Despertando escrita por Danotan Bluce


Capítulo 1
Unique


Notas iniciais do capítulo

Yoo Minna-sama! *-------*
Essa é minha primeira fic na categoria e eu não costumo ler tantas fics daqui, mas amo muito o anime x3
Eu shippo muito esse casal, mas também amo ZeroxYuuki õ/
Desculpem-me qualquer erro que possam encontrar...
Eu usei uma estrutura de "Anos Atrás" e "Presente" para indicar o tempo. Eu sei que o ideal seria colocar algo como "Flashback", mas não era o Flashback de ninguém, então decidi deixar assim mesmo kkk
Enfim, enfim, chega de falar. xD
Boa Leitura ♥



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Anos atrás

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Yuuki soltou uma longa risada e obedeceu a sua mãe, indo até o quarto de Kaname. Seu irmão estava dormindo. Yuuki apertou a barra de chocolate que iria dar a ele nas mãos e ficou observando. Não sabia por que, mas era bom o observar. O modo como estava calmo e como parecia perfeito dormindo. Ela foi até uma cadeira e se sentou, ainda admirando.

A pequena vampira era tão pequena, não sabia por que sentia aquela vontade enorme de estar perto dele. Se se aproximasse do irmão e desse um leve beijo em seu rosto ou tocasse em seus cabelos macios, ele acordaria? A menina ponderou aquilo e decidiu que não, ele não iria acordar.

Levantou-se da cadeira.

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Presente

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Mais uma vez Yuuki não sabia onde o cretino do Zero estava! Era noite e ela tinha que cuidar de tudo sozinha, só pra variar. Olhou em direção a janela do quarto de Kaname, porque era o único aposento com as luzes acesas. Será que ele estaria bem? Há essa hora deveria estar nas aulas, não ali.

Sem pensar muito sobre o assunto, Yuuki pulou da árvore em que estava, atingindo o chão. Esgueirou-se pelo prédio da Night Class em silêncio e chegou ao quarto de seu salvador.

Bateu na porta levemente.

Mas ninguém atendeu.

– K-Kaname-senpai? Você está aí? – Chamou com a voz baixa, deixando escapar um gaguejo no inicio do nome. Porém o silêncio permaneceu firme e forte, intacto. Ela tentou abrir a porta, preocupada com o vampiro. E não é que estava aberta?

Yuuki descobriu porque ele não respondera. Kaname estava dormindo.

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Anos atrás

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Yuuki beijou levemente o rosto do irmão mais velho e se sentou na beirada de sua cama. Permitiu que os dedos pequeninos e pálidos fizessem leves carinhos nos cabelos tão castanhos e macios. E sentia-se tão bem fazendo aquilo...

– Yuuki? – A voz baixa de Kaname deu-lhe um leve susto. Ela soltou uma risada baixinha.

– Você me assustou, seu bobo! – Falou divertida e íntima, com a voz infantil, enquanto fitava os olhos profundos do garoto que havia acabado de despertar daquele sono fora de hora.

– Aconteceu alguma coisa, Hime-chan? – Perguntou com um belo sorriso no rosto juvenil. Um sorriso também dominou os lábios rosados da pequena Yuuki. Levantou-se da cama e foi pegar a barra de chocolate que havia deixado em cima da cadeira.

– Eu vim trazer chocolate. – Explicou. Voltou para perto da cama de Kaname correndo com os pés pequeninos, mas acabou tropeçando. Caiu. Em cima da cama de seu irmão. Perto de Kaname. O rosto tão perto do de seu Onii-chan...

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Presente

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Yuuki parou, próxima à porta, sem saber o que fazer. Seus olhos estavam presos no rosto adormecido do sangue puro. Ela estava com uma sensação estranha de “déjà vu” e parecia hipnotizada pelo corpo magro e definido pousado na cama, o rosto branco emoldurado pelos cabelos escuros, os olhos calmamente fechados. Não que pudesse ou devesse reparar em certos detalhes.

Deu um passo em direção à ele, precisava acordar o vampiro para as aulas. Mas teria coragem de tirar alguém tão importante do sono?

E lá estava Yuuki em frente à cama de Senpai o vendo dormir. Sentiu as bochechas ficarem vermelhas. Por que de repente ela pegou a si mesma imaginando passar os dedos por seus cabelos acastanhados? Era simplesmente algo que não poderia acontecer. Por mais que ele não fosse acordar, caso ela ousasse o fazer. Ou iria?

