Livro 3: Terra escrita por Dama do Fogo


Capítulo 23
Entre o Bem e o Mal - Parte 8


Notas iniciais do capítulo

Boa Madrugada meu povo!
Bem, como vocês podem perceber, eu não consigo dormir... aqui em SSA são 03:40 da manhã eu ainda estou acordada...
Então decidi trazer para vocês mais esse capítulo e eu realmente espero que gostem...



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– Papai. – falou Zuli chorando.

– Cala a boca. – gritou Honora e fazendo isso, arranhou o pescoço da menina com a lâmina.

– Honora, me escuta. – falou Zuko tentando convencer a filha a desistir. – Eu sei que eu não deveria ter ficado tanto tempo longe de casa, mas entenda, eu não sabia da existência de Zuli até dois meses atrás. Querendo ou não, ela é minha filha também e precisa de mim tanto quanto você.

– O Senhor é um traidor. – falou ela chorosa. – Traiu a mamãe e com certeza irá me trair.

– Eu não entendi. – falou Zuko seriamente.

– Por você amar demais a Mayumi, qualquer coisa que ela lhe pedir o senhor fará.

– O que você está falando?

– Não dê ouvidos a ele, Honora, ele vai fazer você mudar de idéia e sabe o que acontecerá se você deixá-la ir. – falou Azula que ainda permanecia com Mayumi desacordada em seus braços.

– Qual mãe no mundo não quer ter uma filha rainha?

– Você está querendo dizer que eu vou passar o trono para a Zuli, ao invés de você?

– Não é esse o plano? Afinal, eu tive sorte por nascer. – falou ela chorosa. – Não sou dominadora e eu fui um acidente. – ela sorriu sem querer sorrir. – Se a mamãe não tivesse engravidado de mim, o senhor teria se casado com ela? – Zuko engoliu seco.

– Filha...

– Responde a droga da minha pergunta.

– Teria. – falou ele. – Sinceramente Honora, eu não consigo ver minha vida diferente. Eu não consigo ver minha vida sem você, fica um buraco grande demais quando eu penso nisso. – A menina começou a chorar. – Eu não consigo imaginar que se eu não tivesse me casado com a Mai, você não existiria e isso dói demais pensar. Eu jamais daria o trono a outra pessoa que não fosse você. É a minha primeira garota e sempre será.

– Mas ser primogênito, não impediu que o tio Iroh perdesse o trono para o vovô Ozai.

– Meu pai conseguiu o trono por causa de um golpe. – falou Zuko. – Quando meu primo Lu ten morreu, meu tio desmoronou. – Zuko olhou para o chão e continuou. – Meu pai usou de esperteza e foi falar com meu avô para que ele lhe passasse o trono, mas meu avô achou aquilo ultrajante. Como ele poderia fazer aquilo depois da morte do seu sobrinho? Então ele sentenciou meu pai a sofrer a mesma dor, ele teria que me matar para saber como era perder um filho. – Ele olhou para a irmã. – Azula foi me contar na mesma noite que eu seria morto e assim minha mãe ouviu a conversa e tomou as providencias necessária. Ela matou o meu avô e consequentemente, como meu pai era o único filho que estava são o suficiente para assumir, ele se tornou rei.

– Mas o vovô também fez isso, passou o trono para a tia Azula, só que alguma coisa aconteceu e isso não foi concluído e você se tornou o rei.

– Meu pai passou o trono para Azula porque ele era mau e sabia que se um dia eu assumisse o trono eu acabaria com aquela maldita guerra e traria paz a todos. Ele sabia que a única forma de seguir com o governo tirano, era passando o trono para ela. – ele olhou para a irmã que observava Honora. – E Azula só não assumiu porque apostou o trono em um Agni Kai comigo e perdeu. Azula é que está fazendo isso com você, querida, não a escute.

– O senhor tem razão. - falou a menina e abaixou a faca.

– Honora. – falou Azula. – Está na cara que seu pai está tentando fazer a sua cabeça, fazer com que você esqueça que ele lhe abandonou e que nunca amou a sua mãe.

– CALA A DROGA DA BOCA, TIA. – falou a menina e então soltou Zuli que correu para perto do pai. – Está na cara que é a senhora que quer me envenenar contra o meu próprio pai. Você quer fazer com que tenha uma tragédia nessa família e que assim, a senhora possa assumir o trono, não é? Sua obsessão chega a ser ridícula. – A jovem puxou as espadas duplas das costas e ficou do lado do pai.

– Então é assim? – falou ela e olhou para Mayumi que começou a acordar. – Como você é uma covarde Honora, eu vou ter que matar a camponesa, não foi esse o trato? Apenas um morre. – Azula estava tão cega de ódio que nem percebeu a aproximação sorrateira de Zuli. A menina se posicionou atrás dela.

– Largue a minha mãe. – falou Zuli e atacou Azula com uma rajada de fogo azul que atingiu em cheio as suas costas e ela deixou com que Mayumi caísse no chão. Zuko correu e colocou a mulher ao seu lado.

– Sua pirralha, como ousa? – falando isso Azula lança uma rajada de fogo em Zuli que desvia como se já fosse uma mestra naquilo. Zuko passou na frente da filha enquanto Honora permanecia ao lado de Mayumi que aos poucos ia recuperando a os sentidos.

