Pollyanna escrita por Satine


Capítulo 30
Capítulo 30 - Beco Diagonal


Notas iniciais do capítulo

Oiii leitoras lindaas, bom aqui está mais um capitulo, eu espero que gostem >



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O tempo passava e eu sentia falta da minha família, enquanto Christopher e Mary estiveram em Hogwarts, eu me sentia ainda mais solitária, mas em breve eles voltariam para a escola para começar o 2º ano e eu ficaria solitária novamente. Eu não fazia nada naquela enorme mansão e Tom, digo, Lord Voldemort é muito ocupado, ele sai muitas vezes e quase nunca me diz aonde vai, chega com prisioneiros, um bom humor que não deve significar coisa boa ou então um péssimo humor, capaz de matar qualquer um que se coloque em seu caminho, por isso eu fico apenas em meu quarto.

Era ainda muito cedo quando me levantei, coloquei um robe por cima da camisola negra de seda, Yuli havia me trazido roupas novas, eu nunca mais voltara à casa que dividia com Alastor em Godric’s Hollow, Voldemort nunca permitiria. Desci as escadas para a cozinha e encontrei um exemplar do Profeta Diário em cima da mesa.

Desaparecimento de Pollyanna Whittier desestimula a lutra contra Bruxo das Trevas que aterroriza Londres”.

Espantada que finalmente o Profeta Diário e o ministério tenham acreditado e entendido a ameaça que Voldemort significa para o mundo bruxo, eu percorri as folhas do jornal até encontrar a matéria completa.

Desde a noite do dia 24 de dezembro, alguns dias depois do memorável discurso de Pollyanna Whittier no ministério da magia, a curandeira e defensora dos nascidos trouxas nunca mais foi vista, família e amigos estão preocupados, a população bruxa se sente amedrontada. O ministério, que recentemente admitiu acreditar na possibilidade de um bruxo das trevas aterrorizando Londres, está fazendo de tudo para encontrá-la[...]

- Lady Pollyanna. - ouvi a voz de Yuli e abaixei o jornal. - Acordada já tão cedo, Yuli ainda não preparou o café da manhã.

- Não faz mal Yuli, Tom ainda está dormindo?

- O Lorde das Trevas está na sala de treinamento com a jovem Bellatrix Black. - Cruzei os braços.

- Ah é mesmo? Onde fica isso, Yuli?

- Yuli leva Lady Pollyanna até a sala de treinamento, fica nas masmorras junto das celas dos prisioneiros do Lorde das Trevas.

- Obrigada Yuli, um dia ainda hei de te libertar.

- Oh não faça isso Lady Pollyanna, por favor, não, Yuli gosta de servir ao Lorde das Trevas e muito mais desde que Lady Pollyanna chegou nesta casa.

- Eu fico contente por isto Yuli. - eu disse sorrindo sincera.

Ela me levou até as masmorras, havia um corredor e celas, algumas delas havia prisioneiros, era sombrio, frio, escuro, apenas com algumas luminárias, eu gostava daquela casa quando não havia aquele calabouço estranho. Chegamos ao final das masmorras onde havia uma porta.

- É aqui Lady Pollyanna.

- Obrigada Yuli, eu sigo sozinha a partir daqui. - a elfa fez uma reverencia e se distanciou, eu abri a porta um pouco receosa e encontrei uma sala completamente surpreendente.

POV Tom

Bellatrix era minha serva mais fiel e muito talentosa também, por isto eu fazia questão de eu mesmo a treinar. Ela se tornaria uma grande bruxa.

- Admiro sua disposição de brincar com sua presa antes de atacá-la Bella, mas isto ainda vai destruí-la, talvez um pouco mais de concentração. - alertei-a enquanto a garota Black se divertia usando a maldição cruciatus em um bruxo sangue ruim incompetente.

- Devo matá-lo, senhor? - perguntou uma excitada Bellatrix.

- Não, ainda não. - Nagini deslizava ao meu redor e o sangue ruim nojento implorava por sua vida, Bella se aproximou de mim.

- Milorde, se me permite, sinto falta de ti, de nossas noites, sabe que estou em tua inteira disposição, sempre estarei...

- Basta, Bella você é apenas uma garota, voltará para Hogwarts para completar seu ultimo ano, nossas aulas terão uma pausa, continuaremos quando terminar Hogwarts.

- Mas... Mas milorde, isto é por causa da sangue ruim, não é?

Bellatrix recuou ao olhar de ódio que eu a lancei.

- Crucio. - em um movimento rápido e preciso Bellatrix estava no chão gritando e implorando para que eu parasse, mas eu já tinha tolerado suas ousadias por demais. - Bella tenho tido muita paciência contigo, mas estou começando a perder a cabeça.

- Per-perdão milorde.

- Assim está melhor, se ouvir outra insolência dessa sobre Pollyanna de você ou de qualquer outro, terá o mesmo destino que este homem. - eu disse num tom de voz frio e rude e olhei com desprezo para meu prisioneiro. Eu ouvi a porta ser aberta e Pollyanna entrou receosa, olhou para a sala com um olhar admirado, a sala era circular, havia uma estante com vários livros, ingredientes de poções, caldeirões, lembrava um pouco a sala precisa.

