O Feiticeiro Parte III - O Medalhão de Mu escrita por André Tornado


Capítulo 13
II.4 O combate interminável.




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O santuário tinha-se desmoronado e combatiam, por fim, no exterior. Era o seu desejo, desde o início, mas Julep estava irritado. Nada que pudesse ter sido evitado, pois o combate crispara-se.

Aquilo durava havia largos minutos.

Vegeta recuperava o fôlego a ver o demónio a cambalear, os olhos ainda vazios de vida. Esperava e não podia fazer mais nada que não fosse esperar, enquanto observava o fenómeno pela sexta vez. Os tecidos abdominais reconstruíam-se, o sangue estancava, a ferida fechava e o demónio renascia.

Demasiados minutos, estava a ficar cansado do jogo. Combatia contra o demónio imortal, Kakaroto, que também tinha começado a combater com o outro demónio imortal, envolvia-se agora em explosões com Keilo. A chegada do saiya-jin de Zephir não lhe tinha passado despercebida.

O sorriso presunçoso de Julep captou-lhe a atenção.

- Continuamos, Vegeta?

Odiava aquele demónio que sucumbia sob o seu poder, que se renovava após cada golpe fatal. Desgastava-o e roubava-lhe discernimento, o que poderia tornar-se problemático. Vegeta reuniu energia, arrancando lajes do pátio onde lutavam, rachando e derrubando colunas.

- Não te cansas, saiya-jin?

- Já te tinha dito. Não me importo de te matar cem vezes.

- Está bem. Eu também estou a gostar de lutar contigo. Estou a aprender os vossos truques. Irei precisar deles quando me enfrentar a Keilo.

Vegeta sorriu.

- Hum… Pensei que os guerreiros de Zephir combatiam todos do mesmo lado.

- Oh, claro que o fazemos. Mas depois de o Universo pertencer a Zephir, quando eliminarmos a concorrência, vamos ter de nos divertir uns com os outros.

- Humpf! Primeiro, terás efetivamente de eliminar a concorrência.

O príncipe atacou, Julep pulou para esquivar o ataque. Durante a subida, disparou um raio esverdeado com as mãos. Vegeta pulou atrás do adversário, o raio abriu uma cratera no pátio, espalhando pedra e areia. No mesmo impulso que o levava a vencer a gravidade, acertou no demónio com um pontapé nas costelas, fazendo-o girar como um pião. Tentou um murro, mas Julep levantou um braço e defendeu-se.

Vegeta recuou rapidamente, ganhou espaço. Lançou uma saraivada de esferas de energia que rebentaram sobre o demónio que desapareceu numa nuvem de fumo espesso. Baixou os braços, cansado. A roupa que vestira para o passeio pela cidade, nada apropriada para combater, estava desfeita. Vegeta arrancou os farrapos da camisa rasgada.

A nuvem de fumo dissipou-se devagar. Vegeta focou o olhar e, de repente, ficou tenso. Julep não estava ali.

Voltou-se rapidamente, cruzou os braços sobre a cara e defendeu o murro do demónio. Defendeu um segundo, um terceiro, um quarto murro. Estava a ser sovado ininterruptamente, a ser empurrado pelo ar, lentamente mas com persistência, perdia energia. Arriscou baixar a defesa, como esperado sentiu o impacto doloroso do punho do demónio no maxilar inferior. Cuspiu sangue, mas conseguira distância. Disparou um raio, que Julep afastou com uma palmada. A reação que pretendia. Rápido como um raio, colou-se ao demónio e desferiu-lhe uma cabeçada. Viu-o cair às cambalhotas e afundar-se, por fim, nas margens do lago.

Não o tinha matado pela sétima vez, contudo. O príncipe baixou até ao solo. Estendeu um braço, preparava um ataque energético poderoso. Iria desfazê-lo em moléculas, pensou irritado.

Cerrou os dentes, o ki a subir como mercúrio num termómetro a medir uma temperatura excessivamente alta.

Nisto, um tremor de terra gigante abalou o planeta.

Vegeta engoliu em seco.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:
A lenda.



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