- Anna Joaquina me conte tudo agora mesmo – Dizia Elise entrando no apartamento

- Desde quando meu nome é Anna Joaquina, Elise? – Anna ficara revoltada com o que tinha acabado de escutar.

- Ah Anna, não encha e vá me contando TU-DO! Quero detalhes.

- Primeiro você vai tomar banho Elise, se a sua irmã te ver assim, vai ter um infarto.

- Nossa, tinha me esquecido que eu to toda suja de tinta. Então vamos pro meu quarto, eu tomo banho e você vai contando a história.

- Okok. – Anna concordou.

Elise havia acabado de entrar no chuveiro quando Anna começou.  – Então Lise, foi assim: O Tommy me ligou avisando o que você tinha pedido e...

- Tommy? Desde quando você chama o Tom de Tommy Anna? – Perguntou Elise dentro do banheiro.

- Hm. Desde... já ! Posso continuar Little Lise?

- Claro Anna Joaquina, prossiga.

- Então eu peguei o endereço com o Tom e fui pro campo de paint Ball. Quando eu cheguei lá, o Georg já se encontrava e...

- E ai vocês ficaram.- concluiu Lise.

- Pare de interromper que não foi assim Lise.

- Ok, então conte as coisas com mais emoção.

- Caralho Elise, você é muito chata. – Anna ria imaginando a cara da amiga ao ouvir isso.

- Minha irmã me lembra isso todo dia. Continua a história.

- Então, ai você sabe né? Conversa vai, conversa vem. O Georg falou que eu era linda e me beijou. Ficamos um bom tempo, e esperamos vocês chegarem. Foi quando o Gee viu o carro do Tom. Mas vocês demoraram, ai ficou aquela situação sabe? A chata que você e o Tommy me colocaram.

- Tudo que eu já sabia, eu quero saber do resto Anna, do resto! – Falava Elise saindo do banheiro com uma toalha na cabeça

- Que resto sua doida?

- Resto tipo? Foram pra cama?

- Elise Kaulitz! Sou uma menina de respeito! – Dizia Anna invocada

- Primeiro, meu sobrenome não é Kaulitz e nem vai ser. E não foi o que deu a entender quando o Georg falou que vocês tinham outros planos, quer plano melhor que comer?

- Eliiise !

- Não falei nesse sentido Anna, desculpa! – Lise tentava melhorar a situação, segurando o riso

- Você quer rir sua safada, eu sei. – falava Anna tacando um travesseiro roxo em Elise.

 

[/ Na casa dos Kaulitz

- Então meninos, foi isso mesmo que aconteceu! A Elise é totalmente diferente das outras meninas. Estranha. Divertida. Esfomiada.

- A gente entendeu as qualidades Tom! – Bill finalmente resolveu se pronunciar. – Mas você vai continuar saindo com ela e levando a aposta pra frente?

- Claro, não perco essa aposta por nada.

- Não perde a aposta ou a Elise? – Gustav resolveu provocar

- Ora Gustav, é fácil ele perder a Elise né? Afinal quando ela souber que é tudo uma aposta, ela vai odiar o Tom pro resto da vida dela. – Completou Georg

- Ela não vai saber da aposta. Não até completar os dez dias, entendeu Georg? – Tom tentava manter o timbre de voz calmo. Embora estivesse nervoso de pensar na possibilidade de Elise descobrir tudo. “É por causa da aposta que você ta assim Tom, pela aposta”

- Tom, você já parou pra pensar se essa menina se apaixonar, como vai ficar? – Perguntou Bill, sempre sensato.

- Ela não vai se apaixonar, a Elise é dura na queda. Bill, você não a conhece.

- E nem você, só passou um dia com ela Tom, não se conhece ninguém em um dia.

- Isso é fácil, pergunte a ela no terceiro dia como fez com todas Tom, se ela falar que sim, eu já sei o que acontece – Georg estava se metendo no puxão de orelha que Bill estava dando.

- Você a leva pra cama, começa a enrolar e um dia depois termina, ou some mesmo. – Gustav completou como quem dissesse a coisa mais normal do mundo e realmente era, para Tom sempre fora assim, e todas as meninas que se envolviam com ele sabiam que era amor de uma noite, incluindo Elise.

- Não vai ser assim... A Elise é legal, acho que a gente pode ser amigo – respondeu Tom para a surpresa de Gustav, Bill e Georg.

- Haja o que houver Tom, não magoe essa menina. Pelo Claus e pelo Gordon, pela mamãe e pela Anna. Você sabe do que eu to falando.

- Tudo bem Bill. – Tom concordou sentindo um peso na consciência, mas são só sensações que passam.

