My Luck is to Have You escrita por Miss A


Capítulo 7
Superman Tonigth


Notas iniciais do capítulo

Superman Tonigth - BonJovi
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/323766/chapter/7

– Não, Elena – Damon recusou balançando a cabeça e a deixou ali, seguindo o caminho que levava para o quarto onde ficariam hospedados – Eu não quero...

Subiu as escadas para o segundo andar com Elena em seu encalço. Ela não desistiria...

– Elena por favor! – ele falou duro parando na entrada do quarto. Ela o encarou e ele segurou seu olhar na esperança dela desistir. Ela baixou a cabeça a balançando negativamente e quando ele achou que ela desistiria, baixou a guarda.

Mais ela não havia desistido. O empurrou com todas as forças que pode porta a dentro do quarto, mais diferente de Stefan, Damon não caiu. Incrédulo com a atitude dela, ele acabou cedendo tempo para que ela trancasse a porta do quarto e guardasse a chave na parte da frente da calcinha.

– Você não fez isso... – ele lamentou sorrindo forçado pelo ato dela.

– Ah, eu fiz... – ela concordou com um sorrisinho sem graça.

– Tá Elena, o que você quer pra me deixar em paz?

– Uma coisa bem simples... – ela começou em sua voz mais doce e persuasiva.

– Bem simples? – ele perguntou já prevendo o que viria a seguir. Jogou-se de costas na cama.

– Só quero que você me explique o que aconteceu agora a pouco na quadra de tênis... Quero que você fale sobre a loira.

– Não vale a pena, Elena...

– Ah, não vale apena? – ela perguntou sarcástica quando ele se jogou na cama de costas para ela – Então me diz, Damon... Porque você teve que ser contido pelo Alaric? Porque você ta aqui jogado nessa cama com cara de enterro enquanto os nossos amigos estão todos cantarolando lá em baixo esperando a tua mãe servir o almoço?!

– O que você tem a ver com isso, afinal? O que te importa o que acontece ou deixa de acontecer entre mim e a Madelaine? – ele falou firme enquanto voltava a encará-la, esperando que aquelas palavras doessem tanto nela quanto doíam para ele dizer.

– Eu sou sua amiga, Damon – Ela rebateu em tom baixo descruzando os braços, visivelmente chocada com o modo como ele havia falado – Quantas vezes eu vou ter que repetir que EU – ela frisou apontando para si mesma. A essa altura tentava ao máximo impedir as lágrimas de rolarem por seu rosto, só em vê-lo triste, ela ficava mal – me importo com você? Eu te conheço, Damon, e esse – ela o encarou nos olhos e pode ver o mar em fúria dentro dele por suas órbitas azuis e uma lágrima venceu sua barreira escorrendo pelo lado direito de sua face – Não é você.

Ele suspirou pesadamente desviando do olhar penetrante de Elena. As palavras de Madelaine ainda ecoando por sua cabeça. Por fim, voltando a encarar a morena suplicante por respostas, ele se deu por vencido, abraçando a possibilidade de ele realmente precisar desabafar.

– Eu conheci a Madelaine em junho de 2002, época da festa dos fundadores, eu tinha 15, ia completar 16. Ela era filha de um empresário italiano com uma francesa, amigos do meu pai e mamãe a adorava – ele revirou os olhos e Elena franziu o sênior sem entender a atitude – Ela tinha a minha idade, começou a vir todo o ano para os festejos dos fundadores e para o meu aniversário, nos tornamos amigos, cúmplices e eu me apaixonei por ela...

– Pera ai... – Elena pediu estendendo a mão direita na direção dele para o interromper. Caminhou um pouco confusa na direção da cama se aproximando de Damon – Ta me dizendo que ela vinha aqui todo o ano? E como eu não a conheço? – Perguntou em um fio de voz, visivelmente desapontada com sigo mesma.

– É claro que conhecia, Elena... – ele deu de ombros – Mais você era uma pirralha, não se lembra dela... Além do mais, Maddie não era de ficar perto das crianças... Ela andava sempre comigo, com o Alaric e com a Katherine e você sempre manteve distância de mim, não se lembra?

– Você era um insuportável! – ela provocou arrancando uma risada amigável dele, sentando-se ao seu lado – Tá, mais até agora não tem nada de mais...

– O problema, Elena, era que a Madelaine sempre voltava diferente da Itália. Em 2003 ela mudou o cabelo e começou a beber, em 2004 as roupas comportadas viraram shorts curtos e blusas de banda, a maquiagem dela mudou, ela começou a abusar do preto e do batom que lembrava sangue e em 2005, antes do dia dos fundadores, ela apareceu com a ideia da tatuagem de Kriptonita e as brincadeiras pesadas...

– Brincadeiras pesadas? – ela não entendeu. Ele soltou uma risada abafada já esperando por isso.

– Eu e a Maddie nos drogávamos quando estávamos juntos, passávamos dois dias fora de casa perambulando por Charlottesville ou Lynchburg, não tínhamos problemas com os nossos pais, eu estudava, ela estudava na Europa e éramos dois amigos nos divertindo...

