Quando um vento gelado bate em nosso rosto, não podemos deixar de nos lembrar da solidão. Nós viemos a esse mundo sozinhos e, talvez nosso destino seja encontrar outro solitário para nos acompanhar.

 Esse céu cinza me traz uma lembrança que a tempos me custa esquecer, talvez aqueles olhos cinzentos façam parte de mim para sempre.

 Draco Malfoy sempre foi como um dia de inverno, frio, pálido, e...

Inspirador. Talvez sejam essas as características que o tornaram um sonserino, talvez sejam essas as características que mudaram toda a sua vida apartir do momento em que viu aquela estranha figura de cabelos castanhos, e um tanto quanto inteligente. Hermione Granger. Ou como ele prefere, sangue-ruim.

 Talvez eu não tenha sido suficientemente direta, mas o fato é que desde o principio tanto Draco quanto Hermione haviam sentido algo de diferente um pelo outro, talvez apenas um simples ódio.

 Acho importante informa-los que para mim o amor não existe, essa informação não é muito relevante mas isso não importa, afinal eu sou só a pessoa que escreve.

 Draco nunca admitiu nem admitirá que em Hermione encontrou tudo que um dia quisera ser, inteligente, e... Do bem? Eu sinceramente nunca, nem mesmo por um segundo pensei que Draco fosse do mal, até porque sempre existiram dois caminhos para o bem. O primeiro era fazer o que era certo, e nunca ter se tornado comensal da morte. O segundo modo e por sinal o escolhido era honrar seu pai e sua família.

 Durante todos os anos em Hogwarts, o ódio de Hermione e Draco um pelo outro estava explicito, talvez isso fosse real, talvez eles quisessem acreditar que era.

 Os anos se passavam lentamente para cada um dos alunos, e Hermione sempre andava com as mesmas pessoas Potter e o Wesley, isso era o que mais o incomodava. Draco continuava arrogante e frio.

 Há um coisa que poucas pessoas percebem, mas a verdade é que muitas vezes rejeitamos pessoas que são como queríamos ser.

 Após muitas aventuras emocionantes entre os alunos veio algo que para alguns seria uma aventura final, a guerra.  Esta talvez fosse a que muitos ansiavam, mas ela trouxe consigo o poder e a necessidade de fazer escolhas. Draco optou friamente por honrar seu pai, em consequência disso pode ter a certeza que aquela era a ultima vez que olhava com a mesma inocência de sempre para Mione. Mesmo odiando-a durante cada dia de cada ano, sabia que isso só servia para que pudesse reparar ainda mais em sua beleza. A muito tempo Draco percebia que não a odiava mais com o mesmo ódio de antes, ele realmente a amava mas cada qual sabe amar a seu modo, o modo, pouco importa, o essencial é que saiba amar. E ele sabia que ela jamais seria feliz ao seu lado, sabia que cultivava um amor secreto por Rony Wesley, e sabia também que nem mesmo o destino os queria juntos. Draco Malfoy, aquele garoto que a principio era desprovido de sentimentos havia descoberto o amor, havia encontrado alguém que o havia transformado no melhor que podia ser. E naquele ultimo momento eles conversavam, e as mais belas palavras eram ditas no silencio de um olhar.

 Draco Malfoy já havia feito sua escolha, era uma loucura. Iria embora para sempre e continuaria com o que lhe restara de vida, ele sabia que dessa forma tudo poderia voltar a ser como antes, e Mione seria feliz com o seu destino que já havia sido escrito a muito tempo. Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.

 Então é assim que tudo acaba, nenhuma palavra nunca foi dita, mas no olhar, nos gestos, a história de Hermione Granger e o Dragão de má fé foi escrita e será difícil esquece-la.