- Estou atrapalhando? - ela perguntou no seu típico tom orgulhoso e ciumento e com os braços cruzados.

- Não, Bella já estava de saída. - Bella levantou-se um pouco tonta e fez uma reverencia rápida antes de se retirar lançando um olhar cheio de ódio a Pollyanna.

- Alguém aqui acordou de mal humor. - provocou Pollyanna.

- Dormiu bem? - perguntei e ela sorriu assentindo, ela se aproximou, mas parou horrorizada olhando para meu prisioneiro no chão.

- Quem é ele?

- Ninguém importante, apenas um homem indigno de aprender magia.

- Segundo você então sou indigna de aprender magia? - ela me fuzilou com os olhos e me deu as costas.

- Mas é claro que não, Pollyanna você é a garota mais extraordinária que já conheci.

- E eu nunca sei o que querem dizer com isso. - ela disse novamente cruzando os braços.

- Venha até aqui, já usou alguma maldição imperdoável? - ela se aproximou receosa e balançou a cabeça negativamente. - Tem vontade?

- Nenhum pouco. - ela disse sem nem pensar, mas eu podia ler seus olhos, ela tinha pelo menos uma curiosidade.

- Devia começar a praticar. - sugeri.

- Não. - ela disse num sussurro.

- Pense, você pode matá-lo rapidamente com a maldição da morte ou Nagini pode comê-lo vivo, seria muito mais doloroso. - eu disse num tom divertido e ela me olhou perplexa.

- Você é um psicopata, não liga para a dor dos outros?

- Ligo sim, Nagini precisa comer. - eu revirei os olhos com o seu olhar assustado. - Você sabe que não, a única que não consigo machucar é você.

Segurei sua mão passando o polegar pela pedra preta do anel/horcrux que ela usava.

- Ta, eu faço. - ela disse não totalmente convencida e pegando a varinha.

- Não, não, por favor. - implorava o homem, com um aceno de varinha eu o fiz se calar, atrás de minha miss, eu segurei o braço que ela segurava a varinha.

- Você tem que querer, o movimento da varinha tem que ser preciso e você tem que falar em alto e bom som. - eu susurrei em seu ouvido e ela balançou a cabeça positivamente e engoliu em seco. - Quanto estiver pronta.

Ela respirou fundo algumas vezes.

- Estou pronta. Avada Kedavra. - eu não esperava que ela fosse conseguir na primeira tentativa, não mesmo, fiquei surpreso e admirado, mas minha miss se virou escondendo o rosto na curva de meu pescoço e soluçou.

- Você foi ótima miss.

- Foi horrível. - ela disse chorosa.

- Não fique assim. - acariciei seu rosto. - Hoje vamos comprar os materiais de Mary e Christopher no Beco Diagonal.

Ela levantou os olhos ainda chorosos e me olhou preocupada, colocou os cabelos louros para trás da orelha.

- Não há perigo de te reconhecerem?

- Não, poucos já viram Lord Voldemort pessoalmente. - ela balançou a cabeça positivamente e saiu dali lutando para não olhar para o cadáver do sangue ruim no chão.

[...]

Algumas horas depois do ocorrido na sala de treinamento, Mary e Christopher já estavam prontos para irem ao Beco Diagonal, eu também já estava pronto, mas Pollyanna estava um pouco longe, provavelmente não conseguia parar de pensar no que eu tinha feito naquela manhã, se culpava demais.

- Mãe! Mãe! - chamava Mary.

- Ahn? Oi?

- Você está bem?

- Estou.

- Vamos viajar por pó de flu. - eu disse e ela foi a primeira.

Logo já estávamos todos andando pelas ruas de pedras do Beco Diagonal, nos separamos para comprar os materiais, Pollyanna foi com Mary e eu com Christopher depois de ele muito reclamar.

 - Eu posso comprar meu material sozinho. - disse Christopher emburrado.

- Fique a vontade. - eu não teimei com ele e o deixei ir à frente. Christopher comprou todos os materiais sem nenhum problema, mas no Floreio e Borrões encontrou um amigo da escola.

- Ora se não é Christopher Salazar, eu soube que sua mamãezinha de sangue ruim foi sequestrada pelo Lorde das Trevas, ele vai acabar com ela. - riu o garoto de cabelos e olhos negros.

- Lava a boca antes de falar da minha mãe, Black. - disse Christopher lançando um olhar repleto de ódio ao garoto.

- Ora, ora crianças, pra que tanta hostilidade? - disse o pai de Regulus Black. - Creio que não fomos apresentados senhor Whittier, eu sou Orion Black.

Christopher continuava a fitá-lo com raiva.

- Regulus me contou tudo sobre você Christopher, sobre sua amizade com meu... - ele fez uma careta. - filho Sirius e sobre sua mãe, surpreendente para alguém como você e filho de quem é, afinal Whittier é a maior defensora dos nascidos trouxas depois de Alvo Dumbledore, mas você deve se orgulhar de estar na casa das serpentes...

