O Amor Acima De Tudo escrita por ana_christie


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Surpresa!
mais um capítulo!
Espero que gostem!



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Edward Raymonds, o espião que baleara Hannah, conseguiu fugir da cadeia. Para isso matou dois carcereiros, um policial e um detento com uma arma que conseguiu com sua esposa, Jane Raymonds. Tinha apenas algo em mente: vingar-se de Richard.

Através de pesquisa feita por debaixo dos panos, ele descobriu que Caroline era filha de Richard e da mulher por cuja culpa fora mandado para a cadeia. Armou, então, um plano terrível. Para pô-lo em prática, conseguiu com seu “patrão”, Mark Travis, dinheiro, um carro e armas.

***

Caroline estava brincando no jardim do prédio em que morava, acompanhado por Margareth. Edward, que era um espião inteligente e cheio de subterfúgios, conseguiu entrar, fazendo o porteiro do prédio e o segurança desmaiarem. Para sorte do maldito, Caroline estava desprotegida e era um alvo fácil naquele jardim. Ele veio por trás dela e de sua babá e bateu com toda a força a coronha da pistola na cabeça de Margareth, que desmaiou.

— Vovó Margareth!

A menina não pôde, no entanto, fazer nada. Edward lhe tapou o nariz e a boca com um lenço embebido com clorofórmio, fazendo-a desmaiar.

Hannah, que tinha ido comprar pão e leite, voltou ao prédio. Quando entrou, foi até o jardim, chamar Margareth e Caroline. Foi quando viu a senhora desmaiada. Deixou as sacolas caírem no chão e correu até ela.

— Margareth! Margareth, acorde!

Borrifou o rosto dela com água da fonte do jardim e Margareth conseguiu acordar, zonza, pálida e sentindo muita dor na cabeça. Sangue escorria por entre os cabelos grisalhos e havia um grande “galo” no lugar da pancada.

— Hannah? O que houve?

— Eu não sei! Encontrei você aqui, desmaiada!

— Minha cabeça está doendo...

— Também pudera, você está com um grande machucado na cabeça. Não se lembra do que houve?

— Não... Eu estava brincando com Caroline e, de repente, senti uma forte dor e tudo escureceu... Caroline! Onde ela está?!

— Não sei! Ela não estava aqui quando cheguei!

— Meu Deus! Temos que procurá-la!

— Você fica aí! Está muito mal! Mal vai conseguir se sustentar em pé!

Hannah procurou sua filhinha por todo o prédio, mas não a encontrou. Estava num estado tão catatônico que não conseguiu fazer mais nada, nem mesmo chorar. Ficou sentada num banco do jardim, sem pensar em nada, sem se mover, em estado de choque.

Na Austin Security, Richard recebeu a notícia da fuga de Edward Raymonds. Achou melhor ir até o apartamento de Hannah para deixá-la em alerta. Mal sabia ele que nada mais adiantava ser feito.

Encontrou-a no jardim, paralisada, muda, mais parecendo uma estátua. Ajoelhou-se na frente dela.

— Oi, Hannah. O que houve? Você está estranha... Bem, vim avisar que Edward Raymonds fugiu da cadeia. Você precisa ter cuidado. Acho que ele está atrás de uma represália. Vai querer se vingar de nós.

— É tarde demais, Richard — ela disse com voz apática.

— O que quer dizer com isso?

Só nesse momento ele viu Margareth sentada um pouco mais longe, com a cabeça ensanguentada e muitas lágrimas banhando as faces.

— Margareth, o que fizeram a você, por Deus?!

Só nesse instante ele fez a conexão com Caroline, pois a garotinha sempre estava junto com a babá, e agora notava sua ausência.

— Onde está Caroline, Hannah?

— Eu não sei.

— Como assim não sabe?!

— Simplesmente não sei. Só sei que ela não está em parte alguma do prédio.

— E você diz isso com essa calma?!

— A dor que sinto é muito forte. Lágrimas e gritos são para emoções passageiras e pouco profundas. Meu coração está sangrando, e chorar não revela nada do meu sofrimento.

Richard a abraçou.

— Precisa chorar, Hannah, se não vai enlouquecer. Você precisa desabafar.