– Pera ai... Drogas? – ela perguntou ligeiramente assustada, nunca imaginou que ele pudesse ter usado qualquer tipo de droga.

– É Elena... – Ele desviou o olhar.

– Mais você parou, não parou? – Ela perguntou rápido demais denunciando a ele o quanto aquela informação lhe era importante, ele tinha que ter parado, caso o contrário ela seria a pior amiga do mundo por não saber de algo assim – Me diz que parou, Damon.

– Parei... Eu parei antes de ir pra New York... Mais antes disso... Antes eu... – aquilo lhe doía lembrar. Percebendo o esforço dele, Elena levou sua mão direita até a coxa dele e acariciou levemente. Ele a encarou por alguns segundos e suspirou vencido ao continuar – A Maddie... Ela engravidou, Elena... Eu engravidei ela...

Elena não conseguiu disfarçar o susto. A menção de um filho a fez tirar a mão da coxa de Damon e colocá-la sobre a boca.

– Você...? – Ela começou gaguejando – Vocês... Tem um filho? – A ideia lhe parecia absurda, mais a feição de Damon dizia o contrário.

– Não... – Elena mostrou-se ainda mais confusa, mesmo que intimamente sentisse uma pontada de alívio – Ela... Ela sumiu... Ela simplesmente sumiu depois de me dar a notícia. Foi pra Itália, pra Espanha, pro Brasil... Sei lá... Ela só sumiu, sem me falar nada. Então eu fiquei irado, perdido Elena, esperando que ela voltasse pra contarmos a todos, sabe? Eu gostava da Maddie, eu gostava de verdade... Então durante dois meses eu parei de ir as aulas, eu já não dormia mais em casa, eu bebia noite e dia, eu usava a droga que me aparecia para comprar e se não tivesse sido pelo Alaric me tirando de roubadas, me procurando pela cidade e pela Lexi, me encobrindo em casa, eu não sei o que teria acontecido...

– Então foi por isso? Foi por isso que você saiu da cidade? Por que ela sumiu com seu filho?

– Não... – ele voltou a repetir – Não, eu... Depois de um tempo o Ric me botou nos eixos... Eu não era um viciado, isso foi o que me salvou, eu consegui parar... Então eu voltei pra escola, voltei pra casa e comecei a namorar a Katherine. Ela gostava de mim e eu precisava desesperadamente esquecer a Madelaine estando onde quer que ela estivesse... Então ela voltou... Ela voltou pra me dizer que tinha perdido o bebe e que me queria pra ela novamente.

– E o que você fez? – ela o encarava esperançosa, querendo que ele logo dissesse que se mudou, que deixou Madelaine para trás, mais ele novamente sorriu desgostoso.

– Eu me senti perdido de novo e isso durou mais tempo do que da primeira vez. A Maddie viajava e eu retomava a minha vida, o meu namoro com a Katherine e então, a Maddie voltava 10 dias depois e eu voltava a beber porque eu era vidrado nela, ela exercia algum tipo de poder sobre mim... A Katherine ficava irada mais, eu só tinha ela e o Ric, e eles não deixaram que aquela história vazasse para mais alguém e a Lexi já não morava mais nessa cidade... Então, da última vez que eu usei drogas e bebi feito um condenado, a Katherine me achou e me levou pra casa dela pra tentar me acalmar. Como não conseguiu, ela própria perdeu a cabeça com aquela situação e chamou o Ric que me levou pra casa dele e no outro dia me fez prometer, não pra ele, pra mim mesmo, que eu não ia deixar a Maddie interferir mais na minha vida. Então ele mesmo comprou a minha passagem enquanto eu contava pra minha família que iria embora. Os meus pais tinham apartamento em NY, eu entrei na faculdade, consegui arrumar um emprego, me formei em Cinema, você apareceu pedindo um teto – ele disse sorrindo e ela o encarou - e eu cuidei de você, pirralha.

– Talvez New York seja a capital dos problemáticos – ela anunciou sorridente referindo-se ao fato de os dois terem ido pra lá depois de um grande problema em suas vidas.

– Acho que é – ele a abraçou forte, deixando pela primeira vez uma lágrima escorrer dos olhos – Obrigado, Elena – agradeceu sussurrando em seu ouvido – Eu precisava partilhar isso, nem que fosse sendo forçado como você fez...

Elena desceu as escadas com Damon em seu encalço. Conseguiu o convencer a tomar um banho antes de descer com ela para acalmar os nervos e assim ele o fez. Com um sorriso no rosto, Damon encarou primeiramente Madelaine e depois o grupo de amigos reunidos na enorme mesa de jantar dos Salvatore. Conversavam animados sobre algo e riam. Ao contrário do que eles achavam, ninguém comentou sobre os acontecidos durante a gincana.

A matriarca dos Salvatore saiu da cozinha com uma travessa de lasanha nas mãos, atrás dela, mais seis pessoas traziam pratos para o almoço. Exagero, pensou Elena.

Começaram a comer e Lily foi para a sala.

– Aqui em Mystic Falls, todos nós já pagamos mico... – Bonnie disse despertando o interesse de Elena na conversa. Queria dar risadas.

