Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 220
Filler-01: Coração Ranger


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma história paralela sem nenhum vínculo com a principal. Resolvi postar aqui mesmo, pois não tenho saco pra lançar outra fanfic. E o enredo vai beber um pouco da história do jogo Pokémon Ranger Shadows of Almia.



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As Aventuras de Kou-chan e V-chan

Cidade Abacaxi - Algum lugar do mundo

A cidade Abacaxi era uma pequena cidade com cerca de dez mil moradores que ficava entre as montanhas verdes e uma linda floresta (ou seja, era um vale). As residências eram bonitas, apesar de pequenas. Havia até uma fazenda de Miltanks. E nesse lugar morava o jovem e espirituoso Machiko Kou ou Kou-chan. Um menino de 10 anos, cabelos pretos e cortados estilo tigela.

— Kou-chan! Kou-chan acorda! — gritou a dona Soga, mãe dele. Ela abriu as cortinas do quarto e balançou o guri.

— Que dia é hoje? — perguntou ainda dentro do lençol.

— Dia 15 do mês... — a voz de Soga entrou nos ouvidos do garoto. Soou um alarme em seu cérebro que o fez despertar.

— Hoje é dia do meu alistamento? Mama!

— Vamos lá, Kou-chan!

 

CAPÍTULO 01

Assim como a idade mínima para virar treinador era de dez anos, também o era para ser um recruta de ranger.

— V-chan! Vamos nos alistar. Você será o meu parceiro ranger!!

Havia um pokémon que morava com ele chamado Victini. Era pequeno, amarelo, com grandes olhos azuis e orelhas pontudas laranjas que lembravam a letra V. O pokémon também gostava de fazer sinal de vitória com os dedos também alaranjados. Ambos se abraçaram emocionados.

— Kou-chan! Vá até o celeiro falar com o seu papa. Ele te chama!

— Mama? E a minha inscrição?

— Só daqui a duas horas. Vai ver o que ele quer primeiro.

Os dois correram e abriram a porta do celeiro. Seu pai era o dono da fazenda de leite momo. Vendia pela cidade e cidades vizinhas.

— Papa? O que houve com ela? — Ele viu uma Miltank doente e cabisbaixa.

— Parece que ela está doente. Talvez seja alguma infecção estomacal. Droga. Mimosa é a nossa melhor vaca. Se ela ficar doente, as vendas ficarão muito baixas.

Kou alisou Mimosa. Ficou triste em vê-la sofrer.

— Quero que me faça um favor. Tem como ir ao centro pokémon chamar a enfermeira Joy? Perdi o contato com ela.

— Agora?

— Não pode?

— Hahaha claro que posso — riu de nervoso.

°•°•°

Pouco depois...

— Papa sabe que hoje preciso sair. Droga.

Kou estava de boné branco, moletom vermelho e short branco. Victini vivia agarrado em suas costas. O guri subiu na bicicleta e pedalou até o centro da cidade.

Abacaxi era pequena, por isso não era um local longe. A fazenda ficava mais distante, mas ainda era perto.

No meio da estrada de terra, havia um homem que corria com algo na mão. Atrás dele havia dois rangers adultos.

— Parado!!

O fugitivo era um senhor maltrapilho, barbudo e careca. Carregava um pokémon nos braços. Foi pego pelo Capture Styler de um deles, envolvendo as suas pernas. O velho caiu.

— Vamos te prender por isso!

— Por favor. Não é o que pensam...

— Como não?

— Vocês não viram que esse pobre pokémon estava doente? Vocês rangers eram apenas para capturar os pokémons que ameaçam os outros.

— Mas Spearow é um pokémon traiçoeiro!!

— Nenhum pokémon é traiçoeiro. Eles agem para defender-se do perigo. Ele atacou aqueles madeireiros, pois derrubaram o ninho que ele fez.

Os rangers não ouviram o que o velho disse e ameaçaram levá-lo para a delegacia.

— Hey, desgraçados! O que fazem com o velhote?

— Moleque! O que faz aqui? Isso não é assunto para crianças.

O walkie talkie ranger soou. Era um problema em outro lugar. Os dois rangers deixaram passar, mas ameaçaram prender todo mundo se ocorresse de novo.

°•°•°

Kou-chan e V-chan ajudaram o ancião a levantar. Foram muito solícitos.

— Aqueles dois...

— Droga! Eles são rangers e tratam os indefesos assim. Eu não quero ser como eles.

O homem segurou Spearow nos braços e perguntou se Kou queria ser ranger. O garoto confirmou com toda a certeza do mundo, mas que faria a verdadeira justiça. Jamais seria arrogante só pelo fato de ser ranger.

— Qual o seu nome?

— Kou.

— Kou, continue assim. Você será um ótimo ranger. Tem a minha palavra.

O guri ofereceu carona ao velho na garupa da bicicleta.

— Pode aguentar comigo?

— Não esquenta, velhote. Sou mais forte do que imagina.

Kou-chan pedalou pela estrada até chegar ao centro pokémon da cidade. O velho agradeceu uma última vez pela boa ação do garoto.

A enfermeira Joy era uma linda garota de cabelos cor de rosa. Perguntou o motivo de Kou por lá. Ele disse tudo o que seu pai falara acerca de Miltank.

— Eu tenho alguns remédios, mas só posso passar por lá à tarde. Tudo bem se eu der a você?

— Sim.

A enfermeira pediu que Kou esperasse na sala de espera. Ainda tinha alguns pacientes para atender. Mas Kou estava ansioso e o tempo foi passando.

— Velhote. Como vai o Spearow?

— Foi pego por um dardo tranquilizante, mas já tá sendo cuidado. Ele vai ficar por aqui até se recuperar e ser solto na natureza. E esse pokémon é...?

— O V-chan. É um Victini. Ah o meu remédio chegou. Preciso correr antes que chegue atrasado na inscrição.

Kou retirou algo do bolso do seu moletom e deu para o velho. Era uma barra de cereal de nanana.

— O quê?

— O senhor é um pobre senhor que deve estar com fome. Pode comer. Queria comprar algo, mas estou super atrasado. Tchau.

Kou-chan recebeu os remédios, correu para fora do centro e pegou a bicicleta. A atitude do menino impressionou o idoso.

— Quem é esse garoto?

— Ele mora na Momo Farm. Filho dos Machikos. Por quê? — indagou Joy.

— Ele é tudo aquilo que eu fui quando era criança. Essa minha vida de velho não esqueceu do que eu era. Kou-chan me lembrou desses momentos do meu passado.

— Oh! O senhor não contou a ele?

— Silêncio, gostosa! Posso fazer um pafu-pafu nesses peitos apetitosos?

— Kyahhh! Pervertido — Joy deu uma bofetada no homem.

— Ack... que fera selvagem. Nem parece enfermeira. Então aquele é o tal Kou-chan, não é? Sinto que a gente vai se ver mais cedo do que pensa. Vamos lá, Kou. Faça do seu sonho uma realidade. Seja um ranger justo e honesto no futuro.


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