A maior preocupação de Stone era a destruição dos sítios arqueológicos. Segundo ele, a universidade de Rock'atown juntamente com arqueólogos fizeram um acordo de repasses ao governo. 25% do dinheiro com a exploração das minas para fins de estudo eram repassados aos cofres públicos.

Windsor pediu ao amigo que mantivesse a calma, mas o homem ficou agitado após a revelação de Gary. A Equipe Black estaria por trás disso?

O professor concordou em ajudar o homem, usando o seu Salamence para levá-lo até Rock'atown. Aparentemente o dragão estava em boas condições após passar a manhã no centro pokémon.

Stone agradeceu a ajuda de Gary e disse que daria as informações possíveis. Enfim, ele foi embora montado sobre Salamence.

Jason voltou a insinuar que Simon tinha o dever de segui-lo, haja vista os blackers foram vistos no mesmo local em que iria.

— Mano, como você é chato!

— Qual o problema em querer que o meu amigo vá na minha aventura?

O ruivo levantou a sobrancelha depois que ouviu a palavra "amigo" sair dos lábios do mais jovem. Ele nunca teve algo do tipo.

— Eu só vou porque preciso ver se aqueles caras estão lá mesmo. Porém, não fique tão contente. Quando chegarmos lá, vamos nos separar.

— Feito.

Jason passou o resto do dia com os seus pokémons e admirando a sua insígnia.

...

Três dias se passaram desde a vitória dos aliados.

Jason, Robert e Gary voltaram para Cocconut. A população bateu palmas ao verem o menino passar pela rua. Moradores se aglomeraram na entrada do laboratório.

Depois de algum tempo, pai e filho voltaram para a sua vila. As pessoas parabenizaram Jason pela conquista. O garoto retirou um envelope recheado e deu ao ancião da vila.

— Aqui tem dois mil pokedólares que ganhei da liga. Vai servir para alimentar um pouco vocês — disse o menino.

— Oh, obrigado, menino Jason. Tenho certeza que Miranda se encheria de orgulho ao vê-lo — falou o velho, agradecido.

— Obrigado. Meu filho está decidido a doar ainda mais dinheiro para a reconstrução da vila.

Os moradores mais uma vez agradeceram.

Jason, Robert e Charmander subiram a colina e entraram no cemitério da ilha. Bem na ponta da colina, ao lado do mar, havia a lápide de Miranda, esposa falecida de Robert e mãe de Jason.

Charmander ficou confuso ao ver os dois parados em pé e em silêncio.

— Miranda, ele vai conseguir. Seu filho já deu o primeiro passo para se tornar o maior treinador de todos os tempos.

— É, mamãe. Olha a minha insígnia.

Na lápide, o nome era Miranda Cinnamon Krueger.

Flores foram colocadas sobre a lápide.

...

Um dia depois...

— Meu nome completo? É Jason Krueger.

— Você tem um sobrenome tão simplório. — falou Simon durante uma conversa no templo.

— Até parece que Simon McQueen é bonito — retrucou Jason. Ambos estavam jogando baralho debaixo de uma árvore.

Robert chamou Jason para se arrumar. Era o momento de partirem para o porto, pois o navio havia chegado na ilha.

— Vamos, Pyro!

— Você devia ser menos ingênuo, sabia? Olha pra mim. Sou dois anos mais velho que você e já tenho uma personalidade madura.

— Por acaso você é uma fruta para estar maduro?

Simon ficou irritado e tentou bater em Jason. Os dois correram. Eles se arrumaram e foram no carro de Windsor até o porto da cidade. Lá estavam todos os aliados que ajudaram na luta contra a Equipe Black.

Linda, a capitã de polícia, agradeceu a Jason e o seu pai pelo ato de heroísmo ao enfrentarem os bandidos. Depois Kula Kobayashi e Li Yamato parabenizaram.

Jason viu o enorme navio cruzeiro. Ele era maior do que o dos blackers. Não havia comparação.

— Ei, moleque! — Stone apareceu descendo a rampa de acesso.

— Tsc. Você voltou. Veio me perturbar? — respondeu Jason.

— Serei o próximo anfitrião da sua jornada. Não podia deixá-lo sozinho. Soube que você sempre se mete em problemas, por isso estou aqui. — Stone colocou o seu braço em volta da nuca do menino e ficou dando leves cascudos em sua cabeça.

Gary apareceu para desejar boa sorte ao seu aluno. Pediu para que ele continuasse estudando pela pokédex e que não se metesse em encrenca.

— Eu juro que vou me comportar, professor — disse ele dando um abraço em Gary.

Robert também agradeceu a grande ajuda de Gary. Entrou primeiro no navio.

A cabine de Jason e Robert foi escolhida para que eles pudessem dormir juntos em camas separadas. O ambiente era espaçoso, arejado, com uma janela que dava para ver o lado do porto. Simon e Stone ficaram em cabines separadas.

O capitão ordenou que soassem a buzina e começassem os preparativos para a partida.

Jason, Charmander e Robert ficaram na murada do convés da proa e se despediram de todos os que estavam no porto. Outros passageiros faziam o mesmo.

As pessoas no porto se despediram do navio chamado S.S. Aquamarine. Aos poucos ele foi se distanciando da cidade.

— Ah, estou com uma fome. Você pode me convidar para uma pizza? — disse Gary.

— Claro, professor. — Respondeu Windsor.

E assim Jason saiu das ilhas Coco pela primeira vez na sua vida.

— Ah, estou cansado — disse ele ao deitar na cama. — Pyro, o que acha de amanhã explorarmos o navio?

O pokémon assentiu.

Naquela noite, Jason e Charmander dormiram tranquilamente. O primeiro desafio foi alcançado, e a primeira insígnia conquistada. O que aguarda os nossos heróis?

...

White City

Quatro dias depois que visitou Britney, Victoria levou uma fotografia da sua mãe com uma possível amiga. A imagem era velha e nitidamente mostrava a adolescência das duas.

Nesse tempo, ela pesquisou o nome da tal amiga. Ficou no notebook, no seu triplex, pesquisando nomes.

Um filhote de dragão chamado Gible ficou se esfregando em suas pernas. Ela se levantou e colocou ração para ele.

Depois de um tempo, ficou na sacada observando o céu noturno.

— Amigas de escola... Por que mamãe fez uma dedicatória a essa mulher?

Atrás da fotografia estava os nome da amiga e a dedicatória.

"Minha melhor amiga, Miranda C.
Juntas até o fim"