A Zona do Safári era uma gigantesca área de preservação ambiental com pokémons de outras regiões. Normalmente eram criaturas não endêmicas de certas localidades, colocadas pelo governo de Kanto (sede em Saffron). Um acordo com os preservadores era feito a fim de melhorar a vida desses animais no local. Com cerca de 200 quilômetros quadrados, era o maior local de Safári e captura. Cerca de 6 habitats foram criados para abrigar as espécies. Eram: Floresta, Pradaria, Caverna, Rio e Pântano, Montanha e Semi-árido.

— Cada participante levará 10 bolas safáris. Elas possuem a chance 2,5 vezes maior do que uma bola comum. Acabando o estoque, terão que comprar cada uma por 1000 pokedólares. Só podem ter 1 pokémon como companhia, mas não poderão usá-los em duelos aqui. Expliquei que pagarão multa. Também serão multados se tentarem capturar certos pokémons protegidos pela associação. Estarão com um broche azul grudado na pele. Muito cuidado — explicou a guia.

Jason guardou a sua mochila e levou apenas a pokédex. A bolsa do safári era verde e a alça única transversal.

— Muitas explicações, não é? Só iremos fazer a mesma coisa que fazemos por aí fora — falou uma mulher de cabelo branco amarrado num rabo de cavalo. Ela usava óculos escuros e uma roupa de executiva (blazer preto, saia e sapatos vermelhos de salto agulha).

Simon e Luiza se aproximaram do amigo e viram a mulher. Deram saudações a ela, mas foram ignorados.

— Boa sorte, crianças. Vão precisar.

A mulher saiu de perto deles e levou uma mochila do safári.

— Tudo bem com vocês? — Simon, Luiza e Jason assentiram para a guia. — Desculpa qualquer coisa. Aquela é uma cliente que chegou há uma semana e sempre entra no safári só pra sair de mãos vazias. Só vem para olhar a paisagem.

Gary surgiu e pediu para acompanhar Jason no safári. Era o seu aluno, por isso tinha a obrigação de ir junto. A guia-chefe assentiu, mas os demais tinham que se dividir, haja vista só podiam 2 pessoas por vez, o visitante com um guia.

— Luiza e Simon terão que separar. Tudo bem pra vocês?

— Pra mim sem problemas — falou Simon.

— O mesmo pra mim — respondeu Luiza.

— Jason tem o privilégio de sair comigo pois é um treinador cadastrado. Inclusive, quando voltarmos, cadastrarei os dois e providenciarei pokédexes a vocês.

As palavras de Gary deixaram Simon e Luiza felizes.

Enfim, o grupo se dividiu assim: Jason, Gary e um guia sairiam juntos; Simon com um guia; Luiza com outro guia; e doutora Milla ficaria na sede da zona.

— Vamos ao jipe — Gary saiu primeiro acompanhado por Jason e um guia. Simon e Luiza foram de moto.

A mulher misteriosa observou todos saírem. Lixava a unha e olhava para as horas no seu relógio de pulso.

...

DESAFIO 1: CATERPIE

O primeiro tipo pokémon era inseto e um, teoricamente, fácil. Caterpie! Gary avisou que o nível ficaria mais difícil, pois o último seria um evoluído.

— E quanto a Simon e Luiza?

— Eles também podem capturar pokémons. Luiza não quer capturar mais que 1. Já Simon... não sei.

Charmander se divertia no colo do treinador. Era o único pokémon que Jason podia levar.

Pouco tempo depois, o jipe parou numa estrada de terra no meio da floresta. Dali em diante, os visitantes tinham que ir a pé.

A moto com o guia e Simon parou na pradaria. O pokémon que o ruivo escolheu para companhia fora Zoroark.

— O que você vai capturar? — perguntou o guia chamado John.

— Ainda não tenho certeza, mas quem sabe um voador? Fico envergonhado que Jason e Luiza conseguem pegar carona nos seus pokémons voadores.

Eles caminharam pelo campo.

A moto com Luiza e uma guia chamada Shayene parou na entrada da área pantanosa.

— Esse é um Lucario?

— Sim.

— É uma pena que não sejam de Kanto. Queria que tivesse essa espécie aqui em Baoba.

— O vilarejo em que surgiu a minha família, Lucarios e Riolus são endêmicos. Essa Lucario foi um presente.

Ambas usavam botas de borracha para entrarem no lamaçal perto do rio.

— Tem alguma ideia de que tipo de pokémon vai querer?

— Um aquático que seja fofo.

— Então os Poliwags são os melhores. Adoro a espécie!

Luiza pediu à guia mostrar onde havia Poliwag.

Jason, Gary e o guia chamado Tristan ficaram agachados atrás de um arbusto enquanto esperavam a movimentação dos pokémons. Olharam para cima e viram pássaros.

— Eles comem os Caterpies?

— Mas é claro. Na natureza não existe ração para pokémons. E o prato predileto daquele bando de Pidgeottos é justamente lagartas grandes e apetitosas. Caterpies são as melhores opções já que Weedles podem inocular veneno — explicou Tristan.

O garoto ficou triste, mas entendeu que era a ordem da natureza. A cadeia alimentar. Afinal, humanos podem comer carne e peixe.

— Olhem — Gary apontou.

Uma luta entre dois Caterpies. Era um inseto verde de tamanho pequeno, com uma antena vermelha e olhos grandes e pretos. Os dois insetos davam cabeçadas, usando as suas antenas como arma. Também era possível ver que eles expeliam seda o tempo todo.

— Urgh! Que cheiro é esse? — perguntou Jason, tapando seu nariz. Pyro também sentiu o fedor.

— É uma técnica de defesa. Expelem odor fétido para expulsar inimigos — respondeu o guia.

O Caterpie maior venceu o que era menor. O maior tinha um broche de não captura, haja vista era um indivíduo forte e bastante reprodutivo. O outro podia ser capturado ou predado.

— Parece que aquele não deu sorte — disse Gary, apontando para um Pidgeotto voando na direção da lagarta ferida.

— Eu não vou deixar! — Jason correu e tentou espantar o pássaro. Pidgeotto ameaçou bicá-lo, mas Pyro cuspiu fogo.

O guia se preocupou por Charmander machucar um pokémon da zona, mas Gary afirmou que o pokémon agiu por conta própria.

Enfim, Jason segurou Caterpie no braço e utilizou sua primeira bola safári. O inseto entrou facilmente.

Nome: Caterpie

Designação: Pokémon verme

Número: 010

Tipo: Inseto

Sexo: Macho

Grupo de ovos: inseto

Peso: 1,3 kg

Altura: 0,23 metro

Razão de gênero: 50% masculino e feminino

Estado: Energia.

— Captura concluída! Tenho meu primeiro pokémon inseto.