Angels And Demons escrita por MioBaskerville


Capítulo 16
Passado


Notas iniciais do capítulo

Bom , acho que teremos só mais dois capitulos , ainda estou decidindo sobre a segunda temporada ;3 .Espero que gostem , dei o meu maximo nesse capitulo.



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“Acordei no maldito espaço branco e o mesmo caminho de espelhos surgiu em baixo de mim , olhei para frente e comecei a correr. “É agora ou nunca” pensei comigo mesma enquanto seguia o caminho.”

Eu segui o caminho em uma longa linha reta até me deparar com o mesmo “reflexo” a minha frente , cerrei os punhos e fiquei a fitando por alguns segundos.

–Conseguiu? – ela disse friamente.

Apenas assenti com a cabeça , ela então deu um breve sorriso e fez um sinal com a mão para que eu me aproximasse e assim o fiz , cheguei bem próxima ao espelho , meu nariz estava a milímetros do mesmo , senti algo segurando a minha mão e me puxando pra dentro , fui puxada por completo e entrei em um local vazio e totalmente escuro , um lugar onde somente havia eu e ela , mais ninguém e mais nada.

–Vamos começar então – ela disse ainda segurando meu pulso – para sermos uma só e para que eu possa te salvar , terá de me mostrar tudo , não pode faltar nada , se estiver me escondendo algo a operação pode falhar , entendeu?

–Entendi – disse olhando fixamente em seus olhos – mas , eu não lembro muito da minha infância , na verdade não lembro nada.

– Isso é porque eu vivi sua infância , sua infância não aconteceu aqui e sim no inferno , entendeu? – ela disse mexendo em uma fechadura que havia dependurado em um colar preto e eu apenas assenti – Pega a chave do seu colar.

Olhei desentendida , queria saber como ela sabia que eu tinha uma chave no meu colar ........ Ae , dã , ela sou eu.

Ela soltou meu pulso e eu retirei a chave do colar , fiquei a fitando por uns minutos , era uma chave preta com um símbolo esquisito.

–Abra – ela disse apontando para a fechadura que havia em seu colar , apenas assenti e coloquei a chave na fechadura , hesitei uns segundos em girar mas acabei girando.

Uma luz branca começou a sair da fechadura atrapalhando a minha visão , a luz foi ficando cada vez mais forte me fazendo fechar os olhos.

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Comecei a abrir meus olhos aos poucos e minha vista ainda estava um pouco embaçada , forcei eles um pouco e aos pouquinhos a imagem foi se desembaçando , eu estava no que parecia ser uma quarto , e que quarto , era enorme , devia caber uns 7 do meu aqui dentro.

Ouvi a maçaneta da porta girar e me levantei aos pulos , vi uma criança que parecia ter seus 5 anos, de cabelos negros com mechas rosas , estava com um vestido preto com babados em vermelho, daqueles bem de época antiga, entrar no quarto e vir em minha direção , fechei os olhos esperando o pior mas nada ocorreu , olhei para trás e a menina estava fitando um criado mundo , me dirigi até ela e quando tentei encostar e seu ombro minha mão simplesmente atravessou o ombro dela , eu não podia a tocar.

–Droga , ele nunca me fala nada – ela disse deitando em sua cama – Só queria saber da mamãe , porque ele nunca fala sobre ela? – ela disse abraçando seu travesseiro.

–Com licença senhorita – um cara de terno apareceu segurando uma bandeja , ele era alto e tinha cabelos cinzas e olhos azulados , tinha cara de ter uns 17 anos – trouxe-lhe um chá para acalmar seus nervos - ele disse sorrindo e deixando o chá no criado mudo.

– Não quero – ela disse tampando o rosto com o travesseiro.

–Mas eu o fiz especialmente pra você – ele disse com um olhar triste.

– Não quero - ela disse ainda tampando o rosto.

– Tem 4 torrões de açúcar – ele disse a fitando.

Após ter dito isso ela se levantou pegou o chá , e começou a bebe-lo.

–Como está? – ele disse sorrindo.

–Bem agradável , obrigada – ela disse sorrindo ainda com um olhar triste.

– Quer me contar o que houve?

– Quero te perguntar , posso? – ela disse o olhando.

–Hm ? Claro – ele disse franzindo o cenho.

– Porque papai nunca me fala da mamãe? – ela disse fitando o chá.

–Não sei , mas se ele não quer te contar , é para o seu próprio bem – ele disse sorrindo pra ela.

