O Equilibrio Entre Os Mundos escrita por A Mestiça


Capítulo 35
Nos oferecem uma missão.


Notas iniciais do capítulo

Ooooi meus anjinhos, tudo bom com vocês? O que estão achando da parte Percy Jackson? Bom, está aqui mais um capítulo para vocês, espero que vocês gostem, qualquer dúvida, pedido, crítica, ou o que for, vocês podem me deixar nos comentários, que eu vou ter o prazer de responder todos vocês! Um mega beijo e boa leitura!



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No dia seguinte, acordei bem cedo, ainda eram 5:30 da manhã. Ninguém havia acordado a não ser Quíron, que estava na varanda olhando para o céu ainda meio escurecido, cheguei mais perto e ele perguntou:

–Não consegue dormir?

–Acho que não, eu demoro para me acostumar com lugares novos.

–Por algum motivo em especifico? – ele perguntou.

–Não exatamente, acho que é só meu psicológico. Mas e você? O que faz aqui?

–Sempre venho aqui para observar o amanhecer, é um belo cenário. – ele disse ainda encarando o céu que agora começava a dar sinais do nascer do sol.

–Sim, realmente é.

Ficamos em silencio observando os primeiros raios de sol surgirem por entre as arvores. Aos poucos alguns campistas começaram a acordar, vi algumas pessoas mais ao longe já começando suas atividades, então Quíron me chamou:

–Melissa? Venha vamos tomar o café da manhã.Não sei se Annabeth lhe explicou mas cada chalé senta em uma mesa específica, você pode se sentar comigo e com o senhor D.

Senhor D, me perguntou porque “D”, então me viro para Quíron:

–Porque senhor “D”? – digo fazendo aspas com as mãos.

–Dionísio, o deus do vinho. Sabe menina, nomes têm poder aqui, por isso não o chamamos pelo nome.

–Mas, se ele é um deus, porque ele está aqui, cuidando de um acampamento?

–Porque eu irritei a Zeus. – disse uma voz atras de nós, me virei, e lá estava Dionísio. Ele acabará de acordar deduzi pelo cabelo desgrenhado e pelo fato de que ainda bocejava.

–O que o senhor fez?

–Corri atrás de uma ninfa, era proibida, era de Zeus. Ele não gostou e me deu um longo e penoso castigo.

–Mas, Zeus não é marido de Hera? – eu perguntei.

–Digamos que ele tem um grande apreço por um grande número de mulheres, seu amiguinho é a prova disso.

Era verdade, como não pensei antes, se Lukas era filho de Zeus e não de Hera, isso estava óbvio.

Depois, eu desci para o refeitório, Lukas estava sozinho numa mesa, assim como Percy, já Annabeth, estava cercada de pessoas, que em alguns aspectos eram bem parecidos com ela, principalmente os intensos olhos acinzentados, cumprimentei Annabeth de longe quando estava passando, e fui até Lukas na mesa de Zeus:

–Como foi estar no seu próprio chalé?

–Meio solitário, normalmente não fico num espaço tão grande sozinho.

–De fora o prédio parece bem bonito. – dei de ombros.

–Ele é, mas meio grande demais só para mim.

Me despedi dele e fui pegar algo para mim comer, mas não haviam mesas de banquete, peguei um prato e um copo vazios, algumas ninfas vieram até mim e eu apenas peguei um lanche natural, o copo estava vazio.

–Peça algo a ele. Nada alcoólico. – disse Quíron.

Eu olhei para Quíron e depois para o copo sem saber o que fazer, e repeti isso pelo menos umas 3 vezes até que por fim, fiz o meu pedido relutante:

–An... um suco de laranja bem doce.

Então o meu copo se encheu com o liquido alaranjado. Fiquei olhando abismada para o copo, seria muito legal se fizessemos isso em Hogwarts. Antes que eu pudesse comer, Quíron disse que eu deveria fazer uma oferenda aos deuses, caminhei até as labaredas que queimavam no centro do refeitório e joguei um pouco da minha comida, sem nem ao menos entender o porque. Meu café foi tranquilo, e foi assim que os dias foram se passando, bem tranquilos, sem monstros nem muitas coisas inesperadas, mas sentia que poucas pessoas queriam chegar perto de mim, todos os dias eu aprendia grego antigo com Annabeth que acabou se tornando muito minha amiga, me aproximei de Percy já que as vezes procurávamos treinar o controle da água, quase todo entardecer, Percy, Grover, eu e Lukas íamos para a praia ver o sol se pôr, acabamos nos tornando amigos, ele nos contava como havia chego aqui e nós contávamos a ele nossas aventuras, ele era bem curioso quanto a isso, respondíamos o máximo possível.

