Andrew

Meredith fez várias perguntas sobre a Madison, e de fato, parecia feliz por saber que eu já tinha ficado com a minha prima, será que está tão óbvio que eu a amo, por isso está tão feliz que eu já tenha namorado?

Mas no fim ela admitiu que estava com ciúme, o que é bom, pois é a prova que ela gosta de mim, mesmo que seja só como amigo! Eu sinto o mesmo por ela, mas eu não era ciumento, até conhecer a Meredith

Ela me falou que já namorara com três meninos, o de menor duração foi o Jason, uma raiva enorme surgiu em mim, mas tentei disfarçar, sugeri um filme:

- Quer ver um filme? – Eu perguntei animado.

Ela concordou com a cabeça e sorriu. O sorriso... Não consegui detectar, mas acho que não era um sétimo, ia sendo, mas foi um quarto, este é o segundo mais bonito.

- Vamos pular a janela, eu sempre quis fazer isso.

- Ta doido? Eu vou morrer e cair!

- Não, você vai cair e morrer.

Eu a corrigi, pois eu sou uma daqueles que “perde o amigo, mas não perde uma piada” e eu não ia deixar esta oportunidade passar.  

Ela escreveu um bilhete, e me ajudou a subir em sua cama, a minha vontade não era pular a janela e ver filme na minha casa, e sim puxá-la pela a cintura enquanto caímos em sua cama e nos beijamos. Pode parecer ser “gay” ou meloso, mas é a vontade de um menino apaixonado.

Ela saltou com um pouco de medo na árvore grossa que obviamente aguentaria o peso dela e o meu junto. Ela estendeu sua mão para me ajudar. É nessas horas que eu agradeço pela a surra que levei.

Eu passei na sua frente para abrir a janela que era emperrada, quando eu abri vir-me-ei e falei:

- Espera só um minutinho.

- Por quê?

-  Por que eu tenho que ver se minhas coisas estão arrumada e avisar para a Madison, ela vai ter um ataque se ti ver do nada.

- Ah, ok.

Eu pulei a janela, organizei tudo, ainda bem que a Jane tirou o cheiro de drogas há muito tempo atrás.

- Uma menina que eu amo, ta aqui, por favor, se tu gosta de mim, não atrapalha!

- O quê?! Menina? Teu pai sabe?

- Menina, linda, carinhosa e fofa, sabe. NÃO ATRAPALHA.

Ela só concordou e fui à cozinha, fui no banheiro, passei colônia, e abri finalmente a janela.

- Achava que você ai me esquecer aqui. – Ela falou e riu.

- Nunca iria esquecer.

Puxei-a para dentro e nós caímos no chão, começamos a rir desesperadamente, e quando finalmente paramos, olhamos um para o outro, e as gargalhadas voltaram á tona.

- Ok, que filme quer ver hoje?

- Que filme tem?

- Hum... Escolha o gênero.

- Amor... Disney, romance, tanto faz! Você e essa sua locadora em casa.

- O.k... Três vezes amor, que tal?

- Por mim tudo bem. É só... O último filme que eu vi com o Jason, mas eu não me importo. Espera! Que dia é hoje?!

- Sábado, por quê?

- AS MENINAS!

Ela tirou o celular do bolso e em poucos segundos já estava mandando uma mensagem, era mais ou menos assim:

“ Meninas, não vou ir para o nosso “sábado das mulheres” eu estou com o Andrew, eu terminei com o Jason. Nada de aparecer lá em casa com sorvete e cobertor, ele é idiota!

Beijos

Amo vocês!

Meh”

- Pronto, onde a gente vai ver o filme?

- Er... Na sala.

Vimos o filme com pipoca e refrigerante, infelizmente não aconteceu nada demais, ficamos sentados no sofá, ela ria da pequena garotinha que queria saber da vida amorosa do pai.

O filme acabou e ela falou que queria que tivesse finais felizes, e o que eu queria dizer é que eu ia tentar dar a ela o melhor final feliz possível.

- O que você quer fazer agora?

Ela me perguntou se espreguiçando.

- Eu quero lhe apresentar a uma pessoa.

- Quem? – Ela perguntou ansiosa

- Stan.

Fui com ela até a esquina do muro, olhei para ela e falei em um tom sério para ela saber que não era brincadeira:

- Mah, é aqui onde fumo, eu realmente quero parar, mas o meu melhor amigo sempre está aqui, não aceite nada, evite contanto com os olhos, não deixe que ninguém, NINGUÉM, toque em você, se tocar me chame na mesma hora, se alguém chegar por trás, grite. Não cheire, não fume.

- Tudo bem, eu não vou fazer nada disso, por que se importa tanto? Sei me cuidar.

- Eu sei mah, mas eles são fortes, muitas... Muitas meninas já foram estu... Estupradas, mas eu não vou deixar que isso aconteça com você, e quanto às drogas, eu não quero que o meu pesadelo vire o seu.

Percebi que seu olhar mudou, ela aparentava estar nervosa, mas ela só confirmou com a cabeça e a gente continuou á andar.

- Cadê o Stan? Estou com pressa.

Perguntei ao Paul que estava segurando, como sempre, uma caixa, nesta estava todas as drogas que o pessoal usa.

- Calma! Andrew vai querer o quê hoje?

- Nada, quero saber onde o Stan está.

- Que diabo é isso?

- Isso o que?

Perguntei querendo saber do que ele estava falando.

- Tu mal vem aqui, quando vem, não quer mais? Virou menina?

- Me toquei que faz mal, podia fazer o mesmo!

Puxei a Meredith, queria só achar o Stan e pronto, por sorte ele não estava abusando de alguma garota, estava apenas olhando pro infinito.

- STAN!

Ele se virou com a cara de quem viu um fantasma!

- Merda velho! Vai assustar teu pai!

- Eu quero te apresentar a Meredith. Stan, Meredith, Meredith, Stan.

Eu os apresentei e fiquei meio tenso e ansioso, pois se o Stan reagisse negativamente e forçasse a Meredith a fazer algo... Eu juro que o matava.

Em vez disso eles só apertaram as mãos e ele disse rindo:

- Andrew só falava de você.

Pisei discretamente no seu pé como modo de vingança, enquanto ela sorria. Sorriso número um, o da vergonha.

- Vamos tomar um sorvete? Ou só sair daqui, é perigoso para a Meredith.

- Vamos! Não estou gostando muito daqui.

Ela falou e saiu correndo para a outra rua. E eu ficava a observando, ela é uma menina como qualquer outra, me questiono o porquê eu sou tão obcecado nela, é algo tão estranho. Nunca tive esse  sentimento.