A menina balançou a cabeça, é claro que iria! Ela não poderia fazer isso. Mas continuava precisando acordá-lo para as aulas... Seria melhor tocar seus cabelos ou simplesmente chamar seu nome? De qualquer forma, ela chamou seu nome da porta e ele não acordou. Ah, o que estava pensando? Não havia motivos. Queria sentir a textura daqueles fios escuros e conseguiria inventar mil desculpas para tal.

Yuuki tocou o rosto de Kaname, hesitante. Sua pele era macia. Ela levou a mão aos cabelos do vampiro, penteou-os levemente com os dedos, sentindo as madeixas enrolar-se levemente a eles.

– Yuuki? – A voz baixa deu um leve susto na menina. Yuuki recolheu a mão imediatamente, ficando vermelha.

– M-me desculpe, Kaname-sama. Eu achei que fosse melhor acordá-lo, já que estamos em horário de aula. Quero dizer, já que os alunos da Night Class estão. – Explicou ela, com a cabeça baixa, os cabelos cobrindo-lhe a expressão - cobrindo as bochechas rosadas.

Um leve sorriso estampou o rosto do Sangue Puro e seus olhos brilharam, ele sentia a mesma coisa que sentiu anos atrás... Mas Yuuki não viu o sorriso ou a intensidade dos olhos. Tampouco lembrou-se do passado. No entanto, sentia o mesmo.

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Anos atrás

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– M-me desculpe, Onii-sama. – Disse ela, já se levantando de cima do irmão, por mais que não quisesse, por mais que desejasse ficar ali...

– Ei, Yuuki. – Ele disse antes que a irmã saísse, pousou a mão sobre os cabelos dela, mexendo os dedos esguios levemente. Ela estremeceu e olhou para Kaname com os olhos grandes e inocentes acompanhando um sorriso nervoso. – Você não quer dormir junto ao seu Onii-sama, hoje? – Ele propôs com um sorriso no rosto. Os grandes olhos da cor de amêndoas se arregalaram sutilmente, mas não demorou muito para decidir que queria aquilo. Assentiu com ânimo e os dois deram um leve riso.

– Você vai querer o chocolate? – Perguntou ela. Como era muito nova, nunca havia provado sangue então para ela tudo o que comia eram as pastilhas e comidas comuns. Não que Kaname não gostasse de chocolate, apenas queria provar outra coisa, liquido esse que Yuuki também poderia lhe dar. Mas ele ignorou esse fato, saberia esperar. Sorriu.

– Vamos deixar para depois. – Falou simplesmente, tirando o alimento das mãos da pequenina e pousando-o em um criado mudo ao lado de sua cama. Ergueu o cobertor dando passagem a menina, os olhos que mais pareciam dois poços sem fundo, convidando-a. Yuuki se esgueirou pela cama indo para baixo do tecido grosso e macio. Tão agradavelmente quente...

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Presente

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Kaname esticou o braço, tomando uma mão de Yuuki com a sua. A menina olhou-o surpresa, sentindo seus batimentos acelerarem. Um sorriso lindo e discreto enfeitava o rosto de seu salvador, deixando seus traços ainda mais graciosos e ainda mais... belos.

– Mesmo dormindo, eu reconheci seu toque em meus cabelos, Yuuki. – Disse ele com a voz baixa. Yuuki não soube o que dizer perante tal afirmação, pronunciada por sua voz aveludada que parecia entrar-lhe pelos ouvidos e tocar a alma. Kaname viu no rosto da menina a admiração com que o olhava. Ah, aquele rosto delicado e gracioso... – Eu não me sinto muito bem, você poderia me fazer companhia, Yuuki? Apenas por essa noite?

– E-eu não posso, Senpai. Tenho que cuidar da escola e...

– Não se preocupe com isso. Não acontecerá nada, eu prometo. – Disse ele. Yuuki olhou em seus olhos se perguntando como ele poderia saber se aconteceria ou não, como poderia prometer algo tão incerto, e se uma garota resolvesse de uma hora pra outra invadir a Night Class? Ela ia protestar, realmente ia. Mas nos olhos de Kaname havia tanta certeza, ele parecia tão absolutamente seguro...

Yuuki não falou nada. Mas Kaname a puxou para perto de si.

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Anos atrás

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Yuuki estava deitada ao lado de Kaname, seu corpo tão pequenino encostando-se ao dele, os dois por baixo do mesmo cobertor. Ela sentia a respiração suave roçar sua nuca, o toque da mão de Kaname sobre seu braço.

