CAPÍTULO 17

Kou separado do resto dos rangers e um incêndio na floresta eram os piores cenários. O grupo se separou em dois a fim de atender às duas necessidades.

— Goro e eu veremos que cheiro de queimado é esse. Vocês vão por lá e procurem Kou — falou Lucas.

Os dois superiores foram até o local do incêndio e viram algumas árvores pegarem fogo. Pokémons que habitavam ali começaram a fugir do calor.

— Isso é horrível. Precisamos parar o incêndio — disse Goro, preocupando-se por causa do alastramento das chamas. Não tinha um pokémon aquático para fazer o serviço.

Lucas olhou para os lados.

— Vamos ao rio. Deve haver algum pokémon que possua bolhas ou jato...

— Espera, Goro. Não tenho certeza, mas esse é o território dos Blastoises. Eles podem fazer a dança da chuva.

— Interessante.

— Mas eles são difíceis de serem encontrados. Grovyle, pode ir atrás?

— Machop, vai também.

Os dois pokémons correram pela floresta. A missão era achar um Blastoise para chamar a chuva e acabar com o incêndio.

Enquanto isso, o grupo de Keith não conseguiu o paradeiro de Kou. Muito estranho, pois Keith tinha a absoluta certeza que o seu amigo estava perto.

— Não me separei muito dele. Eu fiquei para trás e capturei esse Venonat. Kou apenas seguiu um agente da Team White.

— Inclusive é onde o Lucas e o Goro foram — falou o ranger do vilarejo.

Alguma coisa estranha aconteceu com Kou-chan.

...

Minutos antes, Kou-chan segurou Skitty e Victini e correu de Beedrill como se isso fosse a última coisa a fazer em vida. O garoto sabia que Beedrill era mais perigosa que um Scyther, haja vista ela tinha veneno. Sorte a dele que havia uma forquilha no caminho da abelha, prendendo-a temporariamente nos galhos.

— V-chan! Se eu tivesse algum pokémon que pudesse curá-lo... Meu styler está prestes a quebrar. O que eu faço?

Skitty pulou do braço do garoto e correu para um caminho completamente oposto. Logo, chegaram a um campo florido.

— Droga! Estou me distanciando cada vez mais. Mas não tira o fato desse lugar ser bonito.

Um Hoppip pulou por cima dele, assustando-o. Kou prestou mais atenção e viu alguns outros pokémons de planta naquele lugar. Skitty miou para o menino.

Kou-chan viu algo se mexer num arbusto. Era um Pichu. 

— Ele tem poder de recarga. Temos que ser rápidos, Skitty. Ajude-me a capturá-lo — o felino assentiu.

O styler foi lançado, mas Pichu correu e desviou o objeto. Skitty avançou e deu uma cabecada no elétrico, mas o Pichu não desistiu facilmente e lançou faíscas elétricas pra cima dos dois. Até que o pião conseguiu formar um laço, capturando Pichu.

— Conseguimos!

Nome: Pichu

Número: 172

Tipo: Elétrico

Habilidade: Recarga

Nível: 1

E Kou precisava ser rápido, pois Beedrill havia se soltado da forquilha e ido no seu encalço. Ele pediu a Pichu que usasse a sua fonte de eletricidade para recarregar o styler. O pokémon o fez e fugiu.

— Obrigado!

O styler brilhava como se fosse novo. Os arranhões das batalhas anteriores foram restaurados. De fato, uma habilidade muito conveniente.

Beedrill encontrou os três no meio do campo e ameaçou dar uma ferroada neles. Kou, porém, desviou dos ferrões. Ele segurou o seu styler restaurado, acoplou no pulso e soltou. O pião formou um laço, mas Beedrill conseguiu se desvencilhar facilmente. 

— Mesmo restaurado, meu styler sequer consegue formar um laço nele. O que posso fazer?

De repente, Victini decidiu ajudar o seu parceiro, apesar de estar envenenado. Tirou todo o poder que tinha restante e voou como um foguete até o pokémon inseto, girando ao redor dele. Beedrill ficou tonto, sem sair do lugar por causa do fogo. Kou-chan aproveitou para usar o styler, que laçou bem forte o inseto.

Nome: Beedrill

Numero: 015

Tipo: Inseto/ Veneno

Habilidade: Escavação

Nível: 3

Kou comemorou a captura de Beedrill. Em seguida, a abelha fugiu.

— Kou! Você tá ai? — gritou Keith.

— Estou sim.

O grupo de Keith achou o menino. Agora todos estavam juntos.

...

O problema era o incêndio. Nesse ínterim, Lucas capturou um Poliwag, mas as suas bolhas não eram suficientes para apagar o incêndio.

— Precisamos de um Blastoise. Nossa floresta será destruida e milhares de pokémons vão ficar sem lar — disse Lucas.

Machop e Grovyle não conseguiram o paradeiro de um Blastoise, mas acharam os rangers.

— Professor Goro.

— Kou?!

— Professor, sabemos onde tem Blastoises.

Kou foi na frente e guiou todo mundo até uma caverna atrás de uma cachoeira. 

Os dois lideres pediram aos demais que não se aproximassem. Enfim, um Blastoise surgiu e avançou contra a dupla. Lucas utilizou o seu Grovyle para usar golpes de grama, enquanto Goro usava o seu styler para capturar. E assim, eles conseguiram pegar um Blastoise.

Minutos depois, Blastoise começou a invocar chuva. As nuvens começaram a se aglomerar apenas sobre a região do incêndio. Um chuvisco iniciou, mas a queda d'água aumentou para um temporal. O fogo apagou e todos ficaram felizes e molhados.

— Tenho que levá-lo a um hospital — Kou carregava um Victini desmaiado.

— Não precisa de hospital. Nossa base possui um centro pokémon — Lucas chamou um drone de transporte. O objeto tinha uma caixa onde um pokémon de estatura pequena podia entrar. Levou-o de volta à sede.

— Muito obrigado!!

— Somos rangers, não somos? Precisamos sempre nos ajudar. Agora vamos andando.

Lucas foi na frente e Goro por último. Os rangers retornaram ao vilarejo.

A mulher agradeceu por recuperar Skitty.

Dentro da sede, a enfermeira explicou que o veneno havia sido pouco. A sorte de V-chan era que o seu corpo era muito forte. Mas ela desconhecia que o pokémon era mítico.

E Lucas entregou uma medalha a cada estudante. Não eram estrelas de bronze, mas um símbolo de um styler feito de plástico banhado a ouro.

— Quero conversar com vocês — Lucas chamou Kou, Keith e Michelle até uma outra sala.

Os outros rangers (uns 10 deles) aplaudiram o trio. A missão na floresta foi suficiente para que o trio ganhasse uma medalha extra de bronze. Uma estrela de bronze.

Fim da missão. Kou-chan e V-chan dormiam no ônibus, voltando para a escola.