– Pagamos sempre, diga-se de passagem – Matt concordou com Bonnie – Bonnie mesma já beijou o Tyler com máscara do Batman pensando que era o Jesse...

– Precisa lembrar disso? Rose terminou o namoro comigo pensando que eu tava pegando a Bonnie...

– Qual é... Eu nunca ficaria com o Tyler! – Bonnie riu – Somos como irmãos!

– Mais ninguém esperava que a Elena desse show cinco anos depois de ir embora... – Tyler falou rindo e Elena engasgou. Tossindo pôs o copo de suco sobre a mesa enquanto observava Vickie falar.

– Eu escutei tudo de boca aberta. Fala sério, foi demais!

– E o final então? – Agora era Klaus que entrava na conversa – Digno de um Oscar, Salvatore! – ele ergueu o copo e brindou com Damon que estava sentado ao seu lado.

– Mérito da Elena – Damon lhe lançou uma leve piscadela sorrindo, entrando no clima, o que de certa forma a acalmou. O plano dele tinha, pelo visto, dado certo, eles achavam que era armação... – Mais a parte do namorado fajuto doeu na alma – ele fingiu tristeza o que fez a maioria, inclusive ela, sorrirem.

Quem não parecia estar gostando nada daquela conversa era Madelaine. A loira estava inexpressiva a mesa, mais alternava sempre em olhares entre Damon e Elena.

– Nada inapropriado para a ocasião, já que, é superdifícil de acreditar que você e Elena podem estar realmente juntos... – Damon arqueou a sobrancelha na direção daquela voz. Stefan.

– Do mesmo jeito que foi superdifícil acreditar que você deixou a Elena sem motivo nenhum – Ele devolveu e o clima descontraído começou a pesar no ambiente.

– Eu tive motivos... – Stefan disse sustentando o olhar duro de Damon e Elena sentiu seu coração acelerar.

– Ah teve? – Damon perguntou o provocando.

– Isso não importa mais! – Elena quebrou o silencio de Stefan quando percebeu que ele abriria a boca para falar. Levantou de sua cadeira deixando no prato a comida que sobrara. De nada lhe importava mais afinal, não queria ouvir Stefan nem que ele fosse proclamado Papa – Já chega desse papo, o que está no passado não pode ser mudado, certo? – Eles pareceram concordar e alguns deram de ombros. Ela se levantou e seguiu em direção ao quarto no qual estavam.

Damon entrou no quarto pouco tempo depois e ela fechou os olhos na tentativa de fazê-lo acreditar que estava dormindo. Ele não caiu.

– Boa tentativa – ele falou pegando um travesseiro da beirada da cama que ele mesmo havia deixado antes de descer com ela e jogou com força considerável em sua cabeça.

– AIII! Damon! – gemeu denunciando-se, virou o rosto na direção dele e o olhou de cara feia.

– Belo exemplo, Elena Gilbert! – ele cruzou os braços – Desce comigo e nem termina o almoço por causa do Stefan!

– E o que te faz pensar que é por causa do Stefan!?

– Piadista você, em pirralha... HA HA HA

– Damon, por favor – ela baixou o tom de voz e sorriu falsa na direção dele – Você consegue uns bons filmes de comédia para assistirmos a tarde toda?

– Você quer assistir filmes? – ele a perguntou desconfiado da súbita mudança de assunto.

– Mais é claro! – ela sorriu animada – Você pode conseguir pra gente? A não ser que ache melhor voltarmos lá pra baixo com a psicopata da sua ex-namorada e o pé no saco do meu... – Ele revirou os olhos e seguiu em direção a porta – Espera! Só mais uma coisinha... – ela lhe lançou outro sorriso forçado – Pode nos trazer um litro de Bourbon da coleção do titio Giuseppe pra sua melhor amiga e namorada fajuta preferida? – ele revirou os olhos ao sair sem contraria-la.

Ela jogou-se novamente na cama. Dez minutos depois ele voltou com um aparelho de DVD, um estojo de DVDs e a garrafa de bebida para Elena.

– Ela colocou o primeiro que viu no estojo sem nem prestar atenção ao nome, abriu a garrafa e tomou um gole enquanto ele entrava no banheiro.

– AHHHHHHHHHHH! – O grito dela ecoou alto pelo quarto e ele saiu do banheiro assustado, enrolando na toalha branca.

– Quê!? O que foi?

– Pornô! Você trouxe filme pornô! – Ela gritou apontando pra tela da Tv.

– Mais que barulho foi esse? – Rebekah entrou apressada com Caroline em seu encalço. A primeira visão que tiveram fora Damon só de toalha com água pingando pelo corpo, depois Elena com cara assustada olhando diretamente para elas e depois para a grande TV de frente para a cama onde passava coincidentemente a cena de uma mulher nua com vários homens de toalhas na cintura alisando seu corpo.

– Não é nada disso que vocês... – Um gemido alto da atriz pornô ecoou pelo quarto cortando a fala de Damon, Elena continuou imóvel.

– Desculpa. Desculpa. Desculpa! – Caroline repetiu na mesma hora tampando os olhos.

