Jogo Real - Você Contra Seus Amigos! escrita por Walber Florencio


Capítulo 11
Um instante de paz?


Notas iniciais do capítulo

Esse cap é mais ameno.. uma pausa no derramamento de sangue.. Veremos que os alunos estão começando a pensar melhor sobre o jogo ou como sair dele com vida.. Será que algum destes planos dará certo?



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- Olá sobreviventes! – fala o general pelos autofalantes – Nossa! Vocês estão me deixando muito orgulhoso. Em três horas de jogo 19 alunos já foram mortos. Parabéns! Continuem assim... Já passamos das três da madrugada, e em duas horas e meia estará amanhecendo. Quero que vocês acabem com este jogo antes disso, certo. Vamos aos quadrantes proibidos: B-5 e C-3. Bem, dos 19 mortos, 13 são meninas... Poxa, os garotos estão liderando mesmo! Dos cinco alunos que já mataram e continuam vivos temos apenas uma garota. Quem está atualmente liderando a contagem de corpos é nosso favorito Wilgner, com quatro mortos. Com dois mortos cada, temos logo atrás Marcos e Yago. Enfim, boa sorte pessoas! E continuem nesse ritmo, ok?

***

Ismael já estava há três horas a fim de encontrar um de seus amigos, mas tudo o que tinha conseguido foi ver ao longe Wilgner jogando uma granada em um grupo de meninas e depois as atacando. Não ficou por perto para ver no que deu, mas escutou tiros de metralhadora. Havia recebido uma faca de mesa, por isso preferiu não se arriscar a ser notado.

Foi quando viu Neto e Pedro ao longe. Quando eles o notaram através dos localizadores ficaram assustados e Neto apontou a escopeta, mas Ismael levantou os braços, indicando que não queria machuca-los. Neto não queria confiar nele, mas Pedro não hesitou e aproximou-se Ismael.

- Vamos Neto! – chamou Pedro – Neste jogo de merda qualquer ajuda é bem vinda!

- Está bem, mas se ele tentar algo você é o culpado!

- Ei – Ismael fala – eu não vou tentar nada contra vocês... Até porque vocês estão muito melhor armados... Eu só recebi uma faquinha idiota.

Então eles percebem outra aproximação e escutam uma escopeta sendo engatilhada. Neto também armou a sua. Um tiro quase atinge o pé de Neto e no susto ele deixa a escopeta cair.

É quando Ronália (n°41) se aproxima com uma escopeta semelhante à de Neto. Ela vem correndo. Ismael apanha a arma de Neto e aponta para ela.

- Por favor, não me faça atirar! – ele pede.

- Calma, eu só atirei porque estava com medo... – explica Ronália – Me deixem ficar com vocês?

- Claro que não! – grita Neto com raiva, tomando das mãos de Pedro o taco de beisebol e partindo na direção dela.

- Não! – Ismael aponta a arma para ele – Vamos deixa-la ficar...

Neto para. Ronália faz um sinal de agradecimento com a cabeça para Ismael.

- Agora temos que encontrar nossos outros amigos... – diz Ronália – Dar um jeito de fugir dessa ilha, e que se fodam esses cinco idiotas que entraram no jogo...

- Ei, eu sou um dos cinco... – Neto revela – Matei o Alex, mas foi por instinto... Não sei se teria coragem de matar mais alguém...

***

Alisson e Kelly estavam felizes por ter se encontrado, mas procuravam pelos outros amigos. É então que notam através dos localizadores que duas pessoas se aproximavam. Escondem-se por trás de algumas arvores e esperam alguém aparecer.

Então, Mayara e Leninha se aproximam quase correndo, desatentas aos localizadores. Alisson e Kelly ficam aliviados ao vê-las. Quando aparecem, porém, no susto Leninha atira. Por sorte erra o tiro.

- Ai gente desculpa, pensei que fosse a Carol... – fala Leninha – Que bom que estão bem...

- A Carol? E por que você atiraria na Carol? – quer saber Kelly.

- É que ela pirou depois que a Dan... – Leninha para de repente. Kelly e Daniele eram melhores amigas há anos e ela não queria dar a notícia.

- A Dani? O que houve com a Dani? – Kelly pergunta chorando.

- Kelly, eu sinto muito... – Mayara tenta ser delicada antes de dar a notícia.

- Ela morreu? – Kelly cai de joelhos chorando.

Alisson, Leninha e Mayara se abaixam perto dela e a abraçam.

***

Micael era um hacker, um dos garotos mais espertos da turma. As características físicas não o ajudariam muito a vencer aquele jogo. Ele era alto e gordo, não conseguiria ser rápido. E a arma que recebera também não era uma vantagem. Ganhou um isqueiro. Portanto decidiu usar o seu Q.I. de quase gênio e o conhecimento sobre informática para livrar a turma do jogo.

Estava dentro de uma das casas há quase duas horas. Conseguiu encontrar um computador e um gerador no porão da casa. Usou o gerador para ligar o computador e tentava criar um vírus para invadir o sistema do programa.

Estava planejando tudo cautelosamente. Primeiro pegou uma câmera e a desmontou, ligando o dispositivo bluetooth dela ao computador e conseguindo uma conexão com o sistema. Agora era só amplificar o sinal do localizador, encontrar os sinais de cada um dos alunos, criar um vírus e desativar os colares.

Poderia parecer algo muito difícil, mas para ele bastava tempo e paciência para interpretar todas as centenas ou milhares de linhas dos algoritmos do sistema.

No entanto, tempo era o que ele não tinha de sobra. Os alunos estavam destinados a se enfrentarem e aos poucos a turma ia se acabando. Já eram no mínimo 19 mortos. Ele pedia para que os alunos mais próximos a ele não estivessem nessa lista.

***

- Ai meu Deus... – Thiane estava preocupada – Eles não vão parar! E o pior é que não temos como saber em quem confiar... – ela olhava para Samya desconfiada.

Thiane, Iara, Yago, Walber e Samya estavam sentados embaixo de uma arvore, e tinham aproveitado para comer. Estava frio, por isso Walber e Yago acenderam uma fogueira.

Estavam aproveitando para descansar e conversar sobre o jogo.

- Eu tenho um plano... – diz Walber.

- Ah cara! – reclama Yago – Não me venha com esses planos ingênuos de unir a galera da turma e lutar contra os organizadores do reality! Isso não dá certo... Muita gente está neste jogo para vencer!

- Não é bem assim... O meu plano é encontrarmos aqueles que sabemos que podemos confiar... O Neto, a Kelly, a Dani, o Leandro... E então nós iriamos para o litoral da ilha. Tenho certeza que deve haver um porto em algum lugar! A gente enfrentaria alguns soldados sim, mas com todas as armas e muita gente nós conseguiríamos.

- Seu plano é bom... – Samya concorda.

- Claro que não é! – afirma Yago – Se quer seguir esse plano, que sejamos apenas nós... Cinco já é o suficiente... Para isso, porém teríamos que pegar os caras que estão com as sub’s...

24 alunos restantes...


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Notas finais do capítulo

Será que o jogo vai ser interrompido? Ou os planos serão frustrados? Quantas pessoas tentarão colocá-los em prática? Aguarde os próximos capítulos.. Valew!