Hannah apoiou a cabeça no ombro dele. Uma lágrima solitária, triste, amarga desceu pelo seu rosto. De repente ela começou a chorar desesperadamente. Seus soluços eram dolorosos, irrompiam do âmago de seu ser. Lágrimas contidas brilharam também nos olhos de Richard, que também sentia uma dor dilacerante. Após um tempo, os soluços dela diminuíram.

— Querida, temos que ir à polícia dar queixa do desaparecimento. Eles não vão seguir o procedimento padrão de espera de quarenta horas, pois além de Caroline ser uma criança, há Edward Raymonds a considerar.

Levaram Margareth a um hospital e foram à polícia, dar queixa do desaparecimento e suposto sequestro. Alguns policiais e detetives foram designados para o caso deles. Esses policiais grampearam os telefones de Richard e Hannah e ficaram à espera que Edward entrasse em contato.

Só após três dias Edward se comunicou.

— Olá, Howzard. Tenho algo muito precioso para você comigo.

— Quero falar com minha filha, Raymonds!

— Não acha que está muito exaltado para alguém em desvantagem?

Os policiais sussurraram para Richard que se acalmasse e mantivesse Edward na linha, para tentar rastrear o telefone dele.

— Desculpe-me — Richard praticamente cuspiu a palavra. — O que você quer?

— Hummm... bem melhor... Respeito. Sua filha é preciosa para você, não é?

— Mais do que tudo na vida.

— Mais até que a Austin Security e seus inovadores chips de segurança?

— Por Deus, sim! Muito mais! As coisas materiais não valem a vida de minha filha! Diga logo o que quer, Raymonds! — ele gritou, embora estivesse certo do que Edward queria. Os benditos chips.

— Quero todos os dez protótipos do chip. Nada mais, nada menos.

— E os terá. Mas quero ter certeza de que minha filha está bem.

— OK, mas ela vai falar com a mãe, não com você. Esta pirralha está me deixando louco com seus pedidos e lamúrias, e só pede pela mãe. A Scharf está aí?

— Está, é claro. Não saímos de perto do telefone, esperando por sua ligação.

— Então a ponha na linha.

Richard, uma expressão de sofrimento no rosto, entregou o telefone a Hannah, que o pegou apressadamente.

— Caroline?! Como você está?! Você está bem? Está machucada?!

— Mamãe! — a voz dela veio estridente. — Não “tô” machucada, não... Mamãe, eu quero ir para casa... — ela choramingou.

— Você vai vir, filhinha! Eu e o papai faremos de tudo para te trazer de volta!

— Estou com medo, mamãe, não quero mais ficar perto do homem bravo!

— Não precisa ficar com medo, minha linda... Papai do Céu vai estar com você! Reze para o seu anjinho da guarda, como a mamãe ensinou!

— Está bem, mamãe... Amo você...

Ela sorriu em meio às lágrimas.

— Mamãe também te ama...

De repente Caroline saiu da linha.

— Caroline?!

— Passe para Howzard, Scharf — disse a voz fria, seca e arrastada de Edward.

Ela se descontrolou.

— Eu quero meu bebê! Me devolva minha filha, Raymonds!

— Se você não passar agora para Howzard, vou desligar o telefone, sua vadia!

Hannah não teve remédio. Passou o telefone para Richard.

— Howzard na linha, Raymonds.

— Vou marcar um lugar e um horário para se efetuar a troca, Howzard. Nem adianta tentar rastrear meu telefone, ele não é rastreável.

Os policiais se irritaram. Já vinham desconfiando disso.

— Amanhã você vai receber um envelope pela correspondência no qual vai haver um mapa que indicará o lugar do nosso encontro. Vou esperá-lo com a menina amanhã às dez horas da noite. Traga os dez protótipos e venha sozinho. Se eu desconfiar que policiais o acompanhem, sua filha vai sofrer bastante.

Edward desligou. Richard, esgotado, caiu sentado na cadeira. Hannah começou a chorar. Os policiais ouviram toda a conversa de novo e começaram a montar um plano para salvar Caroline e prender Edward.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, pessoal!!! Reviews, por favor!

Bjs

Ana