O Equilibrio Entre Os Mundos escrita por A Mestiça


Capítulo 33
O rio, o cão e os deuses.


Notas iniciais do capítulo

Ooooi anjinhos estão preparados para começar a parte de PJO? Espero que sim, porque minha nossa ta uma confusão! Gente queria avisar a vocês que mesmo sendo baseado nos fatos do livro, será mais curto com acontecimentos que eu acho de grande importância, afinal, isso não é uma copia do livro né? Espero que vocês gostem do capitulo, qualquer critica ou sugestão, é só me deixar um comentário! Um mega beijo meus príncipes e princesas!



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–Os chamei aqui para lhes informar que não partirão com os outros no trem, nem voltarão para Nárnia hoje.

–Espera. O que? – eu indaguei.

–Por que não voltaremos hoje? – perguntou Lukas.

–Receio que são esperados em outro lugar, um outro e novo mundo os aguarda. – disse Dumbledore.

–Mas qual mundo? – perguntou Lukas.

–Isso vocês logo descobrirão. – ele não iria nos responder. – Vão e se despeçam de seus amigos na estação, depois Hagrid os trará de volta para cá. Encontrarão-me no exato lugar onde vocês chegaram.

Então ele saiu. Viramos-nos para Hagrid que apenas deu de ombros como se dissesse que não tinha respostas para nossas perguntas, fomos ao salão comunal da Grifinória onde os outros estavam saindo com suas malas:

–Onde vocês estavam? O trem já vai sair, temos que ir, os botes estão nos esperando.

–Não vamos com vocês, não vamos para casa hoje. – eu respondi.

–O que? Como assim? – disse Rony.

–Dumbledore nos disse que vamos para outra realidade hoje. – explicou Lukas.

–Mas vamos acompanhar vocês ate a estação.

–Ual! Para onde vocês vão dessa vez? – perguntou Harry.

Eu e Lukas nos entreolhamos e dissemos:

–Não sabemos. Ele não nos disse.

–Quer dizer que vocês vão para um lugar totalmente desconhecido, sem ninguém, nem objetivo? – perguntou Hermione.

–Isso não é demais?! – extasiou Rony.

–Claro que não! – ela esbravejou. – Eles não conhecem o lugar! Pode ser perigoso!

Eu dei uma leve risada e disse:

–Relaxa Hermione, a gente da conta, não se preocupe.

Ela bufou, mas depois acabou cedendo, na verdade ela sabia que não tinha jeito mesmo. Acompanhamo-los até a estação. Fomos conversando o caminho todo, Rony repetiu mil vezes que queria saber tudo de nossas aventuras assim que o ano letivo começasse. Eu e Lukas garantimos a ele que contaríamos tudo, Hermione nos pediu varias vezes para não nos metermos em encrenca, e tentarmos ser cuidadosos, mas acho que no fundo ela sabia que ate mesmo Lukas que era o mais cuidadoso de nós dois, gostava de aventuras, não íamos ficar parados. Harry só nós desejou boa sorte, e nos disse que queria saber de tudo quando voltássemos. Despedimos-nos deles, e ficamos ali na plataforma vendo o trem partir e sumir no horizonte, Hagrid nos acompanhou de volta para o castelo, conversamos um pouco, ele disse algumas coisas sobre o Fofo, e eu ainda me peguei imaginando aquele cão de três cabeças sendo um bom cãozinho, mas estava meio difícil, eu ri com a minha própria imaginação. Quando chegamos ao castelo, caminhamos, até a frente da cabana de Hagrid, onde Dumbledore nos esperava, quando chegamos perto o suficiente ele nos disse:

–Foi exatamente aqui que tudo começou, e deve ser aqui que partirão.

–Voltaremos para Hogwarts senhor? – perguntei.

–Mas é claro que sim. – ele disse para meu alivio. – Vocês precisam terminar a escola ainda.

–E como vamos para esse novo lugar senhor? – perguntou Lukas.

–Os colares em seus pescoços, girem-nos duas vezes para direita e uma para a esquerda.

Pegamos nossos colares, mas antes de girarmos corremos para abraçar Hagrid:

–Nos veremos em breve.

–Não se metam em encrenca crianças. – disse ele com um sorriso e os olhos marejados.

