Eu estava tranquilamente mexendo em meu computador. Já era 02:00 da manhã, com certeza se meus pais acordassem iriam me tirar de lá no chinelo!
Mas eu não conseguia evitar o meu vicio por jogos e por escrita. Eu escrevia uma história de terror e ao mesmo tempo jogava Demon Shift. Faltava apenas uma fase com medalha de outro para eu conquistar o Ultimate Champion.
A minha história de terror de chamava “Uma noite vampiresca”. E como propriamente dito, era sobre vampiros. Aquelas criaturas que se alimentaram de sangue humano, que são sensíveis ao sol, que não aparecem no reflexo do espelho e que, como diz as lendas, oriundos Transilvânia.
Owatah: “E por fim, o conde de Matcherry Lisovett, o ultimo descende de sua família, fora morto pelo famoso conde Drácula”. Ponto. Bom, eu estou ficando com um pouquinho de sono, vou terminar a ultima fase do Demon Shift e ir para a cama.
*02:10*
Owatah: Pronto! Terminei. ─ Eu estava prestes á apertar o botão Iniciar para enfim desligar o computador... Quando a energia da minha casa acaba.
Aquilo era normal acontecer às vezes, fiquei aliviada por não ter acabado antes, pois poderia ter perdido toda a minha história!
Os leitores de minhas creepypastas estavam impacientes por mais uma, e á pedido do publico, decidi fazer uma sobre vampiros.
A luz voltou novamente, suspirei e me levantei da cadeira do computador. Foi quando a luz faltou novamente...
Aquilo também era normal, faltar uma ou duas vezes seguidas, já estava acostuma com isso. No bairro onde moro sempre repetidamente falta luz em casa.
Mas... O me assustou mais... Foi as luzes ficarem acendendo e apagando continuamente. Nunca aconteceu aquilo antes, parecia até como se tivesse um postergaste em minha casa. Não demorou muito para uma ventania forte começar... Espera! Uma ventania forte dentro de casa?!
Isso é... Isso é...!!!
De repente, o vento tira os meus pés do chão, eu comecei á flutuar dentro de um redemoinho, estava tão assustada! Comecei á gritar chamando meus pais, mas ninguém veio!...
Uma luz branca junto de um redemoinho rosa apareceu diante de meus olhos, eu senti meu corpo batendo no chão. Será que o acontecimento sobrenatural cessou?
 ... Acordei em um lugar totalmente diferente... Parecia mais... Um cemitério! Sim, era um cemitério!
Eu levantei com a ajuda das minhas mãos e fiquei observando as lápides dos túmulos, estavam um tanto deterioradas. Não era de menos, a data das mortes eram de 1840 á 1868, por ai.
Eu comecei á caminhar pelo cemitério á procura de algo, ou melhor, de como sair dali. Ou seria apenas um sonho?
Continuei com meu "passeio" até encontrar um velho castelo, escondido por matagais. Dei um passo á frente, com intenção de ir até o tal castelo, porem fui barrada por... Um morcego falante!!!
???: OOOI!! Quem é você?
Owatah: AAAAAAAAAAH! O QUÊ É ISSO? UM MORCEGO FALANTE?! ─ Cai pra trás.
???: O quê? Até parece que você nunca viu um, ah ah ah... Nunca viu?
Owatah: Mas é claro que não...!
???: Oh! Eu não quis te assustar, você está bem?
Owatah: Estou bem obrigada... ─ Levantei-me.
???: Que bom! Mas me responde uma coisa, quem é você? E o quê faz aqui?
Owatah: Foram duas perguntas, ah ah... Mas enfim, eu me chamo Owatah! E eu... Realmente não sei o que faço aqui...
Noir: Muito prazer Owatah! Eu me chamo Noir!
Owatah: Noir, o morcego falante?
Noir: Só Noir mesmo, AH AH AH. Bem Owatah, eu estava aqui cuidando de alguns túmulos, você pode dar uma volta por ai se quiser.
Owatah: Está bem... (eu realmente prefero ficar aqui, esse lugar me da calafrios!)