– Podem curtir a fantasia erótica de vocês a vontade, nós não vimos nada! – Rebekah anunciou virando-se de cosas.

– Não vimos nadinha! – Caroline reforçou virando-se na direção da porta. Ao passar por ela, Rebekah bateu pesadamente e Damon caiu na gargalhada.

– Bom, se achavam que o nosso namoro não era real, problema resolvido!

– Tira a merda desse filme, Damon!

(...)

Elena acordou sentindo um peso sobre a cintura. Ergueu um pouco a cabeça e percebeu que aquela era a mão de Damon. Ela a retirou com cuidado e a depositou ao lado, ele se mexeu um pouco mais não acordou.

– Merda, que horas são? – ela cochichou para si mesma levantando da cama, o quarto estava escuro, exceto pela luz da TV que o iluminava mostrando o menu do terceiro filme que ela lembrava deles terem assistido Amizade Colorida.

Elena seguiu na direção do banheiro abriu a torneira da pia e lavou o rosto, os olhos tinham olheiras mais ela não se importava com aquilo e escovou os dentes tentando se livrar do cheiro e do gosto de álcool.

Sentia-se meio tonta, mais com certeza era efeito do álcool. Seguiu em direção a porta afim de ir até a cozinha e beber um copo de água. A casa estava toda iluminada mais deserta, Elena olhou pela janela em direção ao grande jardim que Miranda sempre cuidara bem, um lugar silencioso e convidativo, ela largou o copo na pia e decidiu ir até ele.

Caminhou um pouco pelo jardim que circundava a piscina, a noite não estava fria e ela sentia-se bem ali, por fim, decidiu senta na beirada depositando os pés na água, fechou os olhos e sentiu a leve brisa tocar seu rosto. O cérebro sinalizou aquele momento de paz e ela mergulhou em seus pensamentos.

Setembro de 2003

Elena avistou Damon sentado na borda da piscina, observava sereno a água azul clara por conta da cor das lajotas. Ela nunca ia a casa dos Salvatore quando sabia que ele estava lá, mais aquele dia havia sido diferente, ele fizera algo bom para ela e ela sentiu-se na obrigação de agradecer. Naquela manhã, um grupo de valentões do ensino médio a haviam encurralado na parte de trás da quadra poliesportiva da escola, ela havia ido até lá a procura do próprio Damon no segundo tempo de aula. Ele sempre matava as aulas de matemática escondido atrás da quadra e naquele dia ela iria o entregar ao diretor, só precisava confirmar que ele estava lá. Um dos meninos mal encarados que ela jurava nunca ter visto pelo corredor da Mystic Falls High School a segurou pelos braços e o outro tomou dela a mochila cor de rosa que ela carregava.

– Gilbert? A orfãzinha? – O garoto perguntou ao pegar o cartão escolar de Elena – Você ainda tem 13 anos, pirralha? O que ta fazendo perambulando por aqui? Essa área não é proibida as crianças desacompanhadas como você? – Zombou alto, sabendo que ninguém provavelmente o ouviria ali.

Ela não respondeu, estava assustada demais para isso. Queria chorar mais segurou o quanto pode.

– Quanto dinheiro você tem garota? – Ele continuou a perguntá-la remexendo a pequena mochila enquanto o outro apertava ainda mais os braços dela tentando forçá-la a dizer alguma coisa, com a dor que começou a sentir, as primeiras lagrimas desceram por seu rosto – O que é isso? – O brutamontes a perguntou com um sorriso perverso no rosto. Ergueu um pouco o caderninho de capa dura florida e Elena desesperou-se quando o viu. Seu diário.

– Larga! – Gritou com todas as forças, pedindo mentalmente que alguém chegasse para lhe ajudar – Larga! É meu! Não meche!

– Agora ficou interessante! – Ele zombou fazendo com que o outro risse as costas dela, as lagrimas agora despencavam ferozmente por seu rosto e a raiva que sentia ficava cada vez mais evidente.

– Larga as coisas dela! – Elena ouviu a voz conhecida do irmão mais velho de Stefan a suas costas,, ao mesmo tempo em que sentiu seus braços serem finalmente soltos do aperto. Ela virou-se para encarar Damon e o viu com o braço direito transpassado pelo pescoço do cara que a segurava. Damon o imobilizara com uma força que Elena percebeu aumentar quando o cara começou a ficar vermelho demais. Sem pensar duas vezes e com toda a raiva que estava sentindo ela o chutou bem no meio das pernas o fazendo contorcer-se de dor. Damon a olhou de relance e em seguida encarou o outro que ainda segurava a mochila de Elena – Eu mandei você largar as coisas dela! Ainda não ouviu!?

– É só uma brincadeira, cara! Só estávamos brincando com a pirralha! – ele gritou largando a mochila com os pertences de Elena no chão e seguindo na direção de Damon que segurava seu comparsa. Damon aumentou a força que aplicava sobre o pescoço do outro o fazendo desmaiar, jogou o mais rápido que conseguiu no chão ao lado o outro, e seguiu com a mão fechada em punho na direção do brutamontes lhe dando um soco o mais forte que conseguiu.

