Os Mistérios Do Amor escrita por Evelyze Nunez


Capítulo 9
Minha Prova de Amor


Notas iniciais do capítulo

Eu queria primeiramente agradecer pelos comentários à Fic!!! *-* Eu sei que tenho os leitores mais maravilhosos desse mundo... u.u que não poupam elogios a história, o que me deixa tão feliz que me incentiva a trazer os capítulos logo... XD Obrigada à todos!!! *-*
E agora vamos ao que interessa.. u.u - Boa leitura! ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/324941/chapter/9

Era o último dia de Afrodite em Nova York, ele estava inseguro e confessava estar triste. Não queria ir e deixar Alex, não queria se afastar dela, justamente agora que conseguiram se entender. Fora difícil para ele compreendê-la, mas no final conseguira, da pior maneira descobrira o que havia ocorrido a ela, e agora entendia o quanto ela sofrera e o peso que isso acarretara em sua vida, fazendo-a ser como era. Ela aprendera a não confiar em ninguém, aprendera a fechar o coração e se esquivar das pessoas. Tivera sorte, refletia ele, pois de alguma forma amolecera o coração da tão durona Alex...

– Afrodite já está no carro... Pensei que não viria... – Disse Rosembell a Alex. Estavam prontos para irem ao ensaio do modelo.

– Eu pensei a respeito, ele é um idiota e...

– E? – Perguntara seu amigo, mirando-a desconfiado.

– Ah Rosembell! Você entendeu!

– Não... Você não me disse nada.. Como posso entender? – Mas na verdade ele já havia sacado o que estava acontecendo, mas decidira nada falar, até porque conhecia Alex, sabia que era uma pessoa pouco sociável, e se alguém conseguira enfim atingir seu coração, só lhe restava torcer por ela... Conhecia seu passado e sempre desejara que a menina pudesse algum dia ser mais feliz. Eles caminharam pela calçada até alcançarem o carro onde o modelo já aguardava Rosembell.

– Você demorou, Rosembell! – Disse ele ao notar a presença do mesmo, mas sorrira ao ver Alex.

– Ora! Dona braveza veio me ver! Sentiu saudades? – Falara ele saindo do carro e se jogando nos braços de Alex.

– Deus do céu! Onde eu estava com a cabeça?! – Disse ela ao sentir o mesmo a abraçar apertadamente.

– Como onde estava? Estava em mim... – Falou ele bagunçando os cabelos dela. – Rosembell procurava não olhar, já esperava ver “algum beijo”, mas Alex fora esguia e logo se desvencilhou dos braços do loiro.

– Vamos, Afrodite. Ninguém vai esperar sua boa vontade a vida inteira... – Disse ela conduzindo-o ao carro.

– Ok... Mas eu queria um beij...

– Você não queria nada! Agora entra! – Falara ela empurrando-o para dentro. Ele obedecera e nada mais dissera.

Aquele seria um ensaio ao ar livre. Escolheram uma área verde, próximo a um parque.

– Eu não tive tempo de passear por aqui... – Disse o modelo fazendo bico após ver o belo local em que seriam feitas as fotografias.

– Lógico... Preferiu ir naquelas boates imundas... – Alex não estava se sentindo muito bem, algo em seu íntimo não estava muito segura das pessoas ou coisas ao redor.

– Você não me levou para passear... – Disse ele sorrindo a ela, se aproximara e sussurra. - ... Eu queria ter ido a mais lugares só com você. – Falou ele, que lhe dera um beijo na testa. Alex nada dissera. Não sabia ao certo o que dizer, Afrodite era alguém contraditório o suficiente para lhe confundir.

– Algum dia, talvez... – Respondeu ela sorrindo de volta timidamente. Ele a achava muito bela, ainda mais quando estava embaraçada.

– Ohhh... Estou atrapalhando alguma coisa? – Dissera o agente da campanha.

