Acordei, mas continuei com os olhos fechados enquanto Tom fazia carinho em meu cabelo, eu sorri ainda de olhos fechados, era tudo tão bom que parecia até sonho.

– Bom dia miss. - ele disse ainda acariciando meu cabelo.

– Bom dia. - eu disse olhando para ele. - Você não vai fugir pra dominar o mundo dessa vez, neh?

Ele riu baixo e revirou os olhos.

– Não, por mim eu ficaria aqui o dia todo com você minha pequena. - ele beijou meu pescoço ficando por cima de mim e eu ri.

– Todos iam achar que você me sequestrou. - eu disse divertida e ele me olhou com um sorriso travesso.

– Eu acho que é exatamente isso que vou fazer. - ele disse me abraçando possessivamente. - E nunca mais te dividir com ninguém.

Eu ri acariciando seu cabelo, enquanto Tom me fazia caricias ousadas ainda me olhando com aquele sorriso travesso irresistível.

– Não me provoque Riddle. - eu sussurrei em seu ouvido e mordi o lóbulo de sua orelha, ele arqueou uma sobrancelha, me beijou de um jeito feroz e instigante e quando o ar já nos faltava, se afastou mordendo meu lábio inferior, eu arranhei de leve seu peitoral e me afastei achando ter ouvido alguma coisa lá embaixo. - Tem alguém lá embaixo.

– Não é ninguém. - sussurrou Tom, mas dessa vez alguém fez um barulho muito grande lá embaixo como o de uma porta batendo e embora fosse uma tentação ficar ali com ele, eu precisava ver quem era. Eu me levantei às pressas colocando um roupão e penteando o cabelo com os dedos.

– Se for um comensal da morte, eu juro que eu mato. - eu disse antes de sair do quarto, Tom riu.

– Eu te ajudo. - eu o ouvi dizer de dentro do quarto me fazendo rir.

A porta estava entreaberta, eu parei na escada pegando minha varinha.

– Quem está aí? - eu disse desconfiada.

– Psiu! Viu o que você fez. - ouvi alguém dizer, mas eu não via ninguém.

Christopher e Mary apareceram e a capa da invisibilidade caiu no chão, eu coloquei a mão na cintura e olhei severa para eles. - O que é que vocês estão fazendo aqui?

– Queriamos voltar pra casa. - Mary Jennie tentou explicar. - então saímos de fininho essa manhã da casa da tia Polly com a capa do Potter que ele emprestou.

– Enfim, quem é? - perguntou Tom se aproximando arrumando a capa e olhou para as crianças.

– Aparecemos em má hora? - perguntou Mary trocando olhares com Christopher.

– Não. - eu me apressei em dizer e sorri. - Aliás, foi uma ótima hora, por que não tomamos café da manhã?

– Yuli. - a elfa apareceu e Tom ordenou: - Prepare o café da manhã.

– Yuli. - eu disse seguindo a elfa.

– Milady. - ela se curvou.

– Por favor, não me chame assim. - eu pedi. - Eu queria dizer que sinto muito por tudo o que fiz com você.

– Oh como a senhora é bondosa lady Pollyanna, não precisa se desculpar, Yuli está aqui para servir os Riddle e à senhorita.

– Mas eu queria te recompensar. - eu disse sorrindo e tirando do bolso do roupão uma meia.

– A senhora está...? Milady... - ela dizia emocionada.

– Sim, estou te libertando Yuli, mas seria muito bondoso de sua parte preparar o café da manhã.

– Farei isto minha bondosa senhorita, eu farei isto. - ela disse emocionada e foi para a cozinha.

Eu sorri e me virei encontrando Tom.

– Você estava libertando minha elfa? - ele perguntou levemente aborrecido e eu sorri sem graça.

– Eu precisava fazer isto. - eu fiz manha.

– O que eu faço com você Pollyanna Whittier? - ele disse sorrindo de canto e eu ainda me pergunto como consegui um futuro marido tão lindo e atraente, por conta das sardas não foi com certeza.

Nós fomos para a cozinha onde encontramos Chris e Mary já sentados, Yuli terminava de colocar a mesa.

– O que aconteceu com vocês? - perguntou Christopher erguendo uma sobrancelha. Tom e eu nos entreolhamos, então eu sorri me sentando ao lado de Chris.

– Queridos. - eu disse teatralmente. - Tom e eu vamos nos casar.

A boca dos dois se abriu formando um completo O, eles se entreolharam sorrindo. Foi um perfeito café da manhã em família, bem divertido. Mas assim que terminamos, Tom foi com as crianças embarcá-los na plataforma nove e meia, enquanto eu começava com os preparativos para o casamento.

POV Tom

[três meses depois]

Eu estava na frente do espelho, usava um terno negro com detalhes verdes e uma capa, os fios negros completamente alinhados e sob o pescoço o medalhão de slytherin, eu mal acreditava que iria me casar, mas me alegrava saber que era com ela.

