O golpe de Squirtle foi evadido com uma certa dificuldade. Ele acertaria Jason se não fosse por Charmander.

— Droga, Marshall. Desde quando você ataca as crianças? — questionou Stone.

— Essa criança entrou no meu caminho e invadiu a ilha. Eu não tenho a obrigação de ser gentil com ele.

Bruno tentou passar, mas os marinheiros barraram a passagem. Antes disso, Simon pediu para ele se esconder em um local seguro. Óbvio que o garoto não obedeceu.

— Pyro, use Ember!

— Squirtle, use Water Gun.

Os dois golpes colidiram. Aparentemente ambos os pokémons estavam no mesmo nível, apesar da tartaruga ser dois anos mais velha.

— Não seja prepotente, garoto. Só porque está me enfrentando não quer dizer que vai me vencer.

Finalmente Bruno saiu do caminho e foi até a praia. Ele olhou o pai lutar contra o seu amigo. Gritou.

— Essa criança de antes? — indagou Stone.

— O que ele faz aqui? É perigoso — disse Simon.

Marshall olhou para o seu filho e revelou a verdade apenas com a palavra "filho". Todos foram pegos de surpresa com o fato. Marshall era o pai de Bruno.

Charmander aproveitou a brecha para dar uma cabeçada em Squirtle. Este caiu na água.

— Capitão, os portões da entrada estão abertos!

O homem viu os portões automaticamente abrirem. Perguntou sobre os guardas, mas nenhum respondia via rádio.

— Que merda é essa que está acontecendo nessa ilha?

Squirtle saiu da água com um pulo e caiu de volta para a areia.

Machop e Machoke socaram um jetski voador, que caiu desgovernado.

Flint libertou o seu pokémon. Era um Psyduck, um pato bípede amarelo que vivia com dor de cabeça, pois seus poderes psíquicos eram grandes.

— Não vou me intimidar. Vá, Zoroark!

A raposa bípede se aproximou de Psyduck.

Nome: Psyduck

Designação: Pokémon pato

Número: 054

Tipo: Água

Sexo: Macho

Grupo de ovos: água 1 / campo

Peso: 18 kg

Altura: 0,80 metro

Razão de gênero: 50% masculino e feminino

Estado: Ataque especial

Flint e Simon começaram o confronto. O pato usou o seu poder mental para levitar uma pedra. Jogou contra Zoroark, mas este apenas golpeou o objeto.

— Melhor lutar de verdade ou vai perder, tio.

Flint riu das palavras de Simon. O garoto era arrogante, merecia uma lição.

— Você não entende, rapaz. Estou apenas me aquecendo. A batalha começa agora!

...

O navio de guerra e o submarino da Equipe Black estavam mais próximos da ilha a cada momento. Era uma questão de tempo para que uma invasão ocorresse.

Wailord sentiu algo estranho vindo de fora da ilha. Mergulhou e saiu da baía para o mar aberto. A baleia apenas seguiu a sua natureza instintiva. Havia algo fora do normal acontecendo.

— Comandante, algo está se aproximando a dois quilômetros de distância.

— Avise o capitão do navio.

O blacker no submarino deu um alerta para o navio. Eles prepararam os canhões.

— Vamos atirar em qualquer barco que se aproximar!

Mas os blackers no submarino viram algo se aproximar de dentro da água. Era algo grande.

— Outro submarino?

— Não. Um pokémon!

Wailord nadou com toda a rapidez a fim de atingir o submarino e afundá-lo de uma vez. Os blackers viram o animal se aproximar a toda velocidade.

— Use os torpedos!

Ativaram os dois torpedos. Eles foram contra a baleia, mas ela desviou.

—Tire-nos daqui, imbecil!

Wailord deu uma forte cabeçada no submarino, forçando-o a retroceder ainda mais. Água começou a entrar na parte interna.

— Vamos emergir — disse o comandante.

O navio estava logo atrás. Os blackers viram a movimentação estranha.

— Capitão Jack?

O capitão do navio de guerra era um homem de meia-idade com um tapa-olho e com uma prótese metálica na perna esquerda.

— Lancem os tranquilizantes. Se essa baleia nos atrapalhar, podemos morrer nas mãos do chefe Ling.

Assim os blackers pegaram arpões com tranquilizantes e atiraram contra Wailord. Como ela estava quase na superfície, as armas conseguiram perfurar as suas costas. Logo soltaram uma rede que capturou o animal.

— O senhor é estupendo, capitão Jack.

— Fale com o comandante do submarino e diga para ficar de olho nessa baleia. Eu temo que ela acordará e tentará nos atrapalhar.

E assim, o navio de guerra comandado pelo capitão Jack seguiu adiante.

...

As lutas na Isla de la Luna prosseguiram madrugada adentro. Não havia nenhuma previsão de quem poderia ser o vencedor do duelo.

Stone foi impedido de ajudar Jason por Bonney. Simon ficou ocupado com o duelo contra Flint. Os marinheiros, Machop e Machoke foram com tudo para cima dos piratas.

Apenas Jason ficou para enfrentar o chefe da Neptune sozinho.

Mas...

— Filho! Não pode ser! — Falou Robert.

Charmander perdeu o duelo contra Squirtle, este ficou sobre o lagarto vermelho. A tartaruga irritou tanto Jason que ele tentou correr para cima. O pokémon soltou água nos pés do garoto. Jason caiu.

— Isso é o que merece por ser atrevido. Agora corra para o colo do papai.

Ao ver o seu treinador se machucar com um golpe direto, Charmander ganhou forças para sair debaixo da tartaruga. Ele soltou uma baforada, atingindo o rabo do pokémon aquático.

— Eu posso até merecer esse golpe, mas o senhor não merece ser chamado de treinador.

— O QUE VOCÊ TÁ FALANDO? VOCÊ NÃO CONHECE NADA!!! É APENAS UMA CRIANÇA QUE ACABOU DE SAIR DAS FRALDAS!!!

— O senhor age feito um moleque. Grita e fala frases de efeitos como se fosse vilão de filme. Agora saiba que eu sou o treinador que vai ser algo maior do que o senhor foi e será! Serei o treinador número 1 e também o melhor médico pokémon desse mundo. O senhor age como a Equipe Black. Age feito um criminoso!

— Insolente!! Squirtle, ataque-o. Já!!

O pokémon se preparou para atacar Jason, mas Pyro se meteu na frente do garoto.

Bruno segurou o choro ao ver os dois brigarem e criou coragem. Robert, que até então cuidava dele, não o viu.

Charmander usou o seu poder de fogo, Squirtle usou o seu poder de água. Ambos os golpes estavam a ponto de colidirem quando Bruno correu na tentativa de parar com o seu corpo. Jason e Marshall olharam abismados.