Por conta de os outros alunos não estarem muito afim de treinar com a gente pelo que havia acontecido na floresta, que alguns dias depois eu descobri que Percy também havia os surpreendido com sua performance na luta, então estávamos todos no mesmo barco, Luke nos ensinava novos golpes, eu lutava bastante com ele, na verdade, era até divertido.

–Luke! Isso não vale! Você está roubando!

–Tente me pegar que eu luto com você Melissa! Haha – ele corria por toda arena comigo em seu encalço, mas Luke era mais rápido, enquanto eu tentava alcançá-lo os meninos riam vendo a cena da arquibancada.

–Vocês bem que podiam me ajudar aqui né! – gritei ao longe.

–Estamos bem aqui! Você está fazendo um ótimo trabalho! – brincou Percy.

–Só precisa alcançar ele agora! – continuou Lukas.

–Vocês não estão ajudando! – gritei enquanto parava para respirar. – Chega desisto Luke. – deitei no chão arfando cansada da correria.

Ele veio em minha direção e estendeu a mão para me ajudar a levantar, eu estava com a respiração ofegante e toda suada, enquanto ele só estava com alguns sinais de suor pela testa.

–Você não treina à muito tempo, tem certeza que já lutou numa batalha mesmo? – Luke brincou, eu dei um tapa de leve em seu ombro.

–Isso já faz quase um ano. Não se acham muitos lugares para treinar esgrima em Hogwarts.

–E acho que o corpo docente da escola não iria aprovar as nossas práticas com a espada. – disse Lukas que descia da arquibancada com Percy logo atrás.

–Não sei como você está inteiro. – resmunguei.

–Porque eu não estou obcecado em treinar e lutar a todo momento como você né! – ele riu da minha cara de emburrada, estava tentando compensar o atraso, queria treinar muito mesmo, mas os meninos não queriam que eu treinasse tanto, Luke por ser mais velho sempre me ajudava em tudo, ele era como um irmão mais velho para mim, apesar de dizer que eu treinava demais, e de uns dias pra cá, eu e Percy já havíamos conseguido fazer alguns círculos d’água sem estourar umas ondas no pessoal que tava no porto ou praticando canoagem, a noite, eu e Lukas treinávamos um pouco na praia para ter certeza que não iriamos eletrocutar ninguém no processo, eu e ele não eramos afetados pelos raios. Isso era muito bom, porque vez em quando escapavam alguns raios, ainda estávamos treinando muito nisso, estávamos melhorando aos poucos, mas demorava para obtermos resultados significativos. Me dei bem na escalada, me esquivava com facilidade de todos os obstáculos. Até Quíron estava impressionado. Mas quando se tinham treinos mais estratégicos, Lukas era melhor que eu, eu sempre fui muito impulsiva, mas Lukas sempre conseguia pensar em meio dessas situações. Quíron e Luke já haviam notado isso, eu e Lukas éramos uma ótima dupla, assim como Percy e Annabeth. Um dia, não sei se por brincadeira, eles nos colocaram na floresta para tentar caçarmos uns aos outros, a dupla que imobilizasse primeiro os outros dois ganhava o jogo, mas, desta vez eles trocaram os pares, eu faria dupla com Percy e Lukas com Annabeth, o resultado não foi muito bom. No final, Percy e eu corremos e nos esquivamos por quase toda a floresta, quando nos deparamos com um movimento atrás de uma moita e pensamos ser Lukas e Annabeth, e simplesmente, sem pensar, pulamos em cima deles, e não eram exatamente eles, era um filhote de hidra que ficou muito irritado e correu atrás de nós por toda a extensão da floresta. Enquanto Lukas e Annabeth passaram o tempo todo escondidos atrás de uma moita gigante brigando porque os dois tinham estratégias diferentes e nenhum dos dois chegou um acordo até que já haviam se passado duas horas, e Percy, Quíron, Luke e eu fomos atrás deles, e os encontramos discutindo. Eu e Percy estávamos em um estado deplorável. Estávamos suados, cansados e com os cabelos meio chamuscados porque as cabeças tentaram nos queimar diversas vezes até que coseguimos subir no topo de uma árvore e ela desistiu de nos perseguir e logo depois Quíron e Luke nos ajudaram a descer. Resumindo, somos um fracasso com as duplas trocadas, Percy e eu éramos impulsivos demais e nem ao menos pensamos antes de fazer alguma coisa, enquanto Annabeth e Lukas pensaram tanto que nem saíram do lugar. Em uma outra tentativa de troca de duplas, fiquei com Annabeth e Lukas com Percy, até que não foi muito ruim, nós duas nos dávamos muito bem até que, ela criava estratégias magnificas, pensava muito rápido, e eu as executava com louvor. Acho que as duplas deram certo até demais. A atividade era a mesma, mas com uma única diferença, tínhamos que conseguir levar a dupla como prisioneiros até onde a floresta acabava e dava lugar ao acampamento, mas desta vez, o jogo durou horas e horas. Annabeth e eu ficamos apenas no topo das árvores, tentando não nos expormos muito, os galhos eram próximos o bastante uns dos outros para que eu pudesse saltar de um galho para o outro, ajudei Annabeth várias vezes, não fizemos muito barulho, lá embaixo vimos um movimento nas moitas, era a cara de Lukas fazer isso, eles estavam sorrateiros indo de um esconderijo para o outro, era difícil vermos eles, Annabeth parecia calcular um padrão de movimentos, quando no momento certo ela gritou:

