Anas Story escrita por Chibi-chan


Capítulo 1
Capítulo 1




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- David, acorda. – escutei alguém me chamando. - Você vai se atrasar. – abri meus olhos, e encontrei minha mãe sentada na beirada da minha cama.


- Mãe... – murmurei coçando os olhos. – que horas são? – perguntei sentando na cama.


- Sete e meia. – levantou-se da cama. – Vá tomar banho. Vou acordar a Julie e preparar o café. – saiu do quarto, me deixando sizinho, encarando a porta, que ela havia fechado.


 


Destampei-me e levantei-me da cama. Fui até o roupeiro, peguei uma skinny, uma blusa branca e minha boxer preta.


 


Fui para o banheiro, e abri o registro. Enquanto a água esquentava, tirei minha balança digital de dentro do armário, e a coloquei no chão. Subi na balança, e esperei mostrar o peso, com os olhos fechados. Detesto esse suspense de númerozinhos mudando.


 


- Cinqüenta e oito... – murmurei irritado, ao olhar para os números. – Merda! Porque não emagreço?


 


Toquei a balança dentro do armário, e entrei no chuveiro.


 


Deixei a água caindo sobre meu corpo obeso. Ainda não acredito que emagreci só três quilos. Estava comendo maçã há uma semana. Já deveria estar fazendo efeito, não?


 


Terminei o banho e me enrolei na toalha, indo para o quarto trocar de roupa. Vesti-me e liguei o secador. Meu cabelo estava horrível. Não ia sair de casa sem fazer minha chapinha. Falando nela... Onde diabos ela está?


 


Fui até meu armário, e o revirei, literalmente, mas nada da chapinha.


 


Fui até o quarto da minha mãe, ver se ela havia visto, mas não a encontrei no quarto. Tudo se perde nessa casa. 


 


Desci até a cozinha, talvez ela esteja fazendo o café da Julie.


 


- Mãe... – a chamei ao passar pela porta da cozinha. – você viu minha... Chapinha? Mas o que diabos você pensa que está fazendo? – perguntei aos berros.  A mesa estava repleta de comidas deliciosas. Comidas, que se eu não mantiver longe de mim, vai me fazer engordar vinte quilos.


- Para de gritar! – ela falou me olhando com o cenho franzido. – Estou fazendo seu café da manhã. Não foi isso que eu disse que ia fazer? – perguntou colocando a mão na cintura. – Você está tão magrinho, querido... - começou.


- Mas será que você não enxerga? – Gritei novamente, a fazendo fechar a cara.- Mãe. Eu estou enorme! – apontei para minha barriga, a fazendo gargalhar.


- O que você queria, David? – perguntou mudando o assunto. Que você parasse de querer me enfiar comida goela abaixo!


- Saber se você viu minha chapinha... - falei crispando a boca.


- A Julie pegou emprestada. Parece que a dela quebrou quando atirou contra o Jeff. – riu para o nada.


- Que beleza! Ela tenta matar o careca com uma chapinha, e quem se ferra? Eu pra variar! – resmunguei enquanto subia as escadas.


 


Parei na frente da porta do quarto da minha irmã e bati. Nada de Julie aparecer. Girei os olhos, irritado, e olhei para o relógio: oito horas.


 


Abri a porta, e entrei batendo os pés o mais forte que consegui, fazendo o Maximo de barulho possível.


 


Entrei no banheiro, e comecei a procurar minha querida e adorada chapinha. Abri as gavetas, e nada da chapinha. Merda! Eu já estava me atrasando. Onde diabos essa retardada enfiou minha chapinha?


 


Abri a porta do armário, e a vi lá, atirada num canto qualquer, sem nem ao menos uma proteção para não arranhar. Eu vou matar a Julie!


 


A peguei e sai do banheiro, batendo a porta.


 


- O que é isso? – Julie perguntou sentando-se na cama. Olhei pra ela com o meu melhor sorriso falso. – David, o que faz aqui? – perguntou irritada.


- O deixa, Ju... – Jeff murmurou a puxando, a fazendo deitar-se novamente.


- O que o Moby esta fazendo aqui? – perguntei me aproximando da cama.


- Dave... – Jeff olhou para o relógio. – É melhor ir fazer a maldita chapinha... – sentou-se na cama para me encarar. – Ou vai perder o ônibus. - crispei a boca novamente, e sai do quarto, batendo a porta atrás de mim.


 


Corri para o meu quarto, e liguei a prancha na tomada. Esperei a porcariazinha esquentar, e alisei meu cabelo o mais rápido que consegui. Desliguei a chapinha da tomada, peguei minha mochila, e desci.


 


- Tchau mãe. – falei beijando seu rosto.


- Senta e come! – ordenou me segurando pelo braço.


- Mas... Mas mãe... – meus olhos estavam, arregalados. Ela não pode me fazer comer. – Mãe... Vou me atrasar. – falei indicando o relógio.


- O Jeff vai te dar uma carona. – falou sorridente. - Agora senta e come! – fechou o sorriso, me empurrando até a cadeira mais próxima.


- Mas... Mãe... – miei – Sabe que não consigo comer pela manhã.- a olhei suplicante.


- Não perguntei!- falou pegando um pedaço de pão, e passando uma geléia qualquer.- Amanhã não vou poder fazer café para você. Então estou aproveitando hoje. – sorriu me entregando o pão. Suspirei fundo aceitando o pão, fazendo uma careta. – Amanhã começo a trabalhar, e não vou ter tempo nem para respirar. – sentou-se ao meu lado.


- É mesmo! – respirei aliviado. Ela não vai mais brincar de mestre cuca a partir de amanhã. Eu poderia saltitar pela casa... Se isso não fosse muito gay.


 


Depois que eu comi o pão e mais um pedaço – enorme – de bolo de chocolate, Julie e Jeff apareceram na cozinha.


 


- Ué? – o careca me encarou surpreso. – Não foi ainda? – perguntou bagunçando meu cabelo.


- Fui. – respondi. – Isso é apenas uma imagem holográfica minha. – falei irônico.


- Fala direito comigo, ô pivete! – deu um tapa na minha nuca.


- Respostas idiotas para perguntas idiotas. – encolhi os ombros.


- Você vai dar carona pra ele. – mamãe falou olhando ameaçadoramente para Jeff.


- Mas mãe... – ele fez uma careta. Detesto quando ele chama a minha mãe de ‘mãe’.


- Eu já falei... – começou a falar aumentando a voz. – Ou vocês se resolvem de uma vez... – ficou em pé. – Ou se separam. – falou guardando os pães. Aleluia! Não tava mais agüentando ver essa comida toda. – Não agüento mais escutar a Julie aos prantos porque terminaram o namoro, para no outro dia te achar no quarto dela.


- Mas mãe... – Jeff miou. – ela que não quer casar comigo. - falou apontando para Julie, que fez uma careta.


- Com licença. – ergui uma mão, fazendo os três me encarar. – Vou me atrasar.


- Isso! – Julie exclamou. – Vamos logo, ou o Dave se atrasa. - começou a empurrar o namorado até a porta. – Vamos logo Dave! - gritou.


 


Dei um beijo no rosto da minha mãe, e sai.


 


 


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Notas finais do capítulo

Já postei essa fic no Orkut, mas como eu gosto taanto deela, resolvi postar aqui tbm /õ/



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