Entramos dentro do dique, era bem simples, mas bem arrumadinho por dentro, a Sra. Castor nos ofereceu um pouco de peixe frito e chá.

Ficamos um tempo em silencio até que eu comecei a falar:

-Então, vocês sabem para onde levaram o Sr.Tumnus?

-Provavelmente para o castelo, para a prisão que fica dentro do castelo para ser mais exato. –respondeu o Sr. Castor.

-E como o tiramos de lá? –perguntou Lucia.

-É quase impossível, o castelo é todo cercado por guardas, os lobos da feiticeira. –disse a Sra. Castor.

-Mas a esperança para ele, pois Aslam está de volta, e já preparou seu exercito.

-Nosso exercito? –perguntou Lukas.

-Pedro, mamãe nos mandou para cá para que não entrássemos numa guerra. –disse Suzana.

-Como assim nosso exercito? –perguntou Pedro ignorando o que Suzana acabará de dizer.

-Isso é impossível! Eles nem conhecem a profecia! –disse o Sr. Castor.

-Pois então conte. –disse calmamente a Sra. Castor.

-A prisão de Tumnus, a policia secreta, tudo isso está acontecendo por causa de vocês!

-Está nos culpando? –perguntei.

-Culpando não. Agradecendo. A anos atrás, pouco depois da feiticeira começar a governar Nárnia, houve uma profecia:

Quando a carne de Adão

E quando a carne de Eva

Em Cair Parável se sentar

Então chegara o fim da aflição.

A profecia dizia que 3 filhos de Adão e 3 filhas de Eva, iriam derrotar a feiticeira branca e trazer a paz à Nárnia.

-Não somos quem vocês pensam. –disse Suzana.

-Olhe, só viemos para aqui por pura coincidência, fomos mandados para cá por causa da guerra que esta havendo em nosso mundo só isso, não podemos nos envolver em uma guerra. Desculpem mas agora temos que ir. –disse Pedro.

Quando nos viramos para ir embora, vimos o casaco de Edmundo no chão, e ele não estava mais lá.

-Onde está Edmundo? –perguntei.

-Aaaaaaai eu vou matá-lo quando o encontrarmos - esbravejou Pedro.

-Talvez não seja preciso, digam me, Edmundo já esteve em Nárnia antes? –perguntou o castor.

O meu olhar e o de Lucia se encontraram e nós assentimos.

-Vamos atrás dele, rápido, suspeito que a feiticeira tenha o encontrado quando ele veio para Nárnia à primeira vez e o tenha induzido a fazer alguma coisa. –disse o castor.

Corremos para fora atrás de Edmundo, olhamos em volta, não haviam pegadas para serem seguidas, não sabíamos para onde ele iria até que a Sra. Castor disse:

-Venham, ele deve estar indo para o castelo da feiticeira.

A seguimos por alguns minutos, até chegarmos a um lugar que antes parecia ser um lago congelado, e bem à frente, havia um castelo de gelo, perto da porta estava Edmundo, comecei a correr para impedi-lo de entrar, os castores gritaram atrás de mim, algo que não pude identificar, Pedro e Lukas estavam indo atrás de mim, mas os castores o seguraram, ele gritaram pedindo para mim voltar mas eu continuei correndo, até que alcancei Edmundo, e comecei a gritar com ele:

-O que pensa que está fazendo? Você sabia que se entrar ai dentro ela vai matá-lo!

-Não diga bobagens! –retrucou Edmundo- Ela me escuta, ela gosta de mim, ela vai me tornar um rei, coisa que vocês não sonhariam em fazer por mim.

-Foi o que ela disse a você? –perguntei.

Então na porta apareceram lobos, fiquei assustada não sabia o que fazer então Edmundo disse:

-Sou o filho de Adão e vim ver a rainha.

-Nããããããããão! Não seja tolo! Não entre ai. –gritei.

Os lobos rugiram para mim, dei passos para trás, atrás de mim algo me puxou para trás, quando me virei era Lukas, Edmundo ia atrás de mim, quando um lobo o puxou para dentro enquanto o restante da matilha vinha atrás de mim, eu e Lukas nos escondemos atrás de uma moita, os lobos passaram por nós, ele me guiou até onde os outros estavam ele se virou e me abraçou:

-O que achava que estava fazendo? Tem idéia de quanto ficamos preocupados? Sabia que podia ter morrido? Nunca mais se arrisque dessa maneira!

-Desculpa, me desculpa, eu apenas queria salvar Edmundo.

-Nunca mais faça isso, me deixou preocupado!

Ele me soltou então Suzana e Lucia vieram ao meu encontro.

-Você está bem? –perguntou Suzana.

-Sim. Estou. –respondi.

-Nos deixou preocupados. –disse ela.

-Desculpa essa não era a minha intenção, apenas queria salvar Edmundo.

Elas sorriram para mim, Pedro estava serio, andou até mim, me olhou nos olhos, pensei que iria começar a gritar comigo, mas então ele me abraçou e disse apenas uma frase:

-Não nos preocupe assim de novo promete?

-Desculpe Pedro, eu prometo.

Ele me soltou e me deu um beijo na testa. Virei-me para os castores e disse:

-E agora?

-Apenas Aslam poderá ajudar Edmundo agora. –responderam.

-Leve nos até ele. –disse Pedro.