–Agora!

Pulamos em cima deles e amarramos seus braços atrás das costas. O plano de Annabeth dera muito certo, fomos comemorando em direção a bera da floresta, quando eles se soltaram, e eu não sabia como, analisei os dois que estavam de frente para nós, Lukas estava com uma adaga bem pequena na mão. Droga! Não havíamos revistado eles. Enquanto estávamos distraídas eles devem ter conseguido cortar as cordas. Annabeth parecia analizar tudo para pensar em um novo plano, mas não tínhamos tempo para pensar ali, precisávamos nos esconder, e rápido. Só puxei ela pelo braço e comecei a correr, logo ela já corria ao meu lado, não podíamos mais nos esconder em lugares altos, eles ja haviam visto nossa primeira tática, e usariam isso com certeza, acabamos nos escondendo atrás de um tronco de uma árvore que havia sido arrancada do chão. Respirávamos ofegantes, e eu me manifestei:

–Já tem um novo plano?

–Tenho. Vem!

Ela estava animada, e apesar do plano não ser ruim, os meninos nos capturaram, mas no final, assim como eles, nós escapamos. Assim se seguiu o jogo, capturamos uns aos outros várias vezes, mas sempre escapávamos no final, depois dessa bela demonstração de equipe, Quíron ficou feliz com as nossas estratégias, e escapadas, Luke nos parabenizou tambem, mesmo que não tenhamos conseguido realmente concluir o jogo.

Grover que era protetor de Percy, ele que o havia trazido ao acampamento, conversava comigo sobre os animais e monstros que e conhecia em Hogwarts, Grover era um sátiro, e um bom amigo, apesar de parecer ter um pouco de medo do senhor D, ele sempre conversava comigo, vez ou outra, Lukas, Percy, Grover, Luke, Annabeth e eu sentávamos na colina e ficávamos conversando sobre tudo, desde nossas realidades que eles não conheciam, até sobre algumas coisas que não sabíamos sobre o mundo dos olimpianos, Annabeth em maioria não falava muito, às vezes apenas corrigia alguns erros e falava poucas informações, ela parecia desconfortável, Luke sempre tentava ser gentil, mas ela sempre se esquivava, um dia perguntei para ela o porque disso, mas ela não me respondeu.

As semanas se passaram, e a única coisa que fazíamos era treinar e treinar. Via muitas vezes Annabeth se esgueirar para ver eu e Percy treinarmos, apesar de boa em estratégias, não parecia muito boa em esconder se. Fora as aulas de grego antigo e os treinamentos em dupla que ela queira ou não admitir ela e Percy faziam uma dupla muito boa, ela não parecia querer ficar muito perto de Percy, eu não entendia o porque de toda essa hostilidade, comigo e com Lukas ela parecia normal, mas com ele, ela quase nem conversava, apenas falava o necessário, ela sempre parecia meio ansiosa quando conversava com Luke, nada parecido com Percy, ele era bem decidido e parecia bom em tudo, principalmente em esgrima, e apesar dele treinar a mais tempo e ter mais força fisicamente e mais manejo com a espada, eu vez em quando me equiparava ao seu nível, mas nunca venci uma luta com ele. E assim os dias se passaram, sem muito o que acontecer.

