De Repente, Amor escrita por Leo


Capítulo 2
CAPÍTULO 02


Notas iniciais do capítulo

CONTINUAÇÃO ^^



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Eu: Será?

Essa pergunta ficou me atormentando o resto dia. Esperei Zac sair do banheiro para eu tomar banho, ao sair, ele tentou ponderar ainda no assunto. Por algum acaso, minha resposta não foi diferente: “Só amigos”.

Durante o banho, é a melhor hora para se pensar, de tantas coisas para se pensar, nas férias, no que eu faria, eu só conseguia pensar em uma coisa, ou melhor, uma pessoa: Brenda.

Eu: O que eu estou pensando? - balancei a cabeça para tentar afastar os pensamentos – Brenda é minha melhor amiga!

Fechei o chuveiro e fui me secar, quando saí do banheiro, Zac não estava mais lá, provavelmente já tinha ido tirar a foto. Enquanto eu calçava meus sapatos, pensei novamente no assunto.

Eu: Mas... O que foi aquilo que rolou no Itadakemasu Ramem? A gente quase... Não, foi impressão minha...

Novamente balancei a cabeça na tentativa falha de afastar pensamentos, resolvi me apressar, ou seja, novamente saí em disparada ao ginásio, lá que tiraríamos as fotos, tomei o cuidado de não molhar meu rosto para que a maquiagem passada por Brenda não saísse. Chegando lá, avistei na fila Pâmela linchando as unhas distraída e Brenda conversando com Zac.

Eu: Ei gente! - me apressei de encontro a eles – Cheguei!

Pâmela: Demorou eim?

Zac: Eu meio que tenho culpa no cartório... - disse Zac passando a mão atrás da cabeça – E desculpe não ter te esperado...

Eu: Mas deu tempo né? Quem vai primeiro? - Pâmela fez questão de dizer que seria a primeira – Ok... E depois?

Zac: Deixa que eu vou!

Eu: Brenda, vai na minha frente? Eu odeio tirar foto...

Brenda: Tanto faz! - ela disse em tom irritado, irritada comigo para ser exato.

Eu: O que houve?

Pâmela: Não pergunte a mim! - ela disse – Ela disse que ia te chamar no quarto, e quando voltou, estava só com o Zac e irritada...

Zac: Diego... Podemos conversar a sós um instantinho?

Não estava entendendo nada, se Zac queria conversar, ele provavelmente sabia o motivo do mal humor de Brenda. Saímos da fila e pegamos uma distância da mesma.

Zac: Serei direto... Ela ouviu a nossa conversa sobre vocês dois...

Eu: Tá, e daí? - não sabia o que ele queria dizer – O que é que tem?

Zac: Você faz força ou é lesado por natureza?

Eu: Cara, não estou entendendo, poderia ser mais direto?

Zac: A Brenda gosta de você cara! - ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Eu: Eu sei cara, eu também gosto dela! É minha melhor amiga! Como não gostar?

Zac: Ô idiota, serei bem mais objetivo, a Brenda te ama! Ela quer ser sua namorada! E quando ela ouviu nossa conversa, se sentiu mal por você não corresponder a esse amor!

A Brenda? Ela... Ela ama a mim? Mas... E eu? Eu a amo?

Eu: Tá, isso foi um susto – disse para Zac – Como você sabe disso?

Zac: Todo mundo sabe disso! - ele disse novamente como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Só você que é o lesado aqui!

Aquilo foi um baque, voltamos para a fila, eu fiquei quieto, olhando pro chão, ou seria para o nada? Não conseguia me concentrar em nenhuma das palavras que Zac e Pâmela pronunciavam, Brenda estava quieta e com ar estressada...

Eu: Gente, o que vocês vão fazer neste final de semana?

Pâmela: Vou para a praia com o Zac...

Zac: Vou para a praia com a Pâmela...

Eu: Hum... O pessoal da escola vai no passeio para o museu, só nós quatro que não vamos...

Zac: Não, nem rola!

Pâmela: Não rola o quê “môzinho”?

Zac: É desculpa dele para ir para a praia com a gente! Nem rola!

Eu: Não quero ir na praia! Só queria saber o que você iriam fazer...

Então, fora os funcionários, ficaríamos apenas eu e Brenda na escola... Ótimo! Vou por essa história a limpo!

Terminamos de tirar as fotos e saímos da escola de novo e fomos tomar um sorvete. Passeamos um pouco pela cidade e voltamos a noite, ao toque de recolher.

Eu: Boa noite meninas... Estou morrendo de sono... Até amanhã!

Zac: Não tranca a porta! Daqui a pouco eu estou indo!

Eu: Que seja! Não demore muito!

Branda: Boa noite Zac, boa noite Pâmela! Até amanhã!

Ela me ignorou... Ela realmente está estressada comigo... Mas... Se sempre fomos amigos, porque se estressar que dizemos isso? Eu definitivamente não entendo as garotas!

Entrei no meu quarto, me troquei e deitei na cama, não conseguia dormir... Eu fitava o teto sem piscar, meus pensamentos me assombravam de novo... Eu acho que...

Eu: Eu me apaixonei pela minha melhor amiga... - eu disse para mim mesmo e voz baixa.

Em seguida, a porta do quarto se abriu, era Zac.

Zac: Achei que estivesse morrendo de sono...

Eu: Achei que não fosse demorar...

Zac: Ok, você venceu essa! - ele entrou no banheiro para se trocar e de lá puxou assunto – Então... O que você vai fazer em relação a Brenda?

Eu: Não sei... - disse pensativo – Primeiro tenho que passar essa história a limpo...

Zac: Então foi por isso que você não fez questão de ir a praia amanhã né?

