele que a fez se sentir completamente vazia após sua partida.

Ela ainda fez algumas pesquisas, perguntou a algumas pessoas, e descobriu que ele não se casou com Denise. Acontece que sua mãe não gostava dessa pretendente, e como ele era seu único filho, ela não queria que ele cometesse um erro. E o fez pedir o anel de noivado de volta. Depois disso, pelo que lhe disseram, Denise não quis mais saber de “um homem adulto que é escravo da mãe”.

Descobriu tudo isso por meio de alunos que moravam em Las Vegas e que o conheciam bem.

Ela ficou feliz com as noticias. Mas não fazia diferença, eles moravam em cidades diferentes, em estados diferentes. Nunca mais iam se ver.

Pelo menos era o que ela pensava.

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Boston, 06 de outubro de 2000

Estava voltando para casa depois de um longo dia de trabalho.

Ainda era uma CSI nível dois, mas fazia o possível para receber logo uma promoção.

Agora não morava mais com Rita. Ela havia sido chamada para trabalhar em fora, mas as duas ainda se falavam.

Abriu a porta, entrou, tirou os sapatos e jogou suas coisas no chão. Depois ela se jogou no sofá. Apertou os olhos, estava cansada.

Olhou em volta. Viu que haviam cartas no chão. Bufou e se levantou. Pegou as cartas, sua bolsa e os sapatos.

Colocou tudo em cima da cama e os sapatos no chão.

Foi para o banheiro e tomou um banho bem quente e bem demorado. Já tinha contas a pagar. Não ia fazer diferença alguns litros a mais de água.

Saiu do banheiro já com suas roupas intimas e notou que estava com fome. Já era péssima na cozinha, e agora não estava nem um pouco a fim de fazer um jantar. Pediu comida chinesa pelo telefone.

Deitou-se na cama e esperou.

Depois de dez minutos a comida chegou. Ela pagou e ao contrario de ir a sala ver TV, ela foi para o quarto. Sentou-se na cama e pegou as contas.

Não queria fazer aquilo, queria relaxar um pouco, mas o dia já estava bem ruim, piorá-lo não ia fazer diferença. E se não fizesse isso agora, iria estragar o dia de amanhã.

Abriu a caixa de macarrão e começou a comer com seu garfo, ela detestava hashis.

Abriu a primeira carta e leu: “conta de luz e água”.

A segunda: “telefone”.

A terceira: “Está convidado para a exposição de artes de San Francisco”. Essa carta a fez revirar os olhos. “Não, obrigada” pensou.

A quarta e a quinta cartas eram mais convites. A sexta era mais uma conta. Por ultimo uma carta estranha.

Leu o remetente: “Departamento de Policia de Las Vegas – LVPD. Las Vegas, NV. 04 de outubro de 2000... Gil Grissom!”.

Ela se engasgou com o macarrão. Não acreditou no que leu. Largou a caixa de papel e abriu a carta a rasgando como se sua vida dependesse disso.

Começou a ler.

O laboratório criminal de Las Vegas estava precisando de mais um CSI. Gil a recomentou por que já se conheciam e que ele a achava a altura do cargo.

A carta era sobre trabalho, mas ela não pode deixar de perceber que ele falava como amigo.

Apesar de não estar escrito o que queria, eles agora poderiam se rever, depois de mais de cinco anos, ela poderia ter sua segunda chance com aquele homem...

Não pensou duas vezes. Já no dia seguinte ela respondeu a carta. Estranhou o fato de ele saber seu endereço, mas nem ligou. Quando recebeu a confirmação dele numa nova carta, 5 dias depois, aprontou as suas malas. Ele também anotou seu próprio endereço e telefone nela.

Antes claro ligou para Rita e contou as novidades. Ela ficou feliz e desejou boa sorte. Se despediu da casa, da cidade, e seguiu viagem.

Foi com seu próprio carro, não aguentaria perder mais tempo.

Foi uma longa viagem. Fez apenas duas paradas para comer e uma para dormir.

Chegou a Las Vegas no dia 12. Alugou um quarto, e notou que estava de noite. Pensou em ligar para o departamento no dia seguinte, estava cansada demais. Arrumou suas coisas e foi pra cama. Não demorou muito para que as luzes de Vegas vindas da janela a fizessem pegar no sono.

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Vestiu-se a maneira que achou mais “formal”. Apesar de estar usando rosa e verde.

Pegou sua bolsa, havia acordado antes mesmo de amanhecer e a arrumado com as coisas que deixava em seu armário em San Francisco.

Deixou o cabelo enrolar naturalmente, olhou se no espelho: “e agora, ou nunca”.

Pegou as chaves de seu carro saiu.

~LVPD~

Ela entrou pela grande porta e examinou precisamente o local.

Era tudo branco, haviam algumas cadeiras para as pessoas esperarem, e uma recepcionista que parecia ser simpática.

“Isso parece um hospital...” pensou indo em direção a ela.

SS: Com licença...

XX: Posso ajudar? – sorriu para Sara.

SS: Bem, meu nome é Sara Sidle, eu vim de San Francisco, é... Gil Grissom me chamou...

XX: A, sim claro, é você... – ela olhou para alguns papeis e virou para Sara – queira me desculpar, mas o Sr. Grissom não está, ele saiu a campo a alguns minutos... Pode ficar aqui e esperar, mas se quiser conversar com ele antes... – pegou uma das copias do papel. – aqui está o endereço. Com esse documento você pode entrar na cena.

SS: Obrigada.

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Encontrou o lugar facilmente. Uma fita amarela, muitos policiais, e pessoas curiosas em volta.

Mostrou o papel a um dos policiais e ele levantou a fita para ela passar.

Foi aí que ela o viu. Estavam jogando bonecos de simulação do alto de um prédio, e ele estava de costas para ela, colocando placas nos corpos e falando ao mesmo tempo.

GG: Norman pulou, Norman foi empurrado, Norman caiu.

Era agora, tinha que dizer alguma coisa.

SS: Você não faria isso, se fosse casado com a Srta. Roper! – “droga! porque eu disse isso?”.

GG: Eu nem preciso me virar. Sara Sidle... – ele se virou a fazendo sorrir por não te-lo deixado sem graça. Ele estava lindo, continuava com seus olhos azuis mais encantadores do mundo, mas agora tinha alguns grisalhos.

SS: Sou eu... – tirou os óculos para olhar bem para ele... – Ainda lançando bonecos de simulação? Há outras maneiras de dizer, sabe...

GG: Como? Simulação computacional? Não, obrigado. Eu sou um cientista. Eu gosto de ver. Newton derrubou a maçã. Eu derrubo bonecos.

SS: Você é da escola antiga. – Fez um biquinho.

GG: Exatamente. E este cara foi empurrado.

Ela sorriu mais uma vez para ele, recebendo outro de volta.

Ele estava um pouco diferente fisicamente. Mas por dentro era o mesmo homem lindo e inteligente pelo que se apaixonou, anos atrás.

Agora, eles se veriam todos os dias. Seriam colegas de trabalho, ou mais que isso...

Eles conversaram mais, voltaram ao Lab., ele lhe explicou sobre o caso, e ela se tornou definitivamente uma CSI. E o resto? O resto todos já sabem.


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Notas finais do capítulo

Próxima fic (oneshot) fala sobre o drama de Sara e seu relacionamento à distância. Obrigadinha por aguentarem até o fim ♥