Em uma noite, me senti muito cansada e fui dormir mais cedo, não treinei com Lukas aquele dia, mas meu sono foi perturbado.

Estava amarrada no topo de um penhasco, de lá de cima conseguia ver um campo de grama morta, várias pessoas andavam a passos lentos sem rumo e sem ânimo, pareciam estar em algum tipo de transe, não havia som, nem de pássaros, nem de vento, nem vozes, nada, ao longe ouvi um grito de garota, voltei meu olhar para baixo e Annabeth, Grover, Percy e Lukas estavam lá embaixo, agora, as pessoas avançavam para cima deles, e o campo que antes parecia morto, agora dava lugar para grunhidos, urros e gritos, que vinham dos meus amigos, eles estavam sendo arrastados para longe, eu lutava para me livrar das correntes, mas elas estavam fortes demais para que eu sequer conseguisse me mexer, eles olhavam em minha direção e pediam por socorro, mas quanto mais eu me mexia, mais presa ficava, vi eles sumirem no amontoado de pessoas que os arrastavam, e gritei muito, uma risada cortante ecoou em meus ouvidos, uma risada má e fria, então eu acordei com batidas na porta.

Já era de manhã, para mim foram minutos, mas o sol já despontava, olhei no relógio, eram sete horas, e Quíron me chamava do outro lado da porta:

–Melissa, senhor D quer falar com você.

Minha respiração estava ofegante, suor descia pela minha testa, eu tomei fôlego e gritei de volta:

–Já estou indo!

Lavei meu rosto e me troquei, desci para a varanda, senhor D estava sentado em sua mesa de pinochle, e do outro lado da mesa, Quíron estava na sua forma disfarçada, no qual ele estava em uma cadeira de rodas, que eu ainda lutava para descobrir como um corpo de cavalo caberia ali dentro, cartas flutuavam e faziam jogadas. Percy e Lukas já estavam lá, e sem levantar o olhar ele pareceu dizer para mim:

–Até que enfim a princesinha acordou.

Antes que eu pudesse retrucar, Grover me olhou como se dissesse com todas as forças que eu não deveria fazer isso, então respirei fundo e me calei, então ele continuou:

–Temos novas pequenas novas celebridades, o filho do velho barba de Craca e o filho do velhote dos olimpianos.

Assim que ele terminou de falar um trovão poderoso irrompeu os céus, causando um enorme estronde, Dionísio revirou os olhos e disse:

–Blá blá blá. Se eu estivesse no comando eu explodiria a molecula de vocês e acabaria com todos os nossos problemas, mas Quíron acha que isso iria contra a minha missão de estar aqui, que é: manter vocês mortais vivos e a salvo do mal.-Combustão é uma forma de maldade senhor D. – advetiu Quíron.

–Mas existem outras opções tambem. – continuou eles. – Eu poderia transformá-los em golfinhos.

–Senhor D... – ralhou Quíron.

–Tudo bem, tudo bem, existe uma terceira insensata e idiota opção. Estou indo para o Olimpo, tenho uma reunião de emergencia. Espero não encontrar eles aqui quando voltar.Então ele fez uma última jogada e desapareceu com um estalar de dedos.

Quíron suspirou insatisfeito, e então pediu:

–Sentem- se, todos vocês.Nos sentamos ao redor dele, ele colocou as cartas na mesa e começou a falar:

–Digam me, o que fizeram com os cães infernais?

Estremeci, naquela hora eu o havia enfrentado, mas estava com muito medo.

–Ele me apavorou, se vocês não tivessem o acertado, eu teria morrido. – Percy foi o primeiro a dizer.

–Tive medo de enfrentá-lo, foi assustador, pensei que iria morrer. – engoli em seco.

Lukas ficou me silencio, todos olhávamos para ele, que suspirou, e por fim se pronunciou:

–Senti adrenalina, medo, uma raiva imensa. E o que mais me assusta, é que eu gostei da sensação de matar cão.

Eu abri e fechei a boca algumas vezes sem saber o que dizer, Percy e Grover não pareciam tão diferentes de mim.

–Eu sei que é estranho mas eu não sei, sentir que por fim aquilo tinha acabado me deixou aliviado, feliz. – ele continuou.