– Só eu chamo a Elena de pirralha! – Ele vociferou - Vai, Elena! Pega as tuas coisas e corre daqui! - O sangue começou a descer pela boca do grandalhão que investiu para cima de Damon também o socando. Elena virou o rosto o mais rápido que pode para não ver Damon apanhar, pegou suas coisas e saiu em disparada em direção ao corredor.

–Briga! Briga! Por favor salvem o Damon!! – O grito dela ecoou no corredor da escola chamando a atenção do zelador no inicio do prédio – Briga! O Damon! – Ela arfou chegando próximo ao velho baixinho e as primeiras salas de aula do bloco 1 do ensino médio.

– Damon? – O velho a perguntou sem compreender a fazendo irritar-se ainda mais.

– O Damon! Seu velho surdo! – Ela gritou o mais alto que pode, aquela altura os alunos já estavam todos do lado de fora tentando entender o que estava acontecendo – Estão batendo no Damon!!

– Onde estão batendo no Damon, Elena? – Ela reconheceu a voz de Alaric, um dos amigos de Damon, virou-se com o rosto manchado pelas lagrimas na direção dele e do professor que se aproximava.

– Lá! – ela apontou em direção ao fim do grande corredor – Na quadra! Estão batendo no Damon lá na quadra! Vai salvar o Damon!

– Rápido Ric, vamos! – Elena reconheceu a voz de Katherine e viu a morena puxar Alaric pelo braço e sair correndo. Dois professores também seguiram atrás deles, assim como uma multidão de alunos curiosos.

Elena seguiu de novo na direção da quadra. Antes de chegar, os professores já traziam Damon e os outros dois em direção ao corredor. O rosto de Damon estava manchado de sangue e reparou que Alaric agora voltava com um corte no supercílio. Ela tentou aproximar-se dele.

– Damon...

– Shhhh – ele a repreendeu com o dedo indicador sobre os lábios e ela calou-se – Vai pra tua casa, pirralha... – disse calmo e baixo para que só ela entendesse.

Mesmo não tendo certeza da reação dele ou o porque dele ter feito aquilo, precisava agradecer, por isso pediu para ir a casa dos Salvatore no fim daquela tarde. Rapidamente sentou-se ao lado dele na borda da piscina.

– Não precisava ter levado a culpa sozinho, eu me meti naquela encrenca, mais mesmo assim... Obrigada – falou baixo, não queria contar que estava lá para encontrá-lo e dedurá-lo para o diretor, e ele a fitou. Elena pode ver então seu rosto machucado e sentiu-se culpada. Havia um inchaço no lábio inferior no lado direito, a lateral do olho esquerdo estava roxa, o supercílio esquerdo estava cortado e abaixo do queixo havia um curativo.

– Pelo que? – ele perguntou sorrindo levemente seguido de uma careta de dor – Por salvar a sua pele de cordeirinho fresco? Por nada...

– Porque não deixou eu te defender pro diretor? – ela perguntou, com certeza Damon tinha se encrencado.

– Você nunca foi a diretoria, Elena, além disso você é a namoradinha do meu irmão mais novo e eu tava devendo uma pro Stefan desde que ele me acobertou semana passada... – ela franziu o sênior sem entender – Eu peguei uma suspensão de 2 semanas e eu tava mesmo precisando de algumas férias, mais esse olho roxo e esse corte no lábio o crédito do Stefan não cobriu, então, cunhadinha, você está me devendo uma... – ele se pôs de pés ao lado dela e voltou a observar a piscina. Elena levantou o rosto procurando o enxergar.

– Do que você ta falando? Como assim? Você quer dinheiro, seu interesseiro?

– Dinheiro? – ele gargalhou – Eu não quero dinheiro de você, pirralha, você vai me pagar de outra forma...

– Como?

– Assim! – ele disse a empurrando com o pé em direção a piscina. Pega de surpresa, Elena mergulhou na água gelada se afogando. Submergiu tossindo e ouvindo as risadas de Damon.

– Pronto, pirralha estamos quites! – ele anunciou enquanto ainda ria, a raiva cresceu em Elena e ela gritou.

– Eu te odeio! Você é um idiota!

– Tá, tá! Tchau... – ele deu de ombros ainda rindo e em seguida deu costas a Elena e seguiu em direção a casa.

– Eu vou me vingar de você, seu cabeçudo! Você vai ver! – gritou apoiando-se na borda.

Uma dose de Bourbon por seus pensamentos – Ela ouviu a voz doce de Damon a seu lado, a despertando daquela memória antiga. Ela sorriu ao abrir os olhos e encará-lo, ele balançava a garrafa cheia ainda mais que a metade, na frente dela.

– Lembra-se da vez que você me salvou lá no colégio? – Ela perguntou e ele arqueou a sobrancelha – Quando você ficou com a cara toda quebrada...

– Não só a cara – ele sorriu ao lembrar do acontecido – Eu levei uns três socos no estomago... Bons tempos! – ele disse erguendo a garrafa no alto como se esperasse um brinde. Elena gargalhou da cena – O que você foi fazer na quadra naquele dia?

