I Knew You Were Trouble escrita por Barbara Fuhrwig


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Hey, meus amores, como vão? Pra começar, muuuuuito obrigada por todos os reviews! Vocês realmente me deixaram muito feliz, já que mais leitores se manifestaram (continuem assim!), e muito obrigada pelos vários "Parabéns"! Aproveitem o capítulo e nos vemos nas notas finais, ok?



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- Final de semana, vem em mim, seu lindo! – exclamo, assim que o sinal para o final da aula toca.

- Que estranho – Katniss murmura.

- O que é estranho?

- Toda essa sua animação.

- É crime ficar animada agora? É uma sexta-feira! E está um lindo dia ensolarado, vamos nos animar!

- Ok, desembucha – ela me corta.

- Não tenho ideia do que você está falando. É sério! – completo, vendo seu olhar se estreitar pra mim.

- Não que falar? Tudo bem, mas não reclame quando eu te der o maior gelo por descobrir que você está escondendo as coisas.

- Ai, credo! – resmungo – Mas, ei, você não deveria estar feliz também? Você não vai sair com o Peeta amanhã?

- E estou animada. Só não preciso sair por ai saltitando, como se eu fosse levar doces para a casa da vovozinha!

- Vamos embora, Clove? – Cato aparece ao meu lado antes que eu possa dizer qualquer coisa a minha amiga.

- Vamos – sorrio, mas o meu sorriso morre na hora em que vejo sua expressão – Algum problema?

- Só quero ir embora – curto e grosso, ai.

- Ok – faço uma careta confusa e me viro para me despedir de Katniss.

- Não me diga que aconteceu alguma coisa entre vocês de novo – ela sussurra enquanto me abraça, escondendo sua boca em meus cabelos.

- Me ligue pra falar alguma coisa de seu encontro – forço uma risadinha, desviando de seu comentário.

Mas Katniss é esperta o suficiente pra saber que eu quis mudar de assunto.

Vou atrás de Cato, que anda rapidamente e já está a vários metros a minha frente. Ele olha para frente, parecendo pensativo.

- Ei, Clove, espera – ele segura meu ombro, me fazendo parar no meio de uma passada.

- O que foi?

- Vamos de metrô – ele diz.

- Por quê? Podemos ir caminhando, não temos pressa.

- Eu tenho – ele retruca.

- Mas... – começo.

- Tá, quer ir a pé pode ir. Eu vou de metrô – ele me dá as costas.

Fico me perguntando se eu o fiz alguma coisa, ou ele apenas está mal-humorado. Quem sabe esteja descontando em mim por ter sido grossa com ele antes.

- Ei, Cato – o chamo, incerta. Ele me olha rapidamente – Se você está assim porque fui grossa com você... Eu já pedi desculpas, só estava irritada e...

- Já disse que não tenho nada! Só quero chegar em casa logo – ele me interrompe.

Penso em ser grossa com ele, mas sei que pareceria uma criança fazendo birra, então pego meus fones e sigo Cato em silêncio. Ficamos alguns minutos esperando nosso metrô, e a pouca felicidade que eu ainda sentia é totalmente destruída quando vejo aqueles cabelos ruivos.

Sim, eu estava estranhamente feliz por Cato ter me beijado e pensei que ele não agiria feito um idiota por causa disso, como da outra vez. Mas, depois de passar a manhã inteira sem falar com ele, pensando que ele apenas queria ficar com os primos, vi que estava enganada.

Como se não bastasse ter sido grosso comigo, ele ainda sorriu para a garota e foi falar com ela.

A contra-gosto o segui, com medo de que tentassem abusar de mim, já que o metrô estava um pouco cheio e vários homens estavam de pé. Fiquei perto o suficiente de Cato para sentir seu perfume, mas sem encostar-me a ele.

Ele começou a conversar com a garota, e ambos sorriam simpaticamente. Ou a ruivinha estava ignorando minha presença, ou ela ainda não tinha visto parada atrás de Cato.

Assim que paramos na estação seguinte, dois lugares forem liberados em frente ao lado da garota, e nós os ocupamos. Quando Cato ficou sem assunto a amiguinha dele por alguns segundos, ele pareceu lembrar-se que eu existia.

- O que você está escutando? – ele perguntou normalmente e esticou a mão para pegar um de meus fones.

- Nada que seja de seu gosto – empurrei sua mão para longe.

- Quem é ela? – a ruiva esticou-se para me ver, já que Cato estava sentado entre nós duas.