Hesitamos por um momento ao nos despedirmos do professor, mas o abraçamos também. Depois eu e Lukas nos afastamos deles, demos as mãos, giramos o nosso colar conforme o que nos foi dito, e Dumbledore, Hagrid e toda a paisagem do castelo e da grama verde que nos circundava desapareceram, e tudo virou neblina.

Escuro, escuro, ainda estou de mãos dadas com Lukas, isso torna essa situação menos pavorosa, estamos caindo para o escuro, não vejo nada. Neblina, como nuvens ao meu redor. Luz, a lua, é noite. Onde estamos, não consigo perguntar para Lukas, ele está consciente assim como eu, água, tem um regato lá embaixo. Mas não vamos cair nele, pessoas, vejo pessoas agora, vamos cair em meio a um tipo de floresta, agora consigo gritar para ser ouvida:

–Lukas, se segure em algum galho!

–Solte a minha mão!

Estava perto o bastante para cair em cima de uma grande arvore, bom, agora na verdade, não sei explicar o que aconteceu, como se os meus sentidos estivessem mais aguçados, eu consegui ver como em câmera lenta os galhos se aproximando, consegui, me posicionar e cair com os pés perfeitamente em cima dos galhos, se eu não tivesse conseguido cair perfeitamente em pé acho que a queda me levaria para o hospital por um mês. Lukas por outro lado teve menos sorte, ele havia caído sentado em cima da copa das arvores, consegui subir na outra arvore, e ajuda-lo a descer.

–Você está bem?

–Acho que sim, já cai em cima de arvores muitas vezes. – ele brincou. Eu dei risada da piada, mas logo a minha risada foi morrendo quando eu ouvi um rosnado, som de passos, baforadas, coisas se arrastando. Minha respiração estava quase que presa, como se eu tivesse medo de respirar. Olhei aflita para Lukas, ele mantinha um ar soturno, não respirava como eu, mas não aparentava susto, ele me encarou, e depois começou a se virar, eu o acompanhei. Dessa vez dois cães estavam atrás de nós. Os mesmos cães que me atacaram na floresta proibida, e pareciam bem zangados. Eles vinham a passos lentos em nossa direção e rosnavam, fomos dando passos para trás, eu não sabia nada de cães mágicos, mas eu conhecia cachorros o suficiente para saber quando eles vão atacar, eles estavam se abaixando, olhavam vidrados para nós, os olhos pegando fogo, os dentes a mostra com a boca salivando, engoli em seco, não estava preparada agora, não podia usar magia fora da escola, não podia destransfigurar minha espada, estava indefesa, e Lukas estava na mesma situação, dei um ultimo passo para trás:

–Corre!

Viramos-nos e corremos o mais rápido que pudemos para longe, cheguei à beira da floresta, onde as arvores se abriam e davam lugar ao ar livre com um regato ali, do outro lado havia mais arvores, pessoas estavam paradas ali, adolescentes e um... Centauro?

Não tive tempo de processar.

–Lukas se prepare! Me acompanhe!

Virei-me de frente para os cães, demos uma cambalhota, e levantamos a tempo de agarrar o rabo dos cães que chicotearam, nos dando impulso para pular em suas costas, eles rodaram, mas nós nos seguramos em seu dorso, duas garotas armadas de espadas correram para mais perto.

–Desçam daí! Vocês vão morrer! – uma delas gritou.

–Joga uma espada pra mim! – gritou Lukas.

–Ta maluco? – gritou a outra.

–Me joga uma espada! Rápido! – ela hesitou por um tempo depois jogou a espada para ele.

Ele agarrou a espada no ar, e sem hesitar nem um segundo ele cravou a espada no dorso no animal que se desfez em cinzas. Bom, já eu não tive tanta sorte assim, o cão deu um giro brusco e me jogou longe, eu bati de costas com uma pedra bem grande. Não tive tempo de sentir a dor, ele já corria de volta para mim, Lukas e as duas meninas também.

–Não se aproximem!

Eu ajoelhei e pus as mãos no chão desejando que funcionasse, em segundos o chão começou a rachar, mortos vivos saíram de lá de dentro, as meninas que vinham em minha direção pararam estáticas, Lukas parou e as empurrou para trás, enquanto corria de volta para mim. Os mortos vivos tentavam atacar o cão, só servia para distrai-lo enquanto eu não pensava em algo melhor, mas antes que eu pudesse me recompor o cão gigante amassou meus soldados com uma patada, e eles se desfizeram em pó, Lukas se postou ao meu lado e brincou:

–Acho que sinto saudades do Fofo.

