O Jogo escrita por Sweet Lolita


Capítulo 11
Capítulo X - Sacrifícios




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POV - Damon

 Estávamos correndo como Hideki nos ordenou, eu havia prometido a mim mesmo que iria obedecer as ordens dele, mas ele não teria chance contra o Peão e eu não poderia abandonar um companheiro nessas horas, nunca. Parei por um momento, Ariane e Anna perceberam e me encararam perplexas.

   - O que foi Damon?! Vamos! Temos que correr! - gritou Ariane.

   - Não! - contrariei - Como pudemos abandonar o Hideki daquela forma?! Ele tinha razão, não passamos de vermes covardes.

   - Damon, o próprio Hideki mandou que corrêssemos, o que acha que ele pensaria de nós? - perguntou Ariane - Eu entendo você, também não queria ter feito isso, mas era a única alternativa.

   - Não! - gritei - Eu vou voltar lá e ajudar o meu amigo, se vocês me seguirem ou não, é problema de vocês.

 Anna parecia um tanto confusa em escolher quem seguir, ela devia parar de depender de mim, amadurecer e criar seu próprio rumo. Ela olhava para mim e logo depois para Ariane, para mim e para Ariane novamente, Ariane suspirou impaciente, Anna acabou se colocando ao meu lado, Ariane correu para longe e eu e Anna voltamos para o local onde estava Hideki há alguns minutos atrás. Chegamos e não vimos o Peão, mesmo assim não baixei a guarda, olhei ao redor e nada do assassino, ouvi um grito agudo e desesperado.

   - O que foi Anna, o que foi?! - perguntei.

 Aproximei-me de Anna e vi o motivo pela qual ela gritava, um corpo estava estirado no chão e próximo ao corpo uma cabeça decapitada, o corpo de Hideki, eu sabia que ele não iria sobreviver. Meus olhos se encheram de lágrimas, mas eu teria de ser forte, assim como quando nossa mãe morreu. Abracei Anna e arrastei pelo gramado, a porta da mansão estava aberta, mas passei por ela e voltei à garagem, revirei toda a garagem e a caixa de ferramentas, Anna chorava silenciosamente na porta da garagem, continuamos em silêncio por um bom tempo. Encontrei um taco de beisebol de alumínio, caminhei calmamente até Anna e entreguei o taco de beisebol a ela.

   - Mas o que...? - perguntou.

   - Você não seria capaz de empunhar uma faca ou uma arma, então, fique com isto. - expliquei - Terá de ser forte, irmã.

 Peguei seu pulso e nós dois caminhamos de volta a mansão, entramos na casa e ficamos parados na sala de visita. E agora? Qual seria o próximo passo? Eu estava com raiva, queria vingar a morte de Claire, a morte de Maxinne, a morte de Cecílie, a morte de Andrew e... A morte de Hideki. Atravessamos calmamente a sala e subimos as escadas ao segundo andar, sem desviar a atenção de Anna e sem nos separarmos procuramos pelo Peão nos quartos, não queria deixá-la sozinha. Descemos novamente as escadas e descemos as escadas que levavam ao porão, toquei a maçaneta e tentei abrir a porta, mas estava trancada. Subimos as escadas e fomos até o terceiro andar, vasculhamos por completo o andar e então resolvemos descer, provavelmente o Peão estaria no porão mesmo, voltamos aquele mesmo corredor no segundo andar, o corredor me dava arrepios e trazia sentimentos ruins. Me distanciei um pouco de Anna e fiquei observando a janela quebrada no fim do corredor.

   - Damon! - gritou Anna.

 Virei-me para ela e o Peão corria em sua direção, me desesperei e corri para me aproximar de minha irmã, mas já era tarde, o Peão enfiou o facão pelo estômago de Anna, sangue transbordava de sua boca e ela se engasgava com o próprio sangue, no momento fiquei paralisado, quando a primeira lágrima escorreu eu serrei os punhos e corri em direção ao Peão.

   - Desgraçado! - gritei.

 O empurrei com toda minha força pelo corredor, no momento eu nem pensava direito, então acabou que o Peão atravessou a janela e caiu no gramado, corri rapidamente de volta a Anna, ela estava caída no chão, a ajudei a ficar de pé.

   - Vamos Anna, segure firme, não me deixe! - supliquei - Por favor...

 Ela estava morrendo, o ferimento havia sido profundo, a coloquei nas costas e lhe entreguei o tal taco de beisebol.

   - Consegue segurar? - perguntei.

   - S-sim... - respondeu.

 Desci as escadas e atravessei a sala de visitas, passei pela porta da frente, saindo da mansão, caminhei pelo gramado, ouvi novamente os irritantes rosnados de lobos, não estava com paciência para eles. Em questão de segundos um lobo imenso surgiu e pulou sobre mim, acabei deixando com que Anna caísse no chão, eu lutava contra o lobo, definitivamente aquele era o maior Mascote que eu havia visto naquela mansão, era maior que o normal. O animal avançava sobre mim, me arranhava e tentava cravar seus dentes gigantescos em meu rosto, era um animal muito forte e eu não estava em uma boa posição para enfrentá-lo - sem armas. Até que vi Anna de pé próxima a mim, em mãos ela tinha o taco de beisebol, ela acertou o lobo que caiu ao meu lado no gramado, me afastei rapidamente e Anna continuou a golpear o lobo até que ele morresse. Quando acabou ela caiu esgotada ao chão, a peguei nos braços e a levei até o jardim artificial próximo a piscina da mansão, a deixei sentada com as costas num coqueiro, me sentei ao seu lado e segurei sua mão.

   - Promete que ficará aqui até eu partir? - perguntou.

   - Prometo. - respondi.


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Notas finais do capítulo

Gomenasai, sei que é pequeno, desculpe.



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