- Nenhum pouco. - cortou Christopher. - E se não se incomoda Sr. Black, eu preciso continuar a comprar meus materiais.

- Não é incomodo algum Sr. Whittier, foi um prazer.

- Pena que eu não posso dizer o mesmo. - disse Christopher lhe dando as costas.

Eu esperei até que Orion Black saísse da loja de livros e o puxei de modo rude para a entrada da Travessa do Tranco, apontei a varinha para seu pescoço e ele me olhou assombrado.

- Creio que saiba quem sou, Black. - eu disse numa voz perigosamente controlada.

- Se-senhor das Trevas. - ele sussurrou amedrontado.

- O garoto que acaba de falar na Floreio e Borrões era meu filho, herdeiro de Lord Voldemort, eu sugiro que volte lá e se desculpe, seu filho deve fazer o mesmo e eu não quero que meu filho seja tratado desta maneira por mais ninguém, seu filho cuidará disto e não é uma boa ideia me contravir, Black. - o homem estava muito branco e balançou a cabeça positivamente sem nem ao menos respirar. - Vá.

Orion Black e o filhinho voltaram para a loja e ajoelharam-se perante meu filho.

- Perdoe-nos pequeno lorde, não sabíamos quem você era. - Christopher arqueou uma sobrancelha.

- Tá. - disse apenas e saiu da loja e vindo em minha direção. - Não precisava ter feito isto.

- Isto o que? - me fiz de desentendido enquanto andávamos lado a lado e ele carregava os livros.

- Você sabe, mas foi legal, a cara lavada de medo daqueles dois, foi divertido. - ele riu e eu ri também, Christopher e eu começávamos a nos entender.

POV Pollyanna

Mary precisava de roupas novas, antes usava vestes de segunda mão e Tom não queria mais isso, Mary ficou muito feliz, achava um pouco humilhante, ela estava provando as roupas e eu fiquei esperando do lado de fora quando vi uma figura conhecida, era Alastor, ele estava de costas, mas o cabelo era o mesmo e o jeito de andar mancando também, eu o segui e ele virou em uma rua deserta, eu estava bem próxima e ia chamá-lo quando ele se virou para mim, o que vi foi chocante, seu olho não era mais o mesmo, um de seus olhos fora substituído por um olho azul elétrico que girava para todo o lado e podia ver até mesmo atrás, eu levei as duas mãos a boca sem conseguir conter uma exclamação de susto.

- Alastor! - eu disse o abraçando com força e ele fez o mesmo. - Sabia que eu estava te seguindo.

- Se esqueceu de com quem está falando Polly? - ele perguntou divertido. - Eu estava tão preocupado.

- O que aconteceu?- eu perguntei passando a mão em seu rosto.

- Um presente dos servos do seu amado Lorde.

- Isso é terrível, Alastor me perdoe, eu...

- Você não tem culpa de nada, não precisa se desculpar, mas me ouça com atenção Pollyanna, eu estive conversando com Dumbledore.

- Alastor, não precisam tentar me resgatar, eu estou bem, Mary e Christopher sabem que ele é o pai deles e, bem, por enquanto está tudo bem e Alastor, sobre a gente... É, eu sinto muito e eu gosto muito de você, mas...

- Eu sei, sua história com Tom Riddle, tá, me deixa terminar, você é a única que pode destruir Voldemort.

- O que?!

- Dumbledore me disse que você conhece um segredo de Lord Voldemort, um segredo que pode destruí-lo e você é a única que pode fazê-lo.

- Como? Não, eu não posso fazer isto Alastor, é terrível.

- Terrível é famílias destruídas, bruxos nascidos trouxas desaparecidos, terrível é o que ele está fazendo Polly, você pode enganá-lo fingindo estar ao seu lado, promete pensar sobre o assunto?

- Prometo, mas... Mas ele não vai acreditar, estamos falando de Voldemort, Alastor, não é um bruxo qualquer.

- Dê o seu melhor, você é uma ótima bruxa Polly, eu mesmo a treinei, você consegue. - ele beijou minha testa e se afastou.

- Avise meus amigos que eu estou bem e tia Polly e tio Tom.

- Sim, eu os aviso. - e assim ele desapareceu por entre as pessoas, quando voltei vi Mary olhando para os lados a minha procura.

- Estou aqui. - eu acenei e ela veio em minha direção. - Vamos procurar Tom e Christopher.

Nós duas não demoramos a encontrá-los, foi estranho, quando nos aproximamos os dois estavam rindo, juntos, eu senti meu coração se alegrar com aquela imagem, porém me lembrei das palavras de Alastor e fiquei pálida.

- Está tudo bem miss? - perguntou Tom, eu engoli em seco e acenei positivamente. - Então vamos para casa.


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Notas finais do capítulo

então gostaram? mereço reviews? perdoem qualquer erro e até o próximo capitulo lindas, prometo não demorar pra postar >
bjinhoss