– Onii-sama? – Chamou. – Você já está dormindo?

– Ainda não, Yuuki. Por quê? – Perguntou ele. Yuuki não soube responder. Simplesmente se virou em direção ao rosto dele, os olhos do irmão estavam abertos e mergulharam nos da pequena. Fitavam-se silenciosamente. E então Yuuki começou a fazer algo sem ter consciência de que estava realmente o fazendo.

Aproximou o rosto do irmão e venceu a distância entre os lábios dos dois. Eles deram o primeiro beijo. E mesmo sendo com a Yuuki de apenas três anos, não poderia se chamar “prematuro”.

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Presente

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Kaname puxou-a para perto de si, mas o fez com mais força que o necessário - mal sabia ela, mas ele o fizera propositalmente.

Com Kaname sentado sobre a cama, Yuuki se desequilibrou e caiu em seu colo. Se antes estava vermelha agora possuía bochechas da cor do fogo e ia saindo imediatamente dali, quando ele segurou seus ombros a impedindo.

– K-kaname? – Murmurou nos poucos segundos que teve, até seus lábios serem tomados. Sentiu os lábios macios do vampiro sobre os dela. Primeiro não esboçou reação alguma, mas logo fechou os olhos e abriu levemente os lábios dando passagem à língua que já pressionava-se contra eles com delicadeza.

Os dois se beijaram.

Intensamente e mesmo desesperadamente, aqueles lábios se encontraram mais uma vez, após tanto tempo. Mas dessa vez era diferente... Yuuki não sabia por que mais sentia que iria explodir, estava sentindo um enorme desespero vindo do âmago de seu ser, como se aquele vampiro à sua frente pudesse desaparecer a qualquer momento. Ela colocou as mãos nos cabelos de Kaname fazendo o beijo se aprofundar. Ele também pegou os cabelos da irmã, beijando-a com mais dedicação. Então se separou do beijo, levando os lábios ao pescoço da menina. Pressionou os lábios com delicadeza na pele alva e deu pequenos beijos por sua extensão... ele queria o sangue dela. O cheiro de seu sangue tão puro, feito sob medida para sua sede.

Porém não podia.

Simplesmente devia - e iria - se controlar.

Ele apenas beijou a pele macia.

Passou a mão pelas costas magras, trazendo-a mais para si. Yuuki sentou-se sobre seu colo, as duas pernas unidas no mesmo lado.

Kaname deslizou a mão pela roupa da menina, tirando dela o casaco preto que compunha o uniforme e revelando a pele de seu ombro. Yuuki olhou para ele, assustada.

Mas seu salvador apenas encarou seus olhos da forma que parecia vasculhar sua alma e deixá-la a deriva em um outro universo. Aquele mesmo sentimento que ele lhe provocava apareceu. Dominou-a. E as palavras vieram como uma música intensa e sedutora.

– Você quer que isso aconteça, Yuuki?

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Anos atrás

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Os dois se separam do beijo sem língua, sem maldade, sem luxuria. E os olhos prenderam-se um ao outro.

– Eu te amo, Onii-sama. – Ela confessou com um sorriso envergonhado brincando no canto de seus lábios. Kaname apenas sorriu.

– Eu sei, Nee-chan. – Ele disse e então beijou a testa de sua irmãzinha. – Eu também amo você. Mais do que você sequer possa sonhar um dia.

Yuuki deu mais um riso baixinho e abraçou o irmão com força. Eles nunca iriam se separar. Nem em mil vidas...

Nunca.

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Presente

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Yuuki não respondeu à sua pergunta. Mas disse algo que mudaria tudo dali pra frente.

– Kaname-senpai... beba meu sangue. E-eu sei que você o deseja. – Disse ela. Essa frase pegou o vampiro de surpresa. Piscou algumas vezes e sentiu os dentes aumentando só com a simples menção daquilo. Não, ele não podia fazer isso, era ainda muito cedo para ela.

– Eu não desejo meramente seu sangue, Yuuki. Há algo que me diferencia dos tantos outros vampiros que desejam seu doce sangue... Esse é apenas um dos meus muitos desejos em relação a você. – Confessou com a voz rouca. Beijou a bochecha da menina, próximo à sua mandíbula. – Chega a ser... insignificante.

Uma das mãos de Kaname, a que passeava por seu corpo, tocou sem querer um dos seios da menina. Ele se arrependeu de tê-lo feito imediatamente, sentindo-se desrespeitoso. Mas, esse leve toque, a fez suspirar. O fato o surpreendeu. Kaname sorriu.

