O Jogo escrita por Sweet Lolita
Notas iniciais do capítulo
Esse capítulo é mais empolgante e interessante que os ultimos capítulos que eu tenho postado. Acho que você vai gostar, boa leitura!
Agradecimentos: Obrigada Moonshadow por ler, comentar e favoritar a fic. Espero que você goste desse capítulo!
POV - Anna
Minutos depois eu já estava calma, eu e Maxinne já havíamos recuperado o fôlego. Saí de dentro do guarda-roupa e fiquei caminhando - nervosa - de um lado para o outro no quarto e não havia comida para me acalmar desta vez. Maxinne saiu do guarda-roupa também e se sentou na beirada da cama, ela parecia estar tentando pensar em algo. Olhei para ela e sobre o criado-mudo logo atrás de Maxinne havia um telefone, era isso, uma grande ideia me surgiu à cabeça.
- Isso! - comemorei e corri até o telefone.
- O que pensa que está fazendo Anna? Não podemos chamar por ajuda, como a polícia, bombeiros e outros! - ela tomou o telefone de mim.
- Me devolva o telefone, Max! - exigi.
- Não! Você vai fazer merda! - respondeu.
- Eu não vou, Max, é serio! Devolve! - pedi.
- O que vai fazer então? - perguntou.
- Ariane ainda está com o Iphone dela, é só eu ligar pra ela e marcar de encontrar com nossos amigos. - respondi.
Ela suspirou derrotada e me entregou o aparelho.
- Obrigada. - falei.
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POV - Ariane
Estávamos de volta à cozinha. Estávamos preocupados com Anna e Max e tentávamos fazer algo para salvá-las. Andrew estava sentado sobre a bancada me encarando, eu estava caminhando de um lado para o outro e Damon estava sentado no chão, encostado na parede. Hideki? Ele estava na cozinha, mas eu não fazia à mínima ideia de onde ele tinha se metido.
- Temos de fazer algo, ficarmos aqui não vai nos ajudar em nada! - falei - Elas precisam de nós, estão sozinhas por aí e correndo perigo.
Andrew e Damon suspiraram deprimidos.
- Por falar em meninas... Andrew você viu a Claire e a Cecílie? - perguntei.
- Não, eu não as vi. - respondeu.
Suspirei decepcionada.
- Como eu disse, estão mortas. - falou Hideki.
Virei-me para trás e ele estava sentado sob a bancada contrária à porta afiando uma faca.
- Nossas amigas morreram como pode ser tão insensível? - perguntei.
Ele parou de afiar a faca e me encarou.
- É um jogo de sobrevivência, Ariane. Você já devia saber que nem todos vão sobreviver, se elas morreram foi porque mereceram morrer e também, foi você que meteu todo mundo nisso, não ponha a culpa em mim. - falou.
Meus olhos se encheram de lágrimas. Estava perdendo meus amigos, eu sabia que a culpa era minha, mas com os outros jogando isso na minha cara só tornava o sentimento de culpa pior. Meu Iphone tocou e todos correram para vê-lo, era uma ligação e pelo visto, vinha de dentro da casa. Fiquei um tanto receosa, eu e meus amigos nos entreolhamos e todos assentiram, peguei o Iphone e atendi.
- Alô? - falei com a voz trêmula.
- Ariane! - falou a voz do outro lado da linha, era Anna.
- Anna! Como conseguiu ligar pra mim? - perguntei.
- Estamos num quarto de visitas e tinha um telefone aqui. - respondeu - Será que nos não podemos nos encontrar? Estamos apavoradas.
- Ariane coloque no modo viva-voz. - pediu Damon.
Coloquei no viva-voz para que todos pudessem ouvir, Damon e Andrew pareciam animados em saber que elas estavam bem.
- Claro Anna, onde e quando? - perguntei.
- Não sei, vocês decidem. - falou.
A ligação começou a ficar ruim e estávamos quase perdendo contato.
- Alô? Alô! - chamei - Anna! Max!
- Perto da piscina. - Damon tomou o Iphone de mim.
- Cla... - a ligação começou a falhar.
- No crepúsculo, O.K? - disse Damon - Crepúsculo!
- Entendi. - respondeu.
A ligação falhou e nos perdemos o contato com as meninas. Ainda era cedo, teríamos tempo o suficiente para nos preparar e bolar uma estratégia para não sermos pegos e nem vistos pelo Peão. Começamos a preparar os objetos que levaríamos para usarmos como armas. O relógio do Iphone marcava duas e quarenta da tarde, iríamos encontrar Max e Ariane quando fosse quase seis horas.
O tempo passou e já estava quase na hora no crepúsculo, já estávamos preparados para ir lá fora buscar as meninas e se preciso, enfrentar o Peão. Tiramos a barricada feita na porta e saímos da cozinha, fomos cautelosos e olhamos ao redor para ver se havia algum Mascote, nada. Saímos pela porta da frente, logo em seguida corremos ligeiros pelo gramado e fomos até a piscina. Esperamos durante alguns minutos e elas apareceram, Max e Anna, começamos a comemorar e corremos para abraçá-las, apenas Hideki não baixava a guarda e continuava no mesmo lugar, quando nos viramos para ele, Hideki estava com uma expressão um pouco espantada, olhamos na mesma direção que ele e a alguns metros de nós estava o Peão. Ficamos paralisados e assustados.