Cato me encarou pelo que pareceram longos segundos.

- Ela é minha... – ele hesitou – Amiga.

- Prazer, sou Finch – ela me estendeu sua mão, sorrindo amavelmente.

- Interessante – murmurei, encarando sua mão com uma careta, o que fez com que ela logo puxasse de volta para si.

- Você tem nome? – ela insistiu, e Cato respondeu por mim.

- É Clove.

Fiquei encarando o outro lado do vagão, e pude escutar a tal Finch murmurar para Cato.

- Ela só abre a boca pra ser grossa com os outros?

Mas Cato não respondeu.

Assim que chegamos a nossa estação, ele despediu-se da garota, e eu praticamente voei pra fora do metrô. Eu andava a passos rápidos, quase correndo, mas Cato me alcançou rapidamente e parecia não fazer o menor esforço para me acompanhar.

- Ei, eu estava entrando também – Cato protestou, quando entrei em casa e empurrei a porta nele, que estava atrás de mim – Não me viu, não?

- Prefiro acreditar que não. Já pensou em como seria legal não ter mais que te ver? – exclamei do topo da escada, virando-me para encará-lo.

- Clove, não começa, por favor. Eu não quero discutir com você – ele pediu.

- Não começa? Por acaso era eu que estava te dando o maior gelo meia hora atrás? Se não quer discutir, pare de agir feito um imbecil! – larguei minha mochila no chão e desci as escadas, parando em sua frente – Eu fui idiota com você? Fui sim, mas eu tinha motivos! Eu estava irritada e chateada com minha mãe, eu estava deprimida por lembrar a morte de meu pai. E sem querer descontei em você. Porque eu precisava descontar minha raiva, e você infelizmente foi a primeira pessoa que apareceu em minha frente – eu disse, praticamente sem respirar, e já sentindo meus olhos arderem com as lágrimas que queriam sair.

Mas eu não ia chorar, não por uma discussão relacionada a o que quer que tivéssemos, não na frente de Cato.

- Agora por que você é tão idiota comigo? Você tem algum motivo pra fazer isso, ou é simplesmente a diversão em me beijar e depois fazer questão de esfregar na minha cara que não sente nada?

- E você sente alguma coisa, por acaso?

- Eu não sei! A única coisa que sei é que fiquei feliz de ter te beijado, se quer saber,até você começar a agir como um babaca outra vez e me ignorar pra ficar conversando com a garota do metrô.

- E se eu dissesse que eu também fiquei feliz?

- Eu não acreditaria! – respondo rapidamente, minha voz um pouco mais alta que o normal – Porque da primeira vez também foi assim. Você me beijou e depois agiu como se tivesse raiva de si mesmo por fazer isso. Sabe o quanto isso me chateia?

- Você não entende que é o mais fácil a se fazer?

- Não, o mais fácil seria você não me beijar, pra não ficar sentido culpa depois – digo.

- Acha que eu sinto culpa? – ele repete, parecendo irritado.

- Culpa, raiva, arrependimento. Deve ser qualquer coisa assim! – exclamo.

- Você não sabe nada do que eu sinto – ele eleva sua voz, seu tom completamente amargurado.

- Ainda bem! Já tenho problemas o suficiente não sabendo disso – grito.

- Você fala isso como se me beijar significasse grande coisa pra você – ele rebate.

- Você também não sabe nada do que eu sinto, Cato! E, já que você falou nisso, não foi você mesmo que disse que isso significava algo pra você?

- Mas não significa. Existe uma coisa chamada mentir, sabia? Eu só não queria te magoar.

- Parabéns, você conseguiu fazer isso agora – digo sem conseguir segurar minha língua, a voz incrivelmente calma.

- Clove, eu... – ele estica a mão para tocar meu ombro, mas me afasto dele, subindo as escadas outra vez.

- Sabe de uma coisa, Cato? – me viro para ele outra vez, após pegar minha mochila – Eu tenho muita raiva por minha mãe ter se casado com seu pai.

- Por quê? Tem raiva de me conhecer também?

- Não, mas tenho muita raiva de ser considerada sua meia-irmã – completo, torcendo para que ele não consiga ver que estou começando a chorar.

[...]

- Nossa, mãe, você parece completamente acabada. Foi atropelada por um caminhão? – perguntei durante o jantar.

