O primeiro andar subterrâneo foi tomado por uma fumaça que causava sonolência nas pessoas. Por ordem de Noah, os compradores foram mantidos como reféns e forçados a inalar a tal fumaça. Um por um desmaiou no chão do recinto.

Os pokémons foram levados para o segundo andar e colocados nas celas. Ainda havia blackers nesses locais.

Mas no terceiro andar, Zoroark conseguiu se safar dos olhos do capitão e dos seus asseclas. Aproveitou que os líderes blackers estavam fora para nocautear os "grunts" e assim deixar aquele andar livre para quando Simon descer.

No quarto, o único blacker era Khan. Estava deitado na cama da cela em que Bruno ficara. Não conseguia ter ânimo para se levantar.

O quinto andar, o local mais profundo daquela mina, estava cheio de blackers enquanto os líderes caminhavam para a superfície.

— Esse local é grande. Ainda nem chegamos... — falou Noah, observando as paredes úmidas e cheias de pedras coloridas.

— Nem faz ideia de como sou grato ao seu chefe hehe. Essas minas são o meu tesouro — respondeu Faisal. — E pretendo conectar vários túneis subterrâneos em um ano.

O capitão não prestou atenção à conversa ambiciosa daquele árabe. Achou mais interessante olhar para a mina e suas belezas.

...

Swampert e Charmander uniram forças para derrotarem os blackers que ficavam no caminho. Eram dezenas, mas nenhum deles era realmente capaz de deter os aliados.

Perto dali, Bonney e Nikky lutavam com as próprias mãos. Ambas eram lutadoras natas. Cada uma chutou o peito da outra, caíram ao chão.

Bonney pegou uma porção de terra, jogou perto do olho da adversária e meteu uma voadora. Nikky bateu as costas na porta de um carro.

— Vai ser o seu fim, queridinha. — Puxou uma pokébola e libertou Beedrill.

Jason viu aquilo e pegou a sua pokédex. Analisou o pokémon da vilã.

Nome: Beedrill

Designação: Pokémon abelha venenosa

Número: 015

Tipo: Inseto/Venenoso

Sexo: Fêmea

Grupo de ovos: inseto

Peso: 29 kg

Altura: 1 metro

Razão de gênero: 50% masculino e feminino

Estado: Ataque

— Droga... parece mesmo que estou em desvantagem.

— Jogue a sua pokébola pra cá. Sei que você tem pokémon guardado aí. Se fizer gracinha, minha Beedrill vai te dar uma baita ferroada.

Nikky ficou sem reação. Ela foi ingênua ao pensar que uma criminosa lutaria limpo.

Uma bola de fogo surgiu entre as duas, atordoando Beedrill. Era Pyro sobre a cabeça de Jason.

— Como ousam?! Esse moleque ainda está vivo?

— Vivíssimo. Voltei para derrotar a Black pela segunda vez hehe. Pyro tá animado para tostar abelha, não é, amigão? — Charmander concordou.

— Não pensem que vou ser intimidada tão facilmente. Beedrill, acabe com eles.

O pokémon voou na direção da dupla, pronto para aplicar uma ferroada. No entanto, uma forte ventania surgiu. Era Butterfree.

— Não se esqueça de que eu sou a sua oponente. Jason, vá salvar os pokémons. Fale para Stone ir sem se preocupar comigo. Ficarei bem. E muito obrigada por me ajudar.

— Claro, senhora Stone.

Bonney desdenhou do que Nikky fez ao impedir o garoto de agir. Afirmou que era a sua única chance de derrotá-la. Nikky, porém, não caiu na provocação.

Nesse ínterim, Simon chegou ao andar do leilão pela escada. Percebeu que havia um tipo de fumaça pelo local. Decidiu não se aproximar mais.

— O que eu faço?

Havia dois blackers passando pelo corredor da caverna quando Hitmonchan meteu dois murros em cada um. Simon agradeceu ao seu pokémon e pegou a máscara anti gás de um deles. Chegou ao recinto do leilão.

— Mas o que está havendo?

Havia várias pessoas desmaiadas no local. O menino ficou assustado, pensando que estavam mortas. Mas viu que seus pulsos estavam normais. Apenas dormiam.

— Eu nunca pensei que haveria traição entre eles.

Havia um pessoa escondida ao longe só observando Simon naquele lugar. Era Dixie, o manipulador de pokémons.

...

— Tem certeza de que não precisa da minha ajuda?

— Engraçado... logo você me oferecendo ajuda? Não era você que vivia dizendo que só tava aqui pelos tesouros? Aliás, parece que eles estão na parte mais profunda dessa mina. Vai ter coragem de descer?

— Eu quis ser solícita, só isso. Mas sobre o tesouro... sim, eu pretendo ir. Não tenho medo. Tenho como me defender.

Os dois se separaram. Luiza desceu a mina pela escadaria. Marshall liberou Aerodactyl e montou sobre ele.

— Boa sorte com o seu filho.

Marshall saiu de perto da entrada e foi embora. Aerodactyl começou a bater as asas, mas o pirata ficou desengonçado sobre o pterossauro.

— Droga. Isso é mais difícil do que imaginei. E o local que eu sentei é duro. Vai logo, Aerodactyl!!

O pokémon voador saiu devagar devido ao homem em suas costas.

— Aquele era o Marshall? O safado capturou o Aerodactyl do parque? — Indagou Stone.

— Eh... depois eu explico, senhor Stone. Agora temos que entrar logo. — Disse Jason.

Robert serviu como guia para os dois. Stone deu a sua pokédex para Robert a fim de deixar o mapa da mina com o homem durante as batalhas.

— Parece que há um elevador e uma escada. Os pokémons estão no segundo andar abaixo de nós. — Falou Robert.

— Só espero que Nikky esteja bem. Jason, Robert e Pyro. Vamos nessa!

...

O alçapão abriu repentinamente. O primeiro a sair do subsolo foi Noah. Depois os demais.

— O helicóptero! — Avisou Faisal, apontando para a aeronave uns cinquenta metros à frente.

Jack arrastava Bruno pelo braço quando pressentiu algo. Deu a criança para Noah.

— Que foi?

— Sensei, tem algo vindo. Fique com ele, por favor.

Todos viram Marshall sobre o Aerodactyl. Noah amaldiçoou o homem, mas decidiu lutar. Jack pediu que o capitão levasse Bruno.

— Esperem!! Ele está indo na direção do helicóptero. O desgraçado vai destruir o meu helicóptero — bradou Faisal.

Marshall viu aquele grupinho e logo percebeu o helicóptero. Pediu para o seu Aerodactyl atacar.

Jack libertou o seu pokémon. Era um pássaro de fogo chamado Talonflame. Logo bateu as asas e lançou uma ventania quente que derrubou Marshall.

— Atirem nele!! — Ordenou Jack.

Os blackers atiraram. Marshall conseguiu se esconder atrás de um trator. Entretanto, não conseguiu salvar o seu filho. E agora?