Sinto minha cabeça girar, sento com muita dificuldade, olho ao redor, estou no meu quarto, como vim para aqui? E... Quem trocou minha roupa?

Levanto, mas tenho que  me apoiar na cama para tentar permanecer em pé, consigo caminhar até a porta, vou me apoinado na parede até o quarto da Sam que é o mais próximo, batp na porta, mas ninguem atende, minha cabeça dói de mais, então encosto minhas costas na parede e escorrego até o chão onde acabo fechando os olhos e dormindo.

- Oh Meu Deus! – Escuto o berro de alguem, abro lentamente os olhos e encontro Sam apavorada por me ver ali.

- Você devia estar no seu quarto descansando!

- Mais o que houve comigo? – Minha cabeça dói, como reação levo a mão até a mesma.

- Acho que sua pressão baixou ou algo assim e você desmaiou, bateu a cabeça no chão então deve estar dolorida. – Vem, vou te levar para a enfermaria, não devia ter deixado a Brenda te trazer de volta.

Brenda! Então foi ela, mas como ela me carregou até o quarto? Como se soubesse no que eu estou pensando, Sam falou.

- Ah o Luke ajudou ela! – Ela  piscou para mim, com certeza ela tem problem, mas deixa quieto. Caminhamos até a enfermaria, que eu esqueci de comentar é no primeiro andar do dormitório, chegando lá sento em um maca.

- Como está se sentindo querida? – Acho que minha cara deve responder por si só, por isso fico quieta. – Não muito bem né? Dói muito ainda?

- Sim. – Ela coloca a mão na minha cabeça, examinando.

- Coloque um gelo no local, vai ajudar a tirar esse galo da sua cabeça. Pode ir mocinha. – Levanto da maca, Sam me ajuda a ficar de pé, não aguento mais andar, por isso paramos no quarto da Brenda, que era no mesmo andar.

- Oi brenda, posso ficar por um tempo aqui, só até minha tontura passar. – Ela acenti, entro e me deito na cama dela, nem um pouco folgada, sei disso.

- Como está? – Encaro ela, como se a resposta não fosse óbvia. – Desculpa.

Ela segura minha mão, não há mais o que fazer, a não ser esperar passar. Sam não ficou no quarto da Brenda com a gente, ela disse que tinha que resolver uns assuntos, provavelmente do noivado forçado. Na hora do jantar, já estou um pouco melhor, a tontura passou, mas a dor continua um pouco.

- Vou com você jantar. – Levanto com calma e vamos devagar até o outro lado do patio. Sento na mesa de sempre. – Não falem nada.

Estou irritada, como em silencio, assim como os outros da mesa, que não conversam com medo de mim.

Levanto e vou para o meu quarto, mas sinto alguem me seguindo e não parece querer esconder isso, pois está correndo.

- EI!Pandora, espera. – A voz só pode ser de uma pessoa, Luke me alcança, mas o que ele quer? – Você sabe que sabado é depois de amanhã, você ainda vai?

Tinha me esquecido disso, mas acho que até sabado eu me recupero totalmente, será a primeira que vou ver a cidade, depois que sai dela, não posso perder isso.

- Claro. – Dou um sorriso fraco, as vezes tento ser simpatica com as pessoas, mas nem sempre da certo.

- Na meia noite de sexta para sabado me encontre no portão.

- Pode deixar, estarei lá. – Me viro lentamente e continuo a seguir meu caminho para o quarto, ao entrar no mesmo, levo um susto, Sam está sentada na minha cama.

- Como você entrou aqui? – Só que essa pergunta que eu fiz é muito idiota, já que eu sei que Sam é um ótima arronbadora de fechaduras.

- Eu preciso fugir. – Ela é curta e direta.

- E como eu posso ajuda-la? – me sento ao seu lado na cama.

- Vou com vocês para a cidade no sabado, quando chegarmos lá eu te digo como você poderá me ajudar. – Ela levanta e sai do quarto, Sam nunca foi do tipo misteriosa, o que torna isso tudo muito estranho. Melhor não pensar nisso, vou apenas relaxar e dormir. Sinto que quando eu voltar da cidade, vou ter muitas coisas para escrever no meu caderno, muitos sonhos, desejos, então ele terá que esperar até lá, não tocarei nele ainda.Troco de roupa e durmo assim que fecho os olhos.

Um dia depois – Sexta/sabado 00h00min

Está muito calor hoje, por isso em vez de calça eu coloquei short, para ficar mais confortavel a jornada e não ter que reclamar do calor. Estou esperando os outros em frente ao portão, não precisamos nos esconder, pois podemos sair a qualquer hora. Ao longe vejo Sam e Luke, que carrega a bolsa/mala dela.

- Oi pessoal! Quem mais vem? – estou animada e agitada, ou seja, fico trocando o peso de uma perna para a outra.

- O resto do pessoal já foi, encontraremos eles lá. – Abrimos o portão e passamos por ele entrando assim na mata fechada, demoramos um pouco, mas achamos a estrada para a cidade.

- Quanto tempo leva para chegarmos lá?- Sam estava reclamando desde o inico da floresta.

- Fica quieta Sam, para de reclamar, você quer fugir, mas não aguenta chegar até a cidade. – Uma hora eu ia explodir, digamos assim, sou meio esquentada, por isso gosto de luta, consigo estravazar minha raiva por meio dela. Sam ficou calada o tempo todo desde que eu falei isso, melhor para mim, menos chances de ficar com dor da cabeça.