– Ah não! De jeito nenhum! Ele é todo seu! – Alex o empurrada gentilmente com as mãos. Não tinha muita certeza se queria Afrodite por perto, ou o mais longe possível. Vigiá-lo já era o bastante, como havia feito durante aquele mês. Se perguntava se agira certo tendo-o beijado. Talvez porque as palavras do modelo a atingiram em cheio.. Mas não podia negar que gostava de Afrodite, talvez estivesse gostando mais do que gostaria. Odiava se apegar aos outros, no fim todos partiam de qualquer maneira, e ela acabava ficando para trás... Como sempre acontecia...

Afrodite não modelava com roupas femininas, ao contrário, estava com roupas puramente masculinas, do tipo social esporte e que caia muito bem no rapaz. Ela se sentou na grama, vendo-o posar para as câmeras. Era engraçado, mas quando ele queria, encarnava um lindo homem, bem diferente do moleque fresco que ela já estava acostumada.

– Admirando minha beleza? – Disse ele se aproximando dela, após alguns minutos e várias fotos. Iria trocar as roupas em um provador, improvisado pela equipe, ali perto.

– Eu estava. Você é realmente muito bonito. – Afrodite arqueara as sobrancelhas, esperava ouvir uma patada daquelas bem grandes, mas não fora isso que ocorrera afinal.

– Nossa... Agora fiquei curioso... – Ele se sentara ao seu lado.

– Você tem que trocar de roupa, Afrodite... – Balbuciara ela, mirando as folhas balançarem acima de ambos, com a brisa refrescante que soprava naquela manhã.

– Ah... Eu quero ficar com você. – Disse. O coração de Alex disparara. Estavam bem afastados dos demais.

– E não ficamos aguentando um ao outro nos últimos trinta dias? – Falara. A verdade é que não queria ser tão grossa, mas já estava acostumada a ser assim.

– Pra mim não foi um tormento... Se bem que você é uma pessoa beeem difícil! – Ela sorriu.

– Sério? E acha que você é um doce?

– É justamente por isso! Apesar de sermos diferentes, somos idênticos! – Ela gargalhara com a afirmação.

– Ahh Afrodite.. Só você pra dizer algo assim...

– É verdade.. Agora vem me ver trocar de peças! – Ele a puxara pelas mãos, levantando-a por livre espontânea pressão.

– Ah céus... – Ela o acompanhara. As pessoas iam passando as roupas a ele, eram combinações perfeitas, e caíam maravilhosamente bem em Afrodite.

Ele não era como os típicos modelos “só couro e osso”, muito pelo contrário, seu corpo era uma mistura andrógina que não o deixava ser nem muito masculino, nem muito feminino, equilibrado dos pés à cabeça. Era perfeitamente delineado, sem contar que ganhara um pouquinho de mais forma depois dos treinos sucessivos. Estava bem diferente de quando o conhecera.

– Alex! Será que podia me ajudar a colocar esta roupa...? – Ele trazia nas mãos um conjunto com suspensório. Lembrava-lhe um estilo retrô.

– Você tem duas mãos... – Disse ela.

– Ah Alex!

– Ajudamos você, Afrodite... – Um ajudante se adiantara.

– Não, não querido... Eu quero essa garota aqui... – Falou sorrindo, puxando-a. Alex fizera cara de poucos amigos a ele.

– Por favor...? – Pedira Afrodite.

– Tá! – Ela fora com ele ao provador.

– Eu só queria ficar sozinho com você... – Disse a ela.

– É? Troca logo isso! – Ele rira e tirara as roupas sem cerimônia alguma, como era de seu costume. – Acho que de todas as roupas que você vestiu, essa coleção foi uma das que mais lhe caiu bem... – Comentara ela, enquanto ele se vestia com o conjunto.

– Uau! Hoje você deu para me elogiar! Será que vai nevar?

– Engraçadinho... – Disse ela. – Você fica bem em roupas masculinas também... é só isso...

– Ah... Entendo... Não quer ter a impressão de beijar uma mulher, não é isso? – Ela o olhou corando. Não queria que alguém soubesse que estava tendo um possível “rolo” com ele.