– Deixe a minha filha. – falou ele.

– Eu vou matar você, essa bastardinha, sua amante e sua princesinha.

– Não se atreva a levantar a mão para meu marido e minha filha. – falou Mai e passou na frente de Zuko. Ela segurava em suas mãos algumas facas e algumas estrelas.

– Eu vou ter o prazer de matar você também, é a segunda vez que me trai Mai.

– Então nunca deveria ter confiado em mim, porque a partir do momento que você ameaça o que é meu, eu não respeito amizade e muito menos trato. – Mai respirou fundo. – Zuko, pegue as meninas e Mayumi e saia daqui.

– Eu não vou deixar você sozinha. – falou ele.

– Essa luta é minha e dela. – Zuko pegou Zuli e correu até Honora e Mayumi.

– Eu não vou deixar a minha mãe. – falou Honora.

...

Mai e Azula estavam cara a cara, as duas em posição de ataque. Mai segurava algumas estrelas ninjas entre os dedos e Azula já começava a fazer talvez o seu mais poderoso raio.

– Anda cunhadinha, me ataca. – falou Azula provocando e Mai lançou as primeiras estrelas, mas elas só atingiram o chão. Azula correu para cima de Mai e começou a tentar atingi-la com murros e chutes de fogo. Mai desviava com velocidade até que a mulher lhe deu uma rasteira e assim que a dama do fogo caiu no chão, recebeu em seu peito um raio poderosíssimo que a feriu mortalmente.

– Mãe. – Honora gritou e saiu correndo. Zuko tentou segurá-la, mas foi em vão. Honora correu na direção da tia e começou uma luta corpo a corpo com ela. A menina de quatorze anos era veloz e incrivelmente treinada, mas Azula era mestra no que fazia e aquilo dificultou um pouco. Da mesma forma que aconteceu com Mai, Azula deu uma rasteira em Honora, mas essa se segurou na tia.


– Eu vou te matar, assim como eu fiz com sua mãe.

– Eu acho que não. – falando isso Honora tira uma adaga da cintura e enfia completamente no estomago de Azula. – Vai para o inferno.

A mulher se afastou da sobrinha e olhou para a barriga que começou a sangrar, ela então caiu deitada no chão.

– Mãe, a senhora está bem? – falou a jovem quando se abaixou ao lado de Mai.

– Estou, meu amor. – falou ela respirou profundamente, ainda sentia a corrente elétrica passando pelo seu corpo e por isso tremia bastante. – Onde está o Zuko?

– Eu estou aqui, querida. – falou ele e se abaixou ao lado dela.

– Me perdoe por isso, eu não sabia que ela faria isso com você ou com nossa menina.

– Não se preocupe, está tudo bem.

– Eu só fiquei com medo de perder você para outra mulher, por isso fiz o que fiz. – falou a mulher e respirou fundo.

– Eu entendo e não estou chateado com você. – Zuko passou a mão nos cabelos da mulher.

Mayumi havia se levantado um pouco mais atrás, dobrou a água de uma arvore e correu na direção de Mai. Ela enrolou suas mãos na água e então colocou por sobre o ferimento.

– Mayumi, me escuta. – falou Mai e empurrou a mão dela. – Você não vai conseguir.

– Eu não sou dessas mulheres que desistem fácil, Mai. – Mayumi colocou a mão de novo no lugar onde Azula havia atingido, mas ela sabia que nada poderia fazer, havia sido grave demais os danos causados pelo raio.

– Cuide da minha filha e do meu marido para mim. – falou a mulher e Zuko começou a chorar. – proteja eles e seja como uma mãe para Honora.

– Fique calma Mai, tudo vai dar certo.

– Eu abençôo vocês dois. – ela sorriu e olhou para Zuko. – Eu nunca deveria ter interferido em nada.

– Você não interferiu, simplesmente aconteceu. – falou Zuko.

– Não! Se não fosse por minha causa, vocês estariam juntos, afinal foi eu que contei para seu pai que Mayumi dominava a água, não Azula. – Mai olhou para a mulher que tentava ainda lhe curar. – Me perdoe Mayumi, eu não posso morrer sem que você me perdoe. – Os olhos da dominadora de água se encheram de água. Na realidade a culpada de tudo aquilo que ela passou foi Mai, simplesmente porque queria ficar com o Zuko, mas por incrível que pareça, ela não sentiu raiva, sentiu pena.

– Está tudo bem Mai. – ela sorriu. – Não se preocupe, eu lhe perdôo.

– Obrigada. – falou ela e sorriu. Depois se virou para Honora que estava abraçada a Zuli um pouco mais a frente. – Seja uma boa menina. – e falando isso, morreu.

– Mãe? – falou Honora e se aproximou.

Mayumi se levantou de onde estava e começou a caminhar na direção das meninas, mas assim que o fez, percebeu que Azula havia se sentado e retirado a faca. Ela mirou em Honora e então lançou. A dobradora de água percebeu o que aconteceria e se jogou na frente da faca que a acertou em cheio no pulmão.

Mayumi caiu no chão tentando respirar e somente uma coisa lhe passava pela cabeça, o que ela havia conversado com tia Wu: “A senhora me viu morrer, não foi? Eu vou morrer por causa de uma faca? - Sim.”


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Notas finais do capítulo

Beijinhos!!!