Eu: Exatamente, sem ninguém para atrapalhar, eu posso ficar ela em paz e esclarecer isso tudo...

Zac: E... Como pretende fazer isso?

Eu: Não sei...

Zac saiu do banheiro deitou em sua cama e apenas disse.

Zac: Boa sorte... Bem... Já está tarde... Amanhã tenho que acordar cedo...

Eu: Você? Acordando cedo? Brincou né?

Zac: Engraçadinho... Boa noite!

Ele virou e dormiu rapidamente, me virei e dormi.

Na manhã seguinte, acordei cedo, eram por volta das sete da manhã, ainda sonolento, dei bom dia para Zac. Nada... Olhei para a cama dele e ela estava vazia, e o mais incrível, arrumada, e havia um bilhete em cima:

“Fomos para a praia cedo, voltaremos de tarde, boa sorte naquele lance!”

Pâmela está fazendo bem para o Zac... Ele estava até escrevendo bilhetes e deixando a cama arrumada... Menos um trabalho pra mim, arrumarei somente a minha.

Eu: Brenda... - foi meu primeiro pensamento do dia – É... Estou amando ela...

Terminei de me arrumar e pude ver da janela os ônibus de passeio saindo. Pronto! Agora haviam somente eu e Brenda na escola, seguirei para o dormitório feminino e vou para o quarto dela.

Faz um tempão que eu não entro naquele quarto... Ela já deve ter mudado a decoração... Como deve estar?

Cheguei à porta de cor roxa, ou seria lilás? Tanto faz! Bati na porta. Nada. Bati na porta de novo. Nada.

Eu: Estou entrando!

O quarto estava vazio, não havia ninguém lá... Olhei para o criado mudo e vi uma foto que me agradou: Eu e Brenda, abraçados, sorridentes, estávamos em um campo aberto, eram os fundos do colégio, como eu não tinha aquela foto?

Brenda: Nesta época Zac e Pâmela ainda estavam de paquera... - ela apareceu na porta sorrindo – Então... O que você faz por aqui?

Eu: Bem... Preciso falar contigo...

Brenda: Eu também preciso falar com você...

O tom de voz dela estava triste, isso não era bom, talvez fosse melhor que ela dissesse primeiro.

Eu: Diga primeiro... O que houve?

Brenda: Eu... - ela fechou os olhos, respirou fundo e soltou a bomba – Eu vou sair da escola.

Eu: O quê? Por que? - senti meu coração ser esmagado – Você não pode fazer isso! Você não quer!

Brenda: Não, não quero. - ela chorava – Mais vai ser melhor...

Eu: Melhor pra quem?

Brenda: Para nós dois...

Eu: E eu? - perguntei um pouco irritado – Você por acaso sabe como eu me sinto? Se você sabe o que é melhor pra mim, fique! Não me abandona aqui!

Brenda: E como você se sente? - ela perguntou em tom irritada – Sente que vai perder a sua “amiga”? - ela perguntou em tom irônico e dando ênfase a palavra “amiga”.

Não posso aguentar perder a Brenda! Eu não sei o que está acontecendo comigo! Preciso dizer a ela! Mas... Dizer o quê? Que a amo mais do que como amiga? Mas...

Eu: Brenda, por favor, não fala assim! Não faça assim! Eu não vou aguentar a ver você partir!

Brenda: POR QUÊ? - ela berrou chorando.

Eu: POR QUE EU TE AMO! - berrei para quem quisesse ouvir, algumas lágrimas insistiam em cair dos meus olhos – Eu te amo Brenda!

Ela parecia assustada, estava muda, olhando para mim com os olhos bem abertos. Eu precisava terminar logo com aquela agonia, resolvi me abrir de vez, dizer tudo o que sentia por ela.

Eu: Eu... Pode ser egoísmo meu... Mas eu não quero que você vá e me deixe! Eu vim até aqui para dizer que te amo, não como amiga, mas como mulher, não paro de pensar em você, sinto sempre sua falta quando você não está... Eu quero ser seu namorado, noivo, marido! Não posso viver sem você! Eu sei que você sente a mesma coisa! Brenda... - olhei no fundo dos olhos dela que estava parada, tentando assimilar tudo – Você aceita ser a minha namorada? - sorri para ela.

Brenda nada respondeu, meu coração parou por um tempo, minha respiração faltou. No momento seguinte, Brenda estava me abraçando, forte, escondendo o rosto em meu ombro, eu sentia o bom cheiro de seu cabelo em meu nariz, a abracei de volta.

Eu: Isso é um sim?

Brenda sorriu olhou em meus olhos sorrindo e respondeu.

Brenda: Não, isso é um “óbvio que eu aceito”! - disse sorrindo ainda em meus braços. - Te amo!

Eu: Também te amo!

Assim, selamos nosso amor em um beijo calmo, sereno, demorado, até que o ar nos faltasse.

Brenda: E se não der certo? - ela disse preocupada.

Eu: E se o quê não dar certo?

Brenda: Nosso namoro... - ela sorriu um pouco corada – gostei de dizer isso...

Eu: Minha querida namorada... - confesso, também gostei de dizer isso – Isso não vai acontecer, nascemos um para o outro, e agora que a tenho, nada me tira de você!

Brenda: Que romântico! - ela disse me dando um leve beijo nos lábios – Eu não conhecia esse seu lado!

Eu: Acabei de descobri-lo!

Ela sorriu e me beijou de novo, esse foi mais longo, mais desesperado, como se precisássemos daquilo.

Eu sabia que era uma nova vida para mim, para a Brenda e para todos a nossa volta, afinal, isso logo ficaria na boca do povo. Mas fazer o quê né? Nos amamos! Não sei desde quando, foi de repente...

De repente, amor!


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Notas finais do capítulo

Reviews gente *-*



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