– Perguntarei novamente. Você quer que isso aconteça, Yuuki? – Repetiu o vampiro. – Eu sei que sua alma também me deseja. – Pousou a mão em seus cabelos castanhos e roçou o dedo indicador por sua pele.

– A que se refere? – Perguntou ela, olhando para qualquer outro canto que não fosse seus orbes castanhos.

– Pergunto se quer ser minha, Yuuki... – Yuuki já é minha. Mas eu preciso saber se é o que sua alma deseja mais que qualquer outra coisa... Assim como em nossa infância.

– K-kaname-senpai, eu... – Ela abaixou o olhar, parecendo confusa sobre aquilo. De repente Yuuki via o que estava fazendo. Estava sobre as coxas do mais importante Sangue Puro e acabara de beijá-lo. Como ousara fazer algo assim?

Yuuki saltou de seu colo, surpreendendo-o. Ele observou-a esconder o ombro desnudo mais uma vez e os orbes avelã que ele tão bem conhecia, não encararam os seus. Ela fitou o chão, parecendo envergonhadíssima.

– Desculpe-me por tudo, Kaname-sama. – Disse ela com a voz alta e formal. Ergueu o rosto e lhe sorriu, alegre e animada com sempre. – Se estiver se sentindo melhor acho melhor que vá as aulas, eu realmente preciso vigiar a escola, já que não sei onde Zero está, então vou me retirar.

Kaname ouviu passos no corredor. E reconheceu o ritmo daquele andar. Aquele andar que tanto odiava, mas que de tanto lhe era útil. Em verdade, não se referia ao andar, mas a pessoa que o pertencia.

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Anos atrás

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Kaname se separou do abraço de Yuuki e olhou a pequena com um enorme sorriso.

– Nós iremos nos casar, sabia? – Disse com a voz suave. Ela não ainda não sabia. E pareceu explodir de alegria.

– Está falando sério, Onii-sama? – Perguntou hesitante. Ele fez que sim com um sorriso. E os olhos grandes da pequena brilharam. Soltou mais uma risada infantil e graciosa. – Quando vai acontecer? Eu quero crescer logo! Eu te amo, Onii-sama, eu te amo mais do qualquer coisa! – Ela festejou dando beijos no rosto do irmão. Ele riu relaxadamente ouvindo aquela frase na entonação que somente ela conseguia fazer...

E eles realmente se casariam.

Ele tinha toda a certeza.

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Presente

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– Espere, apenas um segundo. – Kaname disse antes de se levantar. Aproximou-se levemente da menina que o encarava curiosa para o que faria. Viu os cabelos brancos à sua porta e então sorriu para ela, fingindo achar que apenas a menina estava em sua companhia. Acariciou seus cabelos. – Não se esqueça dessa noite, Yuuki. – Sussurrou.

Fechou os olhos e passou a mão pela cintura fina. Beijou os lábios assustados e despreparados. E ao ver aquilo Zero não pode evitar se irar, cerrar os punhos. Aquele monstro, pondo as garras nela.

Estava prestes a intervir, quando o Sangue Puro a soltou. Os olhos fugiram para os orbes lilás, ameaçadores. E Yuuki seguiu o rumo dos olhos castanhos dele...

Por que Zero estava ali? Ele os vira?!

Mas não ouve tempo para nada, pois logo Zero se retirou dali, as pressas, com os passos firmes. Yuuki se virou para Kaname afoita.

– E-eu tenho que ir! – Afirmou parecendo angustiada. E foi correndo atrás daquele desprezível caçador.

Kaname estava sozinho novamente, mas não chegava a se importar com isso. Encarou os móveis nobres com o olhar cortante, os pensamentos altos em uma certeza inebriante.

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Anos atrás / Presente

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Yuuki era sua.

Para sempre.


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Notas finais do capítulo

E então? .-. kkk
Espero não ter distorcido a personalidade de ninguém de uma forma grave demais. U_U E espero não ter feito nada errado. e_e
Digam-me a opinião de vocês e sejam CRUÉIS. Eu preciso receber xingamentos nessa para que melhore na próximo one que vou fazer de VK, uma ZeroxYuuki, que será meio especial e.e (eu falo como se alguém fosse ler kkk)
Espero que tem gostado, lindjos! *--------* (mas se não gostaram, podem me esculachar e tal, eu também achei meio non sense t-t)
Kissus no Kokoro ♥