–Pois então que ele faça pelo meu próprio mal – ela disse enchendo as bochechas.

–Você é muito infantil sabia princesa? – ele disse dando uma curta risada e se dirigindo pra porta.

– Claro , sou uma criança ainda – ela disse tomando seu chá.

Ele apenas sorriu e saiu do quarto fechando a porta com calma e cuidado.

Ela passou umas 4 horas lendo um livro que estava em uma língua estranha então não consegui decifrar , e era um livro bem grande , ela o fechou e o colocou na cama.

–Será que papai ta aqui? – ela disse colocando o dedo indicador nos lábios - Hoje tem revisão do exercito então ele deve estar lá – ela olhou pra porta e ficou a fitando por uns minutos – É isso , não é possível que meu pai não tenha nada que pertence a minha mãe.

Ela correu até a porta e a abriu eu corri atrás dela , nós subimos muitas escadas até chegarmos a uma porta enorme que parecia ser feita de ouro , a menina começou a abrir a porta e colocou a cabeça devagar para certificar-se que não tinha ninguém no quarto.

Nós entramos e ela começou a vasculhar as gavetas e armários , jogou papeis no chão e outras coisas a mais , o quarto ficou uma completa bagunça.

–Ae , papai um dia estava trancando um baú lá em baixo – ela disse sorrindo e saindo do quarto e eu apenas a segui.

Chegamos em um lugar onde estava iluminado por poucas tochas , estava bem escuro , ela começou a revirar todo aquele lugar e por impulso comecei a olhar em volta , não ia adiantar eu procurar porque tudo que eu toco minha mão atravessa.

–ACHEI – ela gritou mas logo tapou sua própria boca , pegou um pequeno baú e colocou em cima de uma mesinha de madeira – agora a chave.

Ela começou a revirar gavetas que ela não tinha olhado até chegar em um armário trancado com cadeados , ela olhou em volta e achou uma espada jogada no chão , começou a dar espadadas no cadeado até ele quebrar e assim que quebrou , ela sem hesitar abriu o armário , o armário tinha um espaço enorme , mas a única coisa que havia dentro ela uma pequena chave de ouro.

Ela pegou a chave e correu em direção ao baú.

–Vamos lá Asuna , não hesite agora – ela disse mordendo o lábio inferior.

Apertou a chave e finalmente tomou coragem para abrir o baú , eu fiquei ao seu lado porque também queria saber o que havia dentro do baú.

–Fotos? – ela disse pegando uma fotografia de uma mulher com lindos olhos castanhos e um cabelo meio rosado sorrindo – quem é.....ela?

A garotinha começou a retirar fotografia por fotografia até chegar a uma em que essa mulher segurava um bebê de cabelos negros e com uma única mecha rosada.

– Sou .... eu ? – dissemos em unanime.

Lagrimas começaram a escorrer no rosto da menina , ela retirou uma outra foto , e ela parecia estar em Londres.

–Ela é... humana ? – seus olhos já estavam começando a ficar inchados.

Ouvi um barulho de uma porta batendo , ela se virou e começou a guardar as fotos correndo no baú.

Subiu as escadas depressa e eu a segui , ela esbarrou em um homem alto , de cabelos negros até um pouco acima de sua cintura , usava uma manta roxa e seus olhos eram negros e profundos.

–O que estava fazendo lá em baixo? – ele disse com uma voz irritada.

–PORQUE NÃO ME DISSE QUE ELA ERA HUMANA ? – a garotinha gritou e logo tampou sua própria boca.

– Como você...... –ele disse a olhando incrédulo- VOCÊ MEXEU NAS MINHAS COISAS? – ele gritou e pegou no pulso da menina.

–Ai , pai , ta doendo – ela disse aos gemidos , lagrimas começaram a escorrer de seu rosto.

–TE DEI PERMISSÃO PARA MEXER EM MINHAS COISAS ? – ele disse apertando ainda mais forte – RESPONDE.

– AI PAI – ela disse gritando aos soluços.

–Muito bem – um ser embaixo de um manto negro disse batendo duas palmas – Satã , agora que ela sabe que é humana , ela não pode mais ficar aqui , lembra do nosso trato , não lembra?.

– Mas .... – o seu tom de voz diminuiu , ele olhou para a menina e depois para o cara de preto , estendeu sua mão – ARIMETRAZI! - ele gritou e o cara de preto voou batendo contra a parede – SALOMÃO – ele gritou novamente e o servo de cabelos cinzas apareceu em um pulo.

– Sim senhor ?– ele disse parando a seu lado.

–Tira ela daqui , leva ela pro mais longe que puder – ele disse cerrando os punhos.

–Mas e você? – ele disse com um tom preocupado.

–Vou ficar bem , agora vai logo – ele disse voltando seu olhar para a garotinha – Filha , fica bem , tá?

–Vamos Asuna – Salomão disse pegando em sua mão e saindo correndo da sala , corri atrás deles.

Corremos e corremos , estávamos sendo seguidos por mais seres de mantos pretos.

Ele pegou a garota no colo e pulou para dentro de uma floresta desmatada , sorte que Takashi havia me ensinado a pular desse jeito , então simplesmente o segui.

Fugimos durante algumas horas e paramos , chegamos a um lugar cheio de rochas , ele a botou no chão e se sentou ao seu lado.

– Tudo bem senhorita? – ele disse com a respiração pesada.

–Sim – ela disse abraçando os joelhos.

–Onde estão? – dois caras estavam atrás da rocha em que paramos , Salomão tapou a boca da menina e eu fiquei de pé , já que eles não podiam me ver – Droga – eles saíram correndo.

– Não devia ter bisbilhotado as coisas do papai , se eu não tivesse feito isso , nós não estaríamos nessa situação – ela disse chorando.

– Tudo bem , aliás , acho que fez o certo senhorita – ele disse sorrindo – Quando tudo isso passar , vou te fazer um chá com 6 torrões de açúcar .

–Promete – ela disse com um biquinho e estendendo o mindinho.

–Prome..... – ele foi interrompido por uma faca em suas costas.

–SALOMÃO ! – a menina disse se ajoelhando ao seu lado.

Olhei para trás e 5 homens de preto se aproximando da gente , tentei balançar ela mas meus braços simplesmente atravessaram ela.

–Muito bem , chega de pega-pega – um dos homens disse chutando a cabeça de Salomão e levantando a outra eu pelo braço – não pode ficar aqui – ele a jogou pra dois caras que a seguraram pelo braço.

–Me solta , me solta agora! – ela balançava de um lado pro outro – me solta!

– Nananina não – ele disse colocando o dedo indicador nos lábios dela , eu fiquei observando incrédula , não conseguia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo.

Lagrimas saíram tanto do rosto dela quanto do meu , ela balançava a cabeça negativamente enquanto ele pegava um colar com uma fechadura aberta.

– Vamos te selar por um tempinho ta bom? – ele disse colocando o colar em volta do pescoço da menina – finge que é esconde-esconde , e começa ........agora – ele disse trancando o cadeado.

Ela gritava de dor , chorava , e gritava cada vez mais alto , gritava o nome de seu pai ,o nome de seu mordomo , não queria aquilo e eu sabia , não , eu sentia sua dor .

Apertei meu peito e seu grito foi cessando , e seu corpo foi mudando.

–Muito bem , te enviaremos para seu mundo mortal por um tempinho , quando estiver madura o suficiente , você volta – ele disse abrindo um portal e a pegando pelo colo- Adeus , sobrinha – após dizer isso ele a jogou no portal e tudo em minha volta foi caindo aos pedaços.

Tudo estava desaparecendo , tudo estava sumindo e eu também , respirar estava ficando difícil , fechei meus olhos e cai no ultimo pedaço de chão que havia ali , depois disso , simplesmente desmaiei.

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Acordei aos pulos no meu próprio quarto , todos estavam lá , Takashi , Naomi , Sorata e Alceu.

Alceu se levantou e sentou ao meu lado.

–Parece que foi um sucesso , ainda bem – ele disse sorrindo.

–É , ainda bem – disse com uma voz fraca.

–É amanha que o exercito dele vem.

–AMANHA? – disse gritando e tampando minha boca porque todos ainda estavam dormindo.

–Poise , você dormiu 3 dias seguidos – ele disse em um suspiro.

–3.... dias? – eu disse fitando minhas mãos.

“ Isso mesmo , parabéns , achei que não aguentaria todo o poder” Uma voz ecoou na minha cabeça.

–Você a ouviu certo? – ele sorriu - vocês se uniram , são uma só agora.

– Entendi....

“Um dia apenas , estou curiosa pra ver o que acontece” ela disse novamente.

– É..... eu também ... – eu disse sorrindo.


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Notas finais do capítulo

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