– Não é esse o problema, se eu me apaixonasse por uma mulher pra mim não iria fazer diferença... – Falou tranquilamente, dando de ombros.

– Sério? E você diz isso com tanta naturalidade?

– Oras, Afrodite! O que teria de errado? Você mesmo já não se interessou por homens?

– Sim eu já me “interessei” quando era mais novo, mas nunca me envolvi com nenhum... – Essa a pegara de surpresa, jurava que Afrodite com toda a certeza do mundo, já se envolvera, não só com um, mas com vários homens.

– Está falando a verdade? – Perguntou o encarando para ver se detectava uma possível mentira.

– Estou... Não tem porque mentir pra você... – Disse a encarando nos olhos. – Sei o que está pensando... – Falou ele.

– É? E o que estou pensando? – Disse ela semi cerrando os olhos. Ele se aproximara apoiando as mãos nos joelhos para ficar a altura dela. Aceitara o desafio de encará-la sem piscar.

– Está tentando ver se minhas pupilas dilatam... Técnica de interrogatórios... Eu manjo das coisas, Alê... Já vi muito filme policial... – Ela tivera que rir, quebrando literalmente o gelo da situação. E ele achara graça, e sem que ela esperasse, o loiro pousara as mãos em seus cabelos, trazendo-a mais para si, roçara delicadamente seus lábios aos dela. Um arrepio perpassara toda a extensão da espinha de Alex. Ela pensara em fugir, mas desistira. Acabara cedendo ao beijo sem raciocinar direito. Suas preocupações de “alguém poderá estar olhando” sumia a cada segundo que sentia mais profundamente os lábios quentes, e sem gloss!, do modelo. Ele se afastara em fim, mirando os arregalados olhos castanhos a frente de si.

– Você... é linda. – Disse lhe dando um rápido selinho, e se afastando para terminar de se vestir. Alex permanecia da mesma forma. Não sabia muito bem como reagir a investidas, preferia ela tomar a frente, mesmo que tenha pouca experiência no que quer que fosse.

Fora uma manhã divertida, talvez umas das poucas vezes em que Alex fora com Afrodite em um ensaio, e gostara. Mais tarde os três, Rosembell, Alex e Afrodite, almoçaram em um restaurante, como costumavam fazer. Após o almoço, tomaram um belo sorvete de sobremesa.

– Quer dar uma passeada perto do Hudson, Afrodite? – O modelo sorrira concordando quase que imediatamente. Afrodite se perdia vendo aquela parte da cidade, era realmente um belo local. Caminhavam próximo a Lower - Manhattan, admirando o encontro das águas. Alex mirou o mar, e por um segundo se perdera vendo aquele belo começo de entardecer, lembrou-se de Afrodite lhe dizendo que gostaria de passear com ela a sós. Sorriu inconscientemente, não se esquecendo que dentro de algumas horas o modelo partiria.

– Do que está rindo? – Perguntou Afrodite. Alex o olhara, encostando os braços no longo corrimão. Ele fizera o mesmo se aproximando.

– Nada importante...

– Será? – Ela riu do tom indagador usado por ele. Rosembell se afastara para comprar algodão doce.

– Não é nada realmente... Você irá que horas? – Perguntara ela mudando de assunto.

– Comprei a passagem para o começo da noite. Você irá se despedir de mim?

– Quem sabe... – Falou ela séria. - Não sei o que pode acorrer no segundo seguinte... Não sou de fazer planos.

– Certo... Você é sempre você no fim das contas...

– O que quer dizer? – Ela o mirou. Afrodite por outro lado, olhava o mar. Estava sério, o que era bem anormal.

– Fico feliz, por você ser como é... É uma garota surpreendente.

– Oras... Eu não sou mais uma garota... – Ele a mirou enfim, sorrindo.

– É verdade... É uma mulher surpreendente. – Ela sorrira.

– Agora sim... Ao contrário de você, que é ainda um garoto... – Ele riu bagunçando os cabelos dela.

– Não estou a fim de discutir...

– E nem deve... Eu sou mais velha que você, esqueceu?