Eu então raciocinei, tínhamos que ter aprendido algo em Hogwarts que nos ajudasse, o cão veio pra cima de mim, Lukas parecia invisível, o seu alvo era eu, empurrei Lukas para um canto enquanto eu corria para fugir do cão, nada me vinha na cabeça, nada, eu já tinha vencido aquele cão, já tinha vencido ele, podia vencer de novo, então me lembrei, naquele dia em que enfrentamos o escorpião e o cão, Lukas, ele também tinha feito algo inesperado.

Dei a volta fazendo com que o cão me seguisse, tinha que chegar no regato, passei por Lukas e o puxei para correr comigo:

–Lukas... Naquele dia... Na floresta... Você invocou um raio, consegue fazer de novo?! – gritei para que a minha voz sobressaísse a todos os ruídos. Ele assentiu com a cabeça. – No regato, lance um raio no meio do regato quando eu não estiver mais lá dentro! Entendeu? Tem que ser exatamente quando eu disser, temos uma única chance! Vai!

Ele olhou para o cão, depois para mim, e depois para a água, e entendeu o meu plano. Correu para o lado de fora da água, eu entrei até o meio da panturrilha, atrás de mim todos os adolescentes me olhavam, o cão entrou no regato, e parou por uns instantes antes de investir em mim, a água se levantou, como um muro, eu segurei por uns segundos, então pulei para fora:

–AGORA!

Vi um raio descer cortante, e cair na água. Água conduz eletricidade, conseguimos eletrocutar o cão, mas não seria o bastante para matá-lo, subi o mais rápido que pude na pedra onde o cão havia me jogado, ela era alto o suficiente, o choque me deu tempo o bastante para escalá-la, mas o monstro já voltava a si, quando eu gritei:

–Lukas a espada!

Ele jogou a espada, a agarrei no ar, e pulei fincando a no monstro que se desfez em pó, e eu cai no chão. Lukas me ajudou a levantar, dei tapinhas em seu ombro e ele reclamou.

–Está machucado.

–Ta tudo bem Mel. – ele mentia.

–Você se machucou, vem. – o puxei para a água, abaixei os braços, e a água subiu, encostei a mão em seu ombro. – Melhorou?

Ele sorriu e afirmou, um toce surgiu em minha garganta, levei a mão até a boca, um liquido escorria, tirei a mão para olhar, vermelho, sangue, me senti tonta, e cai no regato, me apoiei em uma mão e levei a outra as minhas costelas, senti dores de imediato.

–O que foi? O que sente?! – Lukas estava ao meu lado. Vi uma das garotas e agora um garoto ao meu lado, a garota me ajudou a me sentar e disse:

–A água, se cure.

–Não consigo, usei muito dos meus poderes. - as palavras saíram doloridas, doía até respirar.

–Percy, consegue ajuda-la? – a loira perguntou para o garoto, ele olhou para mim e perguntou:

–Onde está doendo?

Apontei para as minhas costelas:

–Acho que quebrei uma costela quando dei de encontro com a pedra.

O garoto pôs a mão por cima das minhas costelas e conduziu a água, senti um frescor e logo depois estava sem dores, e bem mais disposta, me sentei, olhei para ele perplexa:

–Você é como eu... pode mexer com a água.

–Com exceção dos cadáveres de Hades que você pode convocar. – uma voz austera disse atrás de mim. Olhei para trás, o centauro, me levantei e perguntei:

–Onde eu estou?

–Ela acaba de ver um centauro e pergunta onde ela esta? Essa garota é louca! – gritou um fauno ali atrás.

–Um fauno! – gritou Lukas extasiado, já fazia muito tempo que não víamos um.

–Fauno? Não eu sou um sátiro.

–Ele não está errado, Sr. Underwood, fauno, é a forma romana de um sátiro. – disse o centauro.

–Quem são vocês? – perguntou a loira.

–São semideuses como vocês crianças. – uma voz austera soou atrás de nós, todos começaram a se ajoelhar e fazer reverências. Atrás de nós dois dos três homens que eu havia visto no espelho estavam em pé, todos estavam de cabeça baixa exceto a mim, Lukas e o garoto que tinha me salvado, acho que ele também não sabia ao certo o que fazer. Um dos homens usava um terno risca de giz, parecia bem sério, já o outro tinha um sorriso brincalhão no rosto, usava camisa cáqui e uma bermuda azul com estrelas marinhas desenhadas, parecia um surfista enquanto o outro parecia um serio empresário. O centauro tomou a frente e começou:

–Senhores Zeus e Poseidon, ao que devo a honra de suas visitas?

