Melhor Amigo escrita por Fran Carvalho


Capítulo 2
Peeter Louis


Notas iniciais do capítulo

Mais uma aventura de Sabrina Gadine e Welton ;) Espero que gostem.



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- Você é louca, Bina, isso nunca vai dar certo! - gritou Welton, que era puxado pela melhor amiga, no meio de uma multidão de adolescentes histéricas e descontroladas - Não vai conseguir ver, esquece!

A gritaria toda, era por culpa de Peeter Louis, o cantor que virara "moda" e por quem Sabrina era apaixonda. Ele viera ao Brasil pela primeira vez, e o hotel lotara de tietes loucas.

- Claro que vai dar certo e cala a boca - sussurrou Sabrina - Só precisamos de um plano.

Welton revirou os olhos, a raiva crescendo.

- O dia que conseguir entrar aí, eu juro que caminho a avenida toda - bufou - E pelado!

Algumas pessoas em volta riram. Sabrina gargalhou.

- Não faça promessas tolas!Sabe que não as esqueço! - riu.

Welton silenciou, emburrado.

- Ei, ei, ei - gritou um segurança alto e forte, de origem asiática - Aqui é o limite, mocinha.

Ela o olhou de olhos malvados, o que fez o homem rir.

- Pra trás, por favor - pediu.

Haviam quatro seguranças. Esse, que se chamava Lee, pelo seu uniforme. Mais dois homens bem maiores que ele, Pedro e André. E o último, um negro enorme, de óculos escuros e cara de mau.

- Ei, tenho um plano - Sabrina sussurrou com seu melhor sorriso torto e olhar maroto.

Welton virou as costas, fingindo ir embora, e foi puxado pela amiga.

- Quando você faz essa cara, eu sempre me ferro - ele disse.

Ela gargalhou.

- Deixa de ser bobo, vai dar tudo certo.

- Eu sabia que ia sobrar pra mim! - gemeu Welton, vestido com o terno do irmão de Sabrina - Você é doida!

- Vai dar tudo certo, gatinho - ela piscou - Só precisa entrar e me levar junto, ninguém vai desconfiar.

Ele revirou os olhos.

- Ok, vai lá.

Sabrina assobiou para o segurança orientar. Vestia seu top branco e um short jeans rosa desbotado. Todos os seus movimentos eram sedutores.

Lee a olhou, e riu, revirando os olhos. Ele não era burro, nem um pouco.

- Droga - resmungou - Plano B.

Do outro lado da rua, avistou um passante de boné aba reta e bermudão. Atravessou timidamente, deixou que os seguranças se distraíssem com outras tietes e jogou-se sobre o garoto, gritando.

- Sai,  seu idiota, eu não quero nada com você, me larga! - gritou.

Deu certo. Lee atravessou correndo e ameaçou o pobre garoto com o porrete,

- Sai daqui,  seu imbecil.

O garoto correu, confuso.

Sabrina piscou, seduzente.

- Valeu, meu pequeno herói. - e debruçou-se sobre ele, tentando beijá-lo.

Ele distraiu-se, de olhos nos seios fartos da garota. Piscou diversas vezes e balançou a cabeça.

- To de serviço, mocinha - ele explicou - Não posso agora, ok?

Sabrina fez cara de coitada e ele a soltou. Ela o empurrou com raiva,

Assim que o segurança virou as costas, ela deu um sorrisinho. Olhou na direção do melhor amigo, que já estava na sua posição, no lugar de Lee.

Atravessou o caminho do garoto oriental, mordendo o canto do lábio inferior.

- Não tem nem quinze minutos pra mim? - ela falou, sussurrando - Por favor?

Ele riu e afirmou com a cabeça. Ela sorriu, a mão no ombro do garoto.

- Primeira rua a direita - sussurrou ela no ouvido do segurança - É minha casa. Vazia.

Ele assentiu.

- Espero você lá em cinco minutos - ele disse.

- Claro - sorriu ela.

- Um passinho atrás, por favor - gritava o homem de óculos  escuros - Um passo.

Welton estava estre eles, de óculos escuros também. Ele falou "maluca" sem voz. Ela sorriu.

Conforme combinado, Welton entrou e fez sinal aos outros para que deixasse ela entrar. André deu uma piscadela e deu passagem, sem tirar os olhos dos peitos da garota.

- Obrigada - ela disse, os dois sozinhos no elevador.

- Cala a boca - ele riu - Você nem sabe que andar ele tá.

Sabrina revirou os olhos.

- Claro que sei, ele tá na cobertura - falou - Não olha jornal, não?

Ele fez pose, finjindo folhear um livro.

- Não, eu leio jornal, senhorita - e curvou-se, fazendo a amiga rir.

O elevador abriu-se. Havia só uma porta no corredor.

- Fique no elevador e desça - instruiu ela - Qualquer coisa, distrai eles.

Ela bateu na porta, impaciente.

- Não pedi... - Peeter interrompeu sua fala decorada ao deparar com os seios de Sabrina - Pois não, senhorita?

- Ooh, Peeter! - ela falou, emocionada, assim que percebeu que ele usava só toalha, da cintura pra baixo.

Ele se mudificou.

A garota foi entrando no apartamento, atordoando o pobre cantor de dezessete anos.

- Pode me dar um autógrafo aqui? - ela pediu, apontando o seio, ao atirar ele no sofá.

- C-c-claro - ele disse - Mas quem é você?

Ela sorriu, estendendo a mão.

- Sabrina Gadine, a seu dispor.

- Prazer - ele a comprimentou - E o que faz aqui?

Ela riu, sentando ousadamente no colo da garota.

- Aah, claro - ela não viu quando ele apertou discretamente a campainha atrás de si - Você é linda, se me permite dizer.

Ah, eu sei - ela disse, rindo.

E debruçou-se sobre o garoto, tentando beijá-lo. Os lábios se aproximaram de um jeito incrível e os olhos se olharam, um grudado no outro.

E então, as portas se abriram.

- S-senhor - gaguejou Lee, ao ver a cena, confuso - Se estiver incomodando...

Peeter ergueu-se de súbito, obrigando Sabrina a levantar.

- Não está, Lee - disse - Leve essa maluca daqui, por favor.

- Com prazer, senhor.

Sabrina riu para si. Conseguira, não?

- Sabia que ia me ferrar - gemeu Welton, enquanto caminhava pela avenida, completamente sem roupa, conforme prometido.

Sabrina riu. Ela filmava a cena com sua filmadora profissional nova, ganhada de um certo segurança que virara seu fã.

- Foi você quem fez promessas - ela piscou - Eu não as esqueço, lembra?

O barulho de sirene fez os dois se olharem, apavorados.

- Corre! - gritou Sabrina.


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Notas finais do capítulo

Alguma ideia pra próxima aventura?



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