Never Let You Go escrita por Letícia
Notas iniciais do capítulo
espero que não tenha ficado muito confuso, bjsss
Far away
Quando desço do carro, Justin parte na mesma hora, então eu subo e troco de roupa, colocando algo mais quente, como um cardigã e botas quentes. Desço e tomo um gole de água, quando ouço a campainha tocar. É Julie. Saio batendo a porta de casa, lembro que meu pai não levou a chave e não sei que horas ele vai chegar, foda-se, coloco a chave na maçaneta e tranco, indo em direção ao carro.
- Oi Ju, tudo bom? - tento parecer com um bom humor
- Estou ótima e você? Só sentindo frio - ela dá uma risada
- Bem, não vejo a hora de nevar - falo - Posso ligar o rádio? - ela assente com a cabeça e eu ligo.
- Que tal amanhã sairmos para fazer compras? Estou muito empolgada para esse tipo de coisa - ela fala demonstrando euforia - Podemos ir na Barney's, na Macy's e até na Mac, preciso de um batom novo e sim, como pude esquecer, a gente vai na Forever 21, tem uma blusinhas em promoção e...
- Julie - interrompo - eu estava pensando seriamente em uma coisas devido a tudo que está ocorrendo na minha vida
- Ai meu Deus, você vai virar lésbica? Olha eu gosto de homens e...
- Para com isso menina - solto uma risada imensa - É uma coisa mais importante que isso
- Ai Mad, você está me assustando, conta logo - ela dá pulinhos no banco - Melhor pararmos em algum lugar antes de ir pra festa - sugiro e logo encontramos um Starbucks, isso, um lugar quentinho.
Entramos e consigo sentir o ar quente no meu corpo, o aquecedor, melhor invenção de todas. Enfim, entramos e pedimos dois cafés com leite, Julie me entrega um e senta.
- Pode começar falando - ela dá um gole
- Julie, esses dias eu ando falando com Justin e... - conto a história inteira para ela - E resumindo ele disse que eu pareço com a mãe dele em tudo e que tem sentimentos por mim, mas como entrou na droga muito cedo não se controla quando está sob efeito dela ou sem ela, isso que o faz beija outras garotas e me bater.
Encaro-a e vejo Julie com o a boca aberta, simplesmente de queixo caído, sei que ela parece não acreditar muito em tudo o que eu disse, mas sei que Justin foi sincero, eu estava olhado em seus olhos, onde pela primeira vez vi a cor mel em vez do vermelho de sempre.
- Que cretino, ele fala tudo isso pra você e deve estar agarrando com outra infeliz que fuma pra caralho - ela revira os olhos - Você vai tomar alguma advertência?
- Julie, se eu continuar aqui eu vou acabar me entregando, preciso de um tempo para me tornar forte - eu pouso o copo - Vou me mudar.
- MUDAR? PRA ONDE? VOCÊ FICOU LOUCA? - ela grita e o estabelecimento inteiro se dirige para nós - Olha, você não pode ir embora, eu vou morrer sem você
- E vou morrer se continuar aqui, tente me entender, eu volto depois das férias do ano que vem, prometo - eu faço uma cruz com os dedos e estalo dois beijinhos neles
- Faz ideia pra onde vai? - ela respira - Pra India talvez?
- Pra Washington D.C , na casa da minha avó - eu digo - Segunda vou resolver as coisas na escola e falar para meu pai sobre a decisão.
- Já ligou para sua avó? - ela pergunta com pouco expectativa
- Sim, ela está me esperando e vai comprar minha passagem pra semana que vem - dou um gole - Eu vou voltar outra pessoa e então recomeçar tudo.
- Nem quero ver o que seu pai vai falar - ela olha o relógio - Vamos logo, a festa começou faz meia hora.
Ela pega a chave do carro e vamos em direção a casa de Jonathan, onde tem apenas sete carros parados na frente. Poucas pessoas, uma lareira e bebida, o resto de tarde perfeito. Tocamos a companhia e somos recepcionadas por um menino que nunca vi na minha vida, mas ele é fofinho. Tem olhos claros, cabelo encaracolado e loiro, parece um anjo.
Quando entramos vejo Justin sentando em uma poltrona encostada na parede, com um copo de chocolate quente na mão e me encarando descaradamente. Ele dá um tapinha de leve no lugar vazio ao seu lado e eu sento. Não puxamos assunto, ficamos apenas curtindo o silêncio, a música e os outros sentados perto da lareira, ambos tomando chocolate quente.
- Então - ele quebra o silêncio - vamos lá em cima?
- Pra que? - não o olho - Para podermos conversar e nos acertarmos quem sabe - ele diz com um tom de sarcasmo. Apenas assinto com a cabeça e subimos em direção ao mesmo quarto da festa de alguns meses atrás.
- Então - falo quando entramos - vamos acertar o que ?
- O que você ficou me devendo naquela ultima vez - eu sei do que ele está falando, mas simplesmente não posso. Não, não, não.
- Justin, eu preciso te contar uma coisa - falo meio baixo
- Pode me contar depois - ele diz se aproximando, me vejo fechando os olhos e sentindo sua respiração perto da minha. Ele me beija com uma intensidade anormal. Então é verdade, eu sinto mesmo que ele me pertence.
Vamos até a cama e mesmo vendo que vai rolar ali e agora eu deixo acontecer, não ligo para ser forte ou não, quem sabe amanhã eu me arrependa, mas já vai ter acontecido e eu vou me foder de qualquer jeito. Ele tira minha blusa com facilidade e me sinto perdida, sou virgem e só beijei dois caras na minha vida, contando com ele.
Quando vejo já rolou tudo, estamos nus em uma cama que eu não faço a mínima ideia de quem seja, então coloco minhas roupas e sinto vontade de desabar em lágrimas. Como pude deixar acontecer sabendo que semana que vem vou embora?
- Justin, isso não poderia ter acontecido - eu digo enquanto coloco minha blusa
- Mas aconteceu - ele levanta - Você me pertence Madison, você é a única por quem sinto algo - ele me beija de leve - Eu não quero mais nada quando estou com você.
- Não fala isso porra, eu sei que amanhã quando você se drogar vai pegar alguma menina bem na minha frente, ou segunda no colégio, tanto faz porra - digo aumentando o tom de voz - Eu vou me mudar Justin, eu vou para outra cidade, tenho que ser forte e superar isso que eu sinto por você, medo, amor, eu estou confusa...
- Você não pode se mudar - ele me olha nos olhos - Eu prometo que vou ser diferente, eu te amo.
- Vai me dizer que vai ficar todo fofo e largar as drogas ai vamos casar e ter lindos filhos ? Me poupe de mais mentiras, eu até acredito em você sentir alguma coisa, mas me amar? Cale essa boca antes de mencionar amor, eu não conheço mais essa palavra, chega - respiro - Chega...
Antes que ele fale alguma coisa, eu pego e saio do quarto, indo direto a Julie, que está pegando o gatinho que parece um anjo, então vendo que vou incomodar eu me retiro, chamo um táxi e vou embora. Essa conversa foi a mais confusa de toda a minha vida, mesmo.
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