– Ver se você estava lá pra dizer pro diretor Millies que você tava faltando aula – ela respondeu sincera tomando a garrafa das mãos dele e bebendo um gole. Fez careta pelo forte gosto de álcool e ergueu a garrafa imitando o gesto anterior de Damon – Bons tempos! – Ela ironizou.

– Você ia me entregar? – ele balançou a cabeça negativamente - E eu levando porrada por você...

– Nem vem não que eu não pedi pra você se meter!

– Eu faria quantas vezes fosse preciso – ele a encarou pronunciando em seu mais doce e sincero tom de voz, os olhos azuis prendendo a atenção dela – Sem pensar duas vezes – Elena não soube o que responder e deixou um sorriso escapar. Desviou o olhar do dele em direção a piscina sentindo-se corar. Respirou fundo e virou-se na direção dele novamente.

– Lembra que eu disse que eu ia me vingar? – sorriu como se aquilo fosse a coisa mais idiota do mundo, ele deu de ombros balançando a cabeça – Nossa, Damon! O que é aquilo! – falou apontando na direção contrária com sua melhor expressão de medo. Ele virou-se rapidamente para ver o que era e ela o empurrou com todas as forças para dentro da piscina – Estamos quites! – Ela comemorou sorrindo levantando-se e pondo-se a frente dele batendo as mãos como se limpasse poeira, satisfeita ela pegou a garrafa de bebida do chão e tomou um gole..

– Me pegou, pirralha – ele disse segurando na borda da piscina – Mais baixou a guarda! – disse alto como se comemorasse e agarrou as penas dela, ela desequilibrou e caiu na piscina, mergulhou na água fria e emergiu tremendo a frente dele com a garrafa na mão.

– Damon! Você estragou o Bourbon! – choramingou trincando os dentes, derramando o conteúdo da garrafa na piscina. Damon revirou os olhos e tomou a garrafa das mãos dela a remessando contra o jardim – Você é doido! Eu vou morrer de frio! – Ela recomeçou jogando água nele.

Sorrindo ele jogou a água gelada na direção dela também e ela começou a rir, quando Elena baixou a guarda novamente, ele agarrou os braços dela e a trouxe pra perto. Aquela parte da piscina era funda o bastante para Elena não dar pé, então em busca de apoio ela juntou os pés a canela dele. Ambos ainda riam da situação quando ele soltou os braços dela e a segurou pela cintura.

– Você podia ter se vingado de mim ao meio dia, não as 3 da manhã!– os olhos deles se encontraram e ela abriu a boca em espanto.

– 3 da manhã? – ele balançou a cabeça confirmando – Caraca, daqui a pouco aparece um dos meninos reclamando do barulho.

– Não tem ninguém em casa, Elena... É sábado a noite, eles estão em alguma festa em Charlottesville...

– E não nos avisaram? – ela ergueu a sobrancelha em descrença.

– Alaric me deixou uma mensagem, eu li antes de descer atrás de você... Além disso, eu acho meio difícil alguma das meninas entrarem no nosso quarto pra qualquer coisa depois da cena de mais cedo – ele sorriu debochado e Elena corou com a lembrança.

– Culpa sua! Você trouxe filme pornô! – ela gritou em um fio de voz, envergonhada, dando um tapa no ombro de Damon.

– Você que não leu o título! Que era bem sugestivo, diga-se de passagem... A primeira vez com 10...

– A culpa não foi minha!

– São meus filmes da época de adolescente, claro que tinha pornô, e dos bons!

Ela tinha certeza que estava corada e que era aquilo que o divertia, pois o sorriso travesso não o abandonava, mais o calor do corpo de Damon a envolvia cada vez mais e ela já não sentia vontade de soltá-lo, por ela passava apenas uma corrente que o prendia a ele como um ímã. Ela já não sentia mais frio.

– Mais aquele filme... Amizade Colorida... Aquele não é meu...

– E é de quem, então?

– Sei lá... Stefan... Anna... – ele tentou analisar as possibilidades enquanto ela o observava, mais ele não conseguiu se concentrar pois os olhos amendoados dela o chamavam demais a atenção, ele parou sem prestar realmente atenção no que estava fazendo e apenas a observou.

– O que foi? – ela sorriu desconcertada pela falta de resposta dele e ele respirou fundo.

– Esse é o momento em que o cara beija a melhor amiga?

– Pode ser o momento em que ela pigarreia alto e atrapalha.

– Acho que ele não deixa...

– Como ele impediria?

– Assim...

Ele juntou seus lábios aos dela completamente embriagado pelo momento. Talvez a bebida que haviam tomado tivesse ajudado, mais Damon não conseguiu evitar beijá-la. Desde a primeira vez que a beijara na casa de Stefan sentia um desejo difícil de reprimir quando chegava tão perto dela. Aquela sensação era nova para ele, afinal, Elena era a namoradinha de infância do irmão mais novo, uma criança a qual ele perturbava, mais nova que ele tempo suficiente para ele nunca sentir nada por era. Ele não era assim, por diversas vezes adormeceram juntos ou chegaram de madrugada de alguma festa e se jogaram na mesma cama sem malícia e quando ele queria, quando sentia vontade, dormia com outras mulheres... Mais daquele dia em diante o coração insistia em acelerar todas as vezes que chegava perto dela e ele sabia que aquilo era mais que o desejo de protegê-la.