–Ao menos você não tem uma má índole. Isso se deve ao fato de o cão representar algum perigo não só a sua vida, mas principalmente a vida de inocentes, de uma amiga. – disse Quíron e ele rapidamente olhou para mim. – Você é uma alma gentil criança, não deve se envergonhar disso. Mas devo lhes avisar que isso é só o começo do que enfrentarão.

–Como assim? Onde e o que enfrentaremos? – perguntei.

–Na sua missão logicamente. Vão aceitá-la?

–Senhor, acho que não estamos entendendo. – disse Percy.

Quíron não fez uma cara muito boa e disse:

–Essa é a pior parte, os detalhes.

Percy observava o horizonte e eu segui sua linha do olhar, ao longe, eu via uma tempestade vindo, raios e trovões rasgavam o céu, e o mar se agitava furiosamente.

–Poseidon e Zeus estão brigando não é mesmo? – disse ele, o que me fez virar de súbito. – Tenho sonhado com isso, e Annabeth me comentou sobre um roubo.

–Porque não comentou nada conosco? – perguntou Lukas.

–Você é filho de Zeus, e íamos acabar brigando. Queria que continuassemos amigos, e Melissa não saberia que lado escolher. – explicou ele. Lukas ia rebater quando eu interrompi.

–Mas Quíron, o que nossa missão tem haver com isso?

–Tudo minha querida. O que acontece, é que no último solstício de inverno, algo muito valioso foi tirado do olimpo. Um raio para ser mais exato.

–Um raio? – Percy riu.

–Não brinque com isso Percy, não é um simples raio, é Raio Mestre de Zeus. – advertiu Quíron.

–Como ele foi roubado? – perguntou Lukas.

–Houve uma assembléia dos deuses no último solstício...

–Quando Annabeth e Luke foram ao olimpo? – perguntei. E ele assentiu.

–Os seus pais estavam discutindo, pelas mesmas coisas de sempre “Mamãe sempre gostou mais de você” “Seus desastres são maiores que os meus” e coisas assim. Em meio a discussão, Zeus notou que o seu raio mestre havia sido roubado por debaixo de seu nariz, na mesma hora culpou Poseidon. E desde então, eles têm tido a maior briga de todos os séculos.

–Mas naquele dia, quando chegamos, eles pareciam se dar bem. – eu disse.

–Era uma questão de urgência, mas se não fosse a sua presença, eles estariam brigando. Todos sabem que Poseidon nunca faria isso, mas Zeus ainda o acusa de querer tirá-lo do poder, todos sabem que um deus sem seu símbolo de poder é mais fraco, e isso tornaria Poseidon o sucessor na liderança do Olimpo.

–Mas se Poseidon não roubou o raio mestre, quem roubou? – perguntou Percy.

–Você. – respondeu Quíron, nosso queixo caiu. E logo Percy começou a protestar.

–Mas, eu, eu não. Eu não roubei o raio!

–Sim, eu sei que não, mas Zeus acha que sim, ele culpa você pelo roubo, e agora que Poseidon o reclamou como filho, isso torna as suspeitas dele mais visiveis.

–Mas eu não roubei nada!

–Eu sei criança, mas se acalme, porque é ai que entra a missão de vocês.

Engoli em seco, acho que já fazia idéia do que teríamos que fazer.

–Vocês devem recuperar o raio mestre, e levá-lo de volta ao Olimpo antes do solstício de verão, ou haverá uma grande guerra, e os deuses serão obrigados a escolher um lado, e não há melhor oferta de paz, do que os filhos dos dois deuses levarem de volta o raio para Zeus.

–Mas somos só crianças! – Lukas protestou.

–Mas por isso que vocês têm treinado tanto, para que pudessem cumprir essa missão, não existe outra forma de fazermos isso, a não ser que o raio seja devolvido a guerra vai se espalhar.

–O que teremos que fazer? – perguntei. Os dois olharam para mim abismados.

–Então você aceita a missão?

–Aceito. – me virei para os meninos – Vocês vão comigo?

Os dois se entreolharam e abriram e fecharam a boca várias vezes. Até que Lukas suspirou e disse:

–Não tenho outra escolha mesmo. Vamos lá então.

–Eu vou também. – concordou Percy.

–Ótimo, mas antes de mais nada, devem consultar... o Oráculo.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Me contem o que vocês estão achando! Até a próxima, e um mega beijo meus principes e princesas!



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