- Então quando é o próximo encontro? – perguntava Georg mudando o rumo da conversa.

- Amanhã. A gente vai almoçar. Mas eu to pensando em uma coisa...

 

[/ No dia seguinte, no apartamento de Sophia

- Lise, vai almoçar em casa com a Anna, ou vocês querem almoçar fora comigo e com o Claus? – Sophia perguntava olhando para as meninas que estavam tomando café da manhã na cozinha.

- Soph, você não perde essa mania de nos meter nos seus programas de casais né? – respondia Lise rindo.

- Só quero que você se sinta a vontade sua boba.

- Tudo bem. Olha, não precisa, eu vou almoçar com um amigo.

- amigo é? – Anna se metia na conversa la de dentro.

- Cruz Credo Elise, dois dias aqui e já arrumou namorado? Depois quero saber dessa história direito. – Sophia falou saindo do apartamento.

- Sophia, é feio deixar os outros falando sozinha... ARG! Odeio quando ela faz isso.- Falou lise se virando para Anna.

- Então dona Elise, tome o café e vá fazer seus exercícios pela internet, para poder se encontrar com o Tommy.

- Anna, porque você ta chamando o Tom de Tommy?

- Ta com ciúmes liiise?

- Claro não, mas é estranho. Parece que vocês já se conhecem. – respondeu Lise, subindo para pegar o notebook. Anna apenas ficou em silencio. Voltando a falar quando lise desceu com o notebook e um caderno.

- O que você ta fazendo Elise?

- O primeiro exercício é de matemática. Me passa a calculadora.

- Elise isso é trapaça sabia? – Anna não sabia se ria ou se repreendia a amiga.

- Não é não. Ta falando pra usar a calculadora aqui. E mesmo que não fosse, qual o objetivo de aulas pela internet? Eles sabem que você vai usar calculadora mesmo. E meus pais com certeza sabiam disso. Então sem mais delongas. – Elise sentava fazendo os cálculos.

Uma hora havia se passado desde então, Elise acabara os exercícios e resolveu ir se arrumar.  Elise estava entrando no chuveiro quando o telefone tocou.

- ELISE, PRA VOCÊ! É O TOM ! – gritou Anna, correndo para levar o telefone até a amiga no quarto.

- O Tom? – Perguntou Elise descrente.

- É, fala com ele. – sussurrou Anna.

- Coloca no viva-voz – pediu Elise baixinho. Ocorreu então a seguinte conversa.

- Little Lise, tudo bom?

- Oi Tom, tudo e com você?

- Mais ou menos. Lise, não vou poder almoçar com você hoje, teve um problema com a banda. - Tom estava preparado para ouvi-la falar mal, ficar chateada e qualquer atitude que uma garota normal teria. Lise ao contrário apenas disse.

- Tudo bem então Tom, eu almoço com a Anna. Era só isso? – “Que atitude estranha, ela realmente não se importa?” Pensou Tom.

- Não, Lise, eu pensei que a gente podia se encontrar mais tarde então.

- Mais tarde que horas?

- Umas 16h, 17h ta bom?

- Olha Tom, não vai dar! Tenho um compromisso inadiável nesse horário. Fica pra amanhã, que tal?

- Que compromisso Elise? Não posso te ver mais tarde?

- Hm. Se você quiser passar aqui depois das 18:00, Bom, tenho que ir. Tchau Tom. Beijo da little lise. – Dizendo isso, Lise desligou o telefone deixando um Tom muito confuso.

- Você é louca Elise. Que compromisso inadiável é esse?

- O Tom acha que eu sou igual as outras, ta muito enganado, estou em um compromisso inadiável com ele, o senhor TOM KAULITZ!

- Hã? Me explica Elise.

- Simples Anna: Ele não vai me tirar da cabeça dele hoje.

- Pretensiosa você Elise Araujo!

- Passo número dois Anna: Nunca corra atrás de migalhas de afeto e atenção, você merece mais que isso.

- Por que não vira um tipo de Witch: conselheiro amoroso Elise? Você ia ficar rica.

- Ganhar dinheiro dizendo a verdade pras pessoas? Hm. Não me parece má idéia. – Falou Elise rindo. Estava começando a perceber que não seria fácil ficar com o Tom por dez dias sem se apaixonar. Ele era simplesmente encantador. E pensando nisso, a seguinte musica veio na cabeça de Elise

Você não vale nada, mas eu gosto de você.

Você não vale nada, mas eu gosto de você.

Tudo que eu queria era saber por quê.

Você não vale nada, mas eu gosto de você.

