POV. Levina.

Desde ontem no parque, eu não pare de pensar em Lucas, ele foi tão atencioso comigo, e foi realmente divertido olhar a cidade do alto. Lucas não veio falar comigo hoje na escola, a única coisa que ele me disse hoje foi um simples “oi” , na hot do almoço ele e Tyler se sentaram comigo, Melissa e David, Lucas estava tentando ser o mais simpático possível, mas dava pra notar na cara do Tyler que ele tava com ciúmes, vez em quando eu e Lucas trocávamos olhares, mas logo desviávamos, depois do almoço eu e Lucas não nos vimos mais, fui para casa e logo depois de eu ter tomado banho, recebo uma ligação de Melissa, eu fiquei surpresa ao saber que ela não tinha visto que Tyler estava com ciúmes, mas expliquei a ela, depois que eu desliguei o telefone, fiquei ali na minha cama assistindo televisão, olhei para o relógio e era três horas da tarde, desliguei a televisão, coloquei um short branco e uma blusinha azul de seda, desci as escadas e encontrei minha mãe na sala e disse:

-Mãe vou dar uma volta.

-Tudo bem querida, só não demore muito. –respondeu ela.

-Ta mãe, beijo tchau. –gritei da porta.

Sai andando sem rumo definido, então decidi ir a uma pracinha que ficava ali perto de casa, sentar um pouco, caminhei até lá e me sentei em um banco ali em meio as arvores e fiquei olhando para o céu para pensar um pouco e ver se organizava meus pensamentos, fiquei ali por cerca de meia hora até que ouvi um barulho, me levantei e fui ver o que era, estava vindo da pista de skate, tinha alguém ali andando de skate, quando me aproximei para ver quem era, reconheci a pessoa que ali estava, era Lucas, quando ele me viu, parou o skate e veio andando em minha direção, parou em minha frente e disse meio tímido:

-Oi.

-Oi. –respondi.

-Faz tempo que esta ai? –ele perguntou.

-Ah faz uma meia hora. –respondi.

-Então faz meia hora que esta ai me vendo andar de skate? –perguntou irônico.

Corei um pouco e respondi:

-Não, é que eu estava sentada ali no banco, ai eu ouvi um barulho vindo daqui e vim ver, mas isso não faz nem cinco minutos, é que eu pensei que você estava perguntando a quanto tempo eu estava aqui no parque e faz meia hora mais ou menos que eu estou aqui no parque.

Ele riu um pouco e disse:

-Eu estava brincando.

Depois de ouvir isso eu sorri e disse:

-Seu bobo.

Rimos juntos então ele me disse:

-Ei, vamos sentar um pouco?

-Vamos. –eu concordei.

Fomos até o banco onde antes eu estava sentada e eu disse:

-Era exatamente aqui que eu estava sentada.

-É eu gosto de sentar aqui também para pensar.

-Era isso que eu estava fazendo aqui.

-Pensando? –ele perguntou.

-Sim. –concordei.

-Pensando em que?

Eu não poderia dizer que estava pensando nele, então respondi:

-Nada demais.

Ele apenas deu de ombros e começou a dizer:

-Eu costumava vir aqui todos os dias.

-E não vem mais?

-Não.

-Por quê? –perguntei.

-Me trás muitas lembranças.

-Boas ou ruins?

-Boas.

-Então por que não vem mais aqui?

-Por que me faz lembrar meu irmão.

Fiquei com medo de perguntar, mas resolvi arriscar:

-E o que aconteceu com ele?

-Ele se mudou há alguns anos atrás. E agora quase não o vejo mais.

-Vocês eram muito próximos?

-Bastante, ele sempre brincava comigo, sempre me ajudava com tudo.

-Então ele deve fazer falta.

-Sim, mas e você? Não tem irmãos?

-Não, sou filha única.

-Deve ser legal ser filha única.

-Bom, às vezes sim, às vezes não.

Depois desse comentário começamos a rir, quando paramos ficamos nos olhando por um tempo, nossos olhos se encontraram e fomos nos aproximando um do outro, senti borboletas em meu estomago meu coração começou a bater cada vez mais rápido, senti um arrepio quando Lucas colocou a mão em minha nuca, e por fim ele acabou com a pouco distancia que havia entre nós dois , seu beijo era calmo e doce, senti ele se arrepiar ao meu toque, enrosquei meus dedos em seu cabelo macio.

Quando nos separamos e eu me dei conta do que tinha feito, me levantei e sai correndo, ouvi Lucas me chamar ao fundo:

-Levina! Levina!

Mas eu não olhei para trás, não tinha coragem, para minha sorte ao chegar em casa não me deparei com ninguém, corri direto para meu quarto e me joguei na cama, fiquei a mirar o teto, e passei o resto do dia pensando naquele beijo e no que ele havia significado realmente para mim.