Santana estava quieta naquele dia e Kurt observava a latina atentamente. “O que aconteceu sua ‘amiga’ desmarcou um encontro?” brincou Kurt. A latina estava frágil e foi correndo em direção ao amigo e o abraçou e chorou. “Hey minha diva linda pode parar de chorar temos muito o que fazer e você esta manchando minha blusa nova da Tommy.” Disse o rapaz tentando animar um pouco Santana que o soltou e esboçou um pequeno sorriso.

Os dois continuaram a fazer os últimos arranjos para a exposição que a galeria realizaria a noite. Ligou mais uma vez para o Buffet confirmando que fora tudo perfeitamente organizado e especificado por Kurt. A exposição seria uma das melhores que Londres já viu, somente com artistas novos e uma obra raríssima de Bansky em leilão.

Santana não falava sobre o acontecido no almoço mas isso não significava que ela não pensava no que tinha se passada algumas horas atrás. Queria não ter sido uma covarde e não ter fugido de sua própria casa, que papel ridículo ela estava interpretando nesta peça chamada vida. O que teria acontecido se ela tivesse permanecido ali? Teria coragem de desmentir tudo ou inventaria uma mentira esfarrapada. Merda. Ela tinha provavelmente arruinado, estragado tudo o que poderia ter com a loira ou não...

Britt mordiscava a ponta de seu lápis amarelo enquanto via se a janela ficaria melhor posicionada a esquerda ou a direita do quarto. Estava frustrada. Demorou um pouco para se recompor do choque que teve na hora do almoço. Ainda não tinha certeza do que acontecera. Santana a amava? Ou simplesmente fez um trabalho artístico com as coisas que tinha da loira. Se fosse a segunda opção por que a morena teria tanto material assim? Até alguns dias nunca conversara com Sant. Aquilo era uma surpresa, mas porque ela estava sorrindo que nem uma boba agora e não estava assustada?

Não sabia porque estava com todas duvidas. A verdade estava estampada a latina gostava da loira, não gostava na realidade a amava. Não podia negar que também se sentia atraída pela morena, rainha de seus sonhos.

E outra coisa insistia em tentar ocupar a cabeça da loira, Evans provavelmente a estava traindo com outra.

Já no hospital Sam estava em seu escritório exausto acabara de sair de uma cirurgia de quatro horas e no final o paciente morrera. E ainda haviam praticamente extinguido o estoque de sangue B-. A porta de seu escritório se abriu e a enfermeira morena entrou.

“Sabe o Natal esta chegando.” Falou Rachel sensualmente se insinuando para Sam.

“E?” perguntou Sam desentendido.

“Presentes bobão.” Disse Rachel arrancando um beijo do homem.

“Aqui não, estou casado e alguém pode contar para a minha mulher.” reclamou o loiro. “O que vai querer?” perguntou friamente.

“Não sei me surpreenda. Me de algo que eu ainda não tenho.” Disse a enfermeira o provocando.

“E você o que vai me dar?” perguntou ele.

“Ora vou começar não contando a sua esposa que você vem me fodendo umas duas vezes por dia na ultima semana.” Disse a mulher.

“Você não contaria.” Falou Sam um pouco alterando levantando-se de sua cadeira.

“Quer pagar pra ver?” Rachel perguntou com um olhar cínico.

“Sua prostituta. Vá a merda.” Falou Sam estressado. Ele precisaria de Santana para se livrar dela.

“Não esqueça meu presente ou algo pode dar errado como o seu casamento.” ameaçou a enfermeira antes de sair do escritório, deixando para trás um Sam completamente estressado