Então ela deu passagem a língua dele e ele juntou ainda mais seus corpos na água. Ele explorou com perfeição cada centímetro da boca de Elena e ela lhe fez o mesmo quando chegou a sua vez, poderia ser a loucura do momento, mais ele sentiu-se desejado por ela. O coração batia acelerado demais e ela arfou sem ar quando se separaram. Ele juntou sua testa a dela e depois de alguns segundos de olhos fechados ele os abriu fitando a confusão presente nos dela. Ele tinha que falar, tinha que dizer alguma coisa, ele começou aquele beijo, sentia-se culpado pela confusão dela.

– Esse é o momento em que eles... – A voz falhou quando ele finalmente se deu conta de que não tinha a mínima ideia do que falar.

– Em que eles... Em que eles saem da piscina e procuram se enxugar...

Ele concordou com a cabeça separando-se do corpo dela e a ergueu, colocando sentada na borda da piscina. O short de linho e a regata de algodão estavam grudados em seu corpo e ela sentiu o frio voltar com força. Levantou-se enquanto ele subia e espremeu o cabelo livrando-se da água que o fazia pesar.

– Temos que entrar... – ele disse seguindo em direção a casa e ela o seguiu. Subiram as escadas o mais rápido que conseguiram, mais estancaram no momento em que ouviram uma voz conhecida soar pelo corredor.

– Eu sei, Giuseppe, eu sei... Mais são os meninos, eu não os podia deixar sem a gincana, sabe que eu amo organizá-la... Podemos ficar o restante do mês por ai... Eu vou amanhã então...

– O que a gente faz? – Elena perguntou a Damon quando a voz ficou mais forte soando cada vez mais perto.

– Droga... – ele sussurrou pensando no que fazer, a mãe com certeza diria alguma besteira ao os ver juntos, molhados e sujando os corredores e tudo o que menos queria era ouvi-la – Vai Elena... – ele a empurrou em direção contrária a da mãe que se aproximava – Entra aqui, rápido! – Ele abriu uma das portas e quando eles entraram ele trancou na chave. O lugar estava totalmente escuro e Elena não fazia ideia de onde estavam.

– Não tem luz aqui? – ela perguntou baixo ainda temendo que Lily os pudesse ouvir.

– Espera, eu estou tentando achar... Encontrei!

Ele apertou o interruptor e a luz central iluminou o lugar onde estavam. Definitivamente Elena nunca estivera ali. Era um quarto, menor do que o que estavam hospedados, com uma decoração diferente e um tanto peculiar, ela observou o quarto por um certo tempo e Damon pareceu fazer o mesmo. Três das quatro paredes eram pitadas de branco e uma era pintada de preto, nessa, vários pôsteres de bandas estavam grudados e havia um espaço quadrado só para fotos. Várias estavam dispostas nele e em sua maioria ela percebeu que Damon estava presente. Haviam dois pequenos abajures em cada parede mais esses não estavam acesos, na parede direita, enfeitada por pôsteres de super-heróis estava uma cama de casal com uma colcha azul marinho e ao lado havia uma grande e convidativa almofada em formato de cadeira sobre um tapete prateado com detalhes em preto junto ao uma pequena caixa amplificadora, fios espalhados e bagunçados sobre o tapete e encostados na parede, um violão e uma guitarra repousavam. Na outra parede estavam um armário de solteiro próximo a porta de entrada e uma escrivaninha com um computador antigo e bastante papeis em cima.

– De quem é esse quarto? – Ela perguntou aproximando-se das fotos. De imediato reconheceu alguns rostos, Lily, Giuseppe, Stefan, Anna, Alaric, Katherine, Lexi, Klaus e Madelaine. Madelaine era quem mais aparecia além de Damon.

– Esse é o... – Ele fez uma pequena pausa voltando a olhar ao redor, como se o inspecionasse uma última vez – Meu quarto...

– Eu pensei que aquele em que estávamos fosse o seu... – agora que entrara nesse podia ver claramente que não era. Damon era rebelde, ela lembrava daquele traço na personalidade dele, gostava de sair, de se divertir, curtir a vida, não era preso e procurava por aventuras, aquele quarto, com as fotos dos que eram importantes pra ele, pôsteres do Bon Jovi, do Guns N’ Roses, Kansas, Link Park, 30 Seconds to Mars era realmente a cara dele. Mais havia evidente naquele espaço, um detalhe dele que ela não conhecia... O talento para a música.

– Você toca?

– Não – ele respondeu rápido engolindo em seco – Nós temos que sair daqui.

– O quê? Não... Não, eu nunca tinha vindo aqui, eu...

– Vamos, Elena... – disse virando de costas e se voltando para a porta de saída.

– Você toca? – ela repetiu a pergunta, já entendendo o problema. As malditas lembranças... Aquele quarto devia estar impregnado delas.