– Você está deslumbrante, milorde. - disse Bellatrix, mas eu não lhe dei atenção, Christopher estava sentado ali perto e lançou um olhar cortante à garota Black. - Com todo o respeito é claro.

– Você está realmente incrível, pai. - disse Christopher com um sorriso e olhar admirado, eu lhe agradeci e me surpreendi um pouco ansioso.

No jardim da mansão Riddle erguia-se uma tenda e um altar improvisado, Pollyanna foi quem teve a ideia de fazer o casamento ali, havia muitas decorações, como fadas que seguravam velas no altar junto ao representante do ministério que realizaria o casamento. Encontrei Bellatrix e Abraxas já no altar, eles eram meus padrinhos, então eu me juntei a eles.

– Você está magnífico milorde. - ele dissera sem perder os velhos hábitos.

– Eu sei.

– Veja. - ele disse apontando discretamente para uma fileira de convidados. - Slughorn está ali, ainda morre de medo de você, ele sabe quem você é certamente, mas Dumbledore e o seu medo lhe impediriam de contar qualquer coisa ao ministério.

– Isto é bom, não quero aquele velho gordo me irritando, ainda mais hoje. - eu disse frio.

– Quem diria. - disse Malfoy depois de algum tempo. - Não é que a sangue ruim conseguiu te conquistar, Tom.

– E eu ainda posso te lançar uma maldição imperdoável, calado Malfoy. - ele empalideceu e se calou.

Todos estavam sorrindo felizes, Dorea e Jeremy Lee eram os padrinhos de Pollyanna, embora ela estivesse muito em duvida entre Charlus e Minerva.

– Tom, meu caro. - Dumbledore se aproximou e eu realmente não o convidaria se Pollyanna não tivesse insistido muito, eu suspirei e o fitei com um olhar hostil. - Fico feliz que esteja tomando as escolhas certas.

– Sabe que ainda o considero meu inimigo Dumbledore. - eu disse com raiva.

– Oh sei, sei sim, mas eu caí na tentação de começar a jogar o jogo que a adorável Pollyanna insiste em jogar e fico contente que, bem... Não vai voltar a fazer as atrocidades que fazia, então tenho aqui o seu presente de casamento.

– Não quero nada de você. - eu disse orgulhoso.

– Ora, por favor, aceite, eu creio que seja algo que quer há muito tempo. - curioso eu peguei o envelope que ele me estendia. Ele sorriu bondoso e se afastou indo se sentar. Eu abri o envelope e o li com atenção.

A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts tem o prazer em convidá-lo para ser o novo professor de Defesas Contra as Artes das Trevas.

Mande-nos sua coruja se aceitar. Começará no próximo ano letivo. Salário, sala e entre outras coisas serão melhores conversadas pessoalmente.

Agradecendo sua atenção desde já.

Minerva Mcgonnagal.

Professora e vice-diretora.

Eu continuei com minha mascara de frieza e orgulho, mas estava satisfeito, a Mcgonnagal provavelmente fizera questão de destacar a palavra “defesas contra as”, mas eu realmente estava ansioso para voltar ao castelo.

Uma musica começou, eu guardei o envelope com a carta no bolso da capa e me virei para olhá-la, Pollyanna estava simplesmente fascinante, encantadora, deslumbrante. Mary vinha na frente usando um vestido rosa claro e Pollyanna logo atrás de braços dados com Alastor Moody, ela brilhava, parecia tão feliz, seus olhos e lábios sorriam e eu me lembrava do porque de eu gostar tanto dela, mesmo com tantas tragédias em sua vida ela ainda conseguia ser a minha miss contente.

Moody a trouxe até o altar.

– Se fizer algum mal a esta menina, eu vou acabar com você Riddle. - disse Moody antes de entregá-la a mim, eu sorri sarcástico e arrogante para o auror fazendo Pollyanna revirar os olhos e sorrir.

Nós fizemos nossos votos e todos nos parabenizaram, era uma bela festa bruxa, aperetivos e bebidas flutuavam pela festa em bandejas prateadas. Pollyanna e eu começamos dançando, um ritual de todo casamento bruxo, e logo todos também estavam dançando. No meio da festa, Pollyanna fugiu para um canto vazio perto das roseiras, que era como ela dizia, nosso lugar.

– Oh estou tão contente Tom! - ela disse quando eu me juntei a ela.

– Eu sou o novo professor de Defesas Contra as Artes das Trevas em Hogwarts. - eu disse sem olhar pra ela, mas notei quando sua boca se abriu formando um perfeito O e ela me abraçou pelo pescoço.

– Isso é perfeito! - ela olhou para mim colando nossas testas. - Eu te amo Sr. Riddle.

– Eu te amo Sra. Riddle.