– E é verdade! Com essa cara de adolescente, você engana qualquer um! – Ambos riram da conversa besta.

– Olha o algodão doce! – Rosembell chegara sorridente com três enormes algodões doces nas mãos. No mesmo momento, uma garotinha se aproximara correndo, carregava nas mãos um balão de gás colorido, porém o mesmo escapara a frente dos olhos de Alex, que correra para apanhar o balão.

– Opa! Aqui está... – Disse ela entregando o brinquedo à pequena menina que sorrira. Afrodite que mirava a cena, sentira um arrepio anormal na espinha. No mesmo instante algo se mexera nos arbustos atrás de si. Poderia dizer que via a cena se entrelaçar a sua frente em câmera lenta.

Alex! – Ela ouvira Afrodite gritar seu nome, e no segundo seguinte o mesmo a agarrara pela cintura girando seu corpo para o outro lado, protegendo-a com o próprio. Ela não pode pensar muito. Reconheceria o curto som de uma silenciadora a quilômetros de distância, principalmente quando a mesma atingia seu alvo.

– Afrodite! – Gritara ela após ver a roupa branca do modelo, próximo a parte posterior do braço, se tingir de vermelho a cada segundo. – Não...!

– Eu... te protegi... afinal... – Disse ele, sorrindo à ela. – Ela o deitou automaticamente, o desespero tomando conta de seu peito. Rosembell à essa altura, jogara os algodões doces em algum canto e correra para ajudar Afrodite. Alex levantou o rosto na direção do tiro. Ela vira. Alguém havia estado entre os arbustos, pouco enxergara antes que ele corresse, mas pode notar, ele usava um capuz.

– Rosembell, cuide dele! – Disse ela, que no mesmo instante correra como nunca, pulando bancos, se desvencilhando das pessoas no caminho. Não ia se perdoar se algo acontecesse a Afrodite. Era sua segurança, como pode deixar que algo assim ocorresse? Pensava ela enquanto corria como louca pela rua. Até que avistara enfim a pessoa que estava procurando. Era um homem de boa estatura, usava casaco preto com o capuz erguido. Corria como ela pelas ruas. Ela apertara o passo. Podia jurar que conhecia todas as ruas de Nova York, seja em Manhattan, Brooklin... o que fosse! Cada beco, cada local. Ela desviara do caminho, cortando em uma ruazinha unilateral. Eles correram paralelamente por alguns segundos. Até que o homem parou em fim, olhava para todos os lados, como uma presa assustada. Porém escolhera justamente o beco em que Alex estava para correr.

Te peguei Pensou Alex. O ódio subindo-lhe a mente a cada pulsar de seus pulmões, a imagem de Afrodite ensanguentado latejando em sua cabeça. Ele virou à rua, e sem que previsse, Alex esticara o pé, derrubando-o com tudo ao chão. Ele estava com a arma nas mãos, usava uma máscara preta, que tampava parcialmente seu rosto.

– Desgraçado! Eu vou acabar com você! – Gritara ela. Ele porém mirou e atirou, mas jamais acertaria Alex com aquela pontaria estremecida por suas mãos nervosas. Alex rira ironicamente daquilo. E quando ele tentara atirar novamente, ela girara o corpo no ar, chutando as mãos do homem, num movimento perfeito, que desarmara-o na mesma hora. Ela avançara sobre ele, que se levantara, porém a estatura de Alex a ajudava muito, e ela pode mirar um chute certeiro no meio de suas pernas. O homem gemera e caíra de joelhos. Então ela avançara uma vez mais, desta vez não tivera pena, chutara-o acertando-lhe a boca do estômago, o que fora suficiente para fazê-lo perder o ar. Ela esticara uma das mãos erguendo de uma só vez sua máscara. Seus olhos se arregalaram.

– Adrian?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reta final, Minna! o/ Estamos próximos do fim... =/ E eu já estou com saudades.. É sempre assim.. ç_ç
Vejo vocês no penúltimo capítulo!
Até lá! o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Mistérios Do Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.