–Viemos ver nossos filhos e nossa afilhada, mas mais que isso dar um aviso. Presumo que Lukas ainda não saiba quem é seu pai. – disse Zeus. Os olhos de Lukas brilharam.

–O senhor, eu o vi no espelho, estava ao lado de minha mãe, quem é o senhor? – perguntou Lukas, ele havia se olhado no espelho? Quando?

–Acho que no fundo de seu coração você já tem essa resposta. Você, Lukas Darwin, é um líder nato, você é filho do deus dos céus. Eu sou Zeus, senhor do Olimpo, e seu pai. Você mais que tudo tem coragem que vem de seu pai, mas a sagacidade e a inteligência de sua mãe,estão permanentes em você.

–O senhor é meu... meu pai? O que houve todos esses anos? Por que não me procurou? – eu pousei a mão no ombro de Lukas, com um olhar dei lhe um recado silencioso “não se altere”, ele respirou fundo.

–Sua mãe o escondeu dos perigos, ficar com você e sua mãe seria declarar guerra aos outros deuses, eu ajudei você quando me pediu, mesmo sem saber, muitas vezes eu atendi seus pedidos de ajuda e ate mesmo salvei você do escorpião das profundezas, deixar vocês me doeu muito, mas não pude nem sequer ficar perto de você sem que monstros viessem atacar.

–Então, eu sou filho, de um deus? O senhor do Olimpo?

–É muito para processar em um dia, mas acredite.

–Acho que depois de tantas coisas eu acredito em tudo.

Vi Zeus lhe lançar um sorriso.

–Percy, como você cresceu. – sorriu Poseidon. Percy não me parecia muito disposto a conversas, ele não disse nada, apenas ficou distante.

–Esperem, vocês disseram que vieram ver seus filhos, mas e eu? Quem sou eu? – perguntei.

–Sinto lhe desapontar Melissa, mas não somos seus pais. – senti uma pontada no coração.

–Então, quem sou eu? – perguntei, mas tinha medo da resposta.

–Nos permita lhe contar uma historia... – disse Zeus.

“Há alguns anos atrás, antes de você, ou até sua mãe nascer, foi previsto, que uma criança fruto de um amor proibido entre dois mundos seria uma guardiã, ela guardaria os mundos, uma criança que deveria receber a benção dos três grandes deuses. Acho que você já deve ter notado que é diferente, tem mais poderes que o normal, é a mais poderosa. No dia em que você nasceu, viajamos pelo tempo e espaço onde sua mãe acabara de dar a luz a uma linda menina, Melissa, apadrinhamos você, eu Zeus o deus dos céus, Poseidon o deus dos mares e Hades o deus do submundo. Por isso você pode controlar a água, pode convocar cadáveres e assim como Lukas, convocar os poderes dos céus. Sua mãe sabia o perigo que corria ao ficar com seu pai, e na época da guerra, seu pai as enviou para onde sua mãe tinha amigos, e podia ser protegida, Hogwarts, ela ficou com os Potter assim como sua mãe Lukas, elas eram procuradas, mal seu pai sabia, que nunca mais a veria outra vez, você não é uma semideusa Melissa, é meio deusa e meio outra coisa que não posso lhe falar, mas você não é humana, você é uma guardiã, aqui, a nossa guardiã.”

–Esperem, se vocês não são meus pais, quem é meu pai? Onde ele está? E como assim meio deusa meio outra coisa? O que eu sou? Qual a minha outra metade? Por que a minha mãe e a de Lukas eram procuradas? Que outro mundo é esse? – eu perguntei tudo que vinha em minha cabeça.

–Não podemos lhe contar minha querida, algumas coisas você terá de descobrir mais tarde. – e sem cerimônia, sem se despedir, eles desapareceram, e me deixaram ali, sem respostas, com mais perguntas do que antes.


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Notas finais do capítulo

Eai meus anjos como foi a leitura? Me contem o que vocês estão achando! Mega beijo e até o próximo capitulo meus príncipes e princesas!



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