- Preparem-se! - gritou Hideki nos despertado.
Armamos-nos e nos colocamos em posição defensiva, o Peão continuava imóvel.
- Olá crianças. - falou.
- Estamos ferrados... - sussurrou Anna se escondendo atrás de Damon.
- Entreguem-se de uma vez. - ordenou o Peão.
- Nunca faremos isso. - desafiou Andrew.
- Ah não? - debochou - Nem por... Uma amiga.
O Peão deu um longo passo para o lado a revelando. Era Cecílie, ela estava com os pés e as mãos acorrentadas, suja e parecia exausta.
- Cecílie! - gritou Max.
Max começou a correr em direção à amiga.
- Não! Não deixem que ela vá! - gritou Hideki.
Andrew agarrou Max, ela se debatia na tentativa de se libertar dele.
- Me solta! Me solta! - exigiu - Eu tenho que ir! É a minha amiga, eu tenho!
- Não Max, não vê que é tudo uma emboscada? Se você for você irá morrer! - gritou Andrew - Por favor, Max, por mim...
- Me solte Andrew! - ordenou.
O Peão gargalhou, ele parecia se divertir com a cena, ele se aproximou de Cecílie e chutou com força suas pernas, fazendo com que ela caísse ao chão. Max soltou um grito alto e agudo, com isso Andrew a soltou e ela correu até Cecílie, o Peão agarrou o pescoço de Max e a ergueu, não podíamos fazer nada para salvá-la, por fim, o Peão atravessou o facão pelo peito de Max.
- Co-corram... - essas foram suas ultimas palavras.
Fiquei paralisada e incrédula, Damon agarrou Anna e Andrew e correu enquanto Hideki pegou minha mão e me arrastou, o Peão gargalhava pelo nosso sofrimento, Cecílie conseguiu se levantar e nos acompanhar na fuga. Entramos na mansão e fomos direto para o porão, estava trancado. Subimos os três andares e fomos até o sótão, trancamos a porta e nos jogamos ao chão. Andrew continuava paralisado.
- Andrew... - chamei.
Andrew pareceu despertar de um transe e assim começou a chorar pela morte de Max, Damon batia levemente em suas costas e o consolava, Hideki suspirou de raiva, ele pegou uma faca e tacou com força na parede, a faca acabou fincada na madeira.
- Droga! - rosnou Hideki.
- Cecílie... Como sobreviveu? - perguntei.
- Quando eu levei uma facada, achei que tinha sido no estômago, mas não. Foi numa região próxima, na barriga, e eu fiquei trancada no porão, o Peão sabia que poderia me usar para matar um de nós, ele ainda vai vir atrás de mim. - respondeu - Mas, mesmo tento matado a Max, acho que ele não ficou satisfeito, ela não era o alvo dele.
- E quem era? - Anna pareceu apavorada.
Cecílie encarou Hideki.
- O Hideki. - respondeu.
Hideki não expressou reação alguma em relação a isso.
- Por que o Hideki? - perguntei.
- Não sei, ele tomou ódio pelo Hideki e quer matá-lo. - respondeu.
Hideki se levantou e foi até a porta, corri atrás dele e agarrei seu braço.
- Não Hideki, o que pensa que está fazendo? - perguntei.
Ele se soltou de mim.
- Se ele me quer, então ele vai ter. - respondeu - Uma amiga sua morreu por minha causa, não é? Então, eu vou atrás dele.
- Não Hideki! Você não pode fazer isso! - contrariei - Precisamos de você! Por favor...
- Qual é Hideki, não faz isso cara. - intrometeu-se Damon.
- Escute eles primo, você não pode ir sozinho. - concordou Andrew, enxugando as lágrimas.
Hideki jogou a cabeça pra trás e suspirou derrotado, não deixaríamos que ele fosse, ele era nosso amigo e se ele fosse atrás do Peão, iríamos todos juntos. Ele voltou ao local em que estava antes e se sentou, permanecemos um minuto em silêncio, em luto por nossa amiga.
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POV - Demônio da Morte
Continuei no mesmo lugar, sentado, observando a estrela do jogo. Mesmo que estivesse ali, isolado naquela sala, eu via tudo. Eu tinha dois olhos, um olho vermelho e um olho amarelo. O olho amarelo via tudo e com ele eu estava observando tudo o que acontecia com as crianças. Outra vela se apagou na estrela, restando apenas seis. Aproximei-me da vela, Maxinne, fim de jogo para ela. Eu gargalhei, o jogo voltava a ficar interessante e estava se acelerando, eu contava que meu Peão ganhasse, ele já jogou diversas vezes e nunca perdeu, mas se ele fosse perder, havia pra quem eu torcia no jogo. Meu favorito. Olhei para a vela em que estava escrito seu nome. Hideki...
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O que achou? Eu acho que ficou bom, mas... Há controvercias - acho que é assim que escreve.
Obrigada por ter lido. Até o próximo!