– Não... Faz muito tempo que eu não...

DC Comics? – Ela reparou nos super-heróis retratados, Superman, Arqueiro Verde, Gavião Negro, Batman, Flash, a Liga da Justiça... Ela precisava chamar a atenção dele, fazê-lo se abrir... – Nada de Marvel?

– Sabe diferenciar os heróis? – ele perguntou sem acreditar.

– O meu preferido é o Superman, eu assisti Smallville, li gibis, gosto da Liga da justiça e sei diferenciar os heróis – ela sorriu – Sabe, a questão do acreditar sempre no bem dentro das pessoas, não matar... O Super... O Clark é puro, teve uma boa criação, “super pais”, gosto da história dele e o acho o super herói mais poderoso do planeta.

– Eu também... – ele disse surpreso, deixando escapar um sorriso de canto de boca – Assistiu Smallville?

– Cada temporada umas três vezes... – ela deu de ombros, algo dela que ele não sabia. Mais uma vez pensou estarem quites, mais sabia que ainda não se conheciam direito. Ela seguiu para o pufe e sentou-se pegando o violão em seu colo. Dedilhou um pouco e afinou o mais rápido que pode enquanto ele a observava.

I'm chasing the Sun (Eu estou correndo atrás do sol)
Won't miss out on the fun (Não vou perder toda a diversão)
Gotta get it while our hearts are young (Vamos aproveitar enquanto nossos corações são jovens)
I'm chasing the Sun (Eu estou correndo atrás do sol).

Ela tocou e cantou para ele o refrão de uma das poucas musicas em que ela sabia a cifra de co. Ele sorriu de lado encostando-se no armário para observá-la, não sabia o que falar, conhecia Elena e não sabia dessa parte dela, a que era fã de super-heróis e que sabia tocar violão. Sempre achou Elena meio superficial, patricinha, que espécie de melhor amigo era?

– Tyler sabe tocar, ele me ensinou... – ela decidiu falar vendo a expressão pasma dele. Ele respirou fundo e seguiu até ela, sentou-se no tapete a sua frente e afinou a guitarra o melhor que pode. Ela distraiu-se dedilhando enquanto ele ligava a caixa de som e conectava o fio.

– Vamos, Superman Tonigth? – Ela perguntou quando ouviu o som perfeito que saiu da caixa de som.

– Conhece Bon Jovi também? – ele perguntou e ela desviou o olhar para o violão.

– Conhece a cifra ou não? – perguntou para ele. Sem responder ele começou a dedilhar a introdução a fazendo sorrir.

Superman Tonigth (tradução)

Há algo em você
Que eu quero salvar
Eu nem te conheço
Então o que isso pode significar

Talvez eu seja cínico
Dolorosamente lógico
Voce é tragica e bela
E isso já é bom o suficiente para mim

Você está procurando por um heróI
Mas é somente minha velha tatuagem
Hoje à noite, eu juro que venderei minha alma
Para ser um heróI para você

Quem irá te salvar quando as estrelas caírem do seu céu?
Quem irá te puxar quando a maré estiver alta?
Quem irá te abraçar quando você apagar as luzes?
Eu não irei mentir
Eu desejo que eu
Possa ser o seu super homem hoje à noite

Se alguém te enviar
Um anjo para te salvar
O que você poderia dizer
Para ele te deixar?
Que o seu coração não quebra?
Que seus lábios não beijam?
Que a vida é somente uma mentira?
Que o céu não existe?

Quem irá te salvar quando as estrelas caírem do seu céu?
Quem irá te puxar quando a maré estiver alta?
Quem irá te abraçar quando você apagar as luzes?
Eu não irei mentir
Eu desejo que eu
Possa ser o seu super homem hoje à noite

Quem irá consolar você
Da próxima vez que se magoar
Encalhada e sozinha em um lado da estrada
Com sua bagagem te arrastando para baixo
Não olhe para trás, deixe ir

Ooh-ooh

Quem irá te salvar quando as estrelas caírem do seu céu?
Quem irá te puxar quando a maré estiver alta?
Quem irá te abraçar quando você apagar as luzes?
Eu não irei mentir
Eu desejo que eu
Possa ser o seu Super Homem essa noite.

Eu desejo que eu possa ser o seu super homem hoje a noite... – Damon finalizou a olhando nos olhos. Ela sorriu o olhando, queria o fazer contar sobre por que ele não queria ficar ali a princípio, mais conseguira que ele se sentisse bem com ela ali, estava mais do que feliz com isso – O que mais eu não sei sobre você? – ele a perguntou rompendo o silencio que se iniciou com o termino da musica.

– Que eu corro melhor do que você em qualquer game – ela o encarou convencida puxando de baixo da cama capas de jogos de corrida de Playstation que ela havia notado estar lá ao sentar-se no pufe – ele a encarou sugestivo balançando a cabeça.

– Ninguém corre melhor do que eu...

– Ah é? Eu to pagando pra ver, Salvatore...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, me contem o que acharam, todos os comentários são bem vindos!
Obrigada a todas comentaram no capítulo anterior