Uma Gótica Diferente... escrita por Suse
Notas iniciais do capítulo
Leiam e se gostarem digam. Se quiserem que poste mais rapidamente mandem mensagens.
"Novo dia"-pensava eu a medida que entrava na secretaria de uma nova - bem nova para mim - escola secundaria.
-Posso ajuda-la?-perguntava-me um rapaz que estava na secretaria ainda sem olhar para mim.
-Hum, sou a Susy Costa.- assim que disse o meu nome o rapaz olhou logo para cima.
Acho que já devia estar farta da expressão que todos fazem ao olharem para mim mas não, ate gostava. Por exemplo, agora aquele rapaz estava a olhar para mim com os olhos muito abertos, como se tivesse visto um fantasma. Bem, um fantasma lindo, sem duvida alguma.
-Oh, a rapariga nova. Sim, tenho aqui o teu horário a lista dos livros e onde pode adquiri-los. E como é menor os seus pais...
-Não é preciso nada disso, eu fiz anos na semana passada, legalmente ja sou adulta. Já tenho os 17.-Interrompi-o logo a olha-lo bem nos olhos.
-Sim... Não é preciso...-Diz o rapaz debilmente.
Eu não sou muito fã da persuasão, eu só influencio os humanos quando é preciso.
-Obrigado.-Digo enquanto agarro nos papeis e vou para o interior da escola. Boa, já tinha tocado a uns belos 3 minutos, o que queria dizer que os corredores estavam desertos.
Eu apenas olho para o horário vejo onde vai ser a minha primeira - e com sorte tento reter o horário na minha mente para não ter de andar com ele feita parva com aquilo em frente dos olhos - e corro - a uma velocidade inumana - para a sala. Bato a porta e...
-Sim? Ah deves ser a aluna nova. Entra e senta-te ali, por favor.-Diz uma professora.
Nice, o lugar para onde ela me mandou sentar era ao lado de um dos rapazes senão o mais giro da turma.
Ok, agora todos estavam de boca aberta, literalmente. Talvez fosse pelas minhas roupas - uns jeans justos pretos, uma camisa preta e uns botins de salto alto pretos e ainda trazia na mão o meu casaco de cabedal preto favorito. Ah sim a minha cor favorita é o preto e sim sou gótica.
Sentei-me e tentei abstrair-me dos olhares de todos concentrando-me em perceber o que estávamos a dar. Literatura. Uma das minhas disciplinas preferidas, não haja duvida.
Ok, apenas me concentrei em fazer rabiscos no meu caderno, passados uns 50minutos a stora manda-nos arrumar e sair.
-Olá, eu sou o Bruno.-Diz o rapaz ao meu lado, enquanto arrumava as minhas coisas.
-Olá, sou a Susy.-Digo educadamente, eu nasci em 1396, Ok?
-Queres ajuda para encontrares a tua próxima aula?-Pergunta Bruno simpático Bem até agora foi o único a meter conversa com a gótica linda e assustadora, temos que lhe dar um desconto.
-Hum, vou ter história. No edifício...
-5.-Diz Bruno interrompendo me com um sorriso luminoso.-Eu vou na direcção do edifício 6, posso indicar-te o caminho se quiseres.
-Ok, obrigado.-E dirijo-lhe um sorriso reluzente.
« BRUNO »
Eu sentia-me como se a minha vida, a minha cabeça, o meu coração, - talvez a minha alma também - fossem explodir de tanta alegria.
Claro que já tinha namorado e curtido com uma data de raparigas, mas com Susy era diferente e não era diferente só porque não namorava ou curtia com ela, era diferente porque eu sentia como se a minha alma se eleva-se quando ela me manda-va um daqueles sorrisos reluzentes que parecia mostrar só para mim.
Woau!
Bolas!
Ela agora esta a olhar para mim como se tivesse ouvido o que eu pensava. Aqueles lindos olhos negros, fitavam-me de uma maneira impossível Era como se ela estivesse a observar a minha mente, a minha alma...
Sinceramente acho que me estou a apaixonar.
Uma coisa marada, pois apenas a conheço à uns 10 minutos.
Acho que existe mesmo aquela cena do "amor a primeira vista".
Susy
Ok eu normalmente não faço isto. Tal como a persuasão entrar na mente dos humanos não era muito do meu estilo, mas aquele rapaz estava a intrigar-me.
Já sabia quase tudo sobre ele.
Chamava-se Bruno Miguel Soeiro, tinha 17 anos e era órfão de mãe.
A mãe dele tinha caído ao mar durante um passeio de barco e o seu corpo nunca tinha sido encontrado por mais buscas que a policia tivesse feito, ainda não tendo o caso sido arquivado, apesar de já se terem passado 7 anos. Desde então morava com o pai e com uma madrasta que o odiava tanto como ele a ela.
Já namorara com metade das raparigas da escola... Espera lá! Porque é que eu estou a ver isto?! Não tenho nada a ver com ele.
Quando ''ouvi" o que ele estava a pensar naquele momento desejei não te-lo feito.
Pois, era só o que me faltava, ter um humano mulherengo apaixonado por mim. Mas eu já devia estar a espera. A minha espécie atrai muito física e mentalmente a espécie dele, portanto devia ter feito o que sempre fiz. Ficar. Longe. Deles.
Mas parecia que não iria conseguir fazer o mesmo com este.
Ele intrigava-me, fascinava-me,...
-Susy?
Só então reparei que ele me estava a fazer uma pergunta, arrancando-me aos meus pensamentos mais sombrios.
-Diz?-Pergunto-lhe.
-Não ouviste nada do que eu disse, pois não?-Pergunta-me Bruno num tom divertido.
-Sinceramente, não.-Digo eu rindo-me com ele.
-Estava a perguntar se querias ir beber alguma coisa hoje?-Pergunta Bruno num tom que quase parecia descontraído, mas eu conseguia muito bem distinguir o suave tom de agitação dele.
Num tom de voz neutro - sempre fui muito boa a não deixar transparecer qualquer emoção - digo:
-Não sei.
E nesse momento chegamos a porta do edifício onde ia ter aula.
-Então olha, - Diz ele pegando numa caneta e procurando um papel para escrever.
-Podes escrever-me na mão.-Digo oferecendo-lhe a minha mão. Essa coisa de que os vampiros estão frios como um cadáver é mito e de não sangrar-mos é mentira, nós sangra-mos e apenas ficamos com a pele mais fria senão estiver-mos devidamente nutridos com sangue humano, coisa que eu sempre faço questão de estar.
-Aqui tens o meu numero, se quiseres, liga-me ou manda mensagem.-Diz ele quando acabou de escrever.
-Ok, eu ligo.-E dirijo-lhe novamente um sorriso.
-Ok, adeus então.-Diz quando entro na sala.
As aulas passavam devagar e sinceramente depois da terceira aula não consegui ir a mais nenhuma.
Fui para o meu carro a pensar na vida - bem na minha vida - quando senti o seu cheiro...
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