Lise então sacudiu a cabeça num gesto de “Xô satanás” e começou a rir sozinha.

- Elise você me dá medo sabia?

-Eu sei Anna. Agora vem, vamos almoçar que eu to com fome.  – Elise foi contando para a cozinha a história da musica para Anna.

 

[/No estúdio:

- Cara, a Elise acabou de me dispensar. – dizia Tom besta.

- O quê? Perdeu a aposta? – Georg comemorava

- Claro que não Georg. Ela só disse que tinha um compromisso as quatro e que não poderia me ver nesse horário. E falou pra gente se ver amanhã.

- Ah que pena. Tom ganhou um dia de graça. – Gustav o intrometido.

- Claro que não, pois eu vou la vê-la as seis da tarde, o horário que ela falou que estaria disponível.

- Disponível? Nossa que engraçado Tom, normalmente, é VOCÊ que diz isso pras meninas.

- Ahh Bill, não ferra. - Tom disse fazendo bico. – Vamos continuar gravando vai. – Tom estava confuso, era normal estar confuso. Uma hora aquela vida iria cansar, ele sabia. Mas sabia também que estava cedo. E sabia com toda certeza que não sabia o que pensar.

 

[/ No apartamento de Sophia

Eram quase seis e meia da tarde, Elise estava sentada no sofá vendo TV. Na verdade, estava olhando para a TV, seu pensamento estava bem distante dali. Ela sempre gostou muito de Tom, como ídolo, e agora estava saindo com ele, e sabia que por mais longe que esta história estivesse indo, mais cedo ou mais tarde, iria ter um fim. E quem iria sofrer no final das contas era ela. “Isso é puro masoquismo Elise.” Elise continuava viajando enquanto Anna chamava

- Lise? Ô Liise? ELIIIIISE! – por ultimo gritava Anna.

- hã? Oi?

- Tava pensando no Tom? – Anna perguntou com cara de sapeca.

- Mais ou menos, por quê?

- Porque ele ta subindo ai, e a Sophia pediu pra eu ir ao mercado. Então eu estou saindo e já volto. Juízo.

- O QUE? O TOM TA AONDE? – Elise acabara de dizer a frase, quando a campainha toca.

- Olha ele ai. – Anna dizia indo abrir a porta - Oi Tom, Tchau Tom. – Disse pra Tom saindo e fechando a porta.

- Elise? – Tom chamava a menina que parecia estar viajando

-Ah, Oi Tom!

- Você ta bem? – Tom parecia preocupado

- To Tom, que bom que você veio. – Disse Elise dando um selinho em Tom.

- E eu ia deixar de ver a Little Lise hoje? – Tom disse abraçando a menina. Elise apenas se deixou abraçar. “Meu sonho bom” – pensava.

- Vem Tom, pega alguma coisa pra beber e vamos pra varanda. – Elise disse indo em direção a varanda e deixando Tom sozinho.

- Fazer o que na varanda? – Tom perguntou indo em direção a tal varanda com duas latas de coca-cola.

- Ver estrelas. As pessoas. Conversar. – Estavam sentados na varanda, era incrível que mesmo com tantos prédios conseguissem ver tantas estrelas.

- Olha Tom, aquele morro. – Disse Elise apontando.

- O que tem? – Tom perguntou sem entender a importância que Elise estava vendo.

- Não é lindo? Eu adoro morros, sei lá. São tão bonitos, altos, passa poder e força...

- Você ta me descrevendo Lise? – Perguntava Tom rindo.

- Você se acha o gás da coca-cola Tom Kaulitz.

- Tenho tanta pressão quanto. – Tom respondeu com uma cara um tanto suspeita.

- Gostaria de dizer o mesmo. – Disse Elise rindo da cara de decepção de Tom.

- Elise, posso te perguntar uma coisa? – Tom estava sério.

- Claro Tom, pergunta.

- Você gosta de mim?

- Claro! Como ídolo.

- E como homem?

- É um pouco cedo pra dizer isso Tom, não acha? Mas eu to adorando sair com você.

- Eu sei. Quem não adoraria? – Disse Tom rindo e quebrando o clima sério da conversa.

- Tom Kaulitz convencido.

- Mas Lise, você não vai me contar qual era o seu compromisso inadiável?

- Não Tom.

- É assim é?

- Sempre foi Tom – Elise respondeu rindo.

- Então me dá um beijo?

- Beijo não se pede Tom Kaulitz, beijo se rouba.

- Então deixa eu roubar um beijo... – Tom ia dizendo se aproximando de Lise

- Você é o pior ladrão que eu já vi Tom – Elise dizia rindo e o beijando.