Surpresas do Destino escrita por gabie augusto10, gabie augusto


Capítulo 5
Você é louco?




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- Diego?

 

 

 

- Fala?

 

 

 

- Tudo bem, você não quer ir para casa, mas você vai vir comigo e vai tomar um café alguma coisa, aposto que você não comeu nada.

 

 

 

- Não! Eu não preciso de nada, eu vou ficar aqui!

 

 

 

- Você está agindo igual criança! Se você não se cuidar, como pretende cuidar de outra pessoa.

 

 

 

- Eu.. eu

 

 

 

- Você nada... vem comigo.

 

 

 

 

 

 Eu o peguei pelo braço e fui levando-o em direção ao seu carro, abri a porta do passageiro e o fiz sentar no mesmo, fechei a porta do carro, fui em direção a Melissa.

 

 

 

- Ei, você já fez muito por mim, obrigada por tudo.

 

 

 

- Você não quer ajuda?

 

 

 

- Você já fez muito.

 

 

 

- Está bem, eu vou indo, mas qualquer coisa é só me ligar toma aqui o meu cartão.

 

 

 

- Obrigado, mais uma vez!

 

 

 

- Não foi nada.

 

 

 

 

 

 Ela segurou minha mão e beijou minha face, e virou as costas, eu segurei  sua mão e puxei seu corpo junto ao meu, e em um movimento involuntário, abaixei a cabeça e disse.

 

 

 

- Me desculpa por aquele dia?

 

 

 

- Tudo bem, eu mereci. – Ela disse isso, beijou minha face novamente e foi embora.

 

 

 

- Ok.

 

 

 

 

 

Eu voltei para o carro do meu irmão, nossa, eu continuo me perguntando pra quê um carro daqueles? Um BMW modelo esportivo, ele era pai de família e não precisava daquilo, mas eu e ele tínhamos um pequeno problema, éramos ricos, tínhamos tudo que queríamos uma vida perfeita ao olhar de todos, mas ambos éramos sozinhos, nossos pais haviam morrido a família não era muito ligada, isso acabava comigo não se a ele também.

 

 

 

Eu entrei e dirigi até um café que ficava aberto 24H por dia, Diego não disse nenhuma só palavra durante o caminho, ele estava estranho, ta certa que a filha não estava nada bem e que ele estava abalado, mas eu sentia que tinha algo a mais ali, nós éramos irmãos e não conseguíamos esconder as coisas um do outro. Enquanto entravamos no café, não resisti e perguntei.

 

 

 

- Diego, o que foi? Eu te conheço melhor do que ninguém o que tá acontecendo?

 

 

 

- Venha sentar, eu te explico tudo.

 

 

 

 

 

Eu apenas concordei fazendo sinal com a cabeça e sentei na primeira mesa que vi pela frente pedi um café e outro para o meu irmão, um silêncio terrível tomou conta do lugar, não agüente e perguntei novamente.

 

 

 

- O quê, Diego?

 

 

 

- Desde o acidente que matou Julia eu venho escondendo algo, assim como ela eu fiquei muito tempo no hospital, ela não resistiu, mas eu sim, e por incrível que pareça sem nenhuma sequela, pelo ao menos era o que todos pensavam e eu também, mas um dia quando eu estava no escritório eu passei mal, você estava viajando... foi quando você foi pra França, eu não queria estragar sua viagem e  acabei não dizendo nada. Passei alguns dias no hospital, a Camile ficou com a Judite a senhora que cuida dela, depois de muitos exames os médicos finalmente descobriram que devido o acidente, houve uma “falha” , em alguns órgãos e o único e verdadeiramente afetado foi o coração, eu venho fazendo muitos tratamentos, mas ultimamente eu ando muito mal, nem ando me cuidando direito..

 

 

 

- Você é louco ou o que, você tem uma filha pra criar?! – Eu disse quase gritando.

 

 

 

- É aí que eu quero chegar, eu não ando muito bem, os médicos não tem mais certeza de nada sobre o meu caso, eu só quero que me prometa que se acontecer algo comigo, você vai cuidar da Camile como se fosse sua filha, faz isso por mim?

 

 

 

- Mas, você não pode nem pensar em uma cois...

 

 

 

- Prometi?

 

 

 

- Está bem.

 

 

 

Nós ficamos durante horas conversando sobre ele, sobre mim, sobre as nossas vidas, sobre tudo, eu fiquei muito brava com ele pelo fato de não ter me contado sobre estar doente, mas ele tinha os seus motivos e como eu tinha um defeito, ou não que era sempre me colocar no lugar das pessoas antes julgá-las ou algo do tipo, eu o entendi.

 

 

 

Eu estava mais calma assim como ele, mas uma preocupação imensa tomava conta de mim, se eu perdesse meu irmão? Eu ficaria sozinha! A pequena Camile, o que seria dela? Perdera a mãe aos 5 anos, não chegara a conhecer os avó por parte de pai e os por parte de mãe nem se quer sabiam de sua existência, eu não deixaria nada acontecer a ela, eu sempre tratei-a como filha e se necessário fosse ela seria minha filha.

 

 

 

Chegamos finalmente no hospital, o dia já estava amanhecendo, fui pedir informações e disseram que a pequena estava melhorando e que já estava acordada, eu e Diego fomos para o quarto dela, chegando lá ela estava abrindo os olhos devagarzinho.

 

 

 

- Tia Vick, é você? – disse ela com a voz fraquinha ainda.

 

 

 

- Oi Cáh, sou eu sim... Como você está se sentindo, meu anjo?

 

 

 

- Eu to com uma dorzinha aqui, olha! – Ela colocou a pequena mão sobre a cabeça.

 

 

 

- Tá tudo bem, logo vai passar! Você quer alguma coisa? Comida? Brinquedo? Qualquer coisa?

 

 

 

- Hm, eu quero palmito, tia Vick!

 

 

 

- Palmito?

 

 

 

- É sim, a dona Judite coloca na comida todo dia e eu adoro.

 

 

 

- Ta bem, eu vejo o que posso fazer... Mas eu prometo que até a hora do almoço vai ter palmito.

 

 

 

- Obrigado, tia Vick! Você é de mais!

 

 

 

Era bom ver ela assim, bem, me dava um alivio no peito.

 

 


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