A combinação Aerodactyl + Squirtle surtiu efeito. A dupla conseguiu penetrar a barreira de fogo de Talonflame e infligir dano ao pássaro. Primeiro, a tartaruga repeliu todos os golpes flamejantes com os seus jatos de água; segundo, Aerodactyl usou a sua técnica para manipular pedregulhos e jogar contra o adversário. As pedras atingiram Talonflame, deixando-o totalmente derrotado. Mas não antes de uma chama atingir a porta do alçapão da entrada traseira da mina. Algumas pequenas brasas atingiram a tubulação de gás e assim uma pequena explosão ocorreu.

Marshall não conseguiu ir atrás do seu filho. E mesmo derrotando Talonflame, foi impedido pelo capitão Jack.

— Não vai fugir. Tá desesperado?

— Merda...

— Só pra constar. Eu maltratei aquele pirralho mudo. Ele era tão irritante. Muahahahaha.

— Maldito! Você vai ver do que sou capaz.

A arma do capitão Jack falhou. Ele viu Marshall correr na direção dele. Seus subordinados aparecerem no meio e impediram que o pirata agredisse o seu chefe.

— Maldição. Saiam da frente.

— Ataquem esse imbecil!! Eu também preciso ir embora muahahaha.

Os blackers avançaram contra Marshall. Este lutava demasiado bem.

...

No quinto andar, a porta do cofre abriu. Luiza vislumbrou um salão cheio de tesouros. Eram feitos de metais preciosos. Coroas, espadas, moedas, bustos, armas, e toda a sorte de objetos.

— Como vamos roubar tudo? — Questionou Khan.

— Não vai dar, não é mesmo? Esse tal Faisal acha que vai ficar com todo esse tesouro. Deve ser os artefatos que pertencem ao museu da cidade.

— Tá. Mas e o que pretende fazer? Eu vou levar apenas algumas moedas de ouro.

A menina não respondeu de imediato. Viu algo que chamou a sua atenção. No meio do salão havia um desenho grande de um círculo. Na verdade eram vários círculos, um dentro do outro. Ela olhou para Khan, mas ele ainda estava ocupado com o tesouro.

A parede mostrava desenhos feitos na própria rocha. Aquela mina já existia muitos anos antes. Talvez nem era mina ainda. Mas algum povo primitivo fez tais marcas nas paredes.

— O que temos aqui? — Indagou ao ver um desenho de três grandes animais precidos com cachorros. O primeiro era aparentemente de fogo, o segundo elétrico e o terceiro era o que mais se destacava.

Luiza sabia que aquela mina era muito mais do que uma mina. Contava a história de Hokkaishin desde os seus primórdios.

Ainda no quinto andar, Noah carregava Bruno quando foi surpreendido por algumas pedrinhas no meio do caminho. Alguém fazia um truque de malabarismo com os objetos. Os dois homens foram surpreendidos.

— Que coisa é essa? — Perguntou Noah.

— Incrível. Elas estão se mexendo sozinhas.

De repente, Bruno começou a flutuar. As pedras foram na direção dos dois.

— O que houve?

— Droga!! O garoto fugiu. Alguém tá ajudando ele.

Bruno era carregado por uma força invisível.

Noah e Faisal correram, mas perderam a criança de vista. Isso obrigou o capitão a libertar o seu Rhyperior.

— Encontre aquela criança — ordenou ao seu pokémon.

Bruno se escondeu atrás de uma pedra. Viu as sombras dos três passarem.

Mime Jr. apareceu depois de um dia inteiro desaparecido. Pegou Bruno de surpresa. Pensou que o pokémon havia sido vendido no leilão. Mas Júnior explicou que se escondera até o último momento e que vira os homens maus maltratrem Bruno.

O garoto conversou telepaticamente e agradeceu ao pokémon. Ambos se abraçaram.

Rhyperior abria caminho com a sua broca. Foi suficiente para abrir uma parede.

— Continue procurando. Aquela criança não foi para muito longe.

O barulho da broca soou pelo quinto andar a ponto de Luiza e Khan escutarem. A moça saiu do cofre para ver se o dono daquele som estava por perto.

— Melhor terminarmos. Talvez o capitão Noah tenha voltado.

— Você fica aqui. Eu verei o que foi isso.

Ela puxou a sua espada e saiu do cofre. Khan ficou aflito, mas continuou estocando moedas douradas numa sacola.

Ela caminhou cuidadosamente pela caverna até chegar num local onde havia trilhos. Escutou algo se aproximar. Era Bruno e Mime Jr.

...

No segundo andar, Jason e Pyro ficaram perdidos. Não sabiam ao certo onde estava a máquina gigaremo.

A pokébola na cintura dele se mexeu sozinha. Eevee saiu sem que Jason pedisse.

— Eevee, o que está fazendo?

A raposinha ficou em posição de ataque a fim de proteger o seu treinador. Ela correu e soltou um Shadow Ball, atingindo Dusknoir em cheio.

— Ah... é aquele fantasma!!

Charmander também ficou em posição de ataque.

Aparentemente estavam encurralados. Jason teve um ideia. Olhou para trás e viu uma parte com trilhos e alguns carrinhos vazios. Correu até uma alavanca e puxou. Os carrinhos andaram automaticamente.

— Eevee, Pyro, venham! — Ele pulou dentro de um carrinho. Os dois pokémons também.

Dusknoir não ficou para trás e também entrou num carrinho de trás. 

A velocidade aumentou. Era impossível parar aquilo naquele momento.

Ainda no primeiro andar, Robert e Stone corriam pelos corredores quando foram surpreendidos por Graveler.

— Que maravilha.

— O que faremos, senhor Stone?

O pokémon rolou na direção deles. O líder puxou Robert para o lado, evitando serem pegos no golpe. Graveler ficou preso na parede.

— Seu filho não vai saber onde está a máquina. Precisamos ir.

Enquanto isso, Dixie assistia à luta entre Zoroark e Sandslash e dava as instrunções ao pokémon manipulado.

— Cuidado com os espinhos dele, Zoroark.

...

Mais alguns minutos se passaram. Joe e Sophia não conseguiram segurar todos os blackers das outras minas. Isso dizia que o reforço dos vilões estava a caminho.

No campo de batalha, os piratas partiram para a pancadaria contra os blackers.

— Droga. Esse fogo está me atrapalhando. Se eu pudesse sair daqui e salvar Bruno — lamentou Marshall.

Um blacker soltou uma bazuca, atingindo a lancha voadora de Flint. Mas antes de cair, ele soltou uma Smoke Ball entre Jack e Marshall.

— Não se preocupe comigo, capitão. Acaba com ele.

— Deixa comigo.

A fumaça impediu Jack de agir. Marshall correu todo o campo de batalha e socou com tudo o rosto do vilão. 

— Isso é pelo meu filho.

Batalha atrás da mina. Vencedor: Marshall Williams.