O Anjo e a Espada escrita por chibinathy, UlquiHime FC


Capítulo 2
Capítulo 2 - Doce Inocência




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Era dia, e Orihime acordou com uma sensação estranha. Culpa. Culpa pelos sonhos loucos que tivera... Será que aquilo era normal? Uma mulher, na situação que ela se encontrava, isolada de todo mundo, e seu único contato com o mundo fosse aquele homem... Isso mais parece um perfil psicológico. Mas ela não conseguia guardar para si, quem sabe se compartilhar, a coisa pareça menos absurda... afinal, ela nunca lidara com aquilo antes, esse fogo dentro dela, isso não era normal, era? Mas precisava tentar, precisava se confessar, expiar por seus pecados, aliviando sua mente. Afinal, estava presa há meses, é lógico que não podia estar no seu melhor julgamento.

À noite quando Ulquiorra lhe trouxe o jantar, houve um clima estranho entre os dois. Mas ela precisava desabafar quem sabe assim isso parasse.

_Ulquiorra... _começou.

_Fale, mulher _ele tentou manter-se calmo e indiferente, como sempre.

_Eu... tenho que me confessar.

_Ora, não sou padre.

_A não ser que me traga um, só tem você que possa contar.

Ele pensou por um instante.

_Esta bem, confesse.

_Tenho pensado em você à noite.

_O que você pensou?

Ela se virou, ficando de costas para ele.

_Quando vou dormi... imagino você ao meu lado.

Ele engoliu seco.

_Mulher...

_Não pode me absolver... Meus pecados não param por ai...

_Continue. _disse ele, serio.

_Sinto suas mãos. Desejo seu toque... Eu tenho até... _continuou ela, ainda de costas para ele _ Eu tenho até me tocado, querendo que minhas mãos fossem as suas.
Rígido, os pés separados, ele olhou para baixo, sem reação.

_Como? _conseguiu perguntar, embora suas palavras parecessem sussurros, enquanto observava atentamente a silhueta feminina.

_E- eu... coloco uma mão no seio e uma... _sussurrava, parecia falar dentro dele _... uma entre minhas pernas.

O mundo inteiro de Ulquiorra parou. Desejo e mais alguma coisa gritavam em seu corpo. Enlouquecera. Queria abraçá-la. Toca-la. Possuí-la antes que mais alguém o fizesse.
Ela se virou, e caiu, como se a confissão tivesse levado toda energia do seu corpo.

_Ulquiorra, o que devo fazer? Eu nunca...

Ele se abaixou e se perdeu nos seus olhos confusos, de quem estava aprendendo uma lição nova e complexa.

_Feche os olhos... e mostre-me.

_Não posso. _ela negou, receosa. Me toque pelo amor de Deus, seu corpo gritava.

Sem raciocinar, ele a abraçou e acariciou seus cabelos.

_Mostre-me. _insistiu.

Ela segurou nele, tremendo.

_Não posso... _murmurou, indecisa.

_Vou ajudar... Mas não abra os olhos.

Ela apertou as mãos nas costas dele, seu corpo todo tremia.

Ulquiorra deslizou a mão, abriu os dedos sobre seu tórax.

_Aqui?

Ela balançou a cabeça, negando.
_Mostre-me.

Com as mãos tremula, ela levou a mão dele mais abaixo, ofegando quando ele roçou o pano que cobria seu seio.

_Aqui?

De olhos fechados, ela confirmou.
A mão dela ainda tava sobre a dele. Ele deixou o bico do seio escorregar por entre seus dedos, depois o apertou suavemente. Ela gemeu, e sua respiração, agora rápida, a empurrou contra a mão dele.

Deixou cair a outra mão sob o vestido dela, e cingiu o linho que cobria o calor entre as pernas dela.

_E aqui?

Ela enrijeceu, mas não respondeu, exceto por cobrir a mão dele com a sua, prendendo-a no calor da sua intimidade e a suavidade dos seus dedos.

_Mostre-me como... Orihime.

Quase sem respirar, ele esperou. Depois, em vez de guiar a mão dele, ela jogou os quadris contra ele.

_Assim? _ele deslizou um dedo para dentro dela e sentiu-a molhada.

Ela largou a mão dele e jogou seus braços em volta dele, agarrando-se, quase o arranhando. Orihime cumpriu a promessa, não abriu os olhos.

_Não tinha sido tão maravilhoso assim _murmurou.

Ele sentiu uma satisfação ao ver a excitação da garota com seu toque.

_Me beije. _murmurou ela.

O raptor sentiu-se envergonhado de não tê-la beijado antes. A língua dele procurou sua boca. E a princesa a ofereceu, ate que ele voltou a ficar atordoado. Os cabelos acobreados prendiam-se aos dedos dele, e, quando o beijo cessou, ele os puxou, esperando provocar um sorriso.

Mas, quando o sorriso chegou, era triste.

_Não foi isso que eu senti com Aizen-sama.

O nome acertou-o como uma apunhalada e arremessou-o para o mundo real das promessas e traições. As mãos ainda emaranhadas nos cabelos de Inoue, ele forço-a a fitá-lo.

_O que quer dizer? O que ele fez?

_Ele tentou me beijar e... me tocar.

Ela piscou os olhos, lembrando do dia em que ficou sozinha com ele, quando Ulquiorra não viera lhe trazer a comida.

_E você deixou? _O ciúme aumentou a confusão de sua mente.

Ela negou com a cabeça.

Ficaram imóveis por um segundo, ou que sabe a eternidade, presos no torpor do momento que tiveram, e nesse agora. O mundo de Ulquiorra parou de girar. Lembrou-se do homem que o acolhera, e a quem jurara a vida em servidão. Aizen-sama era o seu guia, o seu exemplo, o seu mentor... Um canalha que tocara na mulher que ele... Amava... Não. Isso é absurdo de mais.
Ele desvencilhou-se dos cabelos dela, e saiu do quarto, sem dizer mais nada. Ela olhou apreensiva para a porta. O mundo da princesa entrara em colapso. Seu Kurosaki-kun parecia à milhas de distancia. E seu coração estava afogado em duvidas.


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