Mesmo contra a minha vontade eu fui! Caminhei na direção oposta até chegar á frente de uma floresta...
(eu é que não entro ai de jeito nenhum!...)
Eu neguei no inicio, mas depois eu entrei, pois vi algo que me interessou. Era um túmulo, com o nome de Mary Magdalaine. Ele era o mais conservado que tinha, fiquei impressionada.
Noir: Triste não?
Owatah: GYAAAAH! ─ Cai pra trás novamente.
Noir: ...?
Owatah: Pare de ficar aparecendo assim de repente! Você me mata do coração! ─ Levantei-me e bati a mão na roupa.
Noir: Rs, desculpe.
Owatah: Tudo bem... E é realmente triste, morreu tão jovem...
Noir: Sim... Vamos sair daqui, olhar para esse túmulo me deixa tão mal...
Owatah: R-realmente... (eu me sinto triste só de olhar para ele...)
Eu e Noir saímos de lá e caminhos até os outros túmulos. O morcego começou á me contar tudo sobre o que havia ocorrido no local, se bem me lembro, foi uma doença que matou tanto Mary como os outros. E sobre... Haver um vampiro naquelas terras!
Owatah: O-o quê? Um vampiro?...
Noir: Sim, mas ele não é mau!
Owatah: ...Tem certeza?
Noir: Sim! Por quê não vai lá no túmulo da Mary novamente? Com certeza ele deve estar lá.
Owatah:  M-mas ele não estava lá quando nós estavamos lá...
Noir: Ele deveria ter saído para caçar alguma coisa.
Owatah:  C-caçar?
Noir: Sim. Ele bebe apenas sangue de animais, não fere humanos.
Owatah: ... (Acho meio difícil de acreditar, né...)
Noir: Vá lá, ele esta precisando de companhia...
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Noir saiu voando. Caminhei com as pernas um pouco bambas de medo. Cheguei ao lugar onde havia o túmulo da Mary, porem não havia ninguém lá... Eu fitei a lápide novamente e suspirei.
???: O que está fazendo aqui?
Owatah: Ah!... (será que ele é o tal do vampiro?...)
???: Não vai responder a minha perguntar?...
Owatah: S-sim... Me desculpe... Eu sou Owatah, muito prazer...
Dimitry: Eu sou Dimitry, o prazer é meu. Não vejo muitas pessoas por aqui... É raro.
Owatah: B-bem... Na verdade eu não sei como vim parar aqui...
Dimitry: Isso é um pouco estranho... Qual o seu tipo sanguíneo, se não for perguntar demais?
Owatah: M-meu tipo sanguíneo?... (o quê? Um vampiro perguntar o tipo sanguíneo é a mesma coisa que perguntar se pode beber meu sangue...) Se não me engano, é AB positivo...
Dimitry: AB positivo?!... É uma raridade...
Owatah: Sim... É o que eu soube, é um tipo de sangue muito importante... (por que raios eu estou falando sobre sangue com um vampiro?!..)
Dimitry: ... Eu não estou me sentindo bem... Pode me dar licença?
Owatah: Huh, claro...
Eu sai do local e voltei para onde os outros túmulos acabados estavam. Acho que Noir não estava lá, se não já teria vindo conversar comigo. Me bateu um tédio daqueles, eu estava sem nada para fazer quando tive a ideia de deixar o cemitério um pouco mais alegre.
Caminhei pelo local inteiro e recolhi algumas flores, a minoria estavam um pouco murchas. Coloquei três em cada túmulo. Mas ainda não estava satisfeita com o resultado. Eu procurei por Noir, para me emprestar um pano qualquer para poder limpar a poeira das lápides, mas não encontrei-o.
Tirei os meus sapatos e as minhas polainas, eu ás usei para polir as lápides. No final, eu não pude usa-las novamente, estavam muito sujas.
Owatah: Agora sim, esta perfeito.
Dimitry: Que gesto bonito, Owatah...
Owatah: ...Foi mesmo?
Dimitry: Claro. Mary teria feito o mesmo para deixar esse cemitério com um ar mais agradável...
