Pollyanna escrita por Satine


Capítulo 37
Capítulo 37 - you lost that loving feeling


Notas iniciais do capítulo

ooooooooooi gente, trazendo mais um capitulo aqui, um pouquinho atrasado, mas bem caprichado e com muitas emoções e até um banner de minha autoria, eu espero que gostem



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Aflita. E ainda assim eu conseguia sentir muita raiva, raiva de Bellatrix e de qualquer um que estivesse por trás do sequestro dos meus pequenos. Voldemort mandara seus comensais encontrá-los, ameaçara os que pudessem estar por trás daquilo por me odiarem e passava noite em claro e aquilo me alegrava um pouco, pois significava que ele se importava com as crianças.

Mesmo assim eu não podia ficar parada, por isto naquela noite eu me certifiquei de que Voldemort não estava em casa, vesti minha capa negra e parti para Hogwarts, eu precisava encontrá-los, nem que precisasse da ajuda de meu inimigo e Dumbledore não negaria ajuda à sua antiga pupila.

Aparatei para Hogsmeade, a nostalgia do meu tempo em Hogwarts, da antiga Pollyanna já nem me atingia mais, eu só queria causar dor, descobrir quem era o culpado e lhe causar dor, muita dor e aquilo estava estampado em meus olhos furiosos e vermelhos enquanto eu andava pelo povoado.

Não optei por usar as carruagens e sendo assim demorei mais para chegar ao castelo, mas as portas estavam trancadas, eu bufei furiosa e tirei a varinha do bolso.

– Nada vai me impedir de entrar nessa escola hoje. - eu disse feroz.

– Isto não será necessário minha cara. - disse aquela voz bondosa atrás de mim, eu me virei e encontrei Dumbledore, ao seu lado estava o meio gigante Rúbeo que Tom havia expulsado em seu 5º Ano, olhei com desdém para os dois.

– Preciso falar com você. - eu disse imediatamente lançando um olhar gélido a Hagrid para que o mesmo saísse dali.

– Sei disto. - disse o professor me olhando por cima dos oclinhos de meia lua. - mas, mesmo que agora você seja, como todos sabem, a nova Lady das Trevas, Pollyanna, não vejo mal em me chamar de senhor ou professor como antigamente.

– Como queira, eu só preciso falar com você, a sós. - e depois de um suspiro. - senhor.

– Tudo bem, tudo bem Hagrid. - disse Dumbledore ao bobalhão do Hagrid que me olhava feio como se me assustasse, Dumbledore o mandou embora e entrou no castelo, eu o acompanhando, estava vazio afinal todos os alunos estavam de férias, de qualquer modo, fomos para a sala dele e me sentei na cadeira frente a sua escrivaninha, ele cruzou as mãos e me olhou, seu olhar bondoso me incomodava como nunca antes e acho que também sentia um pouco de raiva dele.

– Acredito que o senhor já saiba o que aconteceu. - eu disse tentando controlar a voz, mas ela sempre saia gélida e desdenhosa, eu não era assim antes, mas não era como se eu pudesse mudar alguma coisa, talvez fosse apenas destino.

– Oh sobre as crianças, é realmente uma pena, mas fico feliz em saber que ainda se importa com algo.

– Eu nunca poderia deixar de me importar com Christopher e Mary, Dumbledore.

– E o que quer de mim, Pollyanna?

– Quero que me ajude a encontrá-los, senhor, eles foram sequestrados na plataforma nove e meia por um homem encapuzado, eu... Eu não sei mais o que fazer. - minha voz se tornava mais aflita a cada palavra que dizia. - Só sei que quando encontrar o responsável... Ele vai se arrepender amargamente de tudo o que fez.

– É uma pena. - ele disse olhando para mim de modo estranho.

– O que? - perguntei o encarando de volta com ferocidade.

– Você perdeu aquele adorável sentimento. - ele disse teatral e eu revirei os olhos. - Voldemort te induziu a isto, ele é cruel Pollyanna e você não é assim.

– Ele não fez nada, quem fez foi você. - eu disse me levantando exaltada e me dirigindo para a saída. - Eu fiz o que mandou, me aproximei dele como sua lady das trevas para descobrir a localização das horcruxes, acontece que descobri coisas sobre o senhor... E o poder, eu não quero ser mais aquela menininha frágil. Enfim, você pode me ajudar ou não?

– Infelizmente não.

– Então tenha uma boa noite Alvo.

– Pollyanna. - eu já estava com a mão na maçaneta quando eu o ouvi pronunciar meu nome e parei, escutando o que ele tinha a dizer. - Você perdeu seus pais, seus irmãos, seus amigos, perdeu Tom Riddle para Lord Voldemort e agora perdeu seus filhos, mas a pior coisa é perder a si mesmo, deixe-me te ajudar antes que você fique igual a ele.