Minha mãe já tinha vindo até mim pedir desculpas quando chegara, e eu fiz o mesmo, de modo que as coisas ficaram mais tranquilas entre nós.

- Quem me dera – ela deu uma risada fraca – Estou atolada de trabalho. Uma joalheira perto do subúrbio foi assaltada, e não sabemos quem foi. Provavelmente foi a mesma quadrilha. Mas você também não está com uma cara muito boa, aconteceu alguma coisa?

- Muita coisa que eu não queria que acontecesse – digo, colocando veneno em minhas palavras.

Cato me encara por longos segundos, e lhe dou um sorrisinho falso.

- Sua tia Enobaria vem almoçar aqui em casa amanhã – minha mãe diz.

- Tio Brutus vem também? – pergunto, ficando animada.

- Não, parece que ele tem muito trabalho a fazer.

A última vez que eu vira meus padrinhos foi no dia do casamento, e eu estava com muitas saudades deles.

- Bom, crianças, vocês ficam com a louça hoje, ok? – Henri diz, levantando-se.

- Ah, por quê? – resmungo.

- Porque sim. E você não me convence fazendo essa carinha, Clove – ele ri.

- Droga – murmuro baixinho.

Minha mãe e Henri logo se levantam, deixando apenas eu e Cato na cozinha.

- Eu não vou lavar a louça – digo rapidamente, o mais indiferente possível.

- Vai, sim! – ele diz.

- Não vou, não!

- Por que não? – ele levanta uma sobrancelha.

- Porque, como minha mãe comprou essa casa, eu mando em 99,9% dela, e você no resto. Ok, ok, você pode mandar em 5%, é pegar ou largar – ofereço, vendo seu olhar irritado.

- Esse é seu melhor argumento?

- Vou melhorar então: eu não quero lavar a louça e pronto.

Cato bufa, se levantando e vindo até mim.

- Terminou? – ele puxa meu prato.

- Eu ainda estava comendo! – protesto.

- Não, você estava fazendo birra. Como sempre – ele completa.

- Eu prefiro fazer birra a agir como um completo idiota.

- Já não tínhamos parado de discutir sobre isso?

- Àquela hora sim. Mas entenda uma coisa: talvez a gente sempre discuta, porque você sempre consegue me deixar... chateada – ou magoada, digo mentalmente.

- Você quer falar sobre isso? Então vamos falar sobre isso – ele encosta-se a pia, largando os pratos na mesma com um baque.

- Não, eu... Quer saber? Eu quero sim. Eu quero estabelecer um limite de espaço, certo? O meu espaço entre você e eu tem que ser de, no mínimo, cinco metros.

- E qual o objetivo desse limite estúpido e infantil? – ele pergunta.

- Por que você sempre ter que me chamar de criança?

- Porque você age com uma – ele dá de ombros.

- Quer saber pra que serve? Serve pra que você não chegue perto de mim – abaixo o tom de voz – e me beije mais. Não queremos que a culpa acabe com você, não é?

- E quem disse que você não vai chegar perto de mim por vontade própria e me beijar?

- Eu garanto. Porque, pode ter certeza, eu não quero mais beijar você.

O mínimo sorriso sarcástico que tinha nos lábios de Cato morre, e ele me encara por alguns segundos, o semblante completamente sério.

- Quer saber de uma coisa, Clove? Eu também odeio o fato de ser seu meio-irmão – ele diz e me dá as costas, saindo da cozinha.

Eu não sei exatamente o que Cato quis dizer com aquilo; não sabia direito nem o que eu estava falando quando lhe disse isso. E fico sem saber o que lhe falar por alguns segundos, ficando parada no meio da cozinha.

Então solto uma coisa muito inteligente:

- Mas e a louça?


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Notas finais do capítulo

Eu não sei por que, mas sinto que tem muita gente querendo me matar por colocar Clato feelings num capítulo e depois acabar com isso no capítulo seguinte dslkfjgslkdjf mas don't worry, tudo isso tem uma explicação, ok? E vocês vão entende-la logo!
Mas gente, PRESTEM ATENÇÃO: se eu, por acaso, colocar a fanfic em um hiatus temporário, apesar de eu sempre demorar anos pra atualizar a fanfic de qualquer maneira k, vão até o meu perfil, que eu deixarei explicações lá, certo? Mas o que vocês provavelmente encontrarão é um recado culpando a minha escola, como sempre haha Enfim, deixem suas opiniões nos comentários. E recomendações também são sempre bem vindas! Beijos :33