Owatah: Fico feliz em poder ajudar. ─ Sorri
Dimitry: Falando nisso, você me parece muito com ela...
Owatah: Mesmo? (ela deveria ser horrível então, eu sou ridícula....)
Dimitry: Sim... Venha comigo, quero te dar algo.
Owatah: C-certo...
Eu segui o vampiro até o seu castelo, ele me disse para esperar do lado de fora enquanto ele ia buscar algo...
Minutos depois o mesmo volta, com um vestido lindo! E não só isso.  Ele e mais alguns acessórios!
Owatah: UAU! Que vestido lindo Dimitry!
Dimitry: Ele era da Mary... Prefiro que você fique com ele do que deixa-lo empoeirando dentro do armário.
Owatah: Muito obrigada!
Dimitry: Rs, de nada... Pode vesti-lo para mim?
Corei.
Owatah: V-vesti-lo para v-você?...
Dimitry: Sim, quero ver como fica em você. ─ Ele sorriu.
Owatah: E-esta bem...
Eu perguntei onde eu poderia me vestir, ele então ofereceu o banheiro de seu castelo para trocar-me. Enquanto ele me guiava até o banheiro, fiquei fitando a tamanha arquitetura da casa. Era uma mansão linda! Cheia de objetos antigos e interessantes, mesmo que estejam cobertos por poeiras.
Chegando lá, eu me troquei, até que o vestido caia bem em mim. Saimos do castelo e caminhamos um pouco pela floresta, ficamos conversando sobre várias coisas. Dimitry disse-me que Mary era o amor de sua vida, ela morreu por causa da doença que atingiu o vilarejo, assim como Noir havia me dito. A única cura que ele conseguiu achar foi transformá-la em vampira, porem havia chegado tarde demais. Era realmente eu história triste, me deixava angustiada.
Finalmente tive coragem de perguntar se ele realmente era um vampiro. E, surpreendentemente, era verdade. Eu estava ao lado de um vampiro! Isso era demais.
Dimitry: Owatah... Sei que isso vai soar estranho mas...
Owatah: Sim?...
Dimitry: Poderia doar-me um pouco do seu sangue?
Owatah: O-o quê?!
Dimitry: Eu não me alimento bem á anos, e o cheiro do seu sangue... Ainda mais vestida assim... Me fazem te querer ainda mais... ─ Ele caminhou em minha direção, enquanto eu recuava alguns passos, até me sentir encurralada.
Dimitry colocou o braço no lado direito de meu ombro apoiado na parece, enquanto a mão esquerda segurava a minha cintura.
Owatah: E-eu... (é apenas um sonho...)... T-tudo bem...
Dimitry deu um pequeno sorriso e então aproximou os lábios de meu pescoço. Primeiro ele deu uma lambida rápida no local onde iria fincar seus dentes, após um beijo ardente, que me fez arrepiar... E por fim... A mordida.
Aquilo durou apenas alguns segundos, mas para mim... Parecia uma eternidade...
Era uma ardência profunda, mas ao mesmo tempo... Não sei como... Eu sentia prazer. Ele então parou de morder-me, sangue escorria do meu pescoço até entre os meus seios. Estava um tanto ofegante.
Dimitry me olhou nos olhos, enquanto seus caninos pareciam “saciados”. Coloquei a mão sobre o ferimento da mordida e dei um pequeno sorriso.
Dimitry: Owatah... O que você acha de ficar aqui comigo?... Eu não tenho nenhuma companhia...
Owatah: E-eu... ─ Minha visão ficou começou á embaçada, eu sentia tontura, parecia que iria cair. Talvez por causa da mordida ─ Aceito fica com você... D-Dimitry.
E por fim... Desmaiei...
Após algumas horas, eu levantei ao som de meu despertador...
E-então... Então tudo aquilo não passou de um sonho?... Eu... Eu realmente havia me apaixonado por uma coisa que estava apenas em minha imaginação?... Mas tudo foi tão real...
Passei em frente do espelho de meu quarto... Acabei não reparando que estava sem reflexo.
“Chega de creepypastas de vampiros por hoje...” pensei.