CAPÍTULO 13

Nome: Stoutland

Número: 508

Tipo: Normal

Habilidade: Pancada

Nível: 3

Stoutland era um pokémon canino grande e bastante peludo que tinha um faro excepcional; era o parceiro permanente de Rickie. Farejou por todos os cantos da mina, todas as passagens e até as saídas, mas não conseguiu achar Sicilian.

— Aonde aquele cretino foi? — indagou Goro.

Victini não acompanhou Rickie e Goro, consequentemente Kou-chan também não. Havia uma outra passagem que ninguém havia visto e que V-chan encontrou. Era uma entrada mais estreita.

— Ele achou alguma coisa? — perguntou Keith.

— Tem um caminho camuflado aqui — Kou apalpou a parede. Era um tecido que imitava a superfície da caverna. Ele tirou.

Um caminho novo surgiu. Os dois chamaram por Rickie e Goro.

Do lado de fora da mina, Sicilian aguardava um helicóptero chegar. Seus dois capangas também conseguiram fugir a tempo. Entregaram o cristal.

— Fizeram um ótimo serviço — Ele estocou a sua espada nos dois. — Seria uma pena se morressem infiéis. Morrer fiel é muito melhor.

O helicóptero se aproximou do executivo.

Rickie foi o primeiro a sair. Retirou uma rangerbola e libertou ninguém mais ninguém menos do que Fearow.

Nome: Fearow

Número: 022

Tipo: Normal/ Voador

Habilidade: Corte

Nível: 2

O capitão ranger pediu para Fearow usar o seu poderoso bico para furar a superfície da aeronave. E assim ocorreu. O pássaro foi com tudo para cima do helicóptero, bicando várias vezes até causar uma pane no veículo. O piloto tentou aterrissar, mas a aeronave girou muitas vezes e caiu entre as árvores.

— Maldição! — falou Sicilian.

Rickie agradeceu a ajuda de Fearow e logo o libertou.

Goro, Keith e Kou-chan comemoraram a vitória sobre o executivo whiter.

— Você está preso. Melhor não reagir. Goro, ligue para a polícia.

— Sim, sensei.

Sicilian ficou acuado por um tempo. Mas uma bomba de gás lacrimogêneo explodiu no meio dos rangers. Uma pessoa usando uma mochila a jato surgiu. Era um whiter que havia ficado fora do helicóptero por precaução. Desceu até Sicilian e o segurou. Os dois fugiram.

— Droga! Aqueles desgraçados conseguiram fugir — disse Goro bastante furioso.

— Se pelo menos eu ainda tivesse aquele Fearow.

Kou e Keith não paravam de coçar os olhos.

E assim, a missão nas minas foi encerrada. Os rangers conseguiram expulsar a Equipe White e prender os capangas, mas deixaram fugir um líder executivo.

°•°•°

Algumas horas depois, os Spearows e o Fearow voltaram para a área das minas e deixaram a floresta, a aldeia e o lago livres. Moradores ficaram tão felizes com isso que até festejaram e agraciaram os sete rangers com o colar feito com pedra lunar.

— Obrigado, senhor — agradeceu Kou.

Rickie garantiu a todos os aldeões que os rangers vigiariam esporadicamente a região montanhosa a fim de não deixar que os pássaros voltassem a perturbar a aldeia.

— Você não vem com a gente? — Goro indagou.

— Nah! Voltarei para a cidade. Deem um abraço meu ao velho Lamont. Será que ele se lembra de mim?

— Mas é claro que sim. Sensei, nós sentimos a sua falta.

— Goro, um dia quero que venha para a cidade. Quem sabe ser o meu parceiro no trabalho.

— Seria uma honra.

Ambos apertaram as mãos. Rickie subiu na moto e foi embora.

— Vamos, crianças — chamou Goro.

Os cinco alunos subiram no carro e voltaram para a escola. E essa foi a primeira missão desafiadora de Kou-chan. A adrenalina foi a mil, perigos e bastante luta. Seria esse o destino de um ranger? Se sim, Kou-chan estava muito feliz.

°•°•°

Em algum lugar...

Sicilian, sem o uniforme whiter, entrou no seu apartamento. Viu alguém em pé, olhando a cidade pela varanda.

— Senhor K!

— O cristal.

O executivo retirou a mochila das costas, abriu e mostrou para ao seu chefe.

— Excelente.

— Perdemos muitos soldados, senhor. Eu sinto muito.

— Não foi totalmente ruim, afinal, trouxe o que pedi. Esse cristal será apenas uma peça para algo maior que estamos construindo.

— E como foi na escola?

O sujeito saiu das sombras e se mostrou como o professor Kincaid! Sim, o homem que tinha o styler dourado e que trabalhava na escola.

— Não tive contato direto com o Goro e os seus alunos, mas soube que foram agraciados pelo diretor Lamont. O mesmo de sempre. Ninguém ali tem a mínima ideia de que sou o sub-chefe da Equipe White.

Sicilian acendeu a luz da sala. Havia outros dois whiters perto da parede. Eram os dois executivos. O primeiro era um homem com uns 40 e poucos anos, vestia paletó listrado, chapéu e fumava charuto; parecia um mafioso. A segunda era uma mulher jovem, pálida, com os cabelos amarrados em ambos os lados (o lado direito era rosa, o esquerdo era azul), usava uma blusa e um short jeans.

— Não é estranho que Falcone e Dominika estejam aqui? Viraram os seus guarda-costas?

— Eles estão aqui da mesma forma que você está aqui. O próximo plano começará e preciso que os três executivos estejam juntos. Arrume a sua mala.

— O senhor continuará lecionando naquela escola ranger?

Kincaid se aproximou de Sicilian e disse que era muito importante estar perto dos inimigos. As notícias mais recentes eram a ampliação das pesquisas científicas por parte dos rangers.

— Quero saber o que é tudo isso. O presidente dos rangers é um velho que não costuma aparecer. Sempre escorregadio. Apenas o diretor tem contato mais relevante com ele. Vamos, arrume-se. Dê adeus a esse apartamento.

°•°•°

Os meses passaram. Nenhuma ocorrência envolvendo a Equipe White surgiu. Os alunos aprenderam muitas coisas, além das aulas em campo. O segundo semestre começou.

— Pretende fazer o que nas férias? — perguntou Keith no dormitório.

— Na outra vez, eu passei o mês todo na fazenda dos meus pais. Mas dessa vez, eles viajarão. V-chan e eu, claro, iremos juntos.

— Ah mano! Que inveja. Ficarei na cidade mesmo. Pelo menos, eu terei mais tempo jogando videogame.

Era o toque de recolher. Todos os alunos estavam em seus dormitórios. A escola ranger terminava o dia como todos os dias. Sob a luz da lua cheia. O descanso merecido. No dia seguinte, mais trabalhos, mais estudos e mais rotinas aos futuros rangers.

Continua...