– Eu já sou igual a ele. - foi o que eu disse antes de sair da sala do diretor.

Já na mansão Riddle encontrei Voldemort sentado na poltrona da sala de estar, usava seu capuz, um comensal da morte ajoelhado em sua frente.

– Nenhuma novidade? - perguntou o Lorde.

– Não senhor, infelizmente, continuaremos procurando.

– Vá. - disse Voldemort fechando os punhos, enfurecido, mas sua fúria nem se comparava à minha. O comensal da morte passou por mim de cabeça baixa.

Avada Kedavra, por sua grande incompetência. - eu disse após atingir o comensal com a maldição da morte.

Voldemort continuou em seu lugar e me olhou com os olhos semicerrados.

– Onde esteve?

– Fui procurar Dumbledore. - eu simplifiquei passando por cima do corpo do comensal e indo para a escada.

– Posso saber por que foi procurar nosso maior inimigo? Já pensou que ele possa ter sequestrado Christopher e Mary?

– Não é do gênero dele fazer esse tipo de coisa e eu não podia ficar parada, não me julgue por isto, estou cansada vou me deitar.


Lord Voldemort POV

Eu olhava para a lareira crepitando baixo enquanto estava absorto em meus pensamentos. Nunca sentira Pollyanna assim tão fria, gélida, capaz de matar assim tão facilmente, sentia falta de minha miss, minha doce garota contente, eu a tinha perdido e a culpa era somente minha.

Eu me preocupava com ela, era incrível como mesmo sendo uma Lady das Trevas temida por tantos bruxos e bruxas, ela ainda despertava o que havia de melhor em mim. E também havia Christopher e Mary, eu mal tivera tempo de conhecê-los, de conquistá-los, eu não me importava com isto há algum tempo atrás... Vê o que faz comigo Pollyanna Whittier?

Fui despertado de meus pensamentos quando a campainha tocou, Yuli abriu a porta e Bellatrix entrou, me fez uma reverencia e me fitou com aqueles olhos profundos e negros.

– Milorde, eu acredito que tenhamos encontrado outra possibilidade de sede da Ordem da Fênix. - ela disse aproximando-se receosa.

– Como sempre muito eficiente Bella, muito obrigado, mas não estou interessado na Ordem da Fênix agora.

– Mas, meu senhor, é tudo o que quer não é? Livrar o mundo bruxo dos sangues ruins, destruir a Ordem da Fênix... - ela disse deixando a frase morrer ao ver meu olhar gélido. - Não parece muito bem.

– Estou preocupado com meus filhos Bella e com Pollyanna.

– Tenho certeza que estão bem milorde, afinal eles são seus filhos, imagino que sejam tão brilhantes quanto. - ela disse me dando as costas, parecia ligeiramente nervosa.

– Fico lisonjeado Bella, mas... Como tem tanta certeza? - perguntei me levantando e sorrateiramente me aproximando da mesma, acariciei-lhe os ombros desnudos e sussurrei em seu ouvido. - Sabes de alguma coisa?

Bella prendeu a respiração e virou-se para mim, nossos lábios a centímetros de distancia, minha mão passando suavemente por sua nuca distraindo-a enquanto lia sua mente, todos seus pensamentos, imagens que me provavam exatamente o que Pollyanna tentara me alertar.

– Milorde... - ela disse num sussurro. - Perdoa-me, eu...

– TRAIDORA. - eu a impurrei fazendo-a cair, eu a prendi em um feitiço paralisante e ela me olhava assustada. - Cuidarei de você depois que trouxer meus filhos para casa em segurança.

Eu fui até a porta e olhei para a escada onde Pollyanna encarava Bellatrix com um olhar vitorioso.

– Há quanto tempo está aí? - perguntei receoso.

– Ah tempo o bastante para estar com muito ciúme, mas temos coisas mais importantes para fazer agora. - ela disse gélida e eu sorri de canto, ela veio até mim e me depositou um beijo desesperado. - Eu estou me segurando para não falar “eu te disse”. Vamos salvar nossos filhos.

Eu revirei os olhos e segui Pollyanna, juntos aparatamos para a mansão Malfoy. Adentramos a grande mansão com facilidade e sem que soubessem de nossa presença, até chegarmos à sala de estar, Abraxas estava lá com Lucius, patético, aposto que não sabia de nada, mas sua esposa, ah Lena Malfoy não era apenas uma dama da alta sociedade bruxa, não mesmo, ela odiava Pollyanna e era tão preconceituosa com sangues ruins quanto eu.

– Milorde. - disse um confuso Abraxas. - E... Milady.

– Oh Abrax, quantas vezes eu não disse que tua esposa era uma víbora. - disse Pollyanna para Abraxas, Lena entrou na sala e fez cara de surpresa.

– Milady, milorde, se eu soubesse que viriam teria feito uma recepção mais agradável. - ela disse se curvando para nós.

– Ainda me surpreendo como você pode ser tão desleal, Malfoy. - disse Pollyanna e empunhou a varinha lançando-lhe um feitiço do qual Lena se defendeu muito bem. - Eu cuido dela, vá buscar as crianças.

– Lucius vá para seu quarto. - ordenou Abraxas. - O que você fez Lena?

– Não será tão fácil milorde, eu consegui a ajuda de alguns dos nossos, comensais que não querem se submeter a uma sangue ruim como Pollyanna Whittier.

Eu apenas ri com frieza.

– Acabe com ela, my lady. - as duas iniciaram um duelo e eu comecei a procurar as crianças, pelo que vi nas lembranças de Bellatrix elas estavam em um tipo de masmorra, mas não precisei procurar muito.

– Acho que sei para onde quer ir milorde. - disse Abraxas me guiando. - Acredite, eu não sabia de nada.

– Sim, eu sei o quanto você pode ser inútil Abraxas, mas será recompensado por ficar do meu lado. - eu disse adentrando as masmorras da mansão Malfoy.

Alguns comensais traidores encapuzados estavam protegendo as crianças, eu não tive problema com aqueles vermes. Meus feitiços foram certeiros, mas não matei todos, sei que alguns ainda iriam querer voltar para meu lado quando Lena Malfoy fosse morta.

Eu abri a cela e encontrei Christopher e Mary, não me lembro de ter me sentido tão contente desde que reencontrei Pollyanna.

– Pai! - exclamou Mary correndo ao meu encontro e me abraçando, aqueles abraços repentinos e estranhos que Pollyanna costumava usar para me deixar completamente desconcertado, era incrível como elas eram parecidas, eu sorri.

– Vocês estão bem? - eu perguntei preocupado e eles assentiram, eu suspirei aliviado.

– Obrigado pai. - disse Christopher e sorriu um pouco de longe e eu lhe retribuí o sorriso.

Quando eu subi com as crianças para a sala de estar já parte destruída pelo duelo de Pollyanna e Lena, encontrei Lena caída no chão e Pollyanna vitoriosa apontando a varinha para a mesma.

– Eu vou te destruir Lena Malfoy. - Pollyanna disse gélida assustando os pequenos.

– Vão lá pra fora. - eu sussurrei para os dois, Mary faria o que eu mandei, mas Christopher parecia indignado.

– NÃO! MÃE... Eu nunca vou te perdoar pelo que você se tornou. - ele disse, seu olhar carregado de raiva e decepção.

No momento de distração de Pollyanna, Lena pegou sua varinha e tentou atingir minha Polly com um feitiço mudo, mas eu a protegi e acertei Lena com a maldição da morte. Quando me virei para finalmente acabarmos com aquilo, encontrei Pollyanna de joelhos no chão, com a mão no coração e parecia não conseguir respirar direito.

– Dói. - ela sussurrou sem conseguir respirar direito e eu sabia o que estava acontecendo, ela sentiu remorso.

– Vamos crianças, Lucius está lá em cima e quer vê-los. - disse Abraxas lançando um olhar de lamentação para o corpo de Lena, mas as crianças estavam preocupadas e perguntavam a todo o momento “O que está acontecendo com a mamãe?”.

– Está tudo bem, eu vou levá-la ao St. Mungus, vai ficar tudo bem meu amor, tudo bem, eu te amo. - sussurrei abraçando-a, mas ela já tinha perdido os sentidos, eu nem acreditava no que eu tinha lhe dito, eu te amo, amor, um sentimento para os fracos, ela tinha me feito sentir e entender, mas não estava acordada para ouvir aquilo, eu lhe beijei a testa e a levei para o St. Mungus, ela tinha que ficar bem, ela tinha que saber que... Eu posso amar.


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Notas finais do capítulo

entããão pessoinhas gostaram? mereço reviews? bom primeiro eu quero agradecer as meninas que comentaram no capitulo anterior, eu ameeei o review de vcs lindas.. e sim, esse capitulo e o titulo dele foram baseados na musica you lost that loving feeling do jhonny revers e foi feita uma nova versão para o glee, eu dai? eu gosto de jhonny revers mesmo u.u kkkkkkkkkkkkkk.. E aaaaaah falando do capitulo, Pollyanna sentiu remorso, nunca pensei nela sendo du mal por muito tempo e Tom disse "eu te amo" ai meu deus, ai meu deus, quanta emoção num capitulo só..
eu espero que tenham gostado
até o próximo cap
bjoks