Regina narrando

Andei algumas quadras e o bolo sambava em minhas mãos. Emma certamente já estava me esperando, com Mary Margaret, David e Henry. Suspirei. Ah, Henry... Eu sentia falta dele, agora. Continuei andando e me arrependi de ter deixado meus sapatos na rua no domingo. Esses que estava usando me machucavam. 

Ao longe avistei a casa onde sempre morei. Só que, de dois meses para cá, ela estava cheia de vida, Emma que, agora morava conosco, a deixava com tanto brilho. Vida. Lembrei do castelo onde morava, senti falta de meu pai. Porém, se não o tivesse matado, hoje não estaria com Emma. Valeria a pena? Claro que sim! Éramos felizes hoje em dia. Sorri pensando em Emma. Bati na porta por não ter como pegar a chave. 

Henry abriu a porta e quando eu me abaixei, apoiei o bolo no chão e o abracei com muita força. 

- Desculpe Henry. Senti tanta sua falta. - O abracei com força de mais.

- Mãe... Eu to aqui. - Ele disse meio esmagado.

- Desculpe. - Soltei ele. 

Peguei o bolo do chão e entrei. 

- Cheguei. - Disse melodiosamente. Apoiei o bolo na mesa e abracei Emma. Tirei o sapato e a parte de trás do meu pé estava sangrando.

- O que foi isso? - Ela apontou para o meu pé.

 - Foi o meu sapato. Ta tudo bem. - Tirei o outro sapato e meu pé estava pior. - Eu meio que perdi o meu único par de sapatos que não me machuca. Naquele domingo. 

- Ah. Era para eu ter te dado antes, mas... Não deu tempo. - Ela correu até o carro.

- Oi Mary, oi David. Sejam bem vindos, viu?! Dá licença por favor. - Sorri e saí correndo atrás de Emma. Fomos até o carro e ela me entregou o meu par de sapatos, porém, eles estavam molhados. Junto com eles, ela me entregou um pedaço de torta de maçã.

- O que é isso? - Sorri.

- Mary Margaret mandou para você. - Ela sorriu. 

- Mary Margaret? - Quase ri.

- É. Mary Margaret. - Ela riu. - Vem. Vamos para dentro. - Ela sorriu. 

Entramos e cantamos parabéns. Mary Margaret deu um beijo em Emma e David fez o mesmo.

- Obrigada (...) pela torta. - Falei enquanto ela me ajudava a recolher os pratos e talheres. 

- Ah, não foi nada Regina. - Ela parou de falar tão bruscamente, que parecia que ela queria falar algo.

- O que foi? - Sorri.

- Foi Emma. Ela me disse que te ama, quero dizer, nós conversamos e, ela me disse que não quer ficar longe de você e, mesmo eu sendo contra, ela quer, então, não posso dizer que não. Vocês são lindas juntas. Quero dizer, você disse para mim que a ama e ela disse para mim que te ama. Como mentir para a mãe de sua namorada? - Ela riu. - Acho que, eu concordo em você namorá-la. - Ela sorriu de novo. - Acho que temos que voltar. Você sabe. Para lá.

O que Bella havia me dito, havia ficado tanto em minha cabeça, porém, eu não podia falar isso para Emma.

- Mary Margaret? - Segurei seu braço. 

- Sim? 

Contei o que tinha acontecido com Gold. Contei sobre Bella no hospital e na Granny's.

- Então, ela disse que te beijaria?

- Pois é, ela disse. Ela disse que, se eu não estivesse com Emma, ela me beijaria. E, eu não sei o que fazer. Não sei se falo para Emma ou qualquer coisa do tipo.

- Eu vou pensar, ta bem? - Ela começou a sair da cozinha. - Obrigada por confiar em mim. Quero dizer, Eu vou guardar o seu segredo, ta bem? - Ela sorriu.

Emma narrando

E, tudo mais uma vez estava bem, quero dizer, eu e Regina. Claro. Estávamos de bem, Gold não morrera e Henry estava conosco. Mary Margaret e Regina estavam na cozinha há alguns minutos e, ainda não ouvira pratos quebrando ou gritos. Ou seja, elas estavam se entendendo. O que era bom. Eu acho. David e Henry estavam sentados no chão e Mary chegou perto de mim. 

- Como está Regina? - Perguntei. - Vocês estão se dando bem? - Sorri.

- Estamos sim. Eu aprovo vocês, agora. Quero dizer, vocês são fofas juntas. - Ela riu. - Tipo, vocês foram feitas uma para outra. Vai lá